sábado, 5 de maio de 2018

Tortura sem fim

Como é duro acompanhar o time de Ney da Matta jogar, especialmente fora de casa. A partida contra o Belo Jardim, então, foi uma verdadeira tortura.

Sinceramente, me perdoem os que gostam quando eu escrevo sobre algum detalhe tático do jogo, mas hoje não dá. 

Com adversários que beiram o ridículo em relação ao nível técnico, o América tem passado um sufoco grande, o que assusta quem imagina o que pode acontecer daqui para a frente na competição.

Contra o Belo Jardim, de longe, o de mais sofrível nível técnico do grupo, o América com um jogador a mais limitou-se a chutar bolas para cima e ainda teve que contar com Fred e Negretti (salvo engano) para não passar a vergonha de tomar um gol num contra-ataque.

Em nenhum momento, nem quando teve algumas oportunidades de abrir o placar ainda no primeiro tempo, o América demonstrou o menor lampejo de vontade de vencer a partida. Nada. A vontade era de que o jogo acabasse logo.

A tática é todo mundo na defesa e que Deus ajude os pobres coitados do ataque lá na frente.

Ney da Matta também começa a mostrar mais do mesmo em relação aos seus antecessores. Enfia um camisa 9 sem ter jogo para ele, mexe errado e agora cismou que para todos os problemas do time só há uma solução: a entrada de Murici. Nem a realidade de que o árbitro não estava dando faltas para o América serviu para demover Ney da ideia de colocar um jogador sem o mínimo corpo para aguentar o tranco sem cair. Aliás, ele achou pouco e ainda colocou Vanvan, que sofreu do mesmo mal.

Até a linha defensiva acertada do jogo anterior (Rodney, Negretti, Jadson, Danilo) ele alterou. E como! Botou Jadson na lateral, Danilo na ponta e Wandinho (o mais lúcido jogador do meio para a frente do América e o primeiro a ser substituído sempre) no meio. Numa única mexida, conseguiu matar tudo, ainda que a ofensividade de Danilo tenha dado ao time umas 2 ou 3 chances.

O resultado foi um América sem capacidade de ultrapassar a intermediária do adversário, isso quando conseguia dar um chutão para sair de seu próprio campo, apesar de ter um jogador a mais em bom pedaço do 2.° tempo.

Tudo bem que o jogo foi fora de casa, o time está invicto, mas o América é um time altamente desconjuntado e que claramente tem adversários de nível muito inferior, o que tem lhe permitido passar incólume. 

Sem evolução, só há uma saída, que aliás é sempre apontada pelo próprio Ney da Matta: que Deus continue iluminando o caminho do América. 

Um comentário:

  1. Eu que sou América desde 1977...não aguento mais..tantos times ruins..formados..ano a ano..e esse é o pior quejá vi..perdemos até a noção que a tradição que dizia..calções branco s e camisas vermelhas..somos uma pálids lembrança de um time..wue já tive orgulho de torcer.

    ResponderExcluir