A gente conta o milagre, mas não conta o santo. Como publiquei aqui em 7 de abril, o América participou de audiência virtual que regularizou a situação do FGTS do clube presidida pelo juiz do trabalho Michael Knabben, que é coordenador do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania do TRT-RN (Cejusc), e pelo juiz federal Marco Bruno Miranda Clementino, da 6.ª Vara.
Segundo publicação oficial, Michael Knabben ressaltou que o acordo foi "bom para o América, para os trabalhadores e para a Caixa, principalmente num momento difícil em que vivemos atualmente".
Quem conhece o trabalho do Dr. Michael sabe de sua tranquilidade e bom senso. Pois bem. Nesta semana eu soube que ele fez questão de elogiar a postura do América, o que obviamente inclui o Departamento Jurídico, como litigante em todas as questões que envolvem débitos trabalhistas, fiscais e previdenciários do clube, chegando a pontuar o clube como exemplo dentre os pares potiguares na conduta de empenho para resolver tais questões.
Aos que têm as demandas judiciais como labor bem sabem que a busca de acordos é a grande prioridade que os novos rumos do Direito Processual impõem tanto à advocacia como ao Poder Judiciário. Quando as partes envolvidas estão também imbuídas desse espírito, então, ganham todos com uma solução rápida, que leva a menos dispêndio de tempo, de dinheiro e de energia mental, tanto das partes como do Poder Judiciário, e que ajuda a pacificar a sociedade, com um conflito a menos a entupir as varas/tribunais país afora.
A crise é grande para todos. Mas a postura do América, especialmente na gestão de Leonardo Bezerra, que eu posso acompanhar um pouco mais de perto, de transparência nas negociações judiciais em busca de solução rápida e amigável é de fato louvável para quem milita na área, daí o merecimento de todos os elogios.
São os novos rumos da advocacia e do Poder Judiciário permeando também o América. Que o alvirrubro sirva de exemplo então para todos no RN, não apenas para o futebol.
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