Torneios eliminatórios são osso duro de roer. Os jogos são marcados pela tensão do início ao fim, já que cada minuto é fundamental. Também por isso há mais espaço para zebras. Não há tempo para recuperação. Bobeou, dançou.
É nesse clima de "agora ou nunca" que o América recebe o Náutico hoje na Arena das Dunas. Momentos distintos. Um é campeão estadual; o outro não. Mas esse não sabe o que é perder na Série B, mesmo já tendo utilizado um time inteiro de reservas. Já aquele vem de duas derrotas, sendo a última para o rival após um período de mais de dois anos só colecionando bons frutos no clássico.
América x Náutico também é clássico. Clássico do Nordeste. Quem não lembra dos duelos de 1996 com direito a gols históricos de Zé Ivaldo na Série B de 1996? Ou da sofrida goleada que os pernambucanos impuseram aos norterriograndenses pela Série A de 2007 em pleno Machadão?
Hoje os dois clubes iniciam a luta por uma vaga na próxima fase da Copa do Brasil - a copa do $$$. É preciso fazer um bom saldo para aliviar o sofrimento no jogo da volta em Recife. Mas tomar um gol é motivo de inferno astral. É que o gol fora de casa tem maior peso em caso de igualdade nos saldos. Assim, é melhor para o visitante perder por 2x1 do que por 1x0. Para os donos da casa, o contrário é que é verdadeiro. Até um 0x0 é melhor do que qualquer outro empate com gols.
O pior dos pesadelos é perder por dois gols de diferença. Aí acabou a festa logo de cara. Sem choro nem vela.
Ou seja, o jogo hoje é aquele estilo "caminhar sobre o fio da navalha": escorregou, adeus. Hora de muita sabedoria de Oliveira Canindé e de seus comandados, especialmente após 2 jogos sem conseguir marcar gols.
Hora também de sepultar de vez a desculpa do cansaço. Quem não aguentar o ritmo que peça para sair.
Ou seja, um jogo de alta tensão que vale a sua audiência in loco. O seu grito pode fazer toda a diferença. #PraCimaMecão
Nenhum comentário:
Postar um comentário