Desde os sofistas até São Tomé, o "ver para crer" enraizou-se em nossas vidas. Pelo menos, eu acreditava piamente no que meus olhos viam. Até hoje.
Sim, eu me refiro à polêmica do vestido.
A tal polêmica teria começado quando a mãe de uma noiva enviou para a filha a foto do vestido que usaria no casamento. Pronto, os noivos não se entenderam a respeito se o tal vestido (Roman Originals, de Londres, 50 libras) seria azul com rendas pretas ou branco com rendas douradas.
Para resolver o conflito, publicaram para amigos em redes sociais e aí agora estamos todos estupefatos.
Aqui em casa, a polêmica rendeu. Azul e preto 2x1 branco e dourado. Eu fui o voto vencido. E afirmo: para mim é branco e dourado assim como o céu é azul e o sol, amarelo.
Mas a estilista da loja confirmou, para minha decepção, que o vestido é azul com rendas pretas e que não há a opção branco e dourado para ele. Quer dizer, não havia, porque a controvérsia fez disparar as vendas e a loja planeja disponibilizar a versão da ilusão (branco com rendas douradas).
Quanto a mim, ficou a sensação de que meu mundo caiu. Traída por meus olhos? Pior: traída pelo meu cérebro! Como confiar em mim mesma a partir de agora? Nem ver para crer eu posso mais...
Será que a filosofia nos salva?
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