A Tribuna do Norte de domingo trouxe reportagem de Ícaro Carvalho (página 2 do caderno de esportes) sobre a análise de desempenho com enfoque em América, ABC e o Globo do ano passado. A reportagem mostrou que essa análise envolve "tudo que diz respeito a desarmes, passes, cruzamentos, finalizações, etc.", "lances de um jogo específico" e o estudo do adversário. Resolvi então destacar alguns trechos exatamente como escritos para termos uma ideia do que pensam sobre seu próprio trabalho Mário Alves (ABC), Paulo Victor (América) e Victor Hugo (braço direito de Luizinho Lopes no Globo e no Confiança).
Mário Alves, 55 anos, 3 temporadas como analista do ABC
"De preparador físico, Mário chegou ao cargo a pedido do então técnico Narciso, que desejava um homem com outros olhos na partida. Márcio conta que até hoje tem um trabalho em conjunto com o técnico Ranielle Ribeiro e recorda a situação em que viu o efeito prático de se estudar as jogadas do adversário. Num jogo contra o América, jogadas do Alvirrubro que foram pré-estudadas acabaram sendo determinantes na conquista do estadual em 2016. 'O América tinha umas jogadas bem interessantes com Cascata e Boaventura. A gente viu que precisava matar essa jogada, com Cascata que puxava para o meio para chutar e Boaventura que fazia ligação com os extremos. Vimos, revimos e ficou marcante por causa disso, porque anulamos essa ação deles', relembra Mário Alves, num clássico que terminou em 3 a 3."
Paulo Victor, 25 anos, de volta há 2 meses ao América
"Paulo Victor ressalta que os próprios jogadores estão se adequando a esse novo modelo adotado no futebol e que os atletas o procuram para saber os acertos e os erros e obviamente, tentar melhorar com o passar dos jogos.
'A gente tenta mostrar para eles que essa avaliação que estamos fazendo é para a evolução de cada um. Cada um ultrapassar o seu limite. E estou vendo que estou de dando muito bem lá no clube, pois cada dia os jogadores procuram saber como foi, qual a quantidade de acertos eles tiveram e tentam buscar a evolução nos jogos.'"
Victor Hugo, que trabalha com o técnico Luizinho Lopes
"Quem utilizou a ferramenta no ano passado foi o Globo. Com o então analista Victor Hugo e o treinador Luizinho Lopes no comando, a equipe conquistou o acesso à Série C do Campeonato Brasileiro e ainda chegou às finais do campeonato. O caso foi um dos primeiros a dar certo no futebol potiguar e se mostrou promissor no estado, num modelo de jogo integrado entre a equipe principal do Globo e as categorias de base da equipe.
Hoje no Confiança ao lado de Luizinho, Victor comenta que sentiu o trabalho ter utilidade justamente no jogo do acesso do Globo, quando o clube venceu a URT-MG nos pênaltis. Diante da imprevisibilidade no futebol, Victor Hugo comenta que a análise de desempenho surge justamente como uma ferramenta auxiliar nesse processo, buscando padrões e situações semelhantes nas equipes jogo a jogo para analisar o comportamento do adversário e conquistar resultados positivos."
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