quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

O choro do garotinho

O América não tomou o menor conhecimento do Palmeira. Time misto, com direito a estreias tanto entre titulares como entre reservas. Só que o time de Goianinha sofreu com uma noite inspiradíssima de Daniel Costa.

Aliás, Daniel joga com a 8, mas tem o talento dos antigos camisas 10. Jogo afobado, correria? Isso fica para os outros. Como cansei de ouvir Rivelino ensinar na antiga Bandeirantes, "não corra, meu filho. Faça a bola correr." Assim é Daniel Costa: não corre; faz a bola correr.

O América venceu. 5x0. Todo mundo jogou bem? Não. Magalhães até se esforçou no 1.° tempo, mas não dá. Arranjou uma contusão e muitos aplausos foram ouvidos ao sinal do médico de que era necessária sua substituição.

Gláucio precisa se inspirar mais em Max e incomodar a saída de bola adversária. Mas fez um bonito gol.

Alfredo entrou, tomou n decisões erradas (a exemplo de Emerson, que não jogou) mas também marcou.

Maguinho continua a demonstrar que seu negócio não é a marcação lá atrás. Faz faltas bobas e às vezes perigosas. É eficientíssimo mais à frente.

Júnior Timbó continua em outro ritmo. Irritante por enquanto. Acho que inspirou o ótimo Thiago Potiguar, há dois jogos meio ineficiente.

Wálber vem demonstrando bom equilíbrio entre ataque e defesa. 

Zé Antonio e Cléber estiveram bem. Zé, que tem ótima saída de bola e bons lançamentos, só precisa se impor mais fisicamente. Dar umas barrigadas nos adversários como Clebão faz é absolutamente permitido aos zagueiros.

Judson, sempre um leão, cresce a cada jogo. Seus passes melhoraram consideravelmente.

Busatto vai ganhando confiança, extremamente importante em sua posição.

Álvaro e, principalmente, Mateus encheram meus olhos. Álvaro marcou na primeira oportunidade. Muito bem posicionado o tempo todo. Mateus dribla em velocidade e para frente, como deve ser. Guardadas todas as devidas proporções, me fez lembrar a estreia de Arthur Maia, um meia que passou pelo América no ano passado e jogou muito bem no 1.° semestre. Com uma vantagem: não é baixinho.

O que tudo isso tem a ver com o título? É que na minha caminhada para o carro após o jogo, escutava um garotinho chorar copiosamente no colo de sua mãe. Isaac chorava, segundo ouvi, porque queria ver mais gols do Mecão. Os cinco foram poucos. A mãe lhe consolava prometendo que voltariam à arena na próxima quarta. Só que o garotinho queria mais gols naquele momento. Não fosse uma véspera de clássico, Isaac talvez fosse atendido. O Palmeira não demonstrou qualquer capacidade de resistir a um time tão modificado. Imaginem se pega o time desenhado como titular. 

5x0 ficou de bom tamanho para ambos os times. Mas Isaac e a torcida ficaram com a sensação de que cabiam muitos gols mais. Também pudera! O time de Bob, com todos os defeitos,  agora tem 11 gols de saldo em apenas 5 jogos disputados. Por isso, Isaac vai ficando "mal" acostumado.

O centenário começou muito bem.

Um comentário:

  1. Leitura perfeita do jogo/elenco do MECÃO. Pelas análises q faz das partidas e do futebol em geral Vejo q há muitas semelhanças com as minhas opiniões. É bom saber q outras pessoas, também, veem o esporte de outra maneira.
    CLÁUDIO CÉSAR FORMIGA

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