segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Medo de eleição

O homem desenvolve todo tipo de mazela mental. É medo de avião, de palhaço, do escuro, de insetos, e por aí vai. Mas um em especial só atinge um determinado tipo de ser humano - o conselheiro do América: o medo de eleição.

Eu nem lembro mais quando foi a última eleição no América. Desde quando a minha memória aponta, o clube só aclama (quando há um único candidato) presidentes. 

Talvez a psicologia, a psiquiatria ou outra área que nem seja ligada à biologia explique por que esse mal acomete especificamente os conselheiros do clube da Rodrigues Alves. 

O último "candidato só se for consenso" (mais detalhes no Podcast de ontem) é apenas a confirmação dessa verdadeira aversão a eleição que se desenvolve dentro do América.

A modernização exige que sócios torcedores votem. A democracia exige uma salutar convivência entre situação e oposição. Mas não é esse o entendimento lá no América. Se já não querem nem que os conselheiros votem, imaginem estender esse direito a sócios!

Será que um dia alguém explicará por que a palavra "eleição" é palavrão no América? Oremos.

Irreversível

No Podcast de domingo (Mais do mesmo), dentre outros assuntos, cravei a total desnecessidade do ABC ter contratado Itamar Schülle e sua lista de reforços. O rebaixamento é irreversível por tudo que já disse por lá. Mas agora vamos aos números em detalhes.

O ABC é o último colocado desde a 17.a rodada. Enfiou-se na lanterna há 7 rodadas, portanto, e não dá a menor pinta de que tenha força para sair.

Já quando se trata de zona de rebaixamento, o buraco é mais embaixo. Desde a 10.a rodada - há 14, portanto- que o ABC ali se encontra.

E as sequências sem vitórias? Primeiro, houve uma de 8, que só foi encerrada contra o Brasil-RS, na estreia de Márcio Fernandes no Frasqueirão (na estreia mesmo, derrota para o Criciúma). Depois disso, uma nova sequência sem vitórias foi iniciada. Já são 7. E nem a estreia de Itamar Schülle fez o milagre do time vencer um combalido Santa Cruz - que também estava numa sequência de 8 partidas sem vencer - aqui em Natal.

Quer mais? Há 6 rodadas o ABC não sabe o que é marcar um gol. Não é à toa que tem o pior ataque da competição, com apenas 15 gols marcados em 24 rodadas.

Também tem o maior número de derrotas (15), o menor número de vitórias (4) e o pior saldo disparado da competição (-19).

Só não tem a pior defesa, com 34 gols sofridos (média de mais de 2 gols por partida), junto com o Londrina, porque Brasil-RS (35) e Figueirense (36) tomaram mais.

No chamado segundo turno da Série B 17, quando começam as partidas de volta, o ABC também é lanterna, com apenas 1 ponto conquistado em 5 jogos (15 pontos) disputados.

Dizer que um time com esses números precisa contratar para sair do rebaixamento é até um atentado ao patrimônio já muito comprometido com dívidas. E pelo nível das contratações atuais o problema tende a aumentar.

Quanto mais cedo aceitar a irreversibilidade do rebaixamento, melhor para os cofres do clube. Mas parece que a paciência inicial do ABC para reforçar o time de Geninho virou ânsia fazer um novo time (?) para Itamar Schülle, faltando apenas 14 rodadas para o fim da Série B e o ABC dando pinta de que estará rebaixado já na 33.a ou 34.a rodada. Ou seja, restando apenas 9, 10 rodadas para transformar água em vinho. É ou não é loucura?

Today's headlines (09/18)

The headline for good: His home flooded, the Port Arthur Mayor puts his city first.

The others: "The Handmaid's Tale", Politics and "S.N.L." dominate the Emmys, A potent fuel flows to North Korea; it may be too late to halt it and Trump lawyers clash over how much to cooperate with Russian inquiry.

Good morning, everyone!

Source: The New York Times

domingo, 17 de setembro de 2017

Luizinho

Vice campeão brasileiro da Série D 17, o técnico Luizinho Lopes, de 35 anos, virou figurinha fácil de entrevistas na imprensa natalense nessa semana. Destaco trechos de duas - Globoesporte.com e Tribuna do Norte (pág. 2 do caderno de esportes deste domingo):

GE - Você é um dos técnicos mais longevos do Brasil. O quanto isso é importante no trabalho?
Luizinho - Está bem claro que esse tempo fez toda a diferença. Desde a minha chegada ao Globo FC, eu contratei alguns jogadores na 1.a temporada, em 2016, mas para essa temporada, nós contratamos o Bismarck no início do ano, mas depois ele se lesionou e não jogou a Série D. E depois nós contratamos, para a Série D, o Reinaldo. Nesse processo saíram vários jogadores. Jogadores titulares, como o Leomir, o Pablo, o Luizão. Agora o João Victor, que vinha sendo titular, foi para o Atlético-GO, o próprio Romarinho, que saiu antes da final. E aí a gente consegue utilizar o próprio elenco, os jovens que estão trabalhando ali há bastante tempo, que tiveram poucas oportunidades, mas, quando têm a primeira, vão lá e garantem o padrão tático da equipe. É mais com relação ao modelo. Existe um modelo enraizado. Os jogadores sabem o que têm que fazer dentro de campo. Eles não têm uma posição. Eles têm funções. É tanto que a gente modifica as posições dos jogadores, um joga de lateral direito, depois está de volante, quando vê está de extremo, porque eles sabem como é a nossa maneira de jogar. Então, acho que a diferença está na continuidade, no modelo de jogo enraizado e os atletas saberem o que têm que fazer em campo na hora de defender, na hora de atacar e nas jogadas pré-definidas, que são as bolas paradas. Esse tempo de trabalho enraíza o modelo de jogo.

TN - Nessa campanha do Globo teve um momento que você ficou com receio de não chegar?
Luizinho - Iniciamos com derrota para o Parnahyba, num jogo com campo muito ruim e clima no estádio completamente adverso, depois vencemos na 2.a rodada e perdemos na 3.a. Em 3 rodadas, tínhamos apenas 3 pontos e isso gerou uma certa preocupação realmente. Mas refletimos. Sabíamos que era necessário mudar algo e alteramos nosso modelo de jogo e na partida contra o Guarani de Juazeiro realizamos um jogo muito bom. Vencemos por 2x0 e, a partir dali, conquistamos 7 vitórias consecutivas, estabelecendo um recorde do futebol potiguar em campeonatos brasileiros. Depois daquela atuação, me deu uma segurança muito grande de que estávamos no caminho certo. Depois fomos só confirmando a possibilidade de brigar pelo acesso, que acabou vindo.

TN - Qual o segredo do Globo que consegue revelar tantos jogadores em tão pouco tempo de trabalho?
Luizinho - Eu quero lembrar que, além do Romarinho, esse ano nós enviamos para o Fluminense o goleiro Pedro Paulo, que é o titular absoluto da equipe sub-20 das Laranjeiras. [Enviamos] 4 atletas para os grandes centros do futebol nacional. Mas não tem mistério. O segredo é trabalho, ter bons olheiros e confiar no projeto que vem sendo desenvolvido, dando condições para que esses garotos possam atuar sem maiores preocupações. (...) Na minha chegada ao clube, eu já encontrei muita coisa boa, resultado do trabalho sério que sempre foi realizado, como, por exemplo, os contratos longos assinados com os jovens promissores que chegaram ao clube. Eles tinham potencial, evoluíram muito e começaram a participar da equipe principal. Através de uma determinação da diretoria, ficou implantado a necessidade de utilizar esses jovens nos profissionais, onde nós sabíamos que teríamos de realizar um trabalho de paciência para que os garotos evoluíssem jogando na equipe principal, já que, por vezes, eles não atuam bem. 

GE - O Globo FC tem uma comissão técnica que sempre é citada como um alicerce no sei trabalho. Como é sua relação com eles e como foi essa montagem?
Luizinho - Eu tive a felicidade de encontrar um excepcional profissional, o Lawrence Borba, fisiologista e preparador físico, um cara diferenciado para o nosso mercado. Encontrei lá o Rafael Chaves, que hoje é o técnico do sub-20 e é o meu auxiliar também. Tem o Janilson Bossal, sub-17, que trabalha na captação. Mas, assim da minha chegada, eu levei um analista de desempenho comigo, o Victor Hugo. É um menino estudioso, formado na UFRN, fez todos os cursos na CBF de análise de desempenho. Ele tem me ajudado de sobremaneira. É um cara que está ao meu lado o tempo todo, tanto analisando a nossa equipe como os adversários. Há pouco tempo nós contratamos um preparador físico pra auxiliar o Lawrence e ser o do sub-20. Todos os profissionais formados e capacitados. O nosso preparador de goleiros é um cara que tem uma idade avançada, mas está todo dia se capacitando. Não tem nível universitário, até devido às circunstâncias e oportunidades, mas é um excelente profissional. Então, eu tenho uma grande felicidade no Globo de encontrar pessoas que estudaram, que têm a ciência como o fator predominante para o desenvolvimento do nosso trabalho. Com certeza, esses profissionais, eu quero estar sempre com eles ao meu lado, perto, sobretudo no Globo. E, se amanhã a gente tiver que sair do Globo, pode ser que a gente também possa contar com algum desses profissionais. Mas isso faz toda a diferença. Nós não contratamos nenhum profissional que não tenha formação e capacitação para trabalhar no Globo. A gente parte desse princípio de que a ciência tem que estar inserida dentro do esporte.

TN - Assim como você, os jogadores da Globo já começaram a ser sondados para uma possível transferência?
Luizinho - O Globo trabalha com pensamento a médio e longo prazos. Os contratos entre as partes são muito bem feitos e os jogadores ficam praticamente enraizados no clube. O Negretti é um dos atletas que [tiveram] o contrato renovado recentemente. É um dos pilares dessa equipe que conquistou o acesso para a Série C. Não temos interesse de abrir mão dele pensando em contribuir com a ascensão dos jovens que atuam ao seu redor na equipe. Realmente ficamos sabendo do interesse, que havia sido feita uma sondagem por parte do ABC, mas até o momento ninguém oficializou nada.

GE - Seu nome tem circulado entre torcidas de ABC e América nos últimos tempos. Como você vê essa reação dos torcedores?
Luizinho - Naturalmente o novo atrai olhares. O Globo é um clube novo, um clube charmoso, que as pessoas começam a adotar como segundo clube. E vem tendo uma ascensão muito rápida, até em nível nacional. Antes era local apenas e esse ano em nível nacional. Eu também, como um treinador jovem, uma novidade no mercado, naturalmente as pessoas querem. Eu fico muito feliz por isso. Sinal que o trabalho está sendo bem feito.

O contrato atual de Luizinho, que foi jogador cria das bases do América e auxiliar técnico de Leandro Sena no Treze e de Roberto Fernandes no América, se encerra em outubro, mas tudo indica que será renovado.

Creme de galinha

Sempre tive curiosidade a respeito de uma boa receita de creme de galinha. Há sempre um segredinho que ninguém repassa. Descobri uma na internet. Aí fiz o que nunca faço: segui à risca. Ficou parecendo um mingau de frango (sim, a receita é chamada creme de galinha, mas na verdade é creme de frango). Depois de muito mexer na receita, ela finalmente ficou do meu agrado. Assim, compartilho a minha versão aqui.

Ingredientes
2 colheres (sopa) de azeite
1 peito de frango
1 cebola
1 tomate
1 pimentão
3 dentes de alho
1 punhado de coentro
1,5 cubo de caldo de galinha
Colorau
Pimenta
Água
1/2 copo de leite
1 colher (sobremesa) de amido milho
2 colheres (sopa) milho verde (escorrido)
2 colheres (sopa) ervilha (escorrido)
1/2 caixa de creme de leite

Modo de preparo
Corte todos os legumes, tire as sementes, esprema os dentes de alho. Reserve tudo.

Coloque o azeite para esquentar numa panela em que caiba tudo. Acrescente o peito de frango para dar uma refogada até ficar branco. Depois, adicione os legumes e o alho para refogar até a cebola murchar. Acrescente pimenta e colorau a gosto, o caldo de galinha e água até cobrir o frango. Tampe a panela e espera cozinhar.

Quando restar uns dois dedos de caldo na panela, desligue o fogo e retire o frango para desfiar. Quando o caldo que restou na panela esfriar um pouco, coloque-o no liquificador com todos os legumes cozidos. Bata até ficar homogêneo.

Coloque o caldo novamente na panela, agora com o leite (aqui em casa só usamos leite em pó) e o amido de milho. Quando engrossar, acrescente o frango, o milho, a ervilha e o creme de leite. Misture tudo e desligue o fogo. É só servir.

P.S.: ainda experimentei colocar algumas azeitonas bem picadinhas, mas não vi muita diferença, talvez por ter picado muito. Também é possível aumentar o caldo de galinha para 2 cubos, mas preciso testar para ver se não ficará muito salgado, pelo menos para o meu padrão, que é abaixo do normal.

Campos do Jordão - São Paulo

O dia amanheceu bem cerrado em Campos do Jordão. A vista linda do dia anterior no café da manhã sumiu. A serra desapareceu com tanta cerração. Do lado de fora, o vento até assustava.

Eu até queria sair cedo para aproveitar um pouco mais São Paulo, mas nem adianta muito tentar entrar em São Paulo tão cedo. Deus, o mundo e as cabras de Seu Raimundo estão tentando a mesma coisa. Para completar, minha menstruação resolveu se antecipar e com ela, as dores que me incapacitam. Tomei o remédio e fiquei encolhidinha esperando a dor melhorar.

Quando enfim ganhei cara de gente, pós-dor, banho e café da manhã, realizamos o check-out, colocamos as malas no carro, acertamos o GPS para a avenida mais famosa de São Paulo e partimos.

O frio ameaçava a sensibilidade das minhas mãos. Para completar, chovia bem fininho, mas o suficiente para desencorajar qualquer saída ao ar livre. Mas como deixar Campos do Jordão sem a tradicional foto no portal de entrada? Arranjei uma vaguinha quase um metro antes do portal e lá fomos nós no meio da cerração e do frio tirar a foto.

Aí foi só descer a serra. Se eu estava com medo na subida, quando o céu estava lindo, na descida, com uma cerração que impedia até de saber se ali na frente a estrada era reta ou curva... Momentos de tensão. Sorte é que, à medida que descíamos, a cerração melhorava.

A volta se deu pela famosa Rodovia Airton Senna. No começo, ela tem outro nome. Sim, passamos pelo trecho onde houve aquele terrível acidente no mês passado, quando duas carretas se envolveram numa batida com vários carros que terminou num grande incêndio. Mas no nosso caso tudo transcorreu na maior tranquilidade. Sem pedágio, sem grande movimento, só belas paisagens para acompanhar.

Ainda que não existissem GPS e placas de trânsito, seria possível perceber a chegada a Guarulhos e principalmente São Paulo. O trânsito começa a encher. Filas maiores de carros, apesar de rápidas.

Na entrada mesmo, o trânsito começa a travar. Mas nada de buzinas enlouquecidas. Os motoristas estão acostumados ao passo lento.

Muita gente me pergunta sobre a paciência para dirigir em São Paulo e eu sempre respondendo que é em Natal que a paciência é  mais necessária. Precisa trocar de faixa? É só ligar a seta e o educado motorista favorece a sua entrada. Aqui? Prepare-se para uma verdadeira guerra porque a seta fará com que todos os da faixa apontada acelerem para que você não entre na frente deles. Em São Paulo, o trânsito é mil vezes mais travado do que em Natal, mas trocar de faixa nunca foi problema.

Uns 10 minutos parada perto da entrada para o hotel Massis Five-Star, mas assim que peguei uma ladeirinha (comum em São Paulo), o trânsito fluiu e chegamos ao hotel. É bom deixar claro que ladeirinha é um diminutivo no estilo nordestino. Ou seja, é aunentativo; quer dizer "ladeira muito grande ou muito inclinada".

O Massis tem estacionamento gratuito (coisa rara na região da Paulista) para hóspedes. Vi o local e já passei direto para lá. Mas aí o manobrista me avisou que eu teria que fazer o check-in e entregar o carro ao manobrista do hotel mesmo. Direto no estacionamento, eu teria que pagar para deixar o carro. Em São Paulo, é coisa de R$ 12-15/hora. Voltei rapidinho para a entrada do hotel.

E o receio do carro ser roubado e eu não ter um recibo? Agoniei tanto o povo da portaria que eles aceleraram a entrega do dito cujo. Coisa de advogada brasileira desconfiada.

O pessoal do Massis é bastante atencioso e educado. O hotel foi indicação da gerente da CVC Tirol, que já tem ideia do meu nível de chatice, como expus em outra postagem. É um tanto quanto formal, com um ar mais clássico. O quarto tinha até sala ampla com TV. E a diária foi mais barata do que a da pousada em Campos do Jordão.

E a localização? De frente a ele, um shopping (Shopping Center 3) que é só atravessar para chegar à Av. Paulista, meu destino principal. Ainda tem outra saída pela Rua Augusta. Show de praticidade, fora o mundo de coisas no próprio shopping.

Assim que deixamos as malas, partimos em busca de um restaurante japonês por ali para almoçar. Conhecer o Takami aqui em Natal termina sendo uma coisa ruim porque o parâmetro sobe muito. Não gostei de nenhum por ali, nem mesmo no shopping. Também não estava em condições de andar um pouco mais até o shopping Frei Caneca, onde comi uma comidinha japonesa legal da última vez que estive em São Paulo.

Depois de muito rodarmos no Shopping 3, acabamos comendo um sanduíche num local em que escolhíamos tudo que ia dentro (Rizzo/Burger+). Sanduíches são sempre bons em São Paulo. Adorei.

Barriguinha preenchida, hora de ir atrás do meu verdadeiro objetivo ali: conhecer a Livraria Cultura (Conjunto Nacional). Até abri mão de ir ao querido Masp para tanto, já que o tempo da estada não me permitia passear pelos dois locais. A dica da livraria me foi passada por João. Já estava ansiosa.

Ao pisar na Paulista, sempre somos abordadas por alguém. Assim como em Orlando, quando comerciantes de quiosque identificam brasileiros de longe, na Paulista, turistas são alvo fácil. Dessa vez, a abordagem foi muito simpática. Era um pessoal do Greenpeace. Mas estávamos com uma certa pressa e nem paramos para ouvir a conversa.

Ao ler uma entrevista com o diretor de Malhação falando que precisou ensinar até os figurantes da atual temporada, que se passa em São Paulo, a andar, entendi como sou identificada. Todo mundo em São Paulo anda em ritmo apressado. Eu não ando assim nem quando estou apressada. Prefiro correr se preciso andar mais rápido. Logo, o povo de lá me vê andando e já sabe que não moro ali.

Rodamos para lá e para cá e nada de eu conseguir achar a enorme Livraria Cultura. Para completar, meu Google Maps estava travando. Um livraria tão grande bem em frente ao shopping e nenhum sinal dela.

Depois de perguntar ao pessoal de uma banca, resolvi entrar num prédio enorme, cujo destaque era um banco. Abri o Maps e nós estávamos pertinho da danada. Morri quando descobri a entradinha discreta dela. De fora, não damos nada pela Livraria Cultura. Mas ao entrar...

Ela fica dentro de um prédio chamado Conjunto Nacional. Entrada discreta, mas o interior da Cultura tonteia amantes de livros. São 3 pisos com direito a ladeira no meio de um acervo absurdo de livros. Parece uma biblioteca!

Depois do encantamento, vem a aflição. Por onde começar? O que procurar? Como traçar um plano de compras? Como não ir à falência num ambiente desse (fãs de livros me entendem)?

Fui de prateleira em prateleira. Folheei alguns títulos. Vivi a experiência de uma forma tão intensa que cheguei a ter dor de cabeça. E ainda estava no 1.° piso. Tudo que se possa imaginar tem ali. Até DVDs. Muitos. Muuuuitos. E diga-se a mesma coisa dos CDs.

Terminado o reconhecimento, desisti de comprar qualquer coisa. Precisava respirar, raciocinar. Voltamos para o hotel. Ideias organizadas após um banho e alguns minutos de TV no hotel, lá estávamos nós duas na Cultura de novo. Outro encantamento - coisa de gente doida por livros. Mas dessa vez parti para o ataque. Como havíamos traçado uma estratégia de compra no hotel, me senti mais segura para as escolhas. Afinal, não poderia comprar tudo porque não caberia nas malas (lembram dos copos da Baden Baden?). Amei a experiência e já agradeci muito a João pela dica.

De lá, voltamos ao Shopping 3 para jantar. Janaina se engraçou com uma picanha da Terra do Fogo. Eu fiquei só com o vinagrete mesmo. Atendimento muito atencioso. Ao perguntar por outra porção de vinagrete e descobrir que só saía uma enorme, Janaina desistiu porque seria muito. Mas as moças do atendimento providenciaram uma porção extra do exato tamanho da original de cortesia. E ainda foram deixar na mesa. Um amor!

Aliás, NUNCA fomos mal atendidas em São Paulo. Muito pelo contrário, como o exemplo acima comprova.

Ainda descobrimos um sorvete maravilhoso lá. Ofner era o nome do quiosque de enlouquecer formigas como eu, diga-se de passagem. Doces, bolos e sorvete. Mesmo proibida de consumir açúcar, eu não resisti ao sorvete. Gente, o de doce de leite não era desse mundo, não! Janaina teve a mesma opinião a respeito do de chocolate. Arranjamos uma mesinha e saboreamos a felicidade em casquinha.

Retornamos ao hotel e já falamos com o pessoal da recepção a respeito do trânsito para Guarulhos no sábado de manhã (30-40 minutos para chegar). Depois perguntamos se poderíamos fazer o check-out e em seguida tomar o café da manhã, o que nos foi garantido. Subimos para arrumar as malas e ainda ficamos com uma certa inveja de quem estava aproveitando o bar do hotel num converseiro engraçado. Mas um voo logo cedo nos impedia de qualquer estripulia, ainda mais que teríamos que abastecer o carro antes de o devolver à Localiza.

Encaixa aqui, mexe ali e deixamos quase tudo pronto para a partida cedinho no dia seguinte. Mas o relato desse retorno fica para a próxima (e última) postagem a respeito dessa super legal viagem de mini férias.

Podcast: Mais do mesmo

Os erros do ABC cada vez mais próximo do rebaixamento, o planejamento de Luizinho Lopes, o desfalque do América para a próxima temporada, o eterno medo de eleição no América e o despreparo dos Bulls Potiguares.


Paysandu 2x0 ABC

Série B 17: Balanço da vigésima quarta rodada

Foram 7 vitórias de mandantes, 2 empates e 1 vitória de visitante.

O ABC não vence há 7 rodadas e continua na lanterna.

Boa 2x2 Guarani - Rodolfo-2, Fumagalli, de pênalti, e Ruan, contra
Criciúma 1x2 Juventude - Lucão, de cabeça, e Lucas-2
Santa Cruz 3x0 Goiás - João Paulo, de cabeça, e Bruno Paulo-2
Ceará 1x1 América-MG - Elton, de cabeça, e Edno
Paysandu 2x0 ABC - Rodrigo Andrade e Marcão
Brasil-RS 2x0 CRB - Rafinha-2, sendo um de cabeça
Internacional 3x0 Figueirense - William Pottker, Leandro Damião, de cabeça, e Nico López
Vila Nova 2x1 Luverdense - Alan Mineiro, Geovane e Rafael Ratão, de cabeça
Oeste 1x0 Náutico - Robert, de cabeça
Paraná 2x1 Londrina - Vitor Feijão, Renatinho e Artur

1.° Internacional - 45 (13 vitórias)
2.° América-MG - 45 (12 vitórias)
3.° Vila Nova - 42
4.° Paraná - 40 (saldo 13)
5.° Juventude - 40 (saldo 7)
6.° Ceará - 38
7.° Oeste - 37
8.° Criciúma - 34
9.° Brasil-RS - 33 (10 vitórias)
10.° Londrina - 33 (9 vitórias, saldo 3)
11.° Guarani - 33 (9 vitórias, saldo 1)
12.° Boa - 33 (8 vitórias)
13.° CRB - 32
14.° Paysandu - 30
15.° Santa Cruz - 27 (7 vitórias)
16.° Luverdense - 27 (6 vitórias)
17.° Goiás - 25 (7 vitórias)
18.° Figueirense - 25 (6 vitórias)
19.° Náutico- 20
20.° ABC - 17 

Manchetes do dia (17/09)

Manchete do bem: Agropecuária coloca o RN em 3.° entre PIBs da região.

Outras: Campus do Cérebro começa a funcionar em 5 meses, Déficit de leitos hospitalares em Natal já supera a marca de 2 mil e Repasses para o RN e prefeituras cairão 40% no fim do ano.

Bom domingo a todos!

Fonte: Tribuna do Norte