Não espero espetáculo do América, mas consistência. E isso eu vi nas 3 partidas pós-Copa 2014. O América de Oliveira Canindé parece ser um time que sabe bem o que quer, sabe exatamente como conseguir o que quer e, principalmente, sabe de suas limitações.
São muitos os indícios. Primeiro, quando soube proteger um goleiro inseguro. Segundo, quando seus 2 únicos zagueiros jogaram 3 partidas pendurados e assim continuam. Terceiro, quando perdeu seus 2 atacantes de força, mas soube tirar leite de pedra.
Assim foi o América contra o Bragantino, quando conseguiu superar 2 falhas de Fernando Henrique em momentos cruciais do jogo e empreendeu uma virada fantástica. Assim também foi contra o Vasco na reabertura de São Januário, quando sofreu um gol de falta que não foi e quase impõe ao Vasco uma vitória de virada não fosse o péssimo dia de seus atacantes. E contra o xará mineiro teve atuação cirúrgica, num gol com passe milimétrico de Marcelinho para o gol do artilheiro Rodrigo Pimpão.
Houve muita pressão do América-MG? Sim, assim como houve do Vasco. Porém isso só engradece o feito. Até Fernando Henrique cresceu e já dá pinta de que será o homem de confiança de Oliveira Canindé mesmo com a volta futura de Andrey.
Hoje todo mundo sabe a escalação do América sem contusões nem suspensões: Fernando Henrique, Marcelinho, Cléber, Roberto Dias, Wanderson; Márcio Passos, Val, Fabinho, Arthur Maia; Rodrigo Pimpão, Max. Dá para saber até a ordem dos reservas: na meia, Morais e Jefferson; no ataque, Isac, Alfredo, Gláucio.
Impossível não reconhecer que Oliveira Canindé conseguiu acertar a mão entre o que eu queria (soltar os laterais) e o que ele fazia (prender os laterais). Wanderson e Marcelinho se alternam nas subidas (mais aquele que este) num verdadeiro 4-4-2. Tanto que ontem o gol surgiu de uma subida de Marcelinho em busca de bola perdida numa tabela Pimpão-Alfredo no contra-ataque.
Foi sofrido, principalmente pela qualidade do adversário, mas valeu. E Oliveira Canindé vai confirmando a impressão que eu tinha dele desde o tempo de Campinense: tem conhecimentos táticos e sabe usá-los quando domina o elenco.
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