domingo, 26 de junho de 2022

Não dá

Demorei a escrever após Retrô 1x0 América porque queria checar se enfim o técnico João Brigatti iria parar de fugir das entrevistas coletivas. Não costumo acompanhá-las logo após o jogo porque prefiro tecer meus comentários sem saber a visão do técnico.

Comecei a ver o jogo já quase no fim do 1.° tempo. Horrível. Há 2 jogos pelo menos o América vem demonstrando uma fragilidade na marcação inadmissível para um time que já está quase no fim da fase de grupos da Série D. O América virou o time que toma contra-ataques perigosíssimos dentro e fora de casa. Mais: é o time que não sabe mais finalizar que preste.

De novo, o técnico reclamou que o adversário jogou por uma bola. Se o América tivesse jogado assim desde o início da competição, especialmente fora de casa e particularmente no jogo contra o São Paulo Crystal, quando deveria ter entendido que até cera lhe ajudava com um a mais, talvez não estivesse no fio da navalha em que se encontra, torcendo por outros resultados para conseguir se manter na última posição da zona de classificação. 

Mas para além do jeito de jogar e do "se" que não entra em campo, o treinador já deveria ter entendido que é assim que TODOS os adversários do América neste grupo jogam e vão jogar.

A pérola da entrevista que acompanhei na 98FM veio da explicação sobre a atuação do atacante Iago. Segundo o técnico, ele veio para jogar, atuou no 2.° tempo no jogo anterior e virou titular hoje pela "evolução".  Só que ele sentiu o "gramado pesado" da Arena Pernambuco. Ah, Brigatti! Conte outra! A arena de lá, como a daqui, foi palco de Copa do Mundo. Gramado pesado pode existir em outros buracos em que a CBF e suas afiliadas autorizam irresponsavelmente que jogos sejam disputados, mas não nas arenas.

Ou seja, Brigatti segue insistindo em jogadores que acabaram de chegar sem ritmo/condição de jogo e sem qualquer brilho técnico que justificasse essa decisão e escanteando a galera já entrosada do estadual, como Zé Eduardo, este sim, merecedor da paciência para ganhar ritmo de jogo pós-contusão.

Sinceramente, não dá. A gente acompanha a entrevista do técnico e percebe que ele está sem rumo, igual ao time em campo. Se a classificação chegar para este América, Souza, Fassina, Brigatti e toda a torcida americana podem jogar as mãos para cima para agradecer o milagre descido do céu apesar da bagunça que virou o time em campo.

De todo jeito, tem mais uma final na próxima rodada, agora contra o Afogados, este doidinho para vencer em casa o adversário direto na disputa da última vaga. Se olhar a bagunça que o América virou e as avenidas oferecidas em contra-ataques, o mandante terá em mãos a fórmula do sucesso. Ainda mais que o técnico do visitante não faz ideia de como resolver os problemas que ele mesmo cria.

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