quarta-feira, 28 de maio de 2014

Fernando Henrique e os gols no meio das pernas

Não é nada agradável, especialmente para o próprio jogador, mas o goleiro Fernando Henrique vai ficando marcado pelos gols tomados no meio das pernas. Aqui no América, em 8 rodadas da Série B, ele teve tal dissabor contra o Avaí e contra o Joinville. Aliás, o Joinville já se tornou um calo no pé do goleiro, já que, no ano passado, o time catarinense conseguiu seu gol no empate em casa em 1x1 com o Ceará exatamente assim: por debaixo de suas pernas. Isso para ficar nos mais recentes. Infelizmente, essa é uma marca negativa do experiente goleiro, sempre lembrada por torcedores de seus ex-clubes, especialmente do Ceará. O vídeo abaixo, que contém os gols dos jogos de América e Abc pela 5.ª rodada da Série B de 2012, a 1 minuto e 52 segundos, é bem ilustrativo da tal característica. Por sinal, o mesmo vídeo, coincidentemente, traz a atuação dos 3 atuais goleiros do América, Dida (pelo América), Fernando Henrique (pelo Ceará) e Andrei (pelo Abc).


A questão é: aos 31 anos de idade, ainda há espaço para Fernando Henrique evoluir em relação a essa deficiência? Não acredito, visto que a evolução de atletas normalmente se dá até os 25 anos. Mas também não sou especialista para afirmar isso. Posso apenas opinar. Assim, resta saber se as outras qualidades de Fernando Henrique (tem um ótimo tiro de meta, por exemplo) são suficientes para compensar as deficiências (seu rebote também não costuma ser firme).

Esclareço que não existe jogador no mundo que não tenha uma deficiência. Ninguém pode ser bom em tudo. Além de contrabalançar qualidades e defeitos, é a fase que define se um jogador é titular ou não, pelo menos na minha concepção. Daí eu ainda não ter entendido a saída de Dida, que vinha em excelente fase, para a entrada de um goleiro que não é excepcional. 

É óbvio que Fernando Henrique também não será sacado faltando apenas 2 jogos para a pausa da Copa do Mundo. Não seria inteligente da parte de Oliveira Canindé e nem é o que eu defendo. A minha preocupação é com o pós-Copa. A última informação a respeito de Andrei - esse sim, estando 100% em forma, excepcional - é de que sua lesão seria na coluna, algo normalmente complicado para atletas. Pensando na pior hipótese possível (e claro, rezando para que ela passe bem longe!), que seria Andrei não conseguir voltar a tempo de ser titular no pós-Copa (3 batidas na madeira), insistir com Fernando Henrique seria limitar demais o potencial da defesa americana. Daí o meu insistente alerta, que, aliás, não é novo: nunca achei sua contratação um reforço.

Por isso, rezo tanto para que esta pausa da Copa chegue logo. Mas ainda há 2 jogos até lá.

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