terça-feira, 18 de junho de 2019

De onde menos se espera...

...é de onde mais se sai. Dois jogos duríssimos aguardavam Brasil na Copa 2019 e América na Série D. 

Na Copa, era possível dizer que esperávamos um milagre. Pois não é que ele veio? Vi só um bom pedaço do 2.° tempo, mas aparentemente o Brasil mostrou-se um time bem menos acovardado do que nas duas partidas anteriores, embora dependa ainda muito da genialidade de Marta para criar suas jogadas ofensivas e de Debinha e agora Ludmilla para tentar algo pelas pontas (só que ambas têm grande tendência para o individualismo). E foi com Debinha - que deveria ter passado a bola, mas não passou - que o Brasil teve um pênalti marcado a seu favor. 

Marta escreveu mais um recorde para o Brasil em sua carreira: 17 gols em Copas do Mundo. Ninguém mais marcou tantos gols entre homens e mulheres. A Rainha só aumentou a sua majestade.

A tarefa era tão dura que, mesmo vencendo, o Brasil acabou em 3.° lugar no grupo C. A Itália, derrotada, continuou em 1.°, e a Austrália em 2.°. Mas a classificação para a próxima fase chegou sem nem precisar aguardar o fim da fase de grupos.  Mais um feito na conta dessas guerreiras.

Já o América... Bem, só acompanhei a partir dos 20 minutos do 2.° tempo. O time me pareceu bem, apesar de estar perdendo e, claro, com alguns jogadores abaixo do esperado, como Jean Patrick, que estava estranhamente mais centralizado do que Adriano Pardal. Se foi ideia de Moacir, eu espero que tenha ficado a lição: Jean Patrick é um velocista. A ponta esquerda é o seu lugar. É na velocidade que ele é arma quase mortal. Pelo meio ele não consegue nem ser um jogador mediano.

Também não entendi a saída de Roger Gaúcho, pelo pouco que vi do jogo. Nem achei nada demais em Paulo Renê para ter ganhado a preferência na substituição em relação a Max.

O América passou uma fase inteira e só levou um gol. Na hora decisiva, tomou outro, que lhe custou a invencibilidade e deixou a amarga tarefa de ter que vencer por 2 gols de diferença para avançar de fase. Vitória por 1 gol de diferença leva a decisão para as penalidades, um estresse que maltrata uma torcida que viveu esse mesmo pesadelo na temporada anterior.

Só que esse elenco não é aquele. Esse já mostrou que sabe o caminho das pedras quando tudo parece perdido. Na Arena das Dunas, então, costuma ser um pesadelo para os adversários, não importando quantos gols tenha que marcar. 

Enfim, foi uma derrota um tanto quanto inesperada, apesar de que o time pernambucano já havia emitido claros sinais de que era sim um osso duro de roer. Mas agora acabou a brincadeira. No domingo, às 17h, o time de Moacir vai ter mais uma oportunidade de mostrar que sabe jogar um mata-mata. E a torcida americana também. 

Lá vamos nós para mais um jogo "teste para cardíacos". E o jeito?

2 comentários:

  1. Pardal perdeu um gol incrível. Max, que estranhamente não começou jogando, também. O Mecão teve maior volume de jogo e tentou vencer, mas foi pouco produtivo no ataque. Achei as escolhas de Moacir equivocadas, independente do resultado. O América/PE deu praticamente dois chutes a gol, um deles entrou.

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  2. Verdade, Raissa. Também achei o time preocupado em resolver tudo lá em Recife. Poderia ter cadenciado mais o jogo no primeiro tempo. Outra coisa: não que Hiltinho seja um craque, mas para mim ele tem mais futebol que esse Franco. Franco como "falso 9" ontem nem armou jogadas e nem concluiu em gol. Roger Gaúcho não deveria ter saído. Que venha o domingo!!

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