domingo, 23 de junho de 2019

Questão de tempo

Ainda que alguém não tivesse visto um só jogo da primeira fase tanto do América como do América-PE, pelo que se viu na partida da Arena Pernambuco, já dava para imaginar que o time pernambucano buscava um milagre em Natal. Afinal, em seus domínios, foi o Orgulho do RN que mandou no jogo. Não seria diferente na Arena das Dunas.

O xará alviverde praticamente não saiu de seu próprio campo, havendo até momentos em que algum jogador tentava puxar um contra-ataque e era obrigado a esperar que alguém mais aparecesse à frente. Ewerton nem deve ter suado de tão poucas vezes acionado com algum perigo.

Foi o velho estilo martelo. De um lado, de outro, algumas vezes pelo meio. Mas foi pela esquerda que o Mecão deitou e rolou com Roger Gaúcho, Jean Patrick, Vinícius e depois Joazi.

Roger Gaúcho jogou muito. Chamou para si a responsabilidade. Marcou demais, disparou contra-ataques em roubadas de bola, obrigou o América-PE a fazer um gol contra.

Destaco Roger, mas o América como um todo esteve bem coletivamente. Até quem estava pouco abaixo, ainda assim teve desempenho pelo menos regular, como Max.

Joazi foi outro que arrebentou quando deslocado para a esquerda.

Enfim, o gol não saiu no primeiro tempo (ou saiu, mas a arbitragem anulou numa bola que teria escapulido pela linha de fundo e que quem estava mais perto jura que não saiu), mas era claro que era apenas uma questão de tempo.

Saiu no segundo tempo. E Adriano Pardal fez também o do alívio (dele e do time). E Paulo Renê guardou mais um de cabeça, embora o árbitro tenha decidido depois anular e marcar uma falta a favor do próprio América, numa decisão inexplicável.

Depois do leite derramado, o América-PE tentou adiantar suas peças e até conseguiu atrapalhar algumas saídas de bola do alvirrubro, muito também pelo cansaço que a essa altura ameaçava ambas as equipes. E não passou disso. Não tinha como.

O América já estava nas oitavas de final. Era só uma questão de tempo. E de manter o foco. Assim como é em relação ao acesso. Foco e trabalho. E união. Uma combinação dessas não tem como dar errado.

Não posso terminar sem citar o show que a torcida americana deu na Arena. Só apoio. Um apoio incondicional, a plenos pulmões. Quase 10 mil americanos cantando incessantemente. O barulho para quem estava na TV Mecão era ensurdecedor. 

Dá para imaginar como será o encontro com a Jacuipense na próxima semana. Sou capaz de apostar que um novo setor será aberto para acomodar todo mundo que deseja empurrar o América para as quartas de final. E quem não deseja?

Enfim, é só uma questão de tempo.

2 comentários:

  1. Vamos para cima deles! Com humildade e pés no chão. Foi sofrido, mas para o América sempre é assim mesmo. Parabéns pelos comentários bastante lúcidos na TV Mecão!

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