É preciso coragem para superar a primeira metade dos episódios de Grand Army, série lançada pela Netflix em outubro.
A temática é pesada mesmo, sem subterfúgios. Terrorismo, racismo, xenofobia, misoginia, uso de drogas de todos os tipos, estupro, desigualdade social, sensação de não pertencimento... A lista é de tirar o fôlego numa estória que aborda os estudantes de uma escola de ensino médio no Brooklyn, NY, no momento em que uma bomba explode ali perto.
O primeiro episódio, por exemplo, nem parece fazer muito sentido, mas como eu já sei que dificilmente gosto do primeiro episódio de qualquer série, persisti. A estória passa a se afastar de questões menores para se aprofundar em questões bem mais complexas.
A recompensa de tanta coisa pesada nos assolando desde o primeiro episódio é como as coisas começam a fazer muito sentido do 5.° episódio em diante. São muitos os socos no estômago que levamos até o episódio final.
Menos mal é que até agora Grand Army não foi afetada pela mania da Netflix de cancelar séries logo após o lançamento da primeira temporada. Pelo menos isso ainda não foi anunciado. Dá até para sonhar com uma nova temporada de mais desenvolvimento para personagens tão complexos. Num velho ditado, ainda há muito pano para as mangas. Resta torcer.
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