Sabe aquele tempo em que aquele(a) que não tinha a menor habilidade com a bola nos pés ia parar no gol? Esse parece ser mais um paradigma quebrado pelo futebol dito moderno. Goleiro(a) agora tem que saber jogar com os pés porque também é peça fundamental para abrir espaços na defesa adversária.
Sim, no futebol atual que a cada dia mais se recusa a começar as jogadas com um chutão do(a) goleiro(a) (só em estratégias de contra-ataque ou num aperto cada vez mais inimaginável lá atrás ante os treinamentos), aquela criatura que passava vergonha ao ter que dominar uma bola recuada virou espécie ameaçada de extinção.
Reportagem da Tribuna do Norte no domingo passado com os preparadores Tinho (ABC) e Rodrigo (América) mostrou que os dois maiores do RN já têm essa preocupação em seus treinamentos diários. Aliás, no América, tive oportunidade de perguntar diretamente ao técnico Waguinho Dias no Papo Alvirrubro a respeito dos recursos que um goleiro deveria ter para ser seu titular, e ele apontou, dentre outros, a necessidade de saber jogar com os pés.
Num jogo que cada vez mais lembra o toca-toca do futsal, do handebol e até do basquete, o time que abdicar de um goleiro que tenha habilidade com os pés vai praticamente jogar com um a menos no futebol de hoje em dia.
Melhor o pessoal das luvas abrir o olho para afiar as chuteiras.
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