sábado, 21 de abril de 2012

Pittsburg Premium

Resolvi conferir ontem à noite o Pittsburg Premium. Só pela localização da nova casa do Pittsburg (Petropólis) já se tem uma ideia de que as coisas mudaram para melhor no tradicional local de sanduíches aqui em Natal. 

Obviamente que os sanduíches continuam lá. Mas são os detalhes que fazem a diferença. Um ambiente mais requintado que o tradicional, porém uma atmosfera confortavelmente aconchegante. São três espaços no andar térreo para atender a todos os gostos. Parece que também há um 1.º andar, mas não conferi. O térreo já foi suficientemente atrativo para mim.

Escolhi propositadamente o local mais próximo de onde os sanduíches são preparados. Detesto aquele odor de comida que impregna roupas e cabelos sem dó. Toda mulher sabe bem do que falo. Mas por que escolhi justamente onde a probabilidade seria maior de isso acontecer? Para saber se gostaria mesmo do lugar ou não. Resultado: nada de odor impregnante. Ponto para o Pittsburg Premium. E olhe que o ambiente é todo climatizado.

O atendimento foi extremamente cordial. Todos os funcionários me cumprimentaram desde a entrada até eu me sentar à mesa. Paula foi a responsável pelo meu pedido. Solícita e sempre disposta a não deixar que nada atrapalhasse a minha refeição.

Troquei de mesa por causa do vento um pouco forte de um ventilador, mas não reclamei a respeito. Nem precisou. Imediatamente, um funcionário, percebendo o ocorrido, travou o aparelho numa direção que não me atingisse.

Agora, a parte principal: a comida. Provei o Pitts México Premium, porque adoro uma pimenta e ainda vinha com doritos dentro. Não deu outra. Uma delícia! Picante na medida certa, o sanduíche conta com um hambúrguer chamado Premium de 150g, porém não é o tamanho que me atrai, mas o sabor. Finalmente, um hambúrguer com sabor de carne tostadinha no ponto certo.

Entretanto, o molho rosé tão tradicional do Pittsburg - o qual, confesso, nunca me atraiu muito, já que não gosto de maionese - recebeu ingrediente especial (pimenta) e agora está simplesmente divino! Já estou pensando em repetir a experiência... Na próxima, acho que vou dispensar os doritos para ver se é possível (?!) tornar ainda melhor um sabor tão divino.

Ainda há muito a elogiar: tomei Fanta de garrafa (que sabor! Lembrei da minha infância), catchup e mostarda americanos (ou seja,os verdadeiros catchup e mostarda), ambiente tranquilo, sem afobamentos, atendimento prá-lá-de simpático do caixa...

Para resumir, sanduíche de verdade num ambiente de verdade é com o Pittsburg Premium e seu delicioso Pitts México!

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Microfone no juiz.

Vocês não acham que muitos problemas do futebol estariam resolvidos se o árbitro central tivesse um microfone que permitisse a gravação de tudo o que ele falasse no campo? Ele poderia esclarecer o que marcou em lance polêmico. Saberíamos que tipo de palavrão os jogadores/técnicos lhe dirigiram e até se ele também é chegado num insulto, como há muito jogadores e técnicos denunciam.

Pensei nisto após o clássico Abc 1x2 América. o árbitro Heber Roberto Lopes é chegado num bate-boca com quem quer que seja. Abre o peito e tome blá-blá-blá e gestos bruscos. Observei especialmente sua discussão com o zagueiro Cléber, do América. Duradoura. O jogo rolando e os dois dizendo coisas um para o outro. Lance dentro da área e os dois batendo boca. A bola rola (os dois ainda batendo boca0 e um jogador do Abc faz falta em Cléber. Sem nem olhar para o jogador alvinegro, Heber marca a falta incontinenti, mas continuar a discutir com Cléber, como se o jogo fosse mero detalhe.

Na cobrança desta falta, que coube a Fabiano, finalmente Heber Roberto Lopes deixou Cléber de lado e voltou-se para o goleiro americano. Aí acontece o que me impressionou. O árbitro aproxima-se de Fabiano e, ciente de que a torcida americana estava bem próxima dos dois e de que alguém o poderia filmar, ele coloca a mão espalmada sobre a sua boca para impedir que alguém fizesse leitura labial do ele dizia ao goleiro. O papo foi demorado e terminou com o árbitro tirando a mão da boca e dizendo um palavrão que já virou interjeição aqui (aquele que começa com P e termina com RRA). O tom deste palavrão demonstra que Heber estava repreendendo Fabiano, talvez por causa de Cléber, uma vez que o goleiro é o capitão do América.

Mas eu me pergunto: por que Heber Roberto Lopes entregou-se a um bate-boca que tornou o jogo mero detalhe e somente quando foi falar com o goleiro Fabiano ele cobriu seus lábios, com medo de alguém fazer leitura labial? Boa coisa ele não disse. Acho que nunca saberemos o que ocorreu ali. 

Bem que os árbitros poderiam usar um microfone, né?

terça-feira, 17 de abril de 2012

Onde vai parar o desrespeito para com a lei?

Comecemos pela maior vergonha de todas. Já ouviram falar que este é o país onde há leis que pegam e leis que não pegam?  No curso de Direito, deveriam abrir uma cátedra específica para estudar tamanho absurdo. Só aqui.

Não adianta me estender muito a respeito. Seria tema de uma bela dissertação de mestrado/doutorado, muito profícuo para amplos estudos. Mas que envergonha viver num país assim, ah, envergonha!

Temos exemplos disso aos milhares no trânsito, para citar apenas uma área. A placa diz não estacione, mas só vou ali e vou rápido. Vaga de deficiente, mas não há nenhum por perto. Emitir nota fiscal para que se eu posso ficar com os tributos, mesmo tendo cobrado do consumidor?

Consumidor... desde 1990, a luta é grande para a sua defesa. Nosso Código de Defesa do Consumidor é um dos mais avançados do mundo, inclusive com preceitos a respeito de processo coletivo, tema tão instigante numa estrutura processual tão ligada ao Código Civil inspirado no Código de Napoleão.

Aqui em Natal, o consumidor é desrespeitado a cada 10 metros. Produtos com preços diferentes, vencidos, defeituosos, péssimo atendimento, serviço ineficiente... Vixe, a lista é longa!

No futebol, a coisa é pior. Pagamos caro para sentar o bumbum no cimento, na chuva e no sol, apertadinhos, sem direito a estacionamento para o carro, ou transporte público em local adequado.

Não bastasse isso, dirigentes inventaram um tal limite para ingressos de estudantes e idosos. A lei não permite isso, mas quem liga? E assim no último Abc x América realizado no Frasqueirão a torcida visitante viveu verdadeira via crúcis para ter o direito assegurado por lei respeitado. 120 ingressos num dia. Mais 150 no outro. Problema seu se você enfrentou a fila e os tais ingressos acabaram justamente na sua vez. Não haveria mais liberação, mesmo ainda existindo ingresso para quem pagaria os 100% do seu valor. E a lei? Isso é mero detalhe dos que gostam de brigar.

A imprensa deu de ombros para a denúncia. Somente muita chateação pelas redes sociais por parte dos prejudicados puseram o MP para provocar o Procon. Vejamos o desenrolar dos fatos, porque o que de fato houve foi uma liberação a conta-gotas, ainda em total desrespeito ao que diz a lei. Mas e quem liga para a lei?

Até a divisão de renda não foi aceita pelos dirigentes do Abc. Rasgue-se o regulamento, ignore-se a federação, envergonhe-se o Direito! O que vale é o que eu penso. Torcedores do Abc aplaudem a atitude de seus dirigentes. Vão continuar a aplaudir quando a conta chegar? E quando forem eles os que não conseguirem que a lei lhes resguarde? 

Não podemos mais viver num país onde há leis que pegam e leis que não pegam. Ou nos conscientizamos de que esta sociedade está calcada numa base podre, sem qualquer respeito aos direitos do próximo, ou a cada dia mais nos aproximaremos de um modelo bárbaro, onde é cada um por si. E eu me recuso a acreditar que seja este o nosso destino.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Futebol do RN pede socorro

A situação é caótica. As rendas são cada mais diminutas. O público se afasta paulatinamente. Os clubes parecem não perceber o quão difícil é o momento e o que deve ser feito para superá-lo.

O estadual do RN nunca foi tão avacalhado. Todo dirigente que perde, chora contra a arbitragem (diga-se de passagem, em geral muito fraca mesmo no Rio Grande do Norte). A imprensa em geral, me perdoem os que nela militam, mais tem feito papel de assessoria de clube do que de informar os fatos, não as versões.

Para piorar, agora os dirigentes de Abc e Baraúnas se acham no direito de passar por cima do regulamento e reter a divisão de renda que cabe à América e Santa Cruz, respectivamente, após a semifinal classificatória para as finais do segundo turno em partida única realizada com o mando daqueles. Ressalte-se que antes mesmo da realização dos jogos, a FNF utilizou-se de seu poder de expedir resoluções para esclarecer lacunas no campeonato e afirmou o óbvio: a divisão de renda da fase semifinal do 2.º turno segue o mesmo parâmetro da da fase semifinal do 1.º turno. Mas as diretorias de Abc e Baraúnas deram de ombros. Esse é o profissionalismo do futebol potiguar.

Não bastasse isso, a diretoria do Abc ainda passou todo o fim de semana desafiando o Estatuto do Torcedor, o Estatuto do Idoso e o Código de Defesa do Consumidor. Além de não disponibilizar os 10% da capacidade do seu estádio à torcida visitante (América), ainda limitou o número de ingressos vendidos a estudantes e idosos. Primeiro mandou apenas 150 de um total de 1400. Depois fechou em 290. Isso porque houve fiscalização do Procon Estadual. 

Agora me digam onde vai parar o futebol do RN. Sim, porque os ingressos são caros (R$ 40,00), com direito a sentar no cimento, levar banho de chuva, sol, banheiros em péssimo estado... Poderia continuar indefinidamente. Nem citei a falta de transporte público. Além disso, o Abc ainda se acha no direito de dificultar a compra desses ingressos. Por fim, de que adianta enfrentar tudo isso se, no fim, os dirigentes rasgam o regulamento do campeonato?

Ou os poderes constituídos se posicionam firmemente em defesa do cumprimento do regulamento do campeonato e, principalmente, da legislação pátria (tanto os Estatutos do Idoso e do Torcedor e o CDC, como as legislações estadual e municipal a respeito) ou a desmoralização imposta a estes poderes principalmente pela diretoria do Abc levará este estado (não só o futebol) a um caos de consequências nefastas.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Fungo na unha: ô inferno!

Quem já passou por isso bem sabe o que estou falando. Fungo na unha é uma desgraça! Surge não sei de onde (até uma pancada pode servir para tanto) e para ir embora... uma verdadeira via crúcis.

Já fui ao dermatologista, me entupi de remédio - inclusive aquele esmaltezinho caro que só a peste - e o máximo que consegui foi controlar o avanço da praga. Já cortei, lixei, pintei, afoguei em vinagre... Até agora nada foi definitivo. 

Agora resolvi tentar Pinho Sol, aquele que diz que mata 99,9% de bactérias e fungos. É capaz desse meu fungo estar englobado no 0,01% para o qual o Pinho Sol não é eficiente. Já são mais de 4 meses de batalha. Vou aguardar mais duas semanas. Se der certo, felicidade total. Se não der, volto ao dermatologista com um quente e dois fervendo!

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Tocando o bumbo

Essa expressão é antiga no futebol. Diz-se que o jogador está "tocando o bumbo" porque ele é reserva e deseja que o titular se machuque para que ele assuma o seu lugar. 

É claro que ninguém em sã consciência imagina que alguém toque mesmo o bumbo para que um ser humano (quem quer que seja) se machuque. Mas a atual situação do América me fez lembrar imediatamente dessa expressão.

Desde que Isac começou a ser fortemente questionado pela torcida parece que algo acontece para que ele volte a ser titular. É impressionante! Primeiro foi Wanderley, que quebrou um dedo em sua melhor fase ao comemorar um gol. Um companheiro pulou em cima e - crack! - lá se foi o dedo de Wanderley e a sua vaga entre os titulares.

Depois foi Soares. Arrebentando em assistências e gols. De repente, um jogador do Corintians rompe-lhe parcialmente o ligamento do joelho e mais um artilheiro do América perde o lugar para Isac.

Agora, felizmente, Lúcio, o vaqueiro certeza de gol, não se contundiu, mas discutiu com o árbitro, algo que não  é de sua característica, e foi expulso, deixando o ataque americano órfão, prontinho para a titularidade de Isac. Porém ninguém aguenta mais sua inoperância. Parece que Pingo e Leandro Guerreiro passaram à frente dele. Será? E por quanto tempo? Será que esse bumbo ainda vai soar até o fim do campeonato?

Espero que nada de mal aconteça a mais nenhum atacante do América e que, se Isac vier a ser titular, seja porque ele voltou a jogar futebol suficiente para tanto. Porque eu não aguento mais o barulho ensurdecedor deste bumbo!

sexta-feira, 30 de março de 2012

Frases da Semana

"Eu tenho pena daquele que é obrigado a viver com R$ 19 mil líquidos com esta estrutura que temos aqui."
Senador Cyro Miranda (PSDB-GO), sobre a aprovação do fim do 14.º e 15.º salários na CAE para parlamentares

"Se eu for punido, eu deixo o Abc."
Técnico Leandro Campos, sobre a confusão que criou no clássico contra o América em Goianinha ao chutar um squeeze na direção da torcida adversária e dizer cobras e lagartos ao 4.º árbitro. Ele voltou atrás no dia seguinte.

"O Adriano é nosso. Vai ser sempre."
Patrícia Amorim, presidente do Flamengo, sobre a inacreditável contratação de um jogador contudido, gordo e que não quer mais jogar profissionalmente, no sentido literal da palavra.

segunda-feira, 26 de março de 2012

Clássico nervoso

Os acontecimentos da semana já demonstravam a temperatura do clássico. Dirigentes de América e Abc trocaram picuinhas, jogadores do Abc deixaram o futebol de lado e partiram para o MMA, Flávio Anselmo xingou duas autoridades públicas do município de Goianinha (o secretário de esportes e o prefeito da cidade).

Na estrada e na entrada do jogo, tudo tranquilo.Dentro do estádio, pelo menos em relação aos torcedores, também. Mas quanto aos times... nervosismo à flor da pele. Ânimos pra lá de exaltados. Entradas duras, muita encenação, reclamação por qualquer coisa.

Raul tentou dar um coice em Junior Xuxa. Lúcio ao sofrer 3 tentativas de falta tentou dar um soco em seu marcador e ainda saiu distribuindo empurrões em quem vinha tirar satisfações.

Deprimente mesmo foi o técnico Leandro Campos. Distribuiu palavrões com o árbitro central e tentou chutar um squeeze na direção da torcida do América. Coitado do 4.º árbitro ao tentar repreendê-lo levou duas sessões de xingamento: uma antes de ele ser expulso e a outra depois. Até o batalhão de choque teve que ser chamado para o treinador enfim deixasse o gramado, já que ele insistia em ficar na boca do túnel.

O lance foi tão bizarro que os jogadores do Abc largaram o jogo para assistir ao circo de horrores de seu treinador. O árbitro apitou duas vezes para reiniciar a partida para que o zagueiro abecedista acordasse do transe que o lance proporcionou e cobrasse a falta.

O jogo em si foi bastante truncado, nervoso, mas com o América claramente querendo vencer, mas sem abrir espaço para contra-ataques. Foi o que se chama de um jogo de ataque contra defesa. Fez pena a falta de articulação do meio campo alvinegro. O tempo todo as bolas saíam da defesa para o ataque em ligação direta pelo alto. Os lances mais incisivos surgiam em cobranças de falta. Mas o único lance que poderia ter definido o jogo em favor do Abc surgiu num erro de saída do América que culminou com uma terrível furada de Raul dentro área, de frente para  Fabiano.

Do lado do América, mais lances poderiam ter resultado em gol. Ainda no 1.º tempo, Wanderley recebeu sozinho na grande área e bateu mascado para fora. Camilo fez algumas defesas em cabeceios e chutes. Fabiano só voltou a ter algum incômodo no 2.º tempo. Voltou a ser o Paredão.

Mas quando a frustação já batia em ver o placar zerado, eis que a bola passa por todo mundo na área abecedista e sobra para Pingo, que entrara no 2.º tempo, marcar o único gol do jogo e o primeiro com a camisa do América desde que aqui chegou ainda para a Série C do ano passado. América 1x0 Abc, tabu quebrado, adversários empatados na tabela e separados apenas por saldo de gols.

Na volta para casa é que surgiram alguns estresses entre torcedores. Inicialmente, a PRF presta um desserviço em paralisar a BR 101 pensando mostrar serviço ao parar todos os carros. Carros de abecedistas e americanos emparelhados aumentavam desnecessariamente a tensão entre ânimos exaltados e/ou frustados. Há relato até de que um segurança do Abc teria ameaçado vários carros - inclusive um ônibus de uma torcida alvirrubra - ao redor do ônibus da delegação alvinegra batendo com sua arma (ele tem porte para isso?) nos vidros dos transeuntes. 

No mais, a vida continua, o campeonato segue e a diretoria do América quer transformar o círculo em quadrado (ou vice-versa) ao tentar nos convencer de que havia apenas 2.400 torcedores no Nazarenão. Sei, sei. E  eu estou aguardando o coelhinho da páscoa para saber o que ele trará para mim!

quarta-feira, 21 de março de 2012

De volta à musculação

Os amigos que são de gentileza enorme por acompanhar as besteiras que de vez em quando escrevo por aqui bem sabem que eu compartilho muitas coisas. Muitas coisas mesmo. É que penso que a interação é natural ao ser humano. Daí ser tão apreciadora de Línguas e do Direito, duas coisas que só existem se existerem pelo menos duas pessoas em convívio. Uma só pessoa no mundo não precisa de leis para regular a convivência nem de língua para se comunicar.

Pois bem. Eis que, após toda a conspiração do universo (ainda em atuação, diga-se de passagem), estou de volta à musculação. Espantei-me para o bem e para o mal. Para o bem, com o fato de conseguir encarar o mesmo peso em alguns equipamentos após 3 ou 4 meses sem frequência de respeito. Para o mal, com o fato de uma mera esteira de 15 minutos me fazer suar. E muito!

Hoje acordei com os sinais do primeiro passo rumo ao fim do sedentarismo: dores em todas as fibras musculares forçadas ontem. Na verdade, essas fibras romperam-se para que outras maiores tomem o seu lugar. Sempre senti muito as pernas. Mas, reflexo do sedentarismo quase quadrimestral, estou sentindo mesmo os braços. Aliás, do abdome para cima.

No entanto, tenho que dizer que esta é uma dor boa. Daquelas que nos fazem sorrir. Somente menor (até na satisfação) que a que sentimos quando terminamos uma corrida. 

Mas tudo na vida começa de um pequeno primeiro passo. Neste caso, recomeça. 

Hoje já não fui no horário imaginado. A cabo vem fazer uma instalação aqui em casa. Se eu deixar apenas mamãe, já era... Mas vou à noite. Pode chover canivete! Na verdade, pode não, porque ninguém em sã consciência sairia de casa com lâminas afiadas caindo aos montes do céu. Mas que eu vou, eu vou.

segunda-feira, 19 de março de 2012

América 3x2 Corintians: minhas impressões

A contratação de Roberto Fernandes definitivamente fez bem ao América. O treinador pernambucano logo colocou o pingo nos "is" e desde o jogo do Horizonte é possível ver seu dedo no jeito de jogar do Mecão. Ele  acertou a mão na escalação e vem acertando cada vez mais nas substituições. 

No jogo contra o Corintians, ele escalou o melhor América possível: Fabiano, Norberto, Cléber, Edson Rocha, Wanderson; Ricardo Baiano, Márcio Passos, Júnior Xuxa e Jairo; Wanderley e Soares. Como ocorrera contra o Horizonte, o time mostrou um certo apagão na marcação no início do jogo e o galo seridoense não perdeu a chance e abriu o placar. Algumas almas sujas danaram-se a criticar Edson Rocha, mas qual foi a culpa do zagueiro se ele saiu para cobrir Wanderson (definitivamente não sabe marcar) e ninguém se arrumou no meio da área? O lance nem foi tão rápido, ou seja, os que ficaram atrás bateram cabeça.

Deixando isso de lado, coitado de Eli Soares. Jogador nada discreto (cabelo oxigenado e chuteiras laranjas "mamãe, eu estou aqui"), o lateral corintiano achou de dar tchauzinho para a torcida americana após o gol. Coitado mesmo! Não teve mais paz. Vaiado e xingado de Rita Loira e outros que não posso publicar aqui, ele teve que conviver com os tchauzinhos da torcida para ele com os gols marcados pelo América. A cada vez que pegava na bola ouvia vaias e/ou o irreverente "vai, Lacraia, vai, Lacraia". Uma diversão.

Voltando ao jogo, o gol mexeu com os brios dos jogadores do América. E numa prova de que Roberto Fernandes acertou mesmo a mão, Wanderley marcou logo em seguida e Soares fez um golaço para virar ainda no primeiro tempo. O América que nunca vencia se o adversário abrisse o placar (pelo menos, desde Fortaleza 1x3 América ainda na abertura da Série C), não só virou, como ampliou e dominou a partida. 

Aliás, o domínio americano era tanto que o Corintians se viu obrigado a fazer faltas na linha da área ou bem próximo a ela. Na primeira delas, o galo ficou com um a menos e Wanderson bateu direto quase da linha de fundo para ampliar. Na outra, o mesmo Wanderson foi empurrado dentro da grande área na cara do juiz e do péssimo auxiliar que fica do lado das arquibancadas altas. De nada adiantou. Os dois míopes marcaram fora da área. Míopes mesmo?

O segundo gol do Corintians surgiu de uma falha coletiva, com o time seridoense tocando como queria na grande área, e terminou com a falha de Fabiano, que ficou indeciso ao sair para abafar. Nada que abale o caminho vitorioso que o time de Roberto Fernandes parece determinado a traçar.

Outro ponto positivo foi a não utilização de Isac. Não gostei da entrada de Pingo no lugar de Norberto, que vinha muito bem, mas entendo que o treinador resolveu conhecer aquele jogador quando seu time vencia por 2 gols e ainda tinha um homem a mais. 

Também estreou o jovem Felipe Macena, com a saída de Ricardo Baiano por contusão. Aliás, Soares também saiu por contusão ainda no primeiro tempo. É torcer para que ambos estejam em campo 100% no próximo jogo.

Lúcio ontem demonstrou recursos técnicos ainda não conhecidos, o que dá ainda mais entusiasmo à torcida quanto à temporada americana. E é bom lembrar que só tem jogo do Mecão agora no domingo. É o clássico contra o Abc. Mais que o tabu, uma vitória por 2 gols faz o time de Roberto Fernandes subir mais uma posição na tabela sem precisar de outros resultados. Será que dá?