sábado, 14 de fevereiro de 2015

50 Shades of Grey

O título vai em inglês mesmo porque a tradução é podre. Não li o livro, mas pelo que vi no filme os tais 50 tons se referem às mudanças por que passa um dos personagens principais - Christian Grey. Daí o Grey do título. Como grey também é cinza no inglês britânico... pronto! Chegamos a um título que não respeita a dubiedade original.

Sobre o filme, primeiro uma reclamação. O que o Cinemark fez ontem com seus clientes que foram à sessão das 20h30 foi uma tremenda sacanagem, com o perdão da palavra. Um ar condicionado que nem de longe fazia jus ao nome impôs uma tortura de mais de 2 horas a quem pagou para acessar aquela sala. Absurdo!

A estória em si tem uns diálogos surreais. Cenas inverossímeis, pelo menos no início, como a que Anastasia, quebrando um galho para sua melhor amiga, vai entrevistar o poderoso Christian Grey e não leva nem um lápis! Sem falar que Anastasia é uma formanda americana em pleno século XXI que se mantém virgem, mas não se assusta com as investidas e os gostos estranhos do empresário.

Ok. Filme é entretenimento e não precisa ter lógica em tudo, afinal nem a vida é 100% lógica. Vamos em frente.

Gostei do trabalho dos atores, especialmente dos principais. Eles conseguem convencer mesmo com um roteiro com diálogos esquisitos.

Quanto ao sexo... bem, quem disse que esse filme era um soft porn passou longe. Não há nada de excitante em suas poucas cenas de sexo. Só para comparar com algo recente, a minissérie global Felizes para Sempre? (leve, como tudo que é da Globo tem que ser) consegue ser uma espécie de Sodoma e Gomorra do pornô trash perto de 50 Tons de Cinza. 

O filme engrena mesmo como comédia romântica, com pitadas de drama ante as poucas cenas de leve espancamento consentido. 

O fim brusco acertou em cheio no objetivo de levar todo mundo a esperar ansiosamente pela sequência. 

Passadas as apresentações normais do filme 1 de uma trilogia, eu só fico imaginando como será o filme 2, uma vez que as críticas não aliviaram. Será mais trash? Terá coragem de ser um filme para maiores de 18 anos? Será excitante ou dramático ou os dois? Deixará de lado a comédia romântica? Será um sucesso de bilheteria como promete o 1? Aguardemos 2016.

Ah, a nova versão de Crazy in Love de Beyoncé feita especialmente para o filme arrasou!

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