segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

América x arbitragem

Não basta à mulher de César ser honesta; ela tem que parecer honesta. Essa máxima é princípio norteador a todas as profissões que envolvem aplicação de regras. Não seria diferente com a arbitragem esportiva.

No caso do futebol, existem histórias (ou estórias) escabrosas, que deixam muita gente de cabelo em pé. Isso só apimenta a visão passional que envolve o esporte.

Às vezes, as coincidências só pioram as coisas. Veja-se o caso do América. O clube encerrou um jejum de 9 anos sem título estadual quando bancou os custos de ter arbitragem FIFA em todos os jogos decisivos em 2012. De lá para cá, chegou  a todas as quatro finais e conquistou 3 títulos.

A atitude do clube rubro parece ter criado um ranço enorme com a arbitragem local - coisa que não consigo entender, já que o regulamento permite ao clube assim agir. Parece não, criou. O sindicato dos árbitros publicou mensagem no Twitter conclamando o América a trazer o quarteto inteiro de fora, inclusive para jogos das categorias de base. Uma reação descabida em minha opinião. Nunca ouvi falar de tal coisa em outros estados ou países. 

Aí acontecem dois erros grotescos no clássico América 0x2 ABC, os dois encampados por um auxiliar que não pertence ao quadro da FIFA e que é ligado ao sindicato em questão. Ele deu um impedimento (inexistente) que anulou o gol de Luiz Eduardo (América) que inauguraria o placar. Noutro momento, corroborou uma marcação de pênalti em favor do ABC num lance ocorrido a mais de um metro da risca da grande área. 

Não basta à mulher de César ser honesta; ela tem que parecer honesta. A reação impensada do sindicato lançou a atuação do auxiliar numa penumbra inquietante. Isso não é bom nem para a reputação do profissional, nem para o futebol do RN. Criou-se agora uma situação de que toda decisão da arbitragem local contra o América pode ter sua legitimidade questionada.

Confesso que não vejo com bons olhos esse conflito. Caberia à FNF intermediar uma solução, sob pena de o América ter que trazer realmente um quarteto de fora a cada jogo local ante a posição do sindicato dos árbitros. Preocupante.

Últimas compras e último parque em Orlando

Ontem foi o 8.º dia em Orlando, 11.º da viagem. Deixamos praticamente o dia livre. Depois de uma viagem no dia anterior, o domingo ficou para realizar as últimas caçadas nas compras, como achar umas jujubas loucas e uma vitamina que quase ninguém conhece. Nessas caçadas, batemos Orlando quase toda. Passamos até pelo Citrus Bowl, que tem sido a casa do Orlando City, mais conhecido no Brasil como o time de Kaká.

Resolvemos ir ao McDonald's para almoçar (coisa que só acontece por aqui lá para as 16h). Nesta viagem, o McDonald's apresentou-se bem mais caro do que o Burger King. Desisti. Já prefiro o bacon cheeseburger do BK. Sendo mais barato então...

Hora de correr para o hotel para acompanhar pela internet a narração de Marcos Lopes do jogo América 0x2 ABC. Fiz até um podcast depois do jogo. Foi rapidinho. Além de temer pelo wifi do hotel, não imaginava me sentir tão cansada com o ar seco. Coisa de quem tem asma.

Puxamos as últimas forças para conferir o Universal City Walk. Já eram 21h15 aqui, 23h15 no Brasil. Nesse horário, o estacionamento fica gratuito para quem mora na Flórida e custa $5 para visitantes. Pensei que não veria quase ninguém por lá por ser domingo, exatamente como na viagem anterior. Ledo engano. Havia bastante gente. Rodamos tudo, mas ficamos no Pat O'Brien's. Adoro seu estilo pub mesmo. E ainda tem música ao vivo com dois pianistas botando para quebrar. Ontem, a galera ficou animada e até se levantou para dançar. Amei! Saímos feito Cinderela. Quase não acreditei que havia ainda mais gente chegando nesse horário - que não costumava ser muito do feitio dos americanos, especialmente num domingo.

Hoje a temperatura ficou muito próxima do que temos em Natal, então fomos ao Aquatica. Estacionamento $14. Terminei ficando numa vaga de $19 pagando os mesmos $14. O pessoal do Sea World é muito simpático. E o Aquatica é do Sea World. As atrações não são tão radicais como as do Wet'n'Wild, que fechará em definitivo - para tristeza de quem gostava da adrenalina de suas atrações - em 31/12/16 (o Universal tem outros planos para a área). Digamos que é o padrão Disney de radicalidade. Mas com tubos que passam por dentro do aquário dos golfinhos. Até patinhos se juntaram hoje à galera que entrava numa das correntezas. Livres, leves e soltos. 

A piscina de ondas tem marcador de horário para avisar quanto tempo falta para as ondas acabarem ou voltarem. É quase como estar numa praia com um ambiente extremamente controlado, inclusive quanto à limpeza das águas. Num calor como o de hoje, foi fantástico ter tido a oportunidade de finalmente conhecer o Aquatica.

Claro que são oferecidos lockers para guardarmos tudo. O pequeno (deu mochila, chinelos e roupas) custa $10; o grande, $15. Tudo é feito automaticamente, como em máquinas de refrigerante. É preciso cadastrar uma senha. O armário pode ser aberto várias vezes ao longo do dia.

Havia uma atração fechada. Eu teria adorado ir nela. Era uma corrida de tapetinhos água abaixo. Era a minha favorita no Wet'n'Wild. No Aquatica ela tem até marcadores de tempo!

Eram 15h30 quando decidimos ir embora. Mas é claro que eu não poderia sair sem responder a uma pesquisa! Pelo menos nessa eu tive direito de me sentar para usar o computador.

Toda descabelada eu ainda pensei em ir ao Denny's. Desisti. Provavelmente pensariam que iria assaltar o lugar. Fui ao meu BK favorito, bem pertinho do hotel. 7667 International Drive. Grave o endereço porque vale a pena visitá-lo. A decoração é anos 50-60. Tem até uma mesa que parece aqueles carros chamados no Brasil de rabo de peixe. Há fotos e detalhes sobre alguns atores. Bem legal.

Agora são 18h05 e o sol começa a pensar em ir embora. Provavelmente vou voltar ao Naru à noite. Adoro comida japonesa! Mas já digo que o shitake daqui não chega aos pés do shitake do Takami. 

domingo, 31 de janeiro de 2016

Podcast 31/01/16

Podcast rapidinho por causa do ar seco e do wifi do hotel https://www.spreaker.com/user/8553048/from-orlando



Potiguar 2016: América x ABC às 19h

Local: Arena das Dunas (transmissão ao vivo e em HD para todo o Brasil pelos canais EI MAXX e Esporte Interativo)

América (4-3-3): Pantera, Gabriel, Flávio Boaventura, Gustavo, Alex Cazumba; Bruno Renan, Felipe Macena, Cascata; Reis, Thiago Potiguar, Luiz Eduardo. Técnico: Aluísio Moraes.

ABC (4-4-2): Vaná, Filipi Souza, Gabriel, Gustavo Bastos, Hugo; Márcio Passos, Zaquel, Erivelton, Lúcio Flávio; Jones Carioca, Alemão. Técnico: Narciso.

Árbitro: Ricardo Marques Ribeiro (FIFA)
Assistentes: Flávio Gomes Barroca (CBF) e Vinícius Melo de Lima (CBF)

Destaques do Mecão
Cascata - bom na movimentação e na finalização.
Thiago Potiguar - artilheiro da competição.

Destaques do ABC
Lúcio Flávio - bom na movimentação e nas cobranças de falta.
Alemão - bom na movimentação e na finalização.

Prognóstico: o América (1.°) até agora confirma a posição de franco favorito ao título. O ABC (5.°) ainda busca a melhor formação e seu treinador já entrou na frigideira, de onde só sairá se vencer o clássico. Vitória do América.

Potiguar 2016: Potiguar x Baraúnas às 17h

Local: Estádio Nogueirão

Potiguar (3-5-2): Santos, Ramon, Anselmo, Pedro Dias; Magno, Jozicley, Dunga, Radames, Léo Paulista; João Manuel, Carlos Alberto. Técnico: Bira Lopes.

Baraúnas (4-4-2): Érico, Fernandes, Nildo, Cláudio Baiano, Fabrício; Batata, Júnior Borracha, Da Silva, Murillo; Fabinho Cambalhota, Chalerson. Técnico: Givanildo Sales.

Árbitro: Pablo Ramon Gonçalves Pinheiro (CBF)
Assistentes: Francisco de Assis da Hora (CBF) e Alex Batista da Silva (FNF)

Destaques do Potiguar
Santos - experiente.
João Manuel - bom na movimentação e na finalização.

Destaques do Baraúnas
Érico - experiente.
Fabinho Cambalhota - bom na movimentação e na finalização.

Prognóstico: clássico é como final - cada detalhe conta. Até então o desempenho do Potiguar (2.°) em campo, não nos números, tem sido bem melhor do que o do Baraúnas (3.°). Vitória do Potiguar.

Potiguar 2016: ASSU x Globo às 17h

Local: Estádio Edgarzão

ASSU (4-4-2): Elias, Sandro, Romeu, Gilmar, Rogerinho; Lano, Lua Clayton, Jair, Léo Silva; Ila, Tiago Souza. Técnico: Reginaldo Souza.

Globo (4-4-2): Rafael, Geovanne, Alex, Jamerson, Renatinho Carioca; Leomir, Pablo, Rivaldo, Renatinho Potiguar; Romarinho, Vavá. Técnico: Higor César.

Árbitro: Tarcísio Flores da Silva (FNF)
Assistentes: Jean Márcio dos Santos (CBF) e Pedro Sanderson Sabino da Silva (FNF)

Destaques do ASSU
Lano - bom na marcação e no apoio ofensivo.
Tiago Souza - bom na movimentação e na finalização.

Destaques do Globo
Renatinho Potiguar - bom na movimentação e na finalização.
Vavá - atacante que não perdoa.

Prognóstico: apesar de não ser clássico, o jogo entre ASSU (6.°) e Globo (3.°) deve ser um jogo duríssimo. Empate.

Potiguar 2016: Alecrim x Palmeira às 17h

Local: Estádio Barrettão

Alecrim (4-4-2): Messi, Albert, Geilson, Cleiton Potiguar, Douglas Pereira; Santiago, Felipe Potengi, Arês, Piúba; Ronaldinho, Tiago Santos. Técnico: Fernando Tonet.

Palmeira (4-4-2): Yuri, Augusto, Rafael, Lucas Carioca, Guilherme; Oliveira, Tiago Bispo, João Luka, Moisés; Romário, Santa Cruz. Técnico: Marcos Ferrari.

Árbitro: Luiz de França Varela (FNF)
Assistentes: Ryan Neres Souza de Queirós (CBF) e George Ítalo Antas Nogueira (FNF)

Destaques do Alecrim
Arês - bom na movimentação.
Ronaldinho - bom na movimentação e na finalização.

Destaques do Palmeira
Yuri - faz o que pode.
Moisés - bom na movimentação.

Prognóstico: o Alecrim (8.°) tem até jogado bem, mas sem poder de finalização. O Palmeira (7.°) aposta em contra-ataques. Empate.

Orlando - St. Augustine - Orlando

Hoje o dia começou frio, mas pegamos a estrada rumo a St. Augustine na costa leste da Flórida. St. Augustine é a primeira cidade de toda a América do Norte. Fica a mais ou menos 2 horas de Orlando. E vale cada segundo da viagem.

A minha curiosidade em relação a St. Augustine é antiga. Os livros Oxford citam a cidade aqui e ali. Como surgiu a oportunidade nessa viagem, não pensei duas vezes. Botei no GPS Castillo de San Marcos e segui nas retas sem fim. 

Parei no 1.° posto que vi na cidade. Primeiro pedimos o valor tal de gasolina comum na bomba tal. Depois de receber o recibo, basta ir à bomba, apertar o botão do combustível escolhido e apertar o gatilho no tanque (aberto previamente, claro). Se nada mais der certo nas minhas profissões, tenho a foto abaixo para comprovar experiência numa nova carreira no Brasil.


O caixa, bem sulista, entregou o recibo e já nos ofereceu amostras grátis de todo tipo de laranja. Enormes, lindas e gostosas. Provei a red grapefruit primeiro. A mais parecida na aparência com a nossa laranja é a valencia. Havia outras frutas à venda no posto de gasolina. Uma graça. 

De volta ao caminho, parei numa CVS. Ganhei um cartão para receber - adivinhem - descontos nas compras. A CVS é uma farmácia que vende tudo que se possa imaginar. Basta dizer que saí de lá com luvas (de frio) novas!

De volta ao caminho para o forte. Dei uma volta na frente em busca do estacionamento mais próximo, mas estava lotado. Voltei para o estacionamento municipal. $ 12. O centro de informações para visitantes fica na frente. Peguei um mapa lá. Poderia ter comprado ingresso para 3 atrações por menos de $20, mas eu queria mesmo era ficar mais tempo no forte sem preocupação com horário. Um adulto paga $10 para entrar.

A vista é de tirar o fôlego. Para quem gosta de detalhes, há informação para tudo que é lado. Há um minifilme mostrando o manuseio das armas. E há uma apresentação ao vivo com voluntários realizando os mesmos exercícios que os soldados do século 18 realizavam. Até um tiro de canhão foi dado. Quem dera Natal acordasse para fazer algo semelhante com o lindíssimo Forte dos Reis Magos.

A fome arrochou e segui por uma ruazinha na frente do forte que é totalmente voltada para turismo. Muita música ao vivo, lojinhas, bares. É uma mistura da antiga praia do Jacaré em Cabedelo-PB e Pipa. Com a devida realidade de primeiro mundo, claro. Mas não espere ouvir português. St. Augustine não é um paraíso de compras.  

Fomos de pizza. Só americano mesmo para nomear uma pizza "lata de lixo". Foi a melhor lata de lixo que já comi.

A duas milhas, atravessando uma ponte que abre para navios, está o farol de St. Augustine. Estacionei no Yacht Club. Coincidentemente, um carro da polícia entrou logo atrás. Pensei no que teria feito de errado, mas o policial apenas me cumprimentou.

Como já passava das 16h, não subi os mais de 200 degraus do farol. Fui ao local, tirei uma foto e segui para a marina do clube. Uma calmaria só, daquelas que dão uma enorme paz interior. Havia 4 pessoas pescando. 

Sol se pondo, hora de voltar a Orlando. Se normalmente os carros já andam encangados uns nos outros nas estradas, imaginem nos trechos de apenas 2 faixas! A vantagem do horário é que à noite finalmente esse povo passou a andar dentro do limite de velocidade e eu consegui ultrapassar vários carros. Mas muitos ainda insistiam em menosprezar as placas.

Houve vários pequenos engarrafamentos em algumas saídas. Aliás, as saídas são todas numeradas, o que facilita a vida do motorista.

Em Orlando, dessa vez a culpa não era da Sand Lake Road, mas da International Drive, mais fervida do que nunca num sábado à noite. 

De volta ao hotel, o resto da pizza e o SAG Awards quebraram o galho de quem só queria sossego. Ainda bem.

sábado, 30 de janeiro de 2016

Orlando - Lake Buena Vista - Orlando

Antes de falar sobre ontem, vou completar sobre anteontem. A ida para Universal teve como trilha sonora Hello de Adele e a volta, Sorry de Justin Bieber. Só para variar. 

Também terminamos a noite num restaurante japonês da Orlando Eye: Naru. Fomos atraídas por uma promoção do bar do restaurante: um balde com 5 Budweisers ou Bud lights por $12 nas noites de futebol americano. Descobri lá dentro que a promoção era só para o bar, não o restaurante, mas como fomos atendidas por Angela (brasileira) e ela providenciou para que recebêssemos nosso balde de Bud light. 

Não estranhem! Há muito tempo deixei de beber. Mas quando viajo de navio ou avião, ao desembarcar, passo vários dias tonta e descobri por acidente também há muito tempo que essa tontura só vai embora depois de beber. Daí ter partido para a Bud light. O detalhe é que tem que beber as 5 do balde: elas vêm previamente abertas. Mas vale a pena, pois uma única cerveja custa em torno de $5-6.

A tontura melhorou, mas não passou completamente. Acho que é muita montanha russa e elevador (estou no 7.° andar do hotel) para mim.

Ontem o destino era o Hollywood Studios da Disney. Muita gente pensa que os parques da Disney ficam em Orlando, mas eles ficam numa cidade colada em Orlando: Lake Buena Vista. Na ida, trânsito traquilíssimo. Saímos bem tarde daqui, por volta das 10h.

O vento aumentou muito a sensação de frio apesar do sol firme. Até um senhor do Hawaii comentou comigo que era bom mesmo o trenzinho do estacionamento lotar para todos nos aquecermos uns aos outros. Muito simpático ele. Estava visitando o parque absolutamente sozinho. Achei o máximo.

Como todo parque da Disney há poucas atrações radicais mesmo. E elas nunca são radicais ao ponto de você ter que alugar um locker (armário). A Disney prefere o público família, por isso investe bastante em coisas que todos possam fazer juntos. E compensa com beleza nos mínimos detalhes, especialmente nos shows.

Esse é o parque voltado para filmes. Começamos com a encantadora e lenta The Great Movie Ride, onde se vê a reprodução de várias cenas clássicas enquanto o carrinho passa por cenários. Os guias interagem com algumas das cenas. 

Depois, hora do show de Indiana Jones, que junta muito bom humor, explosões, cenas de luta, perseguição, tudo ao vivo. Essa atração é exatamente a mesma de quando estive aqui aos quinze anos e o parque era chamado MGM Studios.

Em seguida, corremos para ver carros em alta velocidade e em todo tipo de acrobacia. O cheiro de pneu queimado é constante. Isso já dá uma ideia das loucuras que os pilotos fazem. É um verdadeiro balé.

Depois Muppets. Menos interessante do que da primeira vez, mas ainda com algumas boas piadas. Não sai da minha cabeça a tentativa de um dos personagens de mostrar um rato qualquer como Mickey Mouse. Um outro o repreendeu, ao que ele respondeu: "O que é que tem? Eles são turistas. O que eles sabem?" Ri muito, mas terminei perdendo de ver a Bela e a Fera. Faz parte. Cheguei tarde porque quis.

De lá, mais uma atração antiga: o voo de Star Wars. Apenas adaptaram uma parte com o novo que foi lançado no ano passado. 3D. Janaina foi identificada logo no início como espiã e teve sua foto mostrada para todos como procurada. Morri de rir.

No almoço, comemos no Backlot Express, vizinho ao Star Wars Tours. Por menos de $15, você pegar um cheeseburger de angus com bacon com muitas fritas e refrigerante.

Ruim foi a apreensão de ir de estômago cheio para as duas atrações mais radicais (no padrão Disney): a montanha russa de Aerosmith e a Twilight Zone Tower of Terror. Mas as filas estavam grandes e não reservamos FastPass para elas. Ou seja, levaria um certo tempo.

Uma tinha espera de 40 minutos; a outra, 50. Começamos pela menor: a montanha russa. Somos convidados pela banda Aerosmith para um show deles, mas estamos atrasados e temos que voar no trânsito. Essa montanha russa tem uma aceleração inicial que dá medo. As fotos tiradas desse momento refletem bem isso. Ela não vai o tempo todo na mesma velocidade, mas ainda assim é muito rápida. Tanto que há loopings, mas a mochila que ia junto ao meus pés nem fez menção de desabar.

Depois, o temido elevador da torre Twilight. A estória aqui é que um povo morreu num dos elevadores durante uma tempestade no início do século passado. E agora temos que enfrentar a viagem num dos elevadores. É tanto arremesso para cima e para baixo... É bem divertido. Dizem que cada vez os arremessos são diferentes. O elevador até abre as portas para vermos o parque lá de cima durante algumas quedas. Numa delas, mal fomos arrmessados para cima, já despencamos.

Eram 17h30 e já deveriamos nos dirigir a Fantasmic, show de águas, luzes e fogos do Mickey Mouse. Uma coisa que todo mundo que vai a um parque Disney tem que fazer é garantir seu ligar num show desse. São sempre lindos. Compramos sorvete - uma ótima ideia para um dia muito frio - e fomos buscar um lugar no show das 19h. Nem preciso dizer que as mãozinhas sofreram com o frio e precisamos calçar as luvas. Sim luvas se calçam e meias se vestem. Português não é um mistério?

Depois do show, ainda tínhamos 10 minutos para o show sinfônico de fogos. Era tanto frio que corri para uma atração de 10 minutos: Star Wars: Path of the Jedi. É um filmezinho para o povo que nunca viu Star Wars se orientar sobre a história. Afinal há quase um mundo de Star Wars nesse parque. No nosso caso, valeu pela temperatura: bem quentinho. Uma delícia! Pena que não começou assim que entramos. Perdemos o início do show de fogos, mas vimos o grand finale. Lindo!

Hora de pegar o trenzinho para o estacionamento. Dica importante: memorize muito bem onde estacionou o carro. Conte filas, tire foto, use referenciais. Os carros aqui não têm a placa da frente e os estacionamentos são enormes! Sem saber ao menos onde o danado pode estar nem adianta acionar a buzina. Especialmente porque na saída há um festival de buzinas acionadas por gente que não sabe onde está o carro.

Engarrafamento da Sand Lake Road, Sorry e Hello no rádio e chegamos ao hotel para dormir o sono dos justos. Mais tarde eu conto sobre hoje.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Orlando com chuva de novo

Hoje a chuva chegou com força por aqui. Como ontem a chuva não foi tão forte, terminamos decidindo enfrentá-la hoje, mas encontramos uma chuvinha insistente que engrossou de verdade. Depois do café da manhã, saímos às 9h40 para o complexo da Universal, que fica na mesma rua do hotel, mas o GPS sempre indica um certo arrodeio para chegar lá. Cortando caminho, imagino. 

Universal Studios, Universal Islands of Adventure e Universal CityWalk (esse só vale a pena à noite - boates, bares, pubs, etc...) ficam no mesmo endereço e utilizam o mesmo estacionamento. Por falar em estacionamento, adivinhem, o preço subiu. Agora são $20. Pegamos algumas esteiras até a entrada do parque. Na entrada é preciso registrar uma impressão digital para ter acesso (o ticket para os dois parques pode ser usado durante 14 dias). Dei os ingressos trocados: virei Janaina; e Janaina, Raissa. Tenho que lembrar disso enquanto for usar o ingresso sob pena de ter que me explicar no acesso, mostrar passaporte e tudo mais - o que já ocorreu na minha última visita a Universal. 

Logo na entrada é preciso pegar um mapa - regra essencial em qualquer parque por aqui. Os parques são gigantes e é preciso ter pelo menos uma ideia de onde você está. Perder-se é a regra. E com a minha habilidade de entender mapas então... Nem perca tempo de pegar o mapa em português no complexo Universal: os horários das atrações com show só estão disponíveis no mapa em inglês. Se tem dificuldade com a língua, pegue os dois. 

Começamos pelo Studios. A maior parte do povo seguiu para Islands of Adventure. Se pretende fazer os dois parques no mesmo dia (coisa que só é possível no inverno americano), comece pelo Studios - a caminhada será, digamos, ladeira abaixo quando passar para Islands of Adventure. 

Lá fomos nós para o ET. Já perdi as contas de quantas vezes ajudei o ET a voltar para seu planeta e salvar seus amiguinhos com seu poder de cura. É uma atração bobinha, mas linda. No início é preciso dizer seu nome - nem perco meu tempo; aviso logo que vou soletrar. Raissa é uma verdadeira armadilha para os americanos, coitados. Isso tudo para o ET dizer seu nome no fim. Confesso que nunca ouvira meu nome, só o dos outros. Dessa vez vi o coitadinho tentar: saiu algo tipo Rayz. Ouvi o de Janaina bem mais nítido. 

Na sequência, Terminator. Essa é uma atração que mistura performance ao vivo com cinema 3D, por isso tem hora para começar. Para quem lembra de Exterminador do Futuro, esse é inspirado no número 2. Legal. 

A chuva apertou na saída e corremos para The Simpsons Ride. Essa é a sucessora da ótima Back to the Future. A estrutura é a mesmíssima de décadas atrás, mas toda adaptada ao humor ácido dos Simpsons. Nem se iluda achando que é para criança. The Simpsons Ride consegue ser pior do que uma montanha russa e aproveita cada segundo para criticar os parques temáticos (e olhe que a atração está num dos maiores) com claras referências a grandes atrações, como o show de Shamu no Sea World, e a realidade de que toda atração termina na loja da atração. Numa das quedas, até os capetas estão preparados para te pegar.

Fui ver o show de The Blues Brothers, conhecidos no Brasil lá nos anos 80 como os irmãos Cara de Pau. Como estava chovendo não houve o animado show, mas os atores/cantores ficaram disponíveis para fotos. Amei! São muito simpáticos.

Em seguida, uma moça me pediu para participar de uma pesquisa. O complexo Universal adora pesquisas. E eu tenho um chama para elas aqui nos EUA!

Dali fomos para a montanha russa coberta Revenge of the Mummy. Ela fica na antiga atração do King Kong, que voltará totalmente repaginada no Islands of Adventure. Essa montanha russa só não lhe mata, mas prepara o funeral. Tão radical que é preciso deixar tudo num locker. Boa notícia: todos os lockers (armários) de atrações na Universal são de graça por determinado tempo (entre 30-60 minutos, dependendo da atração). No inverno, isso é tempo mais do que suficiente para ir e voltar para pegar as coisas. 

Na saída, procurei Disaster. Depois de décadas, a Universal resolveu fechar Disaster para colocar algo totalmente diferente no lugar, cuja inauguração ocorrerá somente em 2017. Me deu uma ponta de tristeza, mas assim é a vida: algo antigo vai para que algo novo possa surgir. 

Fui aos Transformers 3D. A fila em si já é uma atração com todos os botões de computadores e vídeos à disposição. Super radical, mas dá para levar a bolsa. 

Na saída, matei minha curiosidade de comer uma turkey leg. Me senti uma mulher das cavernas. É enorme e até difícil de comer. Vale pela foto e pela fome. Por $ 14.37 (com imposto) você ainda leva um pacotinho de Lays. Duas pessoas podem dividir sem problemas. 

Finalizei o Studios com Harry Potter, inaugurado no ano passado. Agora há Harry Potter nos dois parques e você pode passar de um para o outro pegando o Hogwarts Express, desde que seu ticket dê acesso aos dois parques.  Mas o mundo mesmo de Harry Potter já vale a pena só de ver. Impressionante em cada detalhe, Atravesssamos uma parede para chegar até lá. A melhor atração do Studios é Harry Potter and the Escape from Gringotts. Logo no início o diabo de uma bruxa faz o trilho da montanha russa descer e lá vamos nós ladeira abaixo. Radical e por isso tivemos que usar lockers mais uma vez. 

Ainda havia de grandes atrações Shrek 4D, Minions Mayhem e Hollywood Rip, Ride, Rock-it. Das três, até iríamos na última - uma montanha russa aberta que lhe lança em 90º como um foguete com direito a escolha individual de música. Da vez anterior, fui ao som de Evanescence (Bring Me to Life); Janaina escolhera a otimista I Will Survive (Gloria Gaynor). Desta vez, pactuamos que não iríamos nas abertas por causa da chuva e da ameaça de raios. Por isso, encerramos o Studios.

Pegamos o Hogwarts Express para Islands of Adventures. O trem já lhe coloca na história de Harry Potter, como se estivéssemos no meio dela. Entramos no mundo de Harry Potter do outro parque à tarde (por volta das 15h) e fomos direto para a Forbidden Journey, a montanha russa do castelo que estava fechada na última visita. Uau! Show! Não é bem uma montanha russa, mas você é lançado em todas as direções com direito a 3D.

Daí partimos para nos molhar de verdade. Depois de muito frio, 18º representam calor. E como diz aquele ditado, "quem está na chuva...". Rumo ao Jurassic Park. Já sabíamos que não visitaríamos dois mundos desse parque: um deles para crianças (Seuss Landing) e o outro (The Lost Continent) por não ter nada de diferente e interessante, a não ser um túnel de água em Poseidon's Fury, cuja parte teatral é muito longa. 

E aqui começa a descida. Por isso o ideal é começar pelo Studios. Do contrário, essa é a hora da subida. Fomos ao River Adventure para ver dinossauros e enfrentar uma queda desgraçada e molhada. Uma diversão.

Já partimos para outro mundo (Toon Lagoon). Aqui são os quadrinhos infantis, como Popeye, que dão as cartas. Corri para Rip Saw Falls, mas estava fechada (reabre amanhã!). Então me dirigi a Popeye & Bluto's Bilge-Rat Barges. Se alguém estava seco até aqui, não escapou. Entramos em corredeiras e é água para todo lado com os solavancos do caminho. E ainda há quem perca seu tempo para espirrar água nos outros pagando 25 centavos para usar um esguicho. É bem divertido.

Por fim, com as pernas absolutamente encharcadas (a capa de chuva não faz milagre), fomos para Marvel Super Hero Island. A montanha russa do Hulk está passando por grandes mudanças e reabre no verão americano. Não tenho coragem de ir em Doctor Doom's Fear Fall, ainda mais chovendo. Logo, encerrei Islands of Adventures com Spider-Man, uma atração em 3D com bastante velocidade.

A saída foi super tranquila. Cheguei por volta das 17h40 no hotel mesmo tendo passado pelo engarrafamento diário e sem graça da Sand Lake Road, que corta a Universal Boulevard, rua onde fica o hotel em que estou hospedada.

Agora estou criando coragem para dar uma esticada até a Orlando Eye para conhecer um bar ou restaurante. A previsão diz que a chuva vai parar em 37 minutos. Essas previsões daqui são ridiculamente precisas. Mas devo dizer que Orlando tem um clima amigo: frio e chuva raramente andam juntos. Ou chove e faz calor, ou faz sol e frio.

Quem vier no verão se prepare para 40º em média e temporal quase todo dia às 17h. E essa programação de dois parques num dia só é praticamente impossível, a menos que se queira ver bem menos atrações.

That's all for now, folks!