sexta-feira, 26 de outubro de 2012

FHC, Dilma e o Apagão

Em 2001, sofremos todos nós com um racionamento de energia imposto pelo Governo FHC. Havia uma limitação de acordo com o gasto do consumidor e este teria que baixar seu consumo, sob pena de pagar uma conta de luz bem mais salgada. O sistema elétrico nacional sofria risco de um apagão ante o aumento do consumo e a ausência de investimentos no setor.

Em 2003, começa o Governo Lula e Dilma Rousseff é alçada à condição de Ministra de Minas e Energia. Aparentemente, a terrível fase do Apagão (na verdade, do risco de apagão) ficara para trás.

Ontem, 25 de outubro de 2012, portanto 11 anos após o famigerado racionamento, eis que o Nordeste, parte do Norte e até o Distrito Federal brasileiros ficaram sem luz por mais de 4 horas sem que haja até o momento uma explicação plausível.

Em entrevista coletiva (deu pena de nós brasileiros!), o Ministro interino (Edison Lobão está de licença médica) informou que a sucessão de eventos (este foi o 4.º Apagão de setembro para cá) não é considerada normal, embora o Apagão de ontem tenha sido possivelmente fruto de um curto-circuito. Possivelmente?

Na verdade, parece que a via-crúcis do Governo Dilma na área de energia começou após duas situações no mínimo curiosas. Uma, num bate-boca com FHC, que disse que a atual presidente recebeu uma herança maldita de Lula, Dilma afirmou em carta que, ao contrário de Lula, não recebeu um país sob risco de apagão. A outra, quando a presidente anunciou a redução de valores nas contas de energia dos brasileiros.

Afinal de contas, passados 11 anos do tal risco de Apagão, o Brasil recebeu ou não investimentos que o tirem desse risco? De quem é a culpa? Vamos ou não ter uma solução? Ou vamos apenas assistir a um jogo de empurra-empurra de responsabilidades?

Um comentário:

  1. A culpa deve ser nossa, que pagamos uma conta absurda de energia... :(

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