segunda-feira, 8 de agosto de 2011

As coincidências 1996 x 2011

Sou supersticiosa. Confesso mesmo. É até estranho para uma pessoa tão cética como eu. Eu, que acho balela essa ruma de oração e ida a igrejas e templos na tentativa de escapar do inferno... Mas é melhor nem enveredar por este caminho porque fé é como torcer por um time: não se explica, apenas se sente.

Voltando à superstição, tenho sim algumas manias, para dizer o mínimo. Por incrível que pareça, levanto sempre com o pé direito. Na maioria das vezes, isto requer uma enorme ginástica, mas e daí? Doente ou não, lá estou disposta a botar o pé direito primeiro no chão.

Também não passo embaixo de escada, não deixo sapato virado, não visto roupa pelo avesso, não gosto de ver cortejo fúnebre, e por aí vai.

No futebol, isso piora. Todo torcedor é supersticioso. É um tal de fulano é pé frio/quente, tal roupa dá sorte/azar, tal lugar também...

Bem, eu não fujo à regra. E já reparei o quanto este time do América parece com aquele de 1996. Vejamos.

Em 1996, tivemos o artilheiro do estadual, que chegou apenas no 2.º turno: Wanderley, conhecido como artilheiro de Deus. Adivinha como é conhecido o artilheiro do estadual e que chegou apenas no 2.º turno? Isso mesmo, artilheiro de Deus. André Neles.

Também temos um Wanderley, o gladiador.

Max lembra muito o estilo do Wanderley de 1996. Alto, lento, mas que deixa o seu jogo sim, jogo não.

Em 1996, o América tinha dois volantes bem diferentes: Washington Lobo e Carioca. Washigton Lobo marcava muito e acertava bons lançamentos, mas perdia alguns passes incríveis. Carioca era bom na roubada de bola e tinha habilidade para sair para o jogo. Alguma semelhança com Dudu Araxá e Val? Bom, até o cabelo de Dudu lembra o de Washington Lobo.

O goleiro de 1996 era o respeitado Jorge Pinheiro. Vinha do futebol cearense. O Paredão Fabiano acabou de deixar o Fortaleza para retornar ao Mecão.

Wálber, apesar de lateral direito, lembra Biro-Biro, meia esquerda formado nas bases do América, tanto fisicamente (baixinho, entrocado, de cabelos encaracolados) como na velocidade com que parte para o ataque. Até mesmo nas incríveis chances que perde...

Naquele ano, as partidas do América fora de Natal eram transmitidas pela TV Potengi, canal 3, retransmissora da Rede Bandeirantes. O narrador era Lourimar Neto. Agora, é a Band Natal que transmite os jogos do Mecão com narração do mesmo Lourimar Neto.

Em 1996, os grupos começavam regionalizados, passavam por dois mata-matas e o acesso era definido por um quadrangular. Desse quadrangular, apenas 2 subiam. Em 2011, grupos regionalizados desembocarão em dois quadrangulares, que darão acesso a apenas 2 clubes cada.

O grupo de 1996 era limitado financeiramente. O mesmo ocorre com o de 2011.

É perceptível que temos coincidências para todos os gostos. Dá até para comparar com 2005. É claro que também temos diferenças. A maior delas é que em 1996 a disputa era pelo acesso à Série A e agora a briga é pela Série B. Mas o que vale mesmo é ver um time tão disciplinado taticamente sob o comando de Flávio Araújo azeitando as engrenagens. E a torcida do Mecão estava mesmo precisando ver um elenco com condições de honrar a tradição americana.

O acesso está longe e ainda haverá muito luta pelo caminho para que o sonho se concretize. Por enquanto, vamos curtindo o momento vermelhando a BR 101 e a cidade de Goianinha.

#PraCimaMecao !

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Onde está a Ponta Negra de outrora?

Já deveria ter escrito alguma coisa a respeito há mais tempo, mas, claro, faltou tempo. Resolvi que nestas meias-férias (meias porque só uma profissão me deu algum descanso; a outra aproveitou p/ aumentar a demanda) iria tirar alguns dias pela manhã para caminhar na praia de Ponta Negra. Há muito tempo não caminhava por lá. Penso até que já fazia uns 5 anos da última tentativa.

É possível imaginar a minha tristeza. Estacionamento difícil, mesmo tendo escolhido uma segunda-feira. Achei uma vaguinha. Mal desci do carro, um homem se aproximou e disparou: "quer um guarda-sol e três cadeiras?" Nem processei direito a pergunta e ele já me deu o preço: "Faço 8 reais para você". Disse-lhe que iria pensar, já que queria mesmo era caminhar inicialmente. Olhei para mamãe para saber se ela iria sentar... nem me respondeu. Gastar dinheiro não é com ela.

Àquela altura, já estávamos na areia da praia. Tentei localizar um local para mamãe ficar na areia. Quase impossível. Tudo loteado pelos proprietários (?!) dos guarda-sóis e cadeiras e mesas. Os poucos espaços vazios ou já haviam sido ocupados pela maré ou - eis a maior tristeza - pelo esgoto.

O fedor em alguns trechos era insuportável, como se uma fossa estivesse a céu aberto. Mas estava mesmo. Vários trechos de água escura e fétida contaminando a areia e que chegavam até o mar.

Aquilo me deu uma tristeza... Onde está a Ponta Negra de outrora? Aquela em que podíamos tomar banho sem medo de uma infecção? Aquela em que a areia era tomada por famílias com suas cangas, toalhas e baldinhos de criança na ânsia de construir castelos que mais lembravam uma montanha? Aquela cujos únicos sons eram as risadas, o som do mar, do vento e dos vendedores de dindim, picolé, água de coco e, no máximo, sanduíche natural (sem esquecer os vendedores de bronzeador - na época, ninguém se importava com raios UVA, UVB...) ?

Depois da tristeza, fui invadida pela raiva. Raiva de todas as autoridades. É tão difícil assim impedir que esgotos sejam despejados na areia da praia sem qualquer tratamento? Será que só vale brigar para que os "estrangeiros" não invadam Ponta Negra? E a degradação? E a condição sanitária? Onde estão as ONGs ambientais, o Ministério Público, a CAERN, o Papa?

Raiva também de nós mesmos, que temos um espírito de porco forte. Basta andar no trânsito com um pouco mais de atenção para presenciar o arremesso de sacos, papeis, latas, restos de comida pelas janelas de ônibus, carros (inclusive os tidos como de luxo), ou mesmo por pedestres. Que sanha sujismunda é essa? Pelo amor de Deus!

Terminei minha caminhada convicta de que vai demorar mais uns cinco anos para eu ter coragem de voltar a Ponta Negra. Será que ela resistirá até lá?

terça-feira, 12 de julho de 2011

A mudança no América

Sei que é cedo para falar, mas o América mudou e muito com a chegada de Flávio Araújo. O clima entre os jogadores é outro. Basta conferir entrevistas como a de André Neles ao Jogo Aberto e Ação, da Band Natal, em que ele categoricamente afirmou que a direção errou ao trazer Francisco Diá.

Além disso, a constatação de que o trabalho não estava evoluindo também mexeu com o elenco, que já começa a sofrer modificações. Chegou Wanderlei, artilheiro do cearense deste ano. Alberto deve ser dispensado. Fabiano Paredão voltou. O bom Thiago Passos deve deixar o CT americano. O reserva do reserva Elyeser também já se foi.

Fabiano já chegou rasgando elogios a Flávio Araújo, com quem trabalhou no primeiro semestre no Fortaleza. O mesmo de diga de André Neles, que também trabalhou anteriormente com ele, mas no Icasa , na Série B 2010.

A opinião de dois líderes respeitados pela torcida tem peso. E como! Mas é dentro de campo que a análise é mais importante. E aqui posso meter o bedelho. Assisti a um coletivo (isso mesmo: apenas um) comandado por Flávio Araújo. Nos primeiros 10 minutos, um certo equilíbrio. Passado este tempo, o time titular massacrou o time reserva. 3x0 sem que o goleiro titular Sílvio houvesse realizado qualquer defesa estupenda. Já o reserva Thiago Passos foi o destaque do time B.

O time mostrou domínio de bola, velocidade quando preciso e até entrosamento. Inicialmente achei o Rodrigão fraquíssimo. Passados 10 minutos, ele já era destaque da zaga, tanto na defesa, como nos avanços pela lateral. Fernando, volante, é de uma mobilidade impressionante. Muito ágil na marcação sem ser violento. André Neles torna qualquer ataque fácil de acontecer. Faz o pivô divinamente e ainda é quase 100% nos chutes a gol. E o tal do Mazinho é chato de ser marcado. Foi o pulmão do time.

Tá difícil de saber quem entra e quem sai do time. Isso já é um bom sinal. Vejamos se o primeiro jogo treino de Flávio Araújo contra o Cruzeiro de Macaíba na quinta-feira, aniversário do Mecão, às 15h15, no CT, confirma as impressões.

domingo, 10 de julho de 2011

Um ídolo tem que se preocupar com sua imagem

A imagem é fundamental. Quem disser o contrário ou é hipócrita ou é doido. Seja quanto à estética, seja quanto à reputação, o fato é que faz parte de nossas preocupações diárias como os outros nos veem. Ou deveria fazer.

Como confiar numa nutricionista gorda, ou num cardiologista que fuma, ou num estilista que se veste muito mal? Não quero dizer que tais pessoas não saibam e muito de suas profissões, mas à primeira vista, temos certamente a impressão de que alguém não leva muito a sério os próprios conhecimentos. Fica difícil querer que os outros levem tais conhecimentos a sério.

Não poderia ser diferente com ídolos de qualquer espécie. Na música, no esporte, no cinema, na TV, até na literatura. É preciso responsabilidade com a imagem duramente construída e tão respeitada por fãs de todos os tipos.

Poderia citar mil exemplos de desleixo com a própria imagem de vários ídolos ao redor do mundo - desde casos de doping no esporte a engajamento em campanhas de produtos de qualidade duvidosa. Mas prefiro abordar um caso muito mais próximo da realidade do RN: Souza.

O cracaço natural de Itajá até já vestiu a camisa da seleção brasileira. Campeão brasileiro pelo Atlético-PR, campeão da Copa BR pelo Corinthians, cria do América. Sem clube, resolveu vestir a camisa rubra em 2006. Levou o América mais uma vez à Série A e, de quebra, foi eleito o melhor jogador da Série B daquele ano. Isso em vias de se aposentar.

Nem é preciso dizer da idolatria que lhe devota a torcida americana, basta citar as alcunhas que lhe foram direcionadas: o Rei, SHOWza, o melhor camisa 10 do Brasil...

No entanto, duas coincidências ameaçam ruir esta imagem. Duas desistências de jogar. As duas em condições bem semelhantes.

Em 2009, abandonou o futebol. Que época infeliz para fazer tal anúncio! Escolheu justamente o momento em que seu empresário/procurador/amigo Gilberto de Nadai deixava o América por perder a quebra de braço com o técnico Guilherme Macuglia, disciplinador convicto que nunca combinou com a malemolência que imperava (será que ainda impera?) no Mecão.

Resolve voltar em 2011. Anuncia no estadual, mas só retorna aos treinos depois da chegada ao CT americano de Francisco Diá pupilo/amigo de Gilberto de Nadai, por sua vez empresário/procurador/amigo do Rei. Pede paciência, afinal há muito tempo não treinava. Evolução lenta, mas bem avaliada pelos competentes preparadores físicos do América.

A nau de Diá começa a fazer água. Seus comandados só venceram a seleção de Itajá. A torcida, que já não ia com a sua cara, cobra a cada dia mais a sua saída. Nem os dirigentes confiam mais no trabalho de Diá. Este é demitido.

E por essas estranhas coincidências da vida, Souza anuncia que não vai mais jogar futebol. Muitas dores. Até uma hérnia de disco foi alegada. Sem maiores cerimônias, o Rei vai embora. Agora os questionamentos já encontram um eco bem maior do que em 2009: ele teria saído porque Diá fora demitido?

Obviamente, SHOWza negou tais elucubrações. Mas não convenceu. Não convenceu porque seu timing foi mais uma vez desafortunado. Cabia aos profissionais que trabalham com o Rei, ou até mesmo a seus amigos da imprensa que certamente entendem do assunto, aconselhá-lo a não tomar tais decisões assim, no olho do furacão. O futebol é apaixonante, mas, como tal, também prega peças. E uma imagem idolatrada por tudo o que já foi feito dentro de campo, pode ficar definitivamente arranhada por acontecimentos fora dele.

Tal qual a mulher de César, é preciso não apenas ser honesto, mas fundamentalmente parecer honesto. Espero que o Rei tenha melhor sorte em suas próximas empreitadas, e na escolha do momento para anunciá-las.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Um semestre já se foi.

Clichê, lugar comum, whatever. Este ano voou. O primeiro semestre acabou na virada da última sexta-feira para o sábado. E quando abrirmos os olhos novamente, já estaremos às voltas com as compras para o Natal (em família ou não).

Não sei porque temos esta sensação de que os anos passam cada vez mais rapidamente. 2011 já passou da metade e mal comemoramos o Carnaval... Um dia desses estávamos todos desejando feliz ano novo e com aquela boa sensação de que tudo iria mudar em 2011. Mudou?

Bem, posso falar por mim. Continuo na batalha para retomar a atividade física. Pelo menos saí do zero para 2 vezes por semana, o que é péssimo para o coração. Mas fazer o quê? O universo parece conspirar para que eu não retome a corrida diária, que nem sei mais quando parei! É mudança de horário de aula, processos repetitivos, batida de carro... Ufa! Mas eu vou conseguir. Pelo menos é o que espero.

Já me programei para voltar à musculação hoje também. Perdi as contas de quantas vezes programei esta volta. Perdi as contas de quantas vezes voltei e parei na mesma semana e de quantas vezes nem cheguei a voltar.

Pelo menos retomei os estudos jurídicos. Isso sim tá no prazo. Terminei a faculdade, 4-5 anos depois fiz especialização, e agora estou pensando em fazer mestrado. Talvez um concurso.

Também já consegui não ser tão gastadeira. O bolso agradece. Mas os gastos extras necessários aumentaram. Imaginem se eu ainda fosse tão mão aberta...

E aquelas resoluções de fim-de-ano? Na verdade, são de todo fim-de-ano. Emagrecer, comprar um carro, uma casa, estudar, arranjar novo emprego... A lista é infinita e sempre adaptada aos desejos de cada um. Em que momento elas se perdem no novo ano? O primeiro semestre já acabou!

sexta-feira, 17 de junho de 2011

O STF na crista da onda

Pode ter sido a instituição do Conselho Nacional de Justiça. Podem ter sido os embates com Lula em seu primeiro mandato. Pode ter sido a instituição da súmula vinculante e/ou da repercussão geral das matérias a serem levadas à nossa suprema corte. Ou até mesmo chá de semancol. O fato é que o STF acordou de uma profunda letargia.

De 2010 para cá, o STF julgou casos de grande relevância à democracia brasileira de forma surpreendentemente célere e satisfazendo os anseios de nossa nação.

Cassação de refúgio político dado inusitadamente a um terrorista italiano, reconhecimento da união estável e seus efeitos patrimoniais entre pessoas do mesmo sexo, confirmação da liberdade de manifestação do pensamento e de reunião em prol da legalização de uso de entorpecentes, como a famosa "Marcha da Maconha".

É de impressionar o ritmo de decisões relevantes do Supremo Tribunal Federal, finalmente confirmando a Constituição Federal de nosso país como um dos mais avançados documentos constitucionais do mundo em defesa da real democracia.

Enfim, o Poder Judiciário caminha definitivamente para se reencontrar com a nação brasileira.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Sugestão de artigo a respeito da pirataria

Publico a ótima sugestão de Rodrigo Freire a respeito de artigo do Estadão sobre a pirataria. Não deixem de ler! Tudo a ver com o tópico "E a ilegalidade vence mais uma."

quarta-feira, 8 de junho de 2011

E a ilegalidade vence mais uma...

Não sei o porquê de a mentalidade do brasileiro ser voltada para achar que há crimes e crimes. Logicamente, o crime dos "outros" é sempre terrível. O indivíduo tende a minimizar as suas próprias práticas criminosas e imaginar que não há mal algum naquilo.

Não sou socióloga nem psicóloga ou antropóloga. Mas sou observadora e, claro, estudei História, tanto a mundial como a brasileira. Penso que tudo começou com o fato de que, na época da colonização, Portugal era uma monarquia, e como toda infração era crime contra a figura do Rei... tchan, tchan... infringia-se a lei como forma de repúdio.

Até mesmo na ditadura (já nasci nos últimos anos de ferro, mas tenho boa memória). Lembro-me que havia um bordão muito repetido por programas de comédia, tipo Os Trapalhões, e ecoado pela população em geral: "quebra que o governo paga." Basta averiguar o cuidado que as pessoas que usufruem do patrimônio público (escolas, hospitais, praças...) tem para com ele para saber o quanto essa mentalidade é forte no brasileiro.

Existe coisa mais ridícula do que sermos um país onde há leis que pegam e outras que não pegam? Ou da famosa lei de Gerson (ex-jogador da seleção brasileira na década de 60), exibida em propaganda de cigarros ("você gosta de levar vantagem em tudo, certo?) ?

Se você concordou com tudo até agora, prepare-se porque provavelmente esta vai lhe atingir: pirataria. Produtos contrabandeados, em flagrante atentado aos direitos autorais, que passam longe da arrecadação de tributos - único sustentáculo para as atividades do Estado (pagamento de funcionalismo - sim, você ou algum parente ou amigo recebe dinheiro porque os tributos são arrecadados; prestação de serviços essenciais; distribuição de Bolsa Família...).

Os produtos piratas rasgam o ordenamento de um país de ponta à ponta. De uma só vez, temos infrações tributárias, trabalhistas, de direitos autorais e mesmo criminais. Sim, porque não é de hoje que os produtos piratas se prestam a financiar uma imensa cadeia criminosa.

Mas são tão baratinhos! Bote na balança o que causam de prejuízo à sociedade e saberemos o custo final que pagamos. Afinal, pagamos escola duas vezes, hospitais e médicos duas vezes, transporte duas vezes, etc. Uma através dos tributos, outra quando contratamos os mesmos serviços a um prestador privado. Por que não pagar ainda mais por tudo isso e economizar uns trocados no filme/cd ali na esquina?

O desemprego que atinge a indústria cultural não é brincadeira. Evoluímos tanto em tecnologia que voltamos à Idade Média!!! Naquela época, os artistas (especialmente músicos) se apresentavam de castelo em castelo para divulgar sua música e conseguir sua sobrevivência com os parcos recebíveis. Hoje, o artista que não tiver uma agenda lotada de shows bem sabe o que é ter de encarar sua profissão como mero bico, sob pena de passar fome.

Aqui em Natal, um ramo está ameaçado de extinção: o das locadoras. Precisei alugar um filme nesta segunda-feira e passei por um suplício: a minha locadora oficial (Yellow Video) não aluga mais. Só vende. Vai fechar. "É o fim do mundo", pensei. E é mesmo. Voltamos à era das cavernas, onde não há lei, e sim o domínio do mais forte. Depois reclamamos que a criminalidade impera nas ruas. Claro que sim! E damos apoio a ela diariamente. Viva o Brasil, país das leis que pegam e das muitas leis que não pegam!!!

domingo, 5 de junho de 2011

Por que recomeçar é tão difícil?

Certamente a maioria das pessoas já percebeu o trabalho que dá recomeçar alguma coisa. Não sei se o motivo que nos levou a parar/interromper alguma atividade na vida é responsável por parecer que as barreiras serão intransponíveis na nova tentativa, como se aquele motivo estivesse a martelar "vai tentar de novo? E não sabe que vai dar errado exatamente como já deu?"

O fato é que parece ser bem mais interessante começar algo totalmente inovador do que retomar algo que por algum motivo fracassou. A experiência adquirida, ao invés de servir de norteador, impele-nos a fugir de um novo fracasso. Vá entender!

No entanto, é preciso recomeçar/retomar projetos. Deixar as desculpas e neuras de lado e partir para a conclusão do que não foi encerrado anteriormente, mas que requer uma finalização.

E hoje, domingo, é o dia internacional de se projetar a retomada de atividades, quaisquer que sejam elas. Afinal, a segunda-feira é o dia perfeito para o reínicio. Não é mesmo sedentários e furadores de dieta? Mãos à obra, então!

sexta-feira, 3 de junho de 2011