Pena que ela só passou aqui por Natal em apresentação única, mas como reestreia em São Paulo no próximo fim-de-semana, pode ser que volte por aqui em outra oportunidade. Refiro-me à peça Histeria.
O roteiro originalmente é inglês, mas nós, brasileiros, demos a sorte de Jô Soares ter visto a peça em Paris e enxergado o tesouro que ela é. E que sorte, viu? Jô é o mestre da reunião de fatos e personagens reais com ficção.
Histeria transforma em boa ficção o encontro real entre o pai da psicanálise Sigmund Freud e o mestre do surrealismo Salvador Dali. Não há um só senão em relação a essa peça. Cenário, atores (aqui em Natal, Rubens Caribé substituiu Cássio Scapin como Dali), efeitos e, claro, o texto - tudo foi do meu agrado.
Jamais imaginei conhecer tão a fundo os dramas de Freud e a excentricidade de Dali. Nunca pensei que um drama pudesse ser tão engraçado ou que uma comédia pudesse ser tão séria. Faz refletir e libera boas risadas também. Tudo isso ambientado na Londres pré Segunda Guerra Mundial, em 1938.
Sem dúvida, um dos grandes espetáculos do teatro brasileiro.
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