segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Pênaltis

Dizem que pênalti é tão importante que deveria ser cobrado pelo presidente do clube. No América, então... Há anos reclama-se que é um verdadeiro parto a arbitragem marcar um pênalti para o clube, especialmente a local.

Mas o América 2017 é um time insinuante a ponto de ser impossível para a arbitragem fechar os olhos para os claríssimos pênaltis sofridos pela equipe. Tanto que em 3 rodadas do estadual, já foram marcados 2.

Entretanto, parece que o alvirrubro anda com saudades do tempo em que os pênaltis não eram marcados pela arbitragem. E assim os 2 pênaltis marcados foram sumariamente desperdiçados.

Claro que ninguém vai bater um pênalti pensando em perder. Mas a definição de quem será o cobrador passa necessariamente pelos treinamentos. Eu acredito que todo time deve ter um único cobrador oficial, instituído pelo treinador. Somente em caso de desperdícios ou ausência dele, é que o substituto oficial, também definido nos treinamentos, seria chamado a cobrar um pênalti durante um jogo.

Dito isso, não tenho dúvida que o cobrador oficial do América é Dija Baiano. Mas não sei até que ponto Jussimar é o substituto. Jussimar é o camisa 10 mais desorientado que já vi por aqui. Dá passes de costas para o meio, abrindo o contra-ataque para o adversário, joga muito de cabeça baixa, e chuta fraco na maioria das vezes. No clássico mesmo, ele me fez rir numa cobrança de falta que quase não chegou às mãos do goleiro Edson.

Os mais antigos entenderão a comparação: até na carequinha Jussimar lembra Paloma, atacante cria do Potiguar de Mossoró, e que jogou no América entre 1997 e 1999. Paloma também chutava fraco e corria de cabeça baixa, mas não errava tantos passes e colocava a bola certinha no gol quando em velocidade. 

Talvez Jussimar seja um atacante de velocidade e ninguém tenha lhe dito isso ainda. Mas até para isso ele precisa melhorar o passe. Camisa 10 é que não é. E cobrador de pênaltis então...

Que Felipe Surian abra o olho e defina o cobrador oficial e seu substituto. E deixe Jussimar apenas para correrias em campo, pelo menos até que ele apresente melhora técnica considerável.

Acabou a margem de erro

Após o empate com o Santa Cruz e a derrota para o ABC, o América de Felipe Surian perdeu qualquer margem de erro no primeiro turno do estadual. Ele agora é obrigado a vencer as quatro partidas que restam para figurar na final do turno.

Pode parecer duro, mas a realidade de Série D do América tira o ABC (duas séries acima) como parâmetro e joga o alvirrubro numa luta inglória contra os outros seis times do Potiguar 2017. 

Hoje, o Baraúnas já está na frente do América pelo saldo. Na quarta, a depender do resultado do clássico mossoroense, tanto ele como o Potiguar podem deixar o time de Natal para trás em caso de empate. 

E no meio de tudo ainda há a Copa do Nordeste para ferver o caldeirão.

2017 não promete vida fácil ao América.

O potencial

Apesar dos maus-tratos, o clássico América x ABC mostrou ontem que tem potencial de crescimento. Afinal, 4.033 malucos compareceram a um jogo que ninguém sabia se aconteceria mesmo, sem um ônibus circulando na cidade, com o poder público (o que inclui as polícias daqui) do RN totalmente desmoralizado pela bandidagem de Alcaçuz e com uma chuva incessante e ameaçadora de relâmpagos e trovões o dia inteiro.

Não sei de quem foi a ideia de adiar o jogo para o domingo. No sábado, com zero chuva e alguns ônibus ainda circulando certamente o público teria sido melhor.

De todo jeito, num clássico cujo público vem definhando a cada ano, o fato de termos 4.033 espectadores nas condições atuais de guerra é acontecimento para aplaudirmos de pé.

Já imaginaram se tivéssemos todos tratamento VIP nos clássicos, especialmente no Frasqueirão, onde infelizmente persistem os confrontos? Se voltássemos à realidade de públicos de no mínimo 18.000 pessoas para acompanhar América x ABC, como voltamos a ter no Machadão a partir de 1997, quando o América subiu para a Série A pela primeira vez?

Acho que ando meio delirante...

Atualização - na primeira versão, lá fui eu passando vergonha pelo corretor. Onde havia "maltratos", já corrigi para "maus-tratos". Aff...

Poderia ter sido bem melhor

Para ser sincera, eu esperava um pouco mais da homenagem feita a Arthur Maia. Primeiro, achei um absurdo o time do ABC entrar em campo no meio da homenagem, num desrespeito sem tamanho. Se o ABC foi avisado e decidiu entrar naquele momento fica o meu repúdio a quem tomou a decisão pelo lado alvinegro. Se não foi avisado, a crítica vai a quem organizou a homenagem. A falta de respeito produziu vaias e gritos no meio do tributo!

De fato, um clássico não seria o melhor momento para tanto. Ainda mais um clássico esvaziado por tantos problemas como o de ontem. 

Bastava olhar o calendário para descobrir uma oportunidade ímpar para uma homenagem muito mais grandiosa: América x Vitória pela Copa do Nordeste, no dia 25/02, na Arena das Dunas. Arthur Maia jogou pelos dois clubes - era cria do Vitória e chamou a atenção do mundo pelo América com aquele golaço na Arena das Dunas.

Quem sabe a própria Arena das Dunas não chama um parente de Arthur neste jogo para o descerramento de uma placa de gol mais bonito do estádio no ano de sua inauguração? 

Today's headlines (01/23)

Let's start with the headline for the good: Another Australian Open surprise: the return of the old Roger Federer.

Now the others: 'Alternative facts' and the costs of Trump-branded reality, Samsung blames battery and design flaws for Galaxy 7 notes fires and Snapchat discover takes a hard line on misleading and explicit images.

Good morning, everyone!

Source: The New York Times

domingo, 22 de janeiro de 2017

Jogo de um time só

Não gosto muito de fazer a afirmação do título porque parece menosprezo a um dos times, mas não posso fugir do que vi neste domingo. América 0x1 ABC foi jogo de iniciativa exclusiva do América. O ABC limitou-se a alguma coisinha no 1.° tempo, mesmo assim, só depois de ter feito o gol de falta, e a ver o tempo passar na metade final do jogo.

No ABC, podem ser destacados Anderson Pedra, muito antenado no jogo, e Nando, que não teve vida fácil com a excelente partida dos zagueiros americanos. Paulão e Maracás foram senhores absolutos da defesa. Filipe Alves é o dono do meio. Marcos Júnior e Dija Baiano foram regulares. Jussimar, Michel Cury e Luiz Eduardo destoaram. Osmar também abaixo do esperado, mas nada muito surpreendente.

E com tudo isso, o América dominou o jogo. Maracás manteve a média de perder um gol por jogo. Memo e Paulão também poderiam ter definido. Dija Baiano acertou uma linda bicicleta na trave e, no rebote, Jean Patrick quase deixou o seu. 

No finzinho, Dija foi puxado pela camisa na área. O pênalti foi cobrado por Jussimar, aquele que não chuta forte. Melhor para Edson, que caiu agarradinho com a bola.

Mas tática e domínio de jogo nem sempre são refletidas no placar; apenas bola na rede. E a bela cobrança de Romano deu ao ABC os três pontos da vitória.

Sobre a arbitragem, eu vi Levy quase rasgar a camisa de Danilo num contra-ataque americano. Mas nem o assistente 1, nem Caio Max viram. Vi lá do setor leste um jogador do ABC (não vi o número da camisa) agredir Michel Benhami na frente do assistente 2, que não viu. O quarto árbitro viu, chamou Caio Max, mas ele disse que não foi nada.  Vi que Maracás não fez a falta no lance que originou o gol, mas Caio Max não viu assim.  Enfim, vi uma arbitragem amarrando demais o jogo e contribuindo decisivamente para o resultado, uma vez que o gol saiu num lance normal que só Caio Max achou que fosse falta.

Taticamente, o América está se acertando. Tecnicamente, o ABC é mesmo o time a ser batido e é esperado que seja superior individualmente. Pensando em toda a temporada, digamos que o América está no caminho certo, mas com algumas peças erradas - o que é esperado, até pelo nível de investimento. Do lado do ABC, ser dominado por uma equipe de Série D revela um desacerto pelo menos no início da caminhada de 2017.

Mas nem há tempo para muita comemoração ou lamentação. Na quarta, o ABC enfrenta o CSA no Rei Pelé e, na quinta, o América recebe o Botafogo-PB na Arena das Dunas. É a Copa do Nordeste 2017 que vai começar para ambos.

Com medo da chuva e dos trovões

A mais fiel espectadora dos Podcasts deu um jeitinho de se esconder dos trovões e da chuva: achou uma caixa para ser seu esconderijo. É muita esperteza...

O mundo é dos bichos, minha gente!


Carona amiga

A arte é do América, mas também se aplica aos amigos abecedistas. Hoje é dia de carona amiga para quem vai ver América x ABC na Arena das Dunas às 16h. 

Todos juntos na solidariedade.


Podcast: Fidelidade à prova

Todos os obstáculos aos fiéis torcedores de ABC e América que vão apoiar os times na Arena das Dunas hoje.
https://www.spreaker.com:443/episode/10360880


Potiguar 2017: América x ABC às 16h

Local: Arena das Dunas (transmissão ao vivo para todo o Brasil pelo EI MAXX)

América (4-5-1): Vinícius, Osmar, Maracás, Paulão, Danilo; Filipe Alves, Marcos Júnior, Michel Cury, Jussimar, Dija Baiano; Luiz Eduardo. Técnico: Felipe Surian.

ABC (4-4-2): Edson, Levy, Cleiton, Léo Fortunato, Romano; Anderson Pedra, Márcio Passos, Felipe Guedes, Erivelton; Dalberto, Nando. Técnico: Geninho.

Árbitro: Caio Max Augusto Vieira (CBF)
Assistentes: Flávio Gomes Barroca (CBF) e Lorival Cândido das Flores (CBF)

Destaques do América
Danilo - boa opção ofensiva.
Dija Baiano - bom na movimentação e nos cruzamentos e cobranças de falta.

Destaques do ABC
Erivelton - bom na movimentação e na finalização.
Nando - artilheiro.

Prognóstico: o América conta com a força do mando de campo e de sua corajosa torcida para superar o favorito ABC. Empate.