sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Morte nas Nuvens, de Agatha Christie



Falar dos livros de Agatha Christie é chover no molhado. São sempre ótimos! Cheios de suspense, assassinos inteligentíssimos, um detetive ou mesmo uma velhinha fuxiqueira que investigam usando a psicologia, finais surpreendentes. Até quando não usa seus principais personagens investigativos - Hercule Poirot e Miss Marple - a escritora inglesa deixa seus leitores intrigados com a estória e obcecados em chegar à solução do caso.

Não poderia ser diferente com Morte nas Nuvens. Imaginem que o crime aconteça num avião em pleno voo e à vista de todos. Ou não, já que a senhora foi assassinada com um espinho venenoso possivelmente atirado de uma zarabatana indígena sem que ninguém tenha percebido qualquer anormalidade entre os passageiros e comissários.

O livro inicia com um mapa da posição dos passageiros. O engenhoso detetive belga Hercule Poirot, que, para azar do(a) assassino(a), também era um dos passageiros do voo fatal, pede uma lista do conteúdo de bolsos e malas dos passageiros e,a partir daí, envolve a todos em suas teorias mirabolantes, segundo o desdém da polícia encarregada do caso.

Mas eis que o curioso detetive acerta mais uma vez. E Agatha Christie consegue nos envolver até a última página. Se você ainda não leu um livro sequer de Agatha, não sabe o que está perdendo. Se já leu, sabe que a autora inglesa é absolutamente viciante. De um jeito ou de outro, Morte nas Nuvens não vai te decepcionar. Antes pelo contrário!

Frases da semana

"Há uma meia dúzia de vagabundos que precisamos tirar do Judiciário."
Ministro Francisco Falcão, novo corregedor-geral do Conselho Nacional de Justiça

"Até que enfim"
Capa da revista Veja, a respeito das condenações do caso Mensalão e da perspectiva inédita da prisão de corruptos no Brasil

"Os jogadores rezam juntos e ajoelhados antes de entrar em campo."
Rubens Guilherme, presidente do Abc, ao negar as notícias de racha no elenco alvinegro

domingo, 2 de setembro de 2012

Empate satisfatório. Entrevista nem tanto.

Empates em casa normalmente são amargos. Já não se pode dizer o mesmo em relação ao empate entre América e Vitória em 2 gols. Primeiro, porque o Vitória é dono simplesmente da melhor campanha da história da Série B até aqui. E fora de casa, então, o time da Bahia vê muito longe sua última derrota: 23 de junho, contra o Goiás no Serra Dourada. Uma virada histórica do time da casa. 4x3.

Como Roberto Fernandes adora enfatizar, o Vitória é uma equipe de maior investimento. Disso não há dúvida. Eu prefiro algo mais palpável. O Vitória joga. E muito. Parece até que tudo é meticulosamente calculado. Nada é a esmo. Eu temia o pior para o América.

Mas jogar em casa para o América sempre foi motivo de temor para os adversários. É a tradição do alvirrubro potiguar. O Dragão parece dizer "venha cantar de galo aqui que eu lhe transformo em frango assado na brasa!"

Pois é. o Vitória, dizem, dominava o jogo. Coitado. Gol de Lúcio numa tabela mágica com Netinho e Isac. Aí a coisa se inverte. O Mecão domina o jogo. E no calvário de Dida, que parece não ter fim, o América sofre o empate.

Chego em casa do trabalho e ligo a TV. Vitória 2x1 América. "Que coisa! Esse time baiano é mesmo um visitante chato!", eu penso. E já me ponho a imaginar a ladainha de Roberto Fernandes na entrevista pós-jogo: o Vitória é um time de maior investimento. Isso já virou um mantra...

Entretanto, parece que os jogadores resolveram que essa ladainha tem que parar um dia. E o América passa a dominar o jogo. No velho estilo Roberto Fernandes: marcação, saída rápida com bola de pé em pé. A bola começa a rondar perigosamente o gol do super poderoso time baiano. Uma, duas, três... Até que Clebão (o zagueiro Cléber) mete a cabeça na bola alçada por Netinho (sempre ele) em cobrança de escanteio. O jogo fica mais solto. Dida faz boas defesas, assim como Deola. 

Fim de jogo. 2x2. O super poderoso Vitória não conseguiu vencer o Mecão nesta Série B. Espero a entrevista de Roberto Fernandes. Espero uma exaltação ao bom jogo de ambas as equipes, ao poder de reação do América, à melhora de Lúcio, à boa entrada de Thiaguinho. Mas aí Bob me sai com essa: "Se eu fosse treinador do Vitória estaria muito insatisfeito com o resultado e faria uma cobrança forte agora no vestiário". Ou algo do gênero, já que eu não estava com gravador nem com paciência para ouvir ipsis litteris. E ainda disse: "de todos com maior investimento, apenas o Ceará ainda não nos passou"

De novo, Bob? O América jogou melhor e conquistou seu gol. Não foi como o primeiro empate do Vitória, presente de Dida, goleiro americano. Não aceitei a desculpa da politicagem para dizer que o árbitro inverteu faltas. Ser ruim também faz parte. E o empate ontem não foi mal resultado. Então, para que aumentar a valorização do resultado com seguidos rebaixamentos da equipe que você comanda? Não esqueça que futebol é passional e que, além do alcance nacional de suas entrevistas ao PFC, elas também chegam aos ouvidos de apaixonados torcedores. Tirar leite de pedra você já mostrou que sabe. Que tal mostrar que também sabe virar a página? Ninguém aguenta mais isso. Duvida? Então grave suas entrevistas e escute você mesmo!


sexta-feira, 31 de agosto de 2012

E a imagem da semana...

(Foto: Beto Barata/AE)

Frases da semana

Por que os jornais estão dizendo que houve um acordo ontem no Congresso sobre o Código Florestal e eu não sei de nada?
Dilma Roussef, presidente do Brasil, em bilhete enviado às ministras Isabella Teixeira (meio ambiente) e Idellu Salvatti (relações institucionais)

Download é o cacete!
Ancelmo Gois, jornalista de O Globo, em título dado a matéria sobre a luta de Arnaldo Niskier (membro da Academia Brasileira de Letras) contra estrangeirismos como "download" e "deletar"

O América corre por fora por todas as razões que eu nem vou mais comentar.
Roberto Fernandes, técnico do América-RN, comentando sobre Goiás 1x0 América.

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Roberto Fernandes e as entrevistas

O pernambucano é arretado. Aliás, todo mundo que conheço daquele estado é gente boa. Até quem não conheço! Tomei uma chuva desgraçada no show de Jennifer Lopez e Ivete Sangalo em julho em Recife e só o que não faltou foi gente para compartilhar um pedacinho de guarda-chuva, ou mesmo para arranjar uma sacolinha plástica, sem qualquer pedido neste sentido.

Logo, nem preciso dizer em que cotação eu tenho Roberto Fernandes. E se for para analisar a verdadeira mágica que ele fez com o elenco do América no estadual, apesar de perder jogadores para lesões e outros times e não ter direito a uma só contratação, aí perde a graça. Sou fã de Bob! E já até me sinto íntima (imagine!) para chamá-lo de Bob...

O problema de Bob tem sido as entrevistas pós-jogo. Não todas. Algumas, especialmente quando o time perde. Mas nem todas que perdeu, apenas aquelas em que há algum questionamento por substituição ou mesmo escalação. Ah, o ser humano encurralado... Parte para o ataque num instinto de autodefesa. Quem não age assim, né?

Bem, não podemos esquecer que se trata de um técnico de futebol, assunto eivado de muita paixão e pouca razão. Melhor então ter cuidado com o que se diz. Afinal, se a palavra é de prata, o silêncio é de ouro!

Nem vou discutir escalações, substituições... isso tudo é muito subjetivo. Certamente, as decisões tomadas pelo treinador são sempre com intuito de melhorar sua equipe. Só um louco ou mau caráter mexeria numa equipe apenas pelo prazer de ver seus comandados derrotados. No entanto, nem tudo na vida sai como planejamos. Aliás, quase tudo está fora de nosso controle.

E o pecado de Bob? Sim, as entrevistas. América perde de 4x2 para o Crb em Alagoas numa partida bizonha. E olhe que só vi o finalzinho. Isso foi num sábado. Na segunda-feira, lá está o treinador no Esporte Fino da 96FM para dizer que, apesar de não ter havido falha de Dida, o time jogara mal por se ressentir da ausência de um jogador como Galatto. Acrescenta que este chegou para ser titular, mas que ante a fase de Dida, teve que aguardar sua melhor condição, que já chegara. O RN inteiro noticia que Galatto vai ser o titular contra o Ceará. Eu mesma dei como certa sua escalação. Vendo a besteira que fez, o técnico se apressa em manter uma certa dúvida na quarta-feira, porque, em sua palavras, "não gostaria de ver Dida ser responsabilizado pela derrota em Maceió pela torcida." Não deu outra. Dida titular contra o Ceará. Achincalhes ao jovem goleiro a cada lance mais duvidoso e... pênalti à la MMA contra o América. Desnecessária a pressão sobre Dida indevidamente aumentada por Bob. Era melhor ter ficado calado e feito a substituição quando bem entendesse.

América 0x2 Atlético-PR. O Mecão não jogou absolutamente nada. O Atlético simplesmente não deixou. Encurralou o time rubro e dominou quase o jogo todo. Bob coloca Michel e desloca Norberto para o meio. O América melhora assustadoramente. Aí Bob saca Norberto. Atlético liquida o jogo com o 2.º gol. Questionado quanto ao erro, justifica que o Atlético-PR já era para estar "nas cabeças" pelo investimento e que a Série B é isso mesmo. Não gostei da resposta. Fazer o quê? Azar o meu.

Goiás 1x0 América. O América repete a atuação do 2.º tempo contra o Abc. Atacar é mero detalhe. Todo mundo lá trás. Aliás, essa é a história do América há alguns 2.ºs tempos. Mas tática é tática. O Goiás tenta, mas nada muito efetivo. No intervalo, Bob tira Thiaghinho (cansado) e coloca Pingo. O time não reage bem à mudança. Solução? Nova mudança em poucos minutos. Sai Netinho (isso mesmo que você leu: sai o "cara da bola parada") e entra Gustavo. "Vai reforçar a marcação" é o que todo mundo pensa. Mas aí ele libera Wanderson para o meio (até na direita jogou) e deixa Gustavo, vindo do DM e tendo feito péssima partida contra o Abc, sozinho na esquerda. Na falha (esperada) de Gustavo, o castigo. E o jogo ficou nisso. 1.ª resposta da entrevista? "O América corre por fora. É isso mesmo." Mais tarde, declarou:  "Isso mostra que tenho que mexer algumas peças que não estão rendendo contra o Avaí."

A mesma justificativa do investimento e a mesma antecipação de mexida (com mais de um jogo de antecedência). Bob, Bob.  Nós já sabemos há muito tempo que o Mecão corre por fora. Mas toda vez que jogar mal será esse o motivo? E se o time não vai bem, tem que mexer mesmo. Mas anunciar dois jogos antes? Quem vai sentir a pressão dessa vez dos apupos da torcida?

Como diria meu amigo Fabrício, tem horas em que é "mior calar".

domingo, 26 de agosto de 2012

2 livros numa semana

Como eu andava atrasada na minha leitura de lazer! Apesar de que qualquer leitura para mim (até bula de remédio) é fonte de irremediável prazer, ler livros sem amarras de prazos ou trabalhos ultimamente estava relegado a segundo plano em minha atribulada rotina. Tanto que havia começado dois livros e interrompido. Resolvi no finzinho da semana passada resolver esse impasse. Iria ler nem que fosse duas páginas antes de dormir.

Duas páginas antes de dormir? Impossível! Depois que se retoma um vício, é difícil dosá-lo. Claro que não li os dois livros ao mesmo tempo. Primeiro um, depois o outro. Que delícia! E olha que nem li a minha favorita, paixão louca mesmo que me fez enveredar pelos caminhos jurídicos: a perfeita Agatha Christie. Ler Agatha (olha a intimidade! Eu a chamo pelo primeiro nome!) é como se alimentar de sobremesa na TPM: indispensável. É de um prazer absurdamente absurdo... Melhor interromper porque não foi uma obra da super britânica que li.

Terminei a leitura de dois livros totalmente distintos. Plim-Plim: a peleja de Brizola contra a fraude eleitoral, de Paulo Henrique Amorim e Maria Helena Passos foi um presente do amigo Wagner. Há tempos. Mas sou daquelas que comem sobremesa "poupando", sabe? Logo, nada de ler um livro assim que o recebo. Há toda uma experiência, quase um flerte, seguido de namoro, noivado e casamento, para que eu comece uma leitura. Culpa da minha memória. Uma vez lido, lembrarei de suas páginas por tempo indefinido e o prazer da surpresa acabará para sempre.

Pois é. Eu "poupo" livros. Mas, voltando ao livro citado, trata-se de narrativa que reproduz o clima da eleição para governador do Rio em 1982. Eu tinha 3 anos, porém já ouvi falar muito no episódio, que seria a origem da arenga Brizola x Rede Globo. Interessante ver as coisas sobre outra perspectiva, embora o livro  seja repleto de muitas suposições e muitos indícios, mas poucas provas na visão de quem ama o Direito. Nem por isso deixa de ser interessante e de ter sua leitura por mim recomendada. Afinal, a leitura não pode ser feita de um jeito inerte. É preciso manter uma visão crítica. Para resumir, adorei.

O outro foi Na Boca do Túnel, de Maeterlinck Rego Mendes. Para quem não sabe, o autor é há várias décadas chefe do departamento médico do América-RN. Ele reuniu centenas de casos pitorescos e revelou lado desconhecido dos bastidores do futebol, especialmente das concentrações. Livro que se lê com um sorriso da boca e que conseguiu me arrancar algumas gargalhadas. Minha edição foi até autografada pelo doutor americano. Adoro esses livros de "causos". São como doses de bom humor ante certas inocências do ser humano.

Quem se aventurou até aqui neste texto, mas ainda não incorporou o hábito da "leitura de cabeceira", não sabe o que está perdendo. Aguardar o sono na companhia de um bom livro é uma experiência que faz bem à alma, ao coração e até ao cérebro! E ainda alivia nossos olhos quanto aos horrores publicados no Twitter e no Facebook, por exemplo.  Viva a imaginação!

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Fim do 1.º turno da Série B

Pois é. 18 rodadas já foram embora.  Num feito histórico para o futebol do RN, o América manteve-se na zona de classificação para a Série A em 14 rodadas. Foi líder em parte dessas rodadas (acredito que em 5 delas). Atualmente, é o 9.º com 28 pontos.  Está a 5 pontos da zona de classificação e a 13 da zona de rebaixamento.

O Abc frequentou a zona de rebaixamento para a Série C algumas vezes. Também esteve uma vez na zona de classificação para a Série A. Mas agora está em 15.º lugar com 20 pontos. Está a 5 pontos da zona de rebaixamento e a 13 da zona de classificação.

Posições simetricamente invertidas. E, para acelerar corações, o 1.º turno se encerra com o clássico no Nazarenão.

"Clássico é clássico", diz  a máxima. Mas não dá para fechar os olhos: tem favorito, especialmente se o mandante é quem se encontra melhor na competição. Se o favorito vai vencer, aí são outros 500. Futebol às vezes maltrata. Não é como basquete, em que o melhor sempre vence. E num clássico isso ganha novas cores de dramaticidade.

Até as diretorias trocaram de posição. No início do ano, a do América defendia torcida única nos jogos e a do Abc era contra. Nunca houve nada demais entre as torcidas, especialmente em Goianinha. Agora é o presidente do Abc que luta por torcida única, enquanto o presidente do América diz que não abre mão da presença de sua torcida na última rodada do campeonato no Frasqueirão. Alguém se arrisca a apontar a motivação para a mudança de posicionamento, especialmente do presidente do Abc, já a PM e o MP têm dado conta do recado quanto à segurança?

Melhor ainda será aguardar a mudança de posicionamento da imprensa nesta semana. Um verdadeiro aperitivo para o jogão do próximo sábado às 16h20 em Goianinha. 

Não tenham dúvida: o clássico já começou.

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Inacreditável Criciúma 4x3 América

Perder fora de casa é o esperado. Perder com um jogador a menos jogando fora de casa é previsível. Virar um jogo para 3x1 jogando fora de casa com um a menos é impressionante. Encurralar o líder do campeonato com 100% de aproveitamento em seus domínios, mesmo estando com um a menos é fantástico. Mas permitir uma virada, tomando 3 gols idênticos em menos de 10 minutos é sofrível, inacreditável.

Essa foi a história de Criciúma 4x3 América. Resultado esperado com um gosto pra lá de amargo. Não vi o 1.º tempo. É a minha sina: a CBF insiste em marcar os jogos do Mecão em horário de trabalho. Quando estava de meias férias, os jogos só ocorriam nas terças às 21h50 e nas sextas às 21h. Bastou as tais meias férias acabarem. Tadinha de mim.

Vi o 2.º tempo. Pingo, quando joga de atacante, é muito perigoso. Não desiste das jogadas. Tem bom chute, é habilidoso. Inferniza a zaga. E o Criciúma jogava encolhido, displicente, parecia até estar com um jogador a menos, quando esta era a realidade do América. O gol era questão de tempo. Linda jogada. Chute de Michel (que já pede passagem no lugar de Fabinho), rebote do goleiro (lembrei de Dida) e oportunismo de Pingo.

Jogo empatado. O América arrefeceu um pouco. Esqueci de dizer da excelente substituição de Lúcio por Rodrigão. Por incrível que pareça, tornou o time mais ofensivo. Rodrigão acabou com a festa do Criciúma pelo lado esquerdo, além de ter ótimo passe. E ainda permitiu que Wanderson partisse para o ataque, onde prejudica menos o América. Aliás, para ser justa, lá na frente, ele joga bem, especialmente fora de casa. Os jogadores do Criciúma deveriam ter pesadelos com Rodrigão, Michel, Wanderson e Pingo.

E lá se foi Pingo marcar de cabeça o gol da virada. Fabinho, em jogada que relembrou o bom jogador que ele é, partiu para a linha de fundo e cruzou antes mesmo de chegar lá. Nada de corte para dentro.

Mas Pingol queria mais. Deu uma bundada no zagueiro (falta que o juiz não viu) e gol do alívio. Será?

Bem, Roberto Fernandes anda numa draga de dar uma no cravo e outra na ferradura. Acertava o time e mexia errado. Ou escalava errado e mexia certo no tempo errado. No jogo passado, acertou com a entrada de Michel e o deslocamento de Norberto para o meio. Aí sacou Norberto e matou a reação dos seus comandados. Algo parecido ocorreu ontem. Ele acertou ao colocar Rodrigão no lugar de Lúcio, o que acabou com a festa catarinense na esquerda do Mecão e errou feio ao tirar Netinho e colocar Nata. Nata nada fez. No melhor lance, que poderia resultar no 4.º gol do América, esperou alguém do Criciúma colocar a bola para a lateral tendo sido ele o último a tocar nela. Isso lá pelo lado direito do ataque. Quem cobria a esquerda? Já não era mais Rodrigão, que formava uma linha na área com Cléber e Edson Rocha.

Justamente quando mais o América precisava matar o jogo com faltas na intermediária, o time se enfiou na grande área. Wanderson, péssimo na marcação, ainda tentou derrubar alguém por ali, mas nem isso conseguia. E o jogo começou a se desenrolar perigosamente dentro da área americana. Pior, com o Criciúma repetindo a jogada do 1.º gol: cruzamento/passe da direita já na grande área, quase na pequena área, e finalização no meio. 

Assim, o Criciúma fez o 2.º. Desorientação no América. Zé Carlos tenta cavar pênalti. Que me desculpe os de outra opinião, mas ninguém o desloca e ele simplesmente dobra a perna. Perdeu a cabeça e agrediu Thiago Schmidt. Expulsão do artilheiro do tigre. Agora vai. 10 contra 10. Que nada! O Criciúma repetiu a jogada e... 3.º gol.

Será que ninguém via aquele buraco na esquerda? Ninguém conseguia chegar para derrubar alguém na intermediária? De cabeça, na área, sou mais os zagueiros do Mecão. Tinha que acabar com a linha de passe do Criciúma derrubando seus jogadores na intermediária. Era hora de levar cartão amarelo, até o vermelho, mas segurar o placar em tão pouco tempo. Nada fora feito para segurar a vitória. Que segurássemos o empate então!

Nada. Mesma jogada. Desta vez, o jogador sobrou livre para cruzar na PEQUENA área. O "burro", ao invés de insistir no que vinha dando certo (cruzamento para o meio da área), inovou: chutou direto para o gol. Pegou Thiago Schimdt desprevenido. Só por isso não vou descontar nele o fato de ter tomado um gol entre ele e a parte mais próxima da trave. Era muito óbvio que o cara iria cruzar, já que assim saíra os 3 primeiros gols do Criciúma. 

4x3. Resultado esperado. Desenrolar inacreditável. Um gosto amargo de decepção. Porém, algo serve de alento. Roberto Fernandes conseguiu montar um América muito melhor sem Lúcio e Isac. Também acabou com uma chatice que vinha se repetindo: terminar o jogo com 4-5 atacantes, como se fosse um time de pelada.

Vamos todos torcer para que o time acredite que este resultado foi espírita (foi sim! Pelo amor de Deus!) e que não vai mais se repetir e que Bob enxergue que alguém tem que ser responsável por marcar no lugar de Wanderson. Pelo bem do América e da saúde de todos os seus torcedores. 

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Vôlei de praia e boxe garantem 3 medalhas

Não deu para trazer o ouro mesmo o Brasil tendo boas chances com duas duplas masculinas e duas femininas. No caminho mesmo das medalhas, somente Juliana /Larissa e Alisson/Emanoel chegaram lá. As primeiras conquistaram o bronze (primeira medalha olímpica de Juliana, atleta que já morou em Natal e que tem familiares aqui) e os últimos sucumbiram apenas na final, garantindo a prata (a primeira de Emanoel, que já conquistara ouro em Atenas-2004 e bronze em Pequim-2008).
(Foto: Reuters)
No boxe, Adriana Araújo tornou-se a primeira mulher e a segunda pessoa do país a conquistar uma medalha olímpica em tal modalidade para o Brasil (a conquista anterior foi de Servílio Oliveira na Cidade do México-1968, atualmente comentarista da Espn Brasil). 

Agora, o Brasil tem 2 de ouro, 2 de prata e 7 de bronze (11 no total).