Frustrante, decepcionante... Pode ser assim definida a derrota do América para o 99% rebaixado Icasa. Só para se ter uma ideia, o time cearense nunca vencera o Orgulho do RN. Mas, assim como o ASA, que quebrou seu tabu contra o América na sua casa nesta Série C, o Icasa derrotou a equipe potiguar em seus domínios. Menos mal que a derrota veio numa hora menos incômoda, já que o time de Bob continua no G4 e dependendo apenas de seus próprios esforços. Só que é preciso abrir o olho para que os erros não sejam repetidos.
Erro 1: Edson Rocha. Já foi capitão do América e merece respeito, é verdade. No entanto, desde o ano passado que sua fase é terrível. E zagueiro em fase ruim só não é pior que goleiro. Não adianta mais Bob insistir com ele, especialmente quando seu parceiro for Flávio Boaventura.
Erro 2: esse fica dividido entre Roberto Fernandes e a diretoria. Se Edson Rocha não demonstra condições, como ele pode ser o 3.° zagueiro da equipe? Erro de Bob. Se Zé Antonio Potiguar serviu de parceiro de Flávio durante todo o 1.° semestre e agora não serve mais, então o erro é da diretoria. Chegou a hora das contratações pontuais e a zaga necessita de mais 2 nomes. Urgentemente, pelo menos 1. A onça vai beber água e vai arrastar tudo que estiver na frente.
Erro 3: Max. Na briga pela artilharia do Brasil, o Homem de Pedra adora um gol decisivo. Mas também está numa fase terrível. Acredito firmemente que teria melhor aproveitamento começando como reserva e entrando num momento mais crucial do 2.° tempo. Um ataque mais leve seria mais efetivo para Cascata, por exemplo. Se Bob não abre mão de atacante fixo, hora de a diretoria cair em campo em busca de um titular para a posição. Quem sabe assim a fase ruim de Max não passa?
Erro 4: Cascata. Também é decisivo. Não esteve bem no jogo contra o Águia, mas deu passe que facilitou gol de Pardal. No entanto, Cascata entrou numa de perder bolas no meio de campo de forma irritante. De que adianta insistir com ele num campo ruim, como o do estádio Mauro Sampaio?
Erro 5: Maguinho não é lateral. Ele quebra um galho por ali. Não pode ser alçado a titular na lateral porque é jogador de alto risco quanto a expulsões. Talvez entrasse melhor como mais um volante no meio em determinados jogos.
Erro 6: arbitragem de Piauí e Maranhão. Todas as vezes que criaturas dessas federações apitaram jogos do América neste ano, este saiu prejudicado. Tá faltando o que para que a federação potiguar e a diretoria americana se manifestem pelo veto a arbitragens dali originárias? E nem venham dizer que veto não existe. Ele pode não existir oficialmente, mas uma palavra bem dita à pessoa certa no lugar e no horário certos resolvem rapidinho essa questão.
Erro 7: de que adianta Bob enfiar Gláucio e Max, ambos em fase questionável, se o time não alçar bolas na área? Bob reconheceu que falta o time ter uma pegada mais forte contra adversários mal colocados. Então, que tal surpreender a galera num jogo desses colocando quem anda pedindo passagem (pelo menos como reservas), como Bruno Farias e Reys? Num gramado ruim e com Cascata e Max pouco inspirados, os dois poderiam demonstrar a vontade ausente. Se não desse certo, pelo menos sacudiria o grupo, mostrando que quem não colocar a faca nos dentes vai dar passagem a outros. O que foi aplicado a Tiago Potiguar e Busatto também deveria servir para os outros.
Lembrando que na sexta às 21h na Arena das Dunas o adversário é o ASA, que, a exemplo do líder Fortaleza, só perdeu uma única partida na competição. Qualquer erro pode ser fatal num jogo desse nível. E os acertos têm que começar nas arquibancadas, com a torcida pressionando o adversário e (por que não?) a arbitragem a cada segundo do jogo. Bob, diretoria e jogadores esgotaram a cota de erros contra o Icasa. Hora de remar tudo de novo.
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