quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

E o profissionalismo foi por água abaixo!

Rubens Guilherme, empresário de sucesso, assumiu o Abc no fim da gestão de Judas Tadeu como o salvador da pátria. Time rebaixado, endividado, somente alguém com uma visão profissional e neófito no futebol poderia salvar o patrimônio do clube alvinegro.

Alguns tropecinhos no começo, o time engata e é campeão estadual em 2010. Engata boa campanha num Campeonato do Nordeste incipiente, desprezado pelos clubes das Séries A e B, mas o que o Abc tinha a ver com isso? Foi lá e chegou à final. Foi campeão da Série C e tchan, tchan, tchan... eis o modelo profissional a ser seguido por todos os clubes brasileiros.

Faltou dizer que havia com Rubens um profissional que respirava futebol 24h por dia: Flávio Anselmo. E ele é quem parece ser a chave para o grande mistério do que houve com o Abc de Rubens. Enquanto Flávio Anselmo acertou em contratações, a administração de Rubens foi tida como modelo. Bastou o elenco desandar um pouco e o rival América se acertar para que a administração de Rubens perder o rumo.

Falo com a visão bem de fora. Além de não ser abecedista, não vivo os bastidores do futebol, pelo menos não esse de negociação de jogadores. Mas é incrível a mudança por que passa a administração de Rubens! De modelo a ser seguido, Rubens passou a colecionar desafetos entre conselheiros, jogadores, empresários, torcedores e até mesmo membros da imprensa. O antigo amigo do peito Flávio Anselmo foi praticamente eleito inimigo número 1 ante o teor da entrevista de ambos nos últimos tempos. Os salários já não são pagos mais tão em dia. Há notícia de salários superfaturados. E a imagem de clube bem administrado começou a fazer água ante as notícias de dívidas,de valores divergentes da Timemania... Até uma negociação de imóveis foi questionada pela torcida.

A realidade é que o mundo do futebol é muito passional para ser analisado com a razão. Conseguiu vitórias? O cara é um heroi. Não conseguiu? Ladrão mequetrefe. Assim. De uma hora para a outra. Eu particularmente louvo os que mantêm o patrimônio de um clube. Afinal, muitos lutaram para sua construção para que outros joguem tudo fora com arroubos administrativos. Aparentemente, o América aprendeu a lição. O Abc ainda não. Aparentemente, já que apenas nas crises descobrimos a realidade.

Mas uma coisa impressiona: com ou sem dívida, ninguém larga o osso. Parece até uma questão de honra. Vá entender.

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