100% sintonia

Foto: Twitter do América (Canindé Pereira)

É difícil ver o que tem acontecido entre América e sua torcida na Arena das Dunas e não lembrar que ainda havia umas certas almas que defendiam que os jogos da Série D deveriam ser no Nazarenão. Quase 6.000 pagantes. Fora os não-pagantes, nessa nova moda de ABC e América que divulgam apenas os que pagaram para entrar. De todo jeito, fico me perguntando onde caberiam tantos americanos no pequenino Nazarenão.

Aliás, o público divulgado continua não batendo com o que se vê na arquibancada. Ouvi rumores de que, dessa vez, o problema teria sido com quem comprou o pacote dos dois jogos e não trocou antecipadamente. Estes teriam entrado como não-pagantes. Mas são rumores; não confirmei com ninguém.

Sobre o jogo, fazia tempo que não havia uma sintonia tão grande entre torcida e time. Na batida da torcida no primeiro tempo, o América dominou o jogo e tratou logo de marcar dois gols. Lembram do sonho profético de Janaina antes da estreia? Tá lá no podcast O dia do reencontro. Ela havia sonhado com um gol de Jean Silva desviando um cruzamento de falta de Cascata. Foi quase isso. Ela só errou o jogo...

Aliás, o doidinho que já mora no meu coração Jean Silva de novo cravou uma assistência numa partida. São duas diretas e uma meio sem querer em 3 partidas. Dessa vez, foi Cascata que desviou de cabeça. 

Quem quis dar um trabalhinho no primeiro tempo foi Vitinho, mas Paulão colou nele e o problema foi resolvido.

Uederson era o elo mais fraco do time, mas até porque os outros estavam todos muito bem e ele ainda está se encaixando no time. Pareceu estar numa rotação abaixo dos outros. Diria que foi regular.

E assim terminou um primeiro tempo de muita intensidade das duas equipes.

No segundo tempo, o Jacobina resolveu botar as manguinhas de fora. O time é perigosíssimo! Boa parte de seus gols saíram exatamente como o que marcou contra o América: uma cobrança de falta/escanteio com bate e rebate.

Talvez por medo da pecha de retranqueiro, Leandro Campos tenha guardado a melhor substituição para o fim. Somente com a entrada de Guto é que as entradas de Tadeu e Robert fizeram sentido. O América voltou a dominar o jogo no finzinho e Tadeu marcou com tranquilidade seu primeiro gol com a camisa americana (que deixadinha de Cascata, hein?). Até bola na trave Robert meteu.

Guto deu uma movimentação ao América que Marcos Júnior não conseguiu dar nem na lateral, nem no meio, mesmo com a entrada do ofensivo Robert.

E, embora o Jacobina tenha dominado o segundo tempo, foi o América que mereceu um placar até mais elástico.

De novo, tivemos um árbitro central de rendimento sofrível. Travou o jogo o tempo inteiro. Eu mesma só o vi dar a lei da vantagem uma única vez no jogo. Claro que foi a favor do visitante.

O América de Leandro Campos segue com 100% entrega, 100% sintonia e 100% de aproveitamento. E agora vai enfrentar esse mesmo perigoso Jacobina em seus domínios, num gramado desafiador. Mas assim é a vida de quem quer um acesso.

P.S.: Sobre a Arena, tudo certíssimo na chegada. Já na saída... Abrir um único portão de saída para todo o público do Setor Leste é gostar de desafiar o perigo. Somente quando a coisa apertou muito é que abriram outro para facilitar as coisas. Não dava para prever o enorme fluxo de uma vez só, não?

P.S.2: Sabem aquela história de que a Arena das Dunas é um campo neutro? Basta olhar a foto acima e a campanha do América para entender a infelicidade de quem acreditou nisso.