quinta-feira, 2 de maio de 2024

Sobre impedimento

Vou aproveitar que a graça do jogo de ontem foi abafada por um VAR que precisou medir se a manga da camisa estava à frente ou não (contém exagero, sei que braço não conta) para falar mal de uma regra que não tem a menor razão de ser. 

Qual a vantagem que uma pessoa tem se quando a bola foi lançada ela estava centímetros/milímetros à frente das outras que jogam no outro time, mas na hora em que de fato domina a bola já está marcada? Faça-me o favor, viu?

Eu já disse que essa regra deveria ser modificada pelo menos para que impedimento fosse marcado quando houvesse uma distância de 1 metro entre as pessoas e apenas se a tal pessoa impedida não estivesse marcada na hora mesmo em que a bola ficasse sob seu domínio. 

Uma opção ainda é estabelecer que essa desgraça de impedimento só ocorre se não houver nenhuma parte do corpo da pessoa para quem a bola for lançada na altura do corpo da pessoa usada como referência para a marcação do impedimento. O dedinho da mão de uma estava ao alcance do fio de cabelo da outra, pronto, nada de impedimento. Essa seria a melhor forma de acabar com essa coisa chata e ainda celebrar a regra de que, na dúvida, o impedimento não deve ser marcado, coisa que praticamente nunca foi respeitada.

Porém, deixo claro que por mim, impedimento nem existia. Mataria o futsal, mataria o basquete, mataria o handebol e por aí vai. Só as cabecinhas brilhantes do futebol de campo podem achar graça em que lamçamentos não terminem em gol. É melhor ver um 0x0 ou um 2x2, 4x4? 

Futebol vive de gols e é disputado em campo enorme. Saber explorar os espaços para atacar e também se defender deveria ser o único mote dos esquemas táticos, e não termos que ver defesa e ataque marcando passo com uma linha imaginária sem sentido e que ainda distrai as pessoas que trabalham como auxiliares na arbitragem afastando-as da função de, de fato, auxiliar a condução da partida. 

Desconfio de que apenas quando mais mulheres chegarem às cúpulas do futebol poderemos ter novos ares por ali. Até lá, sofreremos com um jogo amarrado ao passado das bolas pesadíssimas. 

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