segunda-feira, 31 de março de 2014

Do goleiro ao atacante

Chegar mais cedo e sentar no setor leste da Arena das Dunas é de tirar o juízo de qualquer criatura. É que há pessoas que pagam R$ 50 de ingresso, se submetem a uma chuva forte no domingo não para torcerem por seu time do coração, mas para torcerem contra os jogadores do seu time do coração (?).

Do goleiro ao atacante do América, com exceção de Arthur Maia (até quando, só Jesus sabe), ninguém presta na boca maldita da Arena. Antes do jogo, já era possível ouvir todo tipo de avaliação a respeito de Dida. Claro que nenhuma boa, apesar de o jovem goleiro não ter tido uma única falha neste ano e ainda ter operado alguns milagres em jogos importantes da temporada.

Começa o jogo. De cara, não gosto do América com 3 atacantes, nem com Fabinho na lateral. Mas lá estou sem reclamar porque tenho abuso de gente pessimista e reclamona. Pardal, que considero jogador de 2.° tempo, é, de longe, o maior prejudicado pelos três atacantes. É que ele e Max ocupam o mesmíssimo espaço, embora Max seja mais pivô. E quem quer saber disso? O cara é xingado logo no início. Perder o pênalti foi só a cereja do bolo para a turma do quanto pior melhor.

Não vou citar tudo, mas a situação dde Max foi emblemática. Longe dos gramados há um bom tempo, o Homem de Pedra se apresenta visivelmente sem ritmo de jogo. O correto seria escalá-lo aos poucos no 2.° tempo. No entanto, o treinador prefere que ele jogue desde o início. Quem se incomoda? A torcida é grande para ver Max perder um passe e, principalmente, um gol. Torcida em êxtase quando o coitado inventou de driblar goleiro e zagueiro do Alecrim e perdeu uma chance claríssima de gol.

Começaram gritos infames do estilo "pede para sair" para uma das figuras centrais das grandes conquistas do Mecão de 2006 para cá. E o que acontece? Max faz um gol. Pessimistas de rabinho entre as pernas e consumidos pela raiva de ver o triunfo de seu time com jogadores perebas (segundo eles, que fique claro) como Dida e Max, para citar apenas o primeiro e o último que não prestam de um time inteiro de pernas de pau.

Para resumir, têm sido dose aguentar a torcida contra no meu pé de ouvido desde antes da partida. Só a vontade de ver o América em campo é capaz de explicar meu enorme poder de superação. Mas paciência tem limite. 

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