sábado, 11 de junho de 2022

Comichão de ruindade

O título parece até mais cruel do que o devido, mas essa foi a impressão que tive do que o América mostrou contra o limitado São Paulo Crystal em João Pessoa.

Sim, o jogo era fora, num gramado ruim, encharcado. Mas o América começou dominando os lances. O São Paulo se limitava a contra-atacar mesmo como mandante. 

Elvinho segue muito à vontade tanto em infiltrações como em assistências. Desde o torneio estadual do ano passado aponto que ele é acima da média.  Mas saiu.

Zé Eduardo também. Sentiu dor no músculo adutor da coxa, segundo a assessoria de imprensa do América. William não segurou a peteca, tendo tido inclusive uma chance claríssima de gol (assistência de Elvinho) desperdiçada. Wallace longe de acertar alguma coisa também. 

Outra saída inexplicável (não há notícia de contusão) foi a de Allef, que é a alma desse meio campo do América.

Se as saídas já não se explicavam, menos a de Zé, quem entrou fez pena. Todas as substituições foram sofríveis, com uma leve exceção para William.

Quem subiu de desempenho e no meu conceito foi Felipe Cruz, que não comprometeu pela esquerda, tendo levado o jogo a sério.

Voltando ao jogo em si, o América fez um golaço com Araújo e dominava o 1.° tempo. O mandante teve um jogador expulso aos 5 minutos do 2.° tempo e o América foi desaparecendo do jogo por tudo já citado. O esforço foi grande para tomar um gol do limitado São Paulo, mas a arbitragem acabou com a agonia das duas equipes (a que queria tomar e a que queria fazer e não conseguia) e arrumou um pênalti fake. Empate registrado, apito para encerrar a partida e a agonia.

O América de João Brigatti não entendeu que só tem finais a jogar desde a rodada anterior e hoje precisou se empenhar muito para abrir mão de um resultado tranquilo e que seria de fundamental importância para começar a compensar os papelões anteriores.

Precisam abrir o olho: o técnico, para mexer apenas no que precisa ser mexido; jogadores como William, para entender a responsabilidade de entrar em campo pelo América; e a diretoria, porque sem jogadores reservas que tenham condição de atuar profissionalmente nenhum time conquista coisa alguma.

Que esse comichão de ruindade tenha sido o último a dar as caras nesta temporada. Ou já, já ela acaba. 


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