A nova minissérie da Netflix Maid, facilmente traduzida como faxineira e que é inspirada em livro, por sua vez inspirado em fatos reais, é mais uma obra que não dá para deixar passar sem conferir.
A história do abuso psicológico a que Alex é submetida por seu companheiro e da sua luta para escapar dessa situação e para livrar sua filha de um destino semelhante é daqueles socos no estômago que precisamos levar de vez em quando para entendermos o quanto a sociedade é construída para desacreditar e submeter mulheres a uma total desesperança.
É possível rir, chorar, se desesperar, ter raiva e se encantar com Maid. É também absolutamente magnífico observar o talento das duas atrizes principais, as duas mãe e filha na vida real. Andie MacDowell e Margaret Qualley estão muito à vontade e convincentes no drama da mulher que tenta fugir do abuso (Maggie) enquanto a outra é a vítima que não vê - ou não quer vê - o abuso a que é constantemente submetida.
Destaco, no entanto, que talento é o que não falta a todas as pessoas que aparecem nesta minissérie, por menor que aparentemente seja o papel, o que inclui a fofurinha que interpreta Maddy, a filha de Alex (personagem principal).
São 10 episódios de aproximadamente 50 minutos cada a serem consumidos calmamente, para que possamos processar tudo que nos é apresentado sem perder detalhes e já refletirmos como é necessária uma rede de proteção e solidariedade entre as mulheres, em especial as que estão em condições ainda mais fragilizadas de vida.
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