Pela terceira vez o técnico Luizinho Lopes está disponível antes de o América engatar uma temporada na Série D.
A primeira foi logo após o acesso à Série C com o Globo quando tanto ele como o clube de Ceará-Mirim ainda discutiriam a renovação do vínculo contratual para 2018. O América não aproveitou a oportunidade de ter um técnico que deu nó em pingo d'água com um elenco recheado de jogadores das bases e que perdera importantes atletas de meio campo antes do Brasileiro. Preferiu renovar contrato com um técnico que, além de altamente identificado com o seu maior rival, o que sempre gerou desconfiança da massa americana, demonstrou enorme dificuldade de enxergar as claras falhas de escalação de seu time.
A segunda foi ainda no estadual deste ano, quando Luizinho preferiu deixar o Globo ante a campanha abaixo da expectativa no estadual. Na época, em vez de contratar um profissional formado em suas bases, altamente identificado com a camisa do América - que vestiu como jogador amador e profissional - além de já ter trabalhado como coordenador das bases do clube e conhecer a pressão dos bastidores ao ter sido auxiliar de Roberto Fernandes no profissional, os dirigentes optaram por Pachequinho sem a menor convicção de que desse certo. Tanto que depois acertaram com Ney da Matta, outra enganação.
O destino não costuma ser tão benevolente e ofertar três chances de alguém se acertar na vida. Mas eis que Luizinho Lopes acaba de ser demitido do Confiança, justamente quando o América começa a pensar no que pode ser feito para que a temporada 2019 não seja ainda mais medíocre do que a atual, assim como vem ocorrendo progressivamente para baixo desde 2016.
O América tem então mais uma chance de trazer um profissional que conhece os bastidores do futebol do RN, conhece o nível do estadual, sabe as agruras da Série D (é o atual vice campeão), enxerga valor nas bases, tira leite de pedra, investe em sua evolução profissional sem sinais de acomodação e é absolutamente identificado com o clube.
E aposto que tem um pedida salarial bem mais plausível (custo x benefício) do que as últimas peças que andaram por aqui.
Luizinho é o nome ideal para o América. Mas talvez não seja o nome ideal para os dirigentes do clube. Entre pegar ou largar, aposto que o certo é o errado. Azar nosso.
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