Amistosos de pré-temporada são fundamentais para dar o famoso ritmo de jogo, proporcionar o desenvolvimento tático e, claro, abrir o caminho para o entrosamento.
Resultado não chega a ser algo menosprezado, vez que importa para a confiança, mas não passa tão perto do peso dos outros fatores.
É analisando tudo isso que eu digo que o América de Waguinho Dias dá claros sinais de estar no caminho certo. Tem bons titulares e boas opções. Mostrou qualidade para propor jogo e também soube jogar pressionado. Tem força para o jogo aéreo e para cobranças de falta. Tem boa estatura em todos os setores. É até difícil não se empolgar com tudo isso.
No caso de Campinense 0x1 América, as duas equipes estiveram abaixo do desempenho mostrado em América 2x1 Campinense. Por ser o segundo jogo da pré-temporada, é até normal uma certa queda. Se considerarmos que houve uma senhora pausa de Natal no meio, aí é que não há surpresa.
Pelas imagens da TV Mecão, o gramado também passou longe do que se vê na Arena América, o que deixou a bola mais indócil.
O Campinense, que sofreu com os avanços pelas beiradas do campo do América no 1.° jogo, tratou logo de amarrar o adversário por ali, o que abriu caminho para um América que tocou mais pelo meio. Destaque para a melhora de Leandro Melo e principalmente de César Sampaio, que parecia mais à vontade para aparecer mais à frente durante todo o tempo em que esteve em campo. Isso me fez até repensar se de fato eles não podem jogar juntos.
Tiago Orobó jogou com muito mais desenvoltura, servindo de referência para as bolas que vinham alçadas da defesa (sim, elas ocorreram com mais frequência hoje) e aparecendo como centroavante para as assistências do ainda infernal Dione - a primeira delas foi a que definiu o placar. E não houve impedimento no lance porque o zagueiro Alex Maranhão, que marcava Dione, dava condição ao artilheiro americano.
Pela marcação, os laterais foram ainda mais discretos. Fiquei um pouco assustada com dois lances em que Renan Luís alçou o pé para pegar a bola quase na altura da cabeça do adversário. Os lances terminaram em falta: uma a favor (mão questionável do adversário, que só quis se proteger), e uma contra, ambas na beirada da área, local perigoso hoje em dia.
Cruzamentos e viradas longas de bola não foram muito bem sucedidos.
Wallace Pernambucano esteve bem abaixo da primeira atuação. Romarinho também, o que causou uma queda brusca quando ele substituiu César Sampaio. Mas, como bem diz o título desta postagem, tudo dentro do esperado.
Nilo segue me passando boa impressão, tendo sido o dono do jogo aéreo, principalmente no 2.° tempo. Daniel Costa é um carrapato que azucrina a saída adversária (como lembra o jeito de correr/andar de Lúcio Curió!) e isso já engata contra-ataques perigosos.
Felipe Pará mostrou velocidade de raciocínio e também o estilo carrapato. Fez boas tabelas com Wilson, cuja confiança cresce a cada lance, embora o chute ainda esteja afobado. Esses dois juntamente com Arez, Michael e Adílio levaram pressão para o Campinense no fim do jogo.
Geninho e Gustavo entraram bem. Acho que só Romarinho entrou mal para o que vi no 1.° jogo.
Ewerton também mostrou pequena queda de rendimento e Vitor Paiva manteve o nível.
Nem sei se estou esquecendo alguém. Certamente esse alguém teve uma atuação discreta.
Enfim, mais uma vez, eu gostei do que vi. O América soube se adaptar a todas as condições e até criou outras chances (desperdiçadas) de fazer outros gols. Se não esteve tão bem, também não viu um domínio absoluto do adversário, que também não esteve tão bem. Isso me deixa até imaginar um desempenho melhor no dia 05 de janeiro contra o Força e Luz na Arena América. Daqui a 8 dias saberemos.
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