Num jogo em que o desempenho técnico das equipes foi assustador, especialmente o do mandante, o ABC conseguiu um resultado providencial contra o Santa Cruz, tendo agora a vantagem do empate na partida da volta lá em Recife na próxima semana.
Mas o jogo foi ruim de doer. No 1.° tempo, o ABC apresentou um domínio completamente ilusório, sem objetividade. Tanto foi assim que a melhor oportunidade foi desperdiçada por Augusto, do Santa Cruz, num lance até engraçado de tão bizarro. Ele estava pronto para partir para o gol e entrar com bola e tudo, mas resolveu levantar a cabeça para ver o que estava à sua frente, o que é bastante recomendado. No entanto, parece que ele se assustou com a presença do goleiro Edson à sua frente, pedindo para levar um drible (e antes de qualquer coisa, goleiro tem mesmo que sair nesses lances), e escorregou e caiu!
No 2.° tempo, o ABC melhorou consideravelmente, mas , de novo, logo no início, a melhor chance foi do Santa Cruz, quando Augusto deu uma assistência com açúcar e com afeto para Allan Dias, mas este resolveu entrar para o Inacreditável Futebol Clube.
O jogo seguiu numa batida tão sem graça que, com o meu cansaço de um dia inteiro de exames e médico, eu cochilei e já acordei no gol de Rodrigo Rodrigues, no velho estilo matador, aproveitando o sempre fatal rebote da trave, providencial, diga-se de passagem, já que nada estava funcionando para o alvinegro ontem, a não ser mesmo a sorte, como os dois lances do Santa e esse mesmo do gol (a bola ainda desvia num jogador do Santa Cruz para encher a trave e voltar no pé de Rodrigo) provam.
Dizem que a permanência de Ranielle Ribeiro está atrelada à passagem de fase nesta Copa do Brasil, uma vez que no estadual ele já tem vaga na final. Se isso for verdade, o treinador mostrou ontem que tem o santo forte. E como normalmente seu estilo de jogo combina com vantagem de empate fora de casa, ele colocou a faca e o queijo na mão para o jogo em Recife. Não corta se não quiser.
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