sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

As voltas que o mundo dá

O futebol cada vez mais se parece com a política. Aqui como ali há um eterno jogo de dissimulação. As brigas, desafetos, amigos do peito e inimigos mortais são muito bem calculados e escolhidos. Às vezes, um benefício maior não recebe a mesma gratidão de um menor. O mal maior também nem sempre é tido como ofensa. 

É preciso escolher bem suas lutas. E nessa toada, a imagem que fica para nós, pobres mortais eleitores/torcedores, é de que nada é mesmo o que parece. São inúmeros os exemplos ao longo dos anos, seja no futebol, seja na política.

Na política, os Maias já se aliaram aos Alves, Lula já abraçou Maluf, Sarney, Renan Calheiros, Fátima Bezerra inaugurou praça com troca de elogios com Micarla, Fátima já pediu voto para Wilma e vice-versa...     A lista é interminável de ex... ex-desafetos que viraram amigos do peito, ex-amigos do peito que viraram desafetos.

No futebol, o pragmatismo anda dando as caras. Veja o caso do presidente do Abc, Rubens Guilherme. Uma hora queria alugar o Frasqueirão para o América. Depois não queria mais. Depois queria de novo para arranjar um dinheiro do governo do estado. Depois não queria mais. 

Agora Júnior Xuxa, talentoso camisa 10, acerta com o Abc. Não há o que se discutir quanto ao talento. O problema é que Júnior Xuxa, menos de 1 ano atrás, dançou por duas vezes o Enfica (música de baixo calão) com versos nada agradáveis aos torcedores alvinegros dentro do Frasqueirão. Isso parece não ter mexido com os brios do outrora temperamental Rubens Guilherme. Nem mesmo o fato de o jogador ter chamado o estádio Maria Lamas Farache de chiqueirão (confira vídeo abaixo). Doeu mesmo foi Clóvis Emídio ter dito que ir assistir a um jogo ali era um programa de índio. Vá entender!

Por isso que tenho tanta pena de quem se deixa levar pelo radicalismo e transforma questões de política e de futebol em questões pessoais, como se fossem questões de honra. Se dirigentes e políticos sabem escolher suas "lutas", talvez seus seguidores devessem fazer o mesmo.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Ansiedade da estreia

Está chegando a hora. Abc e América estreiam na Copa do Nordeste neste fim de semana. O alvinegro enfrenta o Ceará no sábado, às 16h, no Castelão. O alvirrubro enfrenta o Vitória no domingo, às 16h, no Nazarenão.

O friozinho na barriga é democrático: tanto atinge o torcedor, como jogadores, comissão técnica e dirigentes. Não importa há quantos anos lida-se com estreias - elas sempre causam ansiedade. Em menor ou maior extensão a depender da experiência, mas ela sempre está lá.

Afora isso, ainda temos o fato de que a Copa do Nordeste está de volta vitaminada e com esses clássicos que sempre empolgaram o público nordestino. E pelos investimentos das equipes, ninguém quer passar em branco.

Difícil aquilatar qual jogo mais emocionante, mais difícil, mais esperado. O Abc estreia fora de casa, com um time bastante reformulado e praticamente um novo (velho) treinador. Aliás, Givanildo Oliveira sempre se notabilizou por tirar leite de pedra e, embora, não tenha feito bons trabalhos nos últimos anos, pode reencontrar o caminho no Abc, assim como ocorreu com Roberto Fernandes no América. Além disso, o Abc enfrenta um Ceará também tentando achar o melhor caminho, já que tem muitos novos jogadores e novo treinador (Ricardinho, ex-Paraná).

O América estreia com o calor de sua torcida, mas enfrenta o velho rival baiano que acabou de conseguir sua vaga na elite do futebol brasileiro. O Vitória tem Caio Júnior como treinador e alguns desfalques, mas o poderio técnico e mesmo financeiro do time baiano assustam os potiguares. No entanto, o clima para o jogo não poderia ser melhor: há tempos não há vencedor no confronto América x Vitória, a estreia já é com a repetição da grande final de 1998, exatos quinze anos da conquista da Copa do Nordeste por um clube potiguar, e o alvirrubro vai promover a re-estreia de Cascata e Renatinho Potiguar. Vai pegar fogo!

Arrisco dizer que nem é tanta vantagem jogar em casa na primeira rodada, já que as condições físicas das equipes não são as melhores. Parece-me que o desgaste de ficar encolhido na marcação é menor no futebol. Mas quem administrar melhor o desgaste tem grandes chances de sair vencedor.  É o que penso.

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

O empurrão

Recebi de uma  professora de libras esse "empurrão". Trata-se de texto de Mariliz Vargas (A sabedoria do não, editora Rosea Nigra - www.metaforas.com.br). Muito interessante, vale a pena compartilhá-lho (exatamente como foi escrito) por aqui. Vejamos.

O Empurrão
A águia empurrou gentilmente seus filhotes para a beirada do ninho.
Seu coração se acelerou com emoções conflitantes, ao mesmo tempo em que sentiu a resistência dos filhotes a seus insistentes cutucões. Por que a emoção de voar tem que começar com o medo de cair? Pensou ela.
O ninho estava colocado bem no alto de um pico rochoso. Abaixo, somente o abismo e o ar para sustentar as asas dos filhotes. E se justamente agora isto não funcionar?
Apesar do medo, a águia sabia que aquele era o momento. Sua missão estava prestes a se completar, restava ainda uma tarefa final, o empurrão.
A águia encheu-se de coragem. Enquanto os filhotes não descobrirem suas asas não haverá propósito para a sua vida.
Enquanto eles não aprenderem a voar não compreenderão o privilégio que é nascer águia. O empurrão era o melhor presente que ela podia oferecer-lhes. Era seu supremo ato de amor.
Então, um a um, ela os precipitou para o abismo. E eles voaram!
Às vezes, nas nossas vidas, as circunstâncias fazem o papel de águia: são elas que nos empurram para o abismo. E quem sabe não são elas, as próprias circunstâncias, que nos fazem descobrir que temos asas para voar.

"Para evoluir e somar conquistas é preciso adicionar persistência em tudo na vida." Nuno Cobra

sábado, 12 de janeiro de 2013

Júnior Xuxa x Cascata

Duelo ainda não visto em campo porque os dois não estiveram no RN na mesma época, Cascata e Júnior Xuxa agora vão ter a oportunidade de estabelecer qual dos dois é mais decisivo para seu clube. Até hoje nunca houve notícia de rivalidade entre os dois, mas a particularidade de ambos terem jogado pelos maiores do RN e agora trocarem de lado apimenta e muito a temporada 2013 no futebol potiguar.

Quando Júnior Xuxa veio para o América, Cascata havia se transferido para o Náutico. Por isso, não houve esse duelo no estadual de 2012, vencido pelo América de Júnior Xuxa. Na Série B, Júnior Xuxa foi embora para o futebol árabe antes que houvesse o clássico rei potiguar.

Agora, Cascata está de volta ao América e Júnior Xuxa escolheu voltar ao futebol brasileiro vestindo a camisa alvinegra. Quem é melhor dos dois? De antemão, há muitos fatores a considerar. Cascata tem um histórico de lesões; Júnior Xuxa não. Em compensação, Cascata tem mais talento dentro de campo, tanto para fazer gols como para deixar companheiros na cara do gol. Júnior Xuxa é melhor para colocar a bola para dentro. Talentos diferentes, portanto. O que vale é saber de que cada time precisa e se eles conseguirão suprir essa necessidade.

Cascata já chegou. Fisicamente, aparenta estar em melhor condição do que quando jogou pelo América em 2008. Se isto será verdade, só saberemos com a bola rolando oficialmente. Júnior Xuxa ainda vai se apresentar. Será que vai demorar para engrenar no Abc como demorou no América (só demonstrou futebol para justificar sua contratação no início da Série B) ou vai voltar logo a jogar como jogou pelo Icasa em 2010? 

Se nenhum fator (lesões, punições, troca de clube) se intrometer no futebol de ambos, teremos todo o ano de 2013 para saber quem é mais decisivo para seu clube.


sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

América não é bicampeão do Nordeste

Sei que o tema é polêmico para quem entende o contrário, mas não posso aceitar essa estória (com "e" mesmo) de que o América é bicampeão do Nordeste. 

Explico. O América sagrou-se campeão de um torneio promovido com os clubes do Norte e do Nordeste brasileiros dentro do Campeonato Nacional de 1973: a Taça Almir de Albuquerque. Invicto. 4 vitórias e 3 empates do timaço que tinha Scalla, Hélcio Jacaré e Ubirajara. Querer reduzir o âmbito da competição conquistada (Norte-Nordeste) à região Nordeste é diminuir o feito do Mecão. Se tivesse sido apenas vice-campeão, aí sim o América teria sido apenas campeão do Nordeste. Mas não! O alvirrubro foi campeão do Norte-Nordeste tendo marcado 11 gols e sofrido apenas 3. Não tenho muito a falar além do que é retratado pela história (aqui sim, com "h"), porque nem pensava em nascer na época.

Em 1998, o Mecão alcançou outro feito inédito para o Rio Grande do Norte: sagrou-se campeão do Nordeste em cima do poderoso Vitória, de Sérgio, Preto, Petkovic, Esquerdinha, Donizete Amorim, Agnaldo... Só o salário de Petkovic, então surgindo como grande craque no Brasil, pagava todo o elenco americano e ainda sobrava. Posso escalar o (super) time ofensivo de Arturzinho porque acompanhei todos os jogos no Machadão: Gabriel, Gilson, Paulo Roberto, Ronald, Rogerinho; Gaúcho, Carioca, Moura e Biro-biro; Paulinho Kobayashi (artilheiro) e Rogers, com algumas alterações ao longo da competição.

Confira a ficha dos dois jogos da final e o vídeo da última partida (Machadão).
1.º jogo (20/05/1998 - Barradão):  Vitória 2x1 América (Evando e Flávio; Leonardo). 
Vitória: Sérgio, PauloCésar (Donizete Amorim), Flávio, Fábio Bilica, Esquerdinha; Donizete Oliveira, Preto, Kléber (Elvis); Alex (Renato Nascimento), Petkovic, Evando; Hélio dos Anjos (técnico).
América: Gabriel, Gilson, Ronald (Carlos Mota), Lima, Rogerinho (Bruno Lima); Montanha, Carioca, Moura, Biro-Biro; Paulinho Kobayashi, Leonardo (Wanderley); Arturzinho (técnico). 
2.º jogo (04/06/1998 - Machadão): América 3x1 Vitória (Biro-Biro, Paulinho Kobayashi e Carioca; Flávio).
América: Gabriel, Gilson, Paulo Roberto (André Luiz), Lima, Rogerinho (Bruno Lima); Montanha, Carioca, Moura, Biro-Biro; Paulinho Kobayashi, Leonardo (Wanderley); Arturzinho (técnico).
Vitória: Sérgio, Paulo César (Donizete Amorim), Flávio, Fábio Bilica, Esquerdinha; Donizete Oliveira, Preto, Fernando (Evando), Kléber (Alex); Agnaldo, Petkovic; Hélio dos Anjos (técnico).


Assim, o América conquistou dois grandes feitos para o Rio Grande do Norte: foi campeão Norte-Nordeste em 1973 (Taça Almir) e campeão do Nordeste em 1998. Nada de bicampeão do Nordeste, diminuindo a conquista anterior.

E agora em 2013, exatos 40 anos após a conquista da Taça Almir e 15 anos após conquistar o Nordeste, o América entra em campo numa Copa do Nordeste novamente forte (com apoio da Globo e da CBF) para aí sim tentar sagrar-se bicampeão do Nordeste, também deixando de lado, pelo menos por enquanto, a polêmica sobre se será bicampeão ou duas vezes campeão. A César o que é de César.

Fontes: http://www.youtube.com/watch?v=lNrDkeQjubI, http://pt.wikipedia.org/wiki/Copa_do_Nordeste_de_Futebol_de_1998, http://www.bolanaarea.com/reg_nordestao_1998.htm,  http://pt.wikipedia.org/wiki/Ta%C3%A7a_Norte-Nordeste

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Quem será o atacante do América?

A especulação toma conta do futebol do RN. Quem será o atacante que o presidente do América Alex Padang promete anunciar hoje por ocasião da apresentação oficial do elenco na sede social localizada na Avenida Rodrigues Alves, Tirol?

Muitos nomes surgem na bolsa de apostas: Rodrigo Tiuí (ex-Fluminense e que andava pelo Criciúma), Leandrão (ex-Abc e que andava no São Caetano), Nunes (ex-Santo André e que anda pelo Botafogo-SP), Schwenck (ex-Figueirense e que anda pelo Guarani), embora este último já tenha sido descartado desde o ano passado por Alex Padang, que afirmou não gostar de seu estilo de jogo. Ainda surgem Somália (ex-Fluminense e que andava pelo Duque de Caxias), Fábio Júnior (ex-Cruzeiro e que andava pelo América-MG), Júnior Negão (ex-Abc e que andava pelo Guarani), Ederson (ex-Abc e que voltou ao Atlético-PR). Desses citados, Somália, Fábio Júnior, Júnior Negão, Nunes e Leandrão parecem ter a característica que o Mecão busca: centroavante de força.

Ressalte-se que, no início do ano, o presidente também descartou a volta de André Neles e de Wanderley.

Roberto Fernandes até já disse que começa a temporada sem um camisa 9 se for preciso, mas não quer a contratação de qualquer um para o lugar de Isac. Assim, a expectativa da torcida cresceu e muito em relação ao tal nome.

E para aumentar a curiosidade, Alex afirmou pelo Twitter que anunciará não mais um, mas dois atacantes na festa de hoje à noite.

Quem será que acerta os contratados antes da hora? Façam suas apostas.


sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Temporada promete

Há tempos o Rio Grande do Norte não vivia uma temporada tão promissora como a de 2013. América e Abc na Série B, Baraúnas na C, a volta com força total da Copa do Nordeste (que já traz a clássica final de 1998 logo na primeira rodada - América x Vitória). E o reflexo disso tudo é visto pelo nível das contratações anunciadas.

Pelo menos no papel nomes como Rico (América), Schwenck (Abc), Rogerinho (Baraúnas) mostram que os clubes trabalham com a perspectiva de temporada cheia e desejam alçar voos mais altos. Isso para citar apenas os mais conhecidos. Se formos para os de casa, aí temos a permanência de Roberto Fernandes no América, a volta de Wassil Mendes ao Santa Cruz...

Até a Copa São Paulo terá mais de um representante do RN!

Enfim, a temporada 2013 promete. Vejamos se a promessa será transposta para a realidade. 

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Começou o processo de desconstrução da imagem de Cascata

Pronto! Bastou Cascata soltar o verbo contra o Abc (mais especificamente seu presidente) para começar o processo de desconstrução de sua imagem. E o pior: é a imprensa que se presta a papel tão ridículo.

Cascata jogou no América na Série B de 2008. Não ficou por motivos financeiros. Não houve acordo para renovação. Nunca falou mal do América e nem o América deixou escapar qualquer informação que desabonasse sua conduta.

Em 2010, Cascata foi um dos grandes responsáveis pelo sucesso do Abc, então afundado na Série C. Virou ídolo. E permaneceu no clube até 2012, embora no primeiro semestre do ano passado tenha se transferido para o Náutico.

Pois não é que somente agora que se transferiu para o América é que descobriram que Cascata seria um jogador desagregador? Agora? Depois de 2 anos no clube? Não entendi. Quer dizer que renovaram esse tempo todo com um jogador que impedia a formação de um grupo coeso? E as entrevistas de Rubens Guilherme no finzinho da Série B de 2012 afirmando que o grupo de jogadores era sim unido, já que eles se ajoelhavam e e rezavam antes dos jogos abraçados?

Quando a chiadeira da torcida do América é grande com a imprensa daqui de Natal, ninguém entende. Mas um fato desse é de enojar. Enquanto Cascata foi jogador do Abc, nunca se falou em qualquer noitada, em desentendimento com jogadores ou com a diretoria. Bastou "entregar" o presidente do Abc, Cascata já é vítima de insinuações de todos os tipos nas redes sociais e nos blogs. Que a torcida do Abc faça isso, não é louvável, mas é compreensível. Mas profissionais da imprensa natalense jogarem sua credibilidade na lama para servir de caixa de ressonância de recalques de dirigentes (sejam eles quem forem) é inadmissível. É totalmente aético! É de enojar!

Essas coisas só acontecem aqui porque jogadores, diretores, empresários têm tanto rabo preso uns com os outros que não acionam a justiça. Insinuações são motivo suficiente para uma interpelação judicial que servirá como justificação a um possível pedido de indenização por danos morais, para ficarmos apenas na seara da justiça cível (não criminal).

Será que os cursos de jornalismo Brasil afora não ensinam pelo menos as consequências de um jornalismo aético? Revoltante.

E o profissionalismo foi por água abaixo!

Rubens Guilherme, empresário de sucesso, assumiu o Abc no fim da gestão de Judas Tadeu como o salvador da pátria. Time rebaixado, endividado, somente alguém com uma visão profissional e neófito no futebol poderia salvar o patrimônio do clube alvinegro.

Alguns tropecinhos no começo, o time engata e é campeão estadual em 2010. Engata boa campanha num Campeonato do Nordeste incipiente, desprezado pelos clubes das Séries A e B, mas o que o Abc tinha a ver com isso? Foi lá e chegou à final. Foi campeão da Série C e tchan, tchan, tchan... eis o modelo profissional a ser seguido por todos os clubes brasileiros.

Faltou dizer que havia com Rubens um profissional que respirava futebol 24h por dia: Flávio Anselmo. E ele é quem parece ser a chave para o grande mistério do que houve com o Abc de Rubens. Enquanto Flávio Anselmo acertou em contratações, a administração de Rubens foi tida como modelo. Bastou o elenco desandar um pouco e o rival América se acertar para que a administração de Rubens perder o rumo.

Falo com a visão bem de fora. Além de não ser abecedista, não vivo os bastidores do futebol, pelo menos não esse de negociação de jogadores. Mas é incrível a mudança por que passa a administração de Rubens! De modelo a ser seguido, Rubens passou a colecionar desafetos entre conselheiros, jogadores, empresários, torcedores e até mesmo membros da imprensa. O antigo amigo do peito Flávio Anselmo foi praticamente eleito inimigo número 1 ante o teor da entrevista de ambos nos últimos tempos. Os salários já não são pagos mais tão em dia. Há notícia de salários superfaturados. E a imagem de clube bem administrado começou a fazer água ante as notícias de dívidas,de valores divergentes da Timemania... Até uma negociação de imóveis foi questionada pela torcida.

A realidade é que o mundo do futebol é muito passional para ser analisado com a razão. Conseguiu vitórias? O cara é um heroi. Não conseguiu? Ladrão mequetrefe. Assim. De uma hora para a outra. Eu particularmente louvo os que mantêm o patrimônio de um clube. Afinal, muitos lutaram para sua construção para que outros joguem tudo fora com arroubos administrativos. Aparentemente, o América aprendeu a lição. O Abc ainda não. Aparentemente, já que apenas nas crises descobrimos a realidade.

Mas uma coisa impressiona: com ou sem dívida, ninguém larga o osso. Parece até uma questão de honra. Vá entender.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

O que fiz em 2012?

Eu me fiz essa pergunta ainda em 2012, lá pelo mês de novembro. Lembrei dos projetos repetidamente adiados e dos abandonados no meio. Lembrei daqueles que deram certo. E sonhei com novas conquistas, muitas delas coisas simples da vida.

Não deixei muito espaço para especulação. Comecei a virada do ano já no início de dezembro. Mudanças na casa, no dia-a-dia (com hífen ou sem? Continuo no dilema dessa tal nova ortografia). Virei pintora, jardineira, cozinheira, enfim, dona de casa.

Fui a vários médicos, fiz muitos exames, encarei a realidade de muito estresse. Estou disposta a tomar as rédeas dos acontecimentos. Não é facil, mas é muito prazeroso.

Não fiz muitas resoluções de ano novo - aquelas que mal chega o carnaval e já estão sumariamente adiadas para outro momento e que terminam virando novas resoluções de fim de ano.

Como sempre, fiz um balanço e, como sempre, cheguei à conclusão de que sou feliz exatamente com a vida que tenho, mesmo com todos os percalços. Acho muito importante valorizar tudo que temos, especialmente quando vemos tantos que nem saúde têm.

Assim, quero que 2013 seja um ano marcado por saúde, felicidade, tranquilidade, prosperidade, respeito, ética, tolerância, disciplina, harmonia, amor... E quero parar de reclamar que o ano está voando. Quase consegui isso em 2012, mas bastou chegar junho que o danado passou a acelerar de novo.  É isso.