segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Carnificina motorizada

Li horrorizada reportagem da Veja da semana passada acerca do trânsito no Brasil. Segundo os dados do DPVAT, seguro obrigatório que indeniza os danos de pessoas que se envolvem em acidentes, o trânsito brasileiro ceifou a vida de 60.752 pessoas em 2012, sendo 41% delas jovens entre 18 e 34 anos. Minha gente, isso é mais do que a Guerra do Vietnã matou em 16 anos!

Pior: estes números superam até as mortes relacionadas à criminalidade (52.198 em 2011). Ou seja, como bem citou a reportagem, "nós, brasileiros, temos mais motivos para temer um cidadão qualquer sentado ao volante ou sobre uma moto do que a possibilidade de deparar com um assaltante ou de enfrentar um tumor maligno." Não bastasse o número de mortos, 352.000 pessoas tornaram-se permanente inválidas por causa de acidente de trânsito no ano passado. Um verdadeiro exército de deformados.

Segundo os mesmos dados do DPVAT, o Brasil ocupa o primeiríssimo lugar na taxa de mortes a cada 100 mil habitantes (31,3). Estamos na companhia de Catar (2.º - 30,1), El Salvador (3.º - 23,7), Belize (4.º - 23,6) e Venezuela (5.º - 23,4). 

A reportagem aponta que 98% dos acidentes têm como origem erro ou negligência humana e aponta os 7 pecados cometidos por motoristas Brasil afora. Qual (ou quais) pecado(s) você comete? Confira a lista e faça uma reflexão:

1.º Usar o celular ao volante (para ligar, ou pior, para passar uma mensagem de texto)
2.º Dirigir alcoolizado (21% dos acidentes)
3.º Dirigir colado na traseira do carro à frente (12% dos acidentes em rodovias federais)
4.º Dirigir acima da velocidade permitida (12%)
5.º Deixar de ligar a seta
6.º Deixar de usar o cinto de segurança (em uma colisão frontal a apenas 60km/h, um passageiro que viaja no banco de trás sem cinto é arremessado com um peso equivalente a 1.000 quilos, esmagando quem está na frente)
7.º Não fazer a manutenção do veículo                    

Fonte: Veja - edição 2333

2 comentários:

  1. Ai meu Deus... Agora foi que fiquei com medo de dirigir.

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  2. E as vezes quando não morrem as pessoas ficam invalidas, o que acarreta despesas para o INSS e uma vida quase que vegetativa.

    Att,
    Fafa

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