Papelão

O título desta postagem não foi escolhido pelo resultado em si. De forma alguma. Foi o conjunto da obra.

Primeiro, uma escalação troncha. Nem falo dos poupados, seja lá por que motivo foi. Como é que o técnico Marquinhos Santos traz um lateral esquerdo, seu xará, de sua confiança e ainda mantém o perigoso para o próprio América João Lucas em campo? Foi um festival bizarro.

Depois, a velha marcação frouxa de sempre. Eu não sei que moda é essa que coloca volante para acompanhar o jogo como se fosse um atacante ou um cone ou até um gandula, porque marcar mesmo esse pessoal não marca. O melhor exemplo disso hoje, até pelo deslocamento, foi Gabriel Davis.

Tem também a insistência com o outro elo fraco da esquerda, como tem sido o zagueiro Alan, além da titularidade de Gustavo Henrique. 

Para piorar, o próprio Marquinhos Santos foi expulso por reclamação, acompanhado logo após por seu auxiliar mais do que reincidente. Prejuízo agora e nos próximos jogos. Um verdadeiro papelão!

Já se sabia que o Santa Cruz era a única equipe do torneio estadual a, de fato, incomodar o América. Parece que acharam que o adversário não poderia aprender coisa alguma com seus erros. O que aconteceu foi o América e sua comissão técnica subirem no salto dos resultados anteriores e acharem que de qualquer jeito conseguiriam o resultado. 3x2 terminou sendo pouco, graças as substituições que ajeitaram alguma coisa da desarrumação inicial e, claro, o talento/sorte de cada um dos que participaram especialmente do 2.° gol do América.

Chegou um lateral esquerdo. Falta outro. Faltam atacantes. E falta Marquinhos Santos e sua comissão terem juízo na escalação e na condução da equipe durante os jogos para não repetirem o papelão de hoje (repito: não me refiro ao resultado, mas aos comportamentos principalmente da comissão e da marcação). Se contra um velho conhecido isso tudo aconteceu, o alerta tem que estar ligado para que isso não se repita no que está por vir, sob pena da vaca ir para o brejo no que mais importa na temporada.