quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Retweet or not retweet, that is the question.

Pode parecer petulância parafrasear um dos personagens de William Shakespeare, mas foi o que imediatamente me veio à cabeça quando do polêmico afastamento de Marcelo Abdon do futebol do ABC. Dizem que tudo teria começado com um retweet dele a respeito da qualidade do elenco abecedista, embora eu passe longe de acreditar nisso. Eu particularmente jogo  tudo na conta do presidente do ABC, que tem se revelado extremamente desagregador no clube. Todos que chegam para ajudar saem depois disparando contra a direção como um todo e isso é sim reflexo de seu comando (ou a falta dele, não sei porque não acompanho de perto).

De todo jeito, é sobre retweets que quero falar. Nem sempre eles significam que há uma concordância com o que ali foi exposto. Eu, por exemplo, canso de dar retweets nas discussões que travo em argumentos que são diametralmente opostos aos meus. Tais retweets sinalizariam uma espécie de rendição? Claro que não! Apenas estou dando visibilidade a algo que tem pertinência dentro do que se debate e até para que minha discordância faça sentido para quem me segue. 

Também dou RT em coisas que considero estapafúrdias, mas tão estapafúrdias que me recuso a comentar e assim deixo para que meus seguidores tirem suas próprias conclusões.

Só não fazem parte dos meus retweets xingamentos e palavras de baixo calão. Baixaria explícita não é comigo. Até porque quem parte para ofensas sinaliza que já não tem mais argumentos e aí a discussão morreu. Nesse caso, se o insulto for de alguma forma a mim direcionado, faço igual a uma antiga propaganda de operadora de telefonia: "Quem ama bloqueia". Afinal, discussão é uma coisa; agressão, outra.

Por fim, também fazem parte dos meus retweets resultados de jogos, horários de programas, recebimento de prêmios, reportagens interessantes (ainda que delas discorde) e por aí vai. 

Isto tudo significa que retweets que detêm minha concordância em 99,99% dos casos têm isso explícito na própria mensagem.

Logo, não dá para imaginar que um retweet imediatamente signifique concordância total e absoluta. E há muita gente que pensa e age exatamente como eu nesse mundo virtual.

Querer transformar todo retweet em adesão é trazer o dilema shakespeariano para o dinâmico mundo virtual. Não combina.

Nenhum comentário:

Postar um comentário