quarta-feira, 7 de março de 2018

"Temos que evoluir e trabalhar"

Na entrevista desta quinta, o técnico Pachequinho, há 21 dias no comando do América, falou sobre os problemas do período.

Conversa com os jogadores
A conversa é sempre no intuito de melhorar, de corrigir, de alguma forma fazer com que os jogadores entendam a responsabilidade que todos nós temos. Tivemos um clássico onde nossa equipe teve um comportamento tático-técnico muito abaixo do que nós queríamos. E a conversa é em evoluir e melhorar. E tem que ser já sexta-feira um resultado importante para que essa evolução, essa - de alguma forma - cobrança seja feita. E nós continuamos acreditando na competição. 

Semana cheia
Bom, dentro daquilo, se tiver a equipe à disposição, que é a grande dificuldade que nós estamos encontrando no América. As lesões, suspensões têm atrapalhado muito a nossa sequência. Em alguns jogos, ou na maioria dos jogos, eu estou fazendo improvisações, tendo que mudar, principalmente no clássico, 3 alterações por lesões. Espero que eu possa contar com aquilo que eu tenho disponível, que eu possa conseguir fazer com que eles entendam mais ainda o que nós precisamos desde o comportamento tático, técnico, o físico e o lado psicológico dos atletas, que você tem que melhorar, resgatar essa autoestima e fazer com que essa derrota traga algo produtivo com relação a um jogo futuro, que é buscar a vitória.

Lesões
Por isso que eu falo para vocês essa dificuldade de você ter uma equipe no mínimo de 2 a 3 jogos jogando junta. Isso interfere e contribui muito para você não conseguir o entrosamento. Eu não estou tendo essa condição, esse luxo de conseguir jogar a equipe 3 a 4 partidas seguidas. Aí sim você faz as correções, você corrige para ver a evolução no jogo. Então, cada jogo eu tenho que fazer as alterações e obviamente um atleta ou outro, o entendimento com o companheiro às vezes demora. E também o ritmo de jogo da equipe faz com que você acabe tendo essas dificuldades. Mas o importante é você usar também aquilo que você tem dentro do elenco e fazer com que todos tenham oportunidade, e dentro dessas oportunidades, você consiga o teu rendimento em cima do que a gente espera. 

Dúvidas contra o ASSU
Nós temos o próprio Mayk, lateral que também saiu lesionado do jogo e esperamos que ele tenha condições de jogo, de ficar à disposição, o que também pode gerar uma dúvida, e também a reposição do setor já é diferente. Você acaba não tendo outras opções e aí tem que improvisar. E aí você fica muito em cima do rendimento e da característica do atleta que vai entrar. Eu volto a frisar: infelizmente, o pouco tempo que eu tive de trabalhar a equipe taticamente porque foram jogos quarta e domingo atrapalharam também a questão das alterações que eu tenho feito que, em média, tem sido de, no mínimo, 3 alterações por jogo. E quando dentro do próprio jogo, você tem que fazer isso por causa de lesões. E não vamos longe também com relação a expulsões. Ter cabeça tranquila, saber das dificuldades que nós temos e temos que evoluir e trabalhar em cima disso e fazer um jogo sexta-feira e conseguir um grande resultado, que é o fundamental para dar mais tranquilidade. E aí, com o tempo, a gente vai conseguindo colocar aquilo que a gente pensa de ideal a partir do momento se tiver também todos os atletas disponíveis.

"Quero fazer história aqui no Nordeste com o América"

O ponta - eu ia dizer antigo ponta, mas aí o futebol moderno trouxe o ponta de volta - Léo Santos deu entrevista coletiva na sua chegada ao América.

Temporada
No começo do ano, comecei a trabalhar lá no Coritiba bem forte para ter oportunidade aqui no América. E começar aqui no América para estrear bem.

Brigar pelo acesso
Trabalhar em grupo, todo mundo se ajudando um ao outro para conseguir nosso objetivo, que é subir para a Série C.

Jogar em Natal
Perto da minha casa aqui em Recife. Eu sou nordestino e quero fazer história aqui no Nordeste com o América de Natal. 

Características
Eu não gosto muito de falar da minha característica, mas eu sou um ponta rápido. Gosto de chegar na frente do gol e dar assistência. 

Elenco americano
Vamos no dia a dia conhecendo as pessoas, os companheiros de clube. Fui bem recebido. 

"Ainda faltam 3 jogos"

Ainda no começo desta semana, o zagueiro Adriano Alves, autor do gol contra que abriu o placar do clássico de sábado, falou sobre o que esperar nos jogos que faltam.

Só vitória
Esse último jogo aí, a gente não esperava esse resultado, que é a derrota. Mas ainda faltam 3 jogos. A gente está ciente que precisa somar esses 9 pontos que ainda restam no campeonato para tentar ver o que acontece. Então, o nosso pensamento é trabalhar nessa semana com a cabeça no lugar. Sabemos que deixamos a desejar no último jogo. Mas que agora, nesse próximo jogo, possamos buscar essa vitória, que vai ser importante para a gente dar essa sequência. E, quem sabe, lá no fim do campeonato a gente veja e de repente aconteça algum desastre do rival e a gente possa conseguir ainda essa vaga na final.

Semana cheia
Claro que quando está o grupo todo à disposição é importante. Temos a volta de alguns jogadores nessa semana. Tivemos algumas baixas agora nesse último jogo. Mas o pensamento é o jogo do ASSU. Com quem estiver, a gente vai ter que dar o máximo. A gente já vem dando, mas a gente vai ter que dar o máximo de si em cada jogo desses restantes desses jogos para que a gente possa alcançar o máximo de pontos e, no fim, ver o que que acontece.

Primeiros reforços

Cientes de que o estadual do RN não é lá muito confiável como parâmetro para o Campeonato Brasileiro, tanto ABC como América fizeram o anúncio dos primeiros reforços para a competição mais importante do ano.

O ABC apresentou o zagueiro Danrlei, que esteve no clube na reta final da Série B 17, e o atacante Leandrão voltará a vestir a camisa alvinegra em abril.

Por sua vez, o América apresentou o ponta Léo Santos, de 22 anos, que estava no Coritiba, e o Homem de Pedra Max vai voltar ao Orgulho do RN assim que encerrar seu vínculo com o Inter-SC.

Leandrão e Max não foram confirmados oficialmente, mas quem está por dentro das negociações garante quem ambos voltam para o RN no Brasileirão.

Felicidade Karnal

O historiador Leandro Karnal, que estará em Natal na quinta-feira para falar sobre felicidade e liberdade no Teatro Riachuelo, foi entrevistado pela Tribuna do Norte no último domingo. Confira abaixo reprodução dessa entrevista exatamente como grafada. Vale a reflexão.

Todo mundo quer ser feliz. Mas é possível ser tão pleno e absoluto quanto a esse sentimento?
A felicidade plena e permanente é uma impossibilidade. Como saberíamos que estamos bem se nunca tivéssemos sentido a falta, a dor e a infelicidade? O prazer da comida só pode vir após a fome. Adão e Eva estavam no Paraíso mas não tinham consciência de que eram felizes e perfeitos. Só o erro, o pecado, fez iniciar a história. Perceberam que estavam nus. Tiveram que administrar a perda dos filhos depois, um por matar e outro por ter sido morto.  Luc Ferry diz que o possível é a serenidade e momentos que classificamos como felizes. Sem momentos de perda e de luto, qualquer ideia de felicidade é impossível.

Muita gente quer 'parecer' mais do que realmente 'ser' feliz. A internet tem culpa nisso?
O sentimento é antigo. Em poema clássico, Raimundo Correa dizia há muitas décadas que 'Quanta gente que ri, talvez consigo/Guarda um atroz, recôndito inimigo/Como invisível chaga cancerosa!/Quanta gente que ri, talvez existe/Em parecer aos outros venturosa!' Isso foi escrito bem antes do Instagram. Invejar é essencial à espécie humana. A internet facilitou a comparação e a representação de uma vida pública que pareça feliz. Hoje, parecer, e não ser (no sentido de Maquiavel para os termos) é quase obrigatório.

Você já disse acreditar no trabalho e no sacrifício como caminhos para a felicidade. Mas esses caminhos variam entre pessoas/grupos/classes, etc. Acredita numa ideia objetiva de mérito?
Acredito no mérito sempre. Minha crença na meritocracia me faz defender cotas em vestibulares e outros momentos. Exatamente para igualar os méritos e os esforços. Sem esforço nada ocorre, nada se realiza. Porém, quando eu coloco um atleta profissional ao lado de uma senhora de 80 anos e digo corram e que vença o melhor, a ideia de esforço é problemática. O Brasil não é a Suécia ou a Dinamarca. No mundo ideal, com pessoas recebendo proteínas e boa escola pública, basta dizer: estudem, cresçam e disputem. Isso não é nossa realidade.

Você sempre critica o apego ao 'pensamento mágico'. O que a religião pode trazer de bom e de ruim para as pessoas?
A religião é uma forma de comunicação com o mundo e uma poderosa maneira de organizar o universo. Isso é diferente do pensamento mágico. O pensamento mágico é a crença de que certos rituais conseguem as coisas por si. Isso é ruim e infantil. Exemplo: um grande religiosos, Inácio de Loyola, recomenda que você reze como se o homem não existisse e trabalhe como se Deus não existisse. Isso é religioso e muito produtivo. Magia diz respeito a objetos, ritos práticas que substituem a ação efetiva pela irracionalidade de um objeto. Religião pode ser um desafio para crescer, pensamento mágico infantiliza.

A super exposição das redes sociais seria uma consequência da solidão que acomete as pessoas nesse começo de século?
Sempre fomos solitários. As redes sociais lut contra algo muito antigo. Mas usamos celulares para evitar contatos também: Não quero estar na casa da minha avó e fico olhando o celular. Não tenho força para ficar focado na aula e fico conferindo recados. As redes sociais também são um escudo contra a presença e não apenas uma questão de solidão. Solidão é complexa e eu posso estar sozinho com pessoas e não sozinho sem ninguém ao meu lado. solidão não nasce da matemática mas da consciência.

Os ânimos acirrados pelas polarizações políticas atuais poderão gerar um consenso no futuro, um equilíbrio?
O futuro é sempre abstrato e incerto. A polarização atual preenche um espaço de denegações e ressentimentos muito fortes. A maioria das pessoas necessita odiar porque possui pouca capacidade de amar. Os grupos precisam eleger inimigos para atacar e assim, se integrarem. Levar minha energia para um campo mais fácil do que entender ou debater. Um caminho que não tem equilíbrio.

Como manter uma postura neutra diante de tanta cobrança sobre opiniões, sentenças, posição, etc.?
Ninguém é neutro. Não existe neutralidade. Todo saber é político. O problema é que me cobram opiniões polarizadas e não as dou. Não porque eu deseje agradar a todos, mas porque considero imbecilidade a posição extrema. Gritam que estou em cima do muro quando há serpentes dos dois lados. Querem que eu integre uma das bandas histéricas e acham que quem não berra e insulta deve ser um 'isentão'. Tenho opiniões claríssimas sobre racismo, educação, violência contra a mulher, ditadura, e cidadania. Nunca mudei estas opiniões. Mas quando pensamos e analisamos a fundo, vejo maus contradições nos polos que se atacam do que virtudes.

Em seu recente livro com a Monja Coen, você aponta uma atitude mais pacífica perante a sociedade. Como atingir esse conhecimento sem recair no conformismo?
Minha serenidade não é conformidade. Minha paz não é aceitação da violência  ou da injustiça. Apenas eu preciso, antes de todos, ter tranquilidade para denunciar e criticar e não entrar em um jogo de ódio. Ninguém pensa gritando e ninguém raciocina com insultos. Quem fica dando apelidos aos outros mostra sua dor, seu ressentimento, sua inveja e seu fracasso. Insultar e classificar são estágios anteriores ao pensar. A serenidade é uma meta. Nem sempre consigo.

Potiguar 18: Globo x ABC às 20h

Local: Estádio Barrettão (transmissão ao vivo para todo o Brasil pelo EI Plus)

Globo (4-4-2): Rafael, Angelo, Negretti, Jamerson, Renatinho Carioca; Reinaldo, João Victor, Erick, André; Alex Sandro, Eduardo. Técnico: Renatinho Potiguar.

ABC (4-4-2): Edson, Arês, Tonhão, Samuel, Igor; Felipe Guedes, Erivelton, Higor Leite, Fessin; Wallyson, Maxwell. Técnico: Ranielle Ribeiro.

Árbitro: Caio Max Augusto Vieira (CBF)
Assistentes: José Givanilson Martins dos Santos (FNF) e Pedro Sanderson Sabino da Silva (FNF)

Destaques do Globo
Renatinho Carioca - experiente.
Alex Sandro - bom na movimentação e na finalização.

Destaques do ABC
Higor Leite - bom nas cobranças de falta e finalizações.
Wallyson - bom na movimentação e na finalização.

Prognóstico: o Globo (4.°) aposta nos cruzamentos para a área para segurar o ABC (1.°). Vitória do ABC.

Manchetes do dia (07/03)

A manchete do bem: Com produção em alta, vendas de veículos crescem 15,7%.

As outras: Brasileiros apressam a aposentadoria, Turma do STJ nega habeas corpus preventivo a Lula e Número de acidentes de trabalho no Rio Grande do Norte está em queda.

Bom dia, minha gente!

Fonte: Tribuna do Norte

Today's headlines (03/07)

The headline for good: Raising hopes, North Korea offers to talk about its nuclear arsenal.

The others: In Russian ex-spy's poisoning, Britain sees echoes of Cold War, Gary Cohn, top economic aide, to resign amid tariff dispute and Justice Department sues California over immigration laws.

Good morning, everyone!

Source: The New York Times

terça-feira, 6 de março de 2018

Potiguar 18: Balanço da décima primeira rodada

Foram 1 vitória de mandante, 1 empate e 2 vitórias de visitantes.

O ABC, como mandante, e o América, como visitante, tiveram público de 5.572 pessoas. O ABC é o único que depende de suas próprias forças para ser campeão.

ABC 2x0 América - Adriano Alves, contra, e Wallyson, de falta
Baraúnas 1x3 Potiguar - Celso, Gilsinho, Sorriso e Gabriel Maia
ASSU 0x1 Globo - Alex Sandro
Força e Luz 0x0 Santa Cruz

1.° ABC - 12
2.° América - 7
3.° Força e Luz - 6
4.° Globo - 5
5.° Potiguar - 4
6.° Santa Cruz - 3
7.° ASSU - 2
8.° Baraúnas - 0

Manchetes do dia (06/03)

A manchete do bem: Barragem Armando Ribeiro Gonçalves sai do volume morto.

As outras: BRF Brasil é alvo de nova operação e 11 são presos, Estudante potiguar usa poemas para ensinar programação e Projeto do Minha Casa, Minha Vida está atrasado desde 2012.

Bom dia a todos!

Fonte: Tribuna do Norte