sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Os dez novos mandamentos da vida digital

Não resisti ao ver numa Veja antiga (edição 2.223, 29 de junho de 2011, págs. 108-109) os dez novos mandamentos da vida digital e resolvi compartilhar abaixo:

I - Não ireis, tu e teu parceiro, para a cama cada qual com seu iPhone. (Isso abre a porta para muitos outros. A cama do casal é só dos dois)

II - Não te levantarás da cama, depois do amor, para checar os e-mails. (Ofensa gravíssima, pior do que virar para o lado e dormir, roncando)

III - Só porás no Facebook fotos da festa se todos os fotografados concordarem. (Desgraças assim evitáveis: demissões, separações e amizades rompidas)

IV - Mesmo se todos concordarem, espera até o fim da festa. (Exibicionismo? Carência? Descontrolados devem ficar em casa)

V - Não usarás o iPad como similar de domesticação infantil. (Almoço na casa da vovó é para conversar, brincar e fazer folia, à moda antiga)

VI - Não tuitarás durante o casamento; em especial, o teu próprio. (Todo mundo precisa saber cada segundo da tua vida? Tens certeza?)

VII - Só mostrarás o local das férias uma vez, e discretamente. (Andar pelo resort de notebook aberto, e falando alto, é superadíssimo)

VIII - Não erguerás o iPad como uma barreira à mesa do café da manhã. (Valem para o tablet as mesmas regras aplicadas aos jornais)

IX - Acharás os aplicativos adequados a crianças pequenas. (E ficarás junto delas o tempo todo. Ou preferes que abram aquela galeria de fotos?)

X - Respeitarás um dia de guarda durante o qual ficarás desconectado (Semanal, quinzenal ou mensal: o importante é mostrar autocontrole)

A revista ainda trás a experiência (engraçadíssima, diga-se de passagem) de Caroline Usevicius, de 31 anos, que, "durante um jantar com o marido, a irmã e o cunhado, os dois homens começaram a fotografar os pratos, o restaurante e os vinhos. Depois, jogaram as fotos no Twitter e passaram a falar com os amigos que estavam on-line. 'Fazer piadinha entre eles tornou-se mais importante do que curtir a noite', registra Caroline."

Qualquer semelhança talvez não seja mera coincidência...

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

América segue deixando adversários na lanterna

O América já está criando um novo tabu neste estadual. Todo adversário que o Mecão derrota vira lanterna da competição. Foi assim com o Caicó, que levou uma sonora goleada de 5x0, e ficou em último devido ao saldo de gols. O mesmo ocorreu com o Palmeira, que perdeu de 3x1 e nem precisou do saldo para ficar em último. A falta de pontos fez o serviço.

No próximo domingo, o Dragão enfrenta o Baraúnas, que ainda não venceu no estadual. Será mais um a confirmar o tabu?

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Torcida empolgada

A torcida do América está empolgada. E nem poderia ser diferente. Não consigo buscar em minha memória de 1996 para cá uma estreia tão avassaladora do Mecão. 5 x 0, placar que bem poderia mostrar 6, 7, 8 x 0 se Isaac e Wanderley estivessem em uma dia mais inspirado.

O time de Flávio Araújo jogou ao seu estilo: zagueiros que sobem pelas alas (exceção do central Edson Rocha), alas que jogam pelo meio (Carlinhos não jogou nem 10% do tempo pela lateral esquerda), volantes e meias que chegam ao ataque com força (Júnior Xuxa marcou 3 gols) e atacantes que não guardam posição fixa - uma hora estão na área, na outra caem pelas pontas, em outra servem de pivô.

Podem ser apontados como destaque Júnior Xuxa, desde já candidato a ídolo com seus 3 gols e passes e viradas de jogo precisos, Zé Antonio, que lembrou a velha disposição do também ídolo formado nas bases Gito, Carlinhos, que chegou a ser xingado, mas foi dele o passe para o primeiro gol, Ricardo Baiano, incansável em sua seriedade na marcação, também já candidato a ídolo, e Fabinho, dono de uma velocidade tanto na marcação como no apoio impressionante, especialmente porque é aliada a passes precisos.

É claro que o Caicó não teria muito a mostrar já que nem goleiro reserva tinha, mas não dá para negar que outrora o América não conseguiria fazer saldo numa situação assim. Daí a empolgação da torcida, que até se deu ao luxo de entoar um olé no fim do jogo. Veja bem, o olé só saiu no fim do jogo, embora a goleada tenha se desenhado bem antes. Mas é bom entender que empolgação da torcida do América em relação a estadual não quer dizer muito coisa. É quase impossível quebrar a tradição de o torcedor americano não ligar para o estadual, e sim para campeonatos  nacionais. Pouco mais de 1.000 espectadores acompanharam o jogo de domingo. Quem sabe o público não seja um pouco melhor no próximo jogo.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

A estreia do América

Não posso cravar a certeza do que se passa na cabeça do técnico Flávio Araújo, mas tirando por minhas impressões no amistoso contra o Csp, a escalação para a estreia contra o Caicó pode trazer algumas surpresas.

Não há dúvidas quanto ao goleiro. Apesar do jovem Dida ser um excelente goleiro, Fabiano Paredão só perderá sua condição de titular enquanto jogar no América se as condições de normalidade forem alteradas, o que esperamos que não ocorra.

Na zaga, está a verdadeira dor de cabeça. Edson Rocha é um zagueiro lento e sem técnica. Mauro tem bastante garra, mas foi o último a chegar para a pré-temporada. Zé Antonio é das bases, o que já lhe põe extrema pressão sobre os ombros. Marx Ferraz também está atrasado na preparação.

No amistoso, a combinação Edson Rocha e Márcio Passos foi eletrizante, um verdadeiro teste para cardíaco. Aliás, uma zaga com Edson Rocha sempre deixará o torcedor em polvorosa, na maioria das vezes negativamente.

Nas alas, os jogadores mostraram-se ou regulares ou discretos. Não gostei da atuação de Norberto. Sempre puxando a bola para o meio em direção à defesa e sem procurar o ataque pela lateral, o que sobrecarrega o time. Ferreira mostrou-se um pouco mais à vontade na posição. Pelo lado esquerdo, Carlinhos deverá ser o titular. Até porque Wanderson arrebentou mesmo foi no meio de campo. Porém é de bom alvitre lembrar que os alas de Flávio Araújo são verdadeiros meiocampistas.

No meio, ótimas opções de volantes: Nata (titularíssimo), Márcio Passos (que deve jogar entre os zagueiros), Fabinho (excelente opção para o 3.º homem), Ricardo Baiano (verdadeiro cão de caça) e Ricardo Oliveira (bom passe, mas marcação apenas regular). Para a armação, Júnior Xuxa e Wanderson têm estilos totalmente diferentes, mas ambos são essenciais ao time.

O ataque traz o matador Wanderley (não é muito bom no passe, mas é um exímio finalizador) e mais duas opções de verdade: Isaac e Leandro Guerreiro. Aquele ainda discreto no primeiro jogo, mas fez duas excelentes partidas contra o América na Série C; este revelou-se um ótimo pivô. Pena que Daivisson não tenha demonstrado no amistoso as características que o revelaram no ano passado. Será que terá outras oportunidades no estadual?

Assim, mesclando as convicções de Flávio Araújo com as minhas impressões no jogo contra o Csp, apostaria na seguinte escalação do América para o jogo contra o Caicó: Fabiano, Zé Antonio, Edson Rocha e Márcio Passos; Ferreira, Nata, Fabinho (Ricardo Baiano), Junior Xuxa, Carlinhos (Wanderson); Wanderley e Isaac. Mas eu gostaria de ver Fabiano, Ferreira, Mauro, Zé Antonio, Carlinhos; Nata, Ricardo Baiano, Fabinho e Júnior Xuxa (Wanderson); Wanderley e Leandro Guerreiro.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Estadual 2012

Antes de tudo, vou logo dizendo que não gostei dessa história de as semi-finais do campeonato estadual de 2012 não serem realizadas em duas partidas. Dois clubes, no mínimo,  já saem prejudicados no quesito renda e também no critério técnico, uma vez que majoritariamente o time detentor do mando de campo vence a partida.

Mas essa é a sina da Federação Norte-rio-grandense de Futebol: uma no cravo, outra na ferradura. Se deixou pra lá os pontos corridos, tendo em vista que a média de público só faz cair desde 2007, criou essa aberração de uma só partida na fase semi-final. É esperar que o público se interesse pela nova fórmula.

Deixando de lado essas bolas foras da FNF, os clubes dão pinta de que realmente querem um campeonato competitivo. Os clubes de menor investimento já começaram os seus treinos em 2011, alguns ainda em novembro. Até América e Abc utilizaram a última semana do ano passado para adiantar a preparação física.

Diá (bom olheiro) no Baraúnas, Wassil no Santa Cruz, Leandro Campos no Abc e Flávio Araújo no América são os nomes de maior destaque até aqui. Vejamos quando o campeonato de fato começar quem irá se destacar.

Os elencos todos têm seus destaques. O Potiguar de Mossoró tem o artilheiro de sempre, Quirino. No América, a base que conquistou o acesso à Série B foi mantida . No Abc, novas caras e outras nem tão novas assim, como Berg, Washington, Luizão.

Após 3 rodadas, já teremos um ideia de quem disputará a fase final do 1.º turno. Já o campeão, esse tradicionalmente sai do 2.º turno. Preparem suas fichas.

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Frases da semana

"O que poderá vir amanhã é de GRANDE qualidade e conhecido para quem acompanha de perto."
Alex Padang, presidente eleito do América, respondendo no Twitter a pergunta de torcedor a respeito da contratação de novo atacante para o time americano.

"O Brasil chega à sexta economia do mundo pelo PIB. Mas a quinta economia - a Grã-Bretanha - se parar ou mesmo regredir, ainda tem 20 anos com padrão de vida superior ao dos brasileiros."
Agnelo Alves, deputado estadual e jornalista, em sua coluna na Tribuna do Norte de 29/12/11 a respeito do Brasil ter trocado de posição no ranking do PIB mundial com a Grã-Bretanha.

"As fêmeas investem muito mais na reprodução do que o homem. Quem investe mais escolhe mais. Em 99% das vezes é a fêmea que escolhe o parceiro."
Robert Young, biólogo escocês e coordenador da pós-graduação em Zoologia da PUC Minas, no site G1 sobre os critérios de atração sexual. 

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

A entrevista do autor de "A Privataria Tucana"

Para quem descobriu o prazer da leitura agora, especialmente com o livro A Privataria Tucana de Amaury Ribeiro Jr., que faz parte do núcleo da campanha da atual presidente Dilma Roussef, é de bom alvitre ler a boa entrevista do autor ao jornal Tribuna do Norte, edição desse domingo de Natal, na página 11. 

Com direito a chamada "Assim caminhou a privataria", o autor afirma de cara que "não há santos nessa história" e que a CPI não foi para frente porque o PT também tinha interesse, até porque começaram a surgir coisas ligadas a Henrique Meirelles, presidente do Banco Central nomeado por Lula. Diz que é preciso que haja uma investigação "até para dizer de fato se eu [Amaury Ribeiro Jr.] estou ou não falando a verdade".

Confira a pergunta final e a devida resposta, exatamente (inclusive com os erros) como foram publicadas na versão impressa:

"Por conta desse episódio no comitê de Dilma, o final do livro não se refere nem a privatização nem a lavagem de dinheiro. Narra uma violenta troca de fogo amigo dentro do próprio PT na campanha, contrapondo, de um lado, um grupo ligado ao hoje presidente do PT, Rui Falção, e de outro, um grupo ligado ao atual ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel. Te impressionou a virulência dessa briga? Por que ela poderia ter mesmo prejudicado a campanha de Dilma, não?
Me impressionou muito. Me deu até medo. Eu fui para lá achando que iria investigar uma infiltração de alguém ligado ao candidato do grupo oposto, José Serra, na campanha. E, no final, era o PT contra o PT. Fogo amigo pesado. O que ficou claro para mim é o que os interesses em jogo - sejam por dinheiro, sejam por poder - estão muito além do esforço para eleger o candidato. Os caras começam a se matar antes mesmo de ganhar a eleição, de nomear os ministros, nem ganharam e já estão brigando pelos cargos. Isso parece inacreditável. Mas aconteceu."

Para quem achava que o PT era diferente dos demais, é melhor acordar enquanto é tempo. A essência é a mesma. O que muda é o apelo.

Quem não tiver acesso à versão impressão da Tribuna do Norte, pode conferir a entrevista na edição online. Clique aqui.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Corre, minha gente!

Não adianta jurar que no próximo ano será diferente. Você vai deixar alguma coisa do Natal para a última hora. É inerente ao ser humano. Alguém comenta: "E aí? Vai passar o Natal onde?" E a resposta: "Acho que vou passar em casa. Não sei. Ainda está tão longe..." 

Longe. Distante. De repente, puff! A véspera de Natal JÁ é amanhã! Aí não tem jeito mesmo. É um tal de enfrentar fila, corre daqui, corre dali... "Não vai dar tempo", é o que todos pensamos. Mas, como se fosse um milagre de Natal, sim, dá tempo. Apesar do terrível desgaste físico e emocional. E aí todo mundo jura que no próximo ano será diferente. Sei, sei...

De hoje para amanhã, o que espera os retardatários nas lojas e nos supermercados é um verdadeiro desenho do inferno (ops, sacrilégio numa véspera de festa cristã). Produtos num estado já deplorável de tanto o povo mexer. Filas quilométricas arrodeadas de espertinhos que sempre acham um conhecido para ali se infiltrar. Sistemas fora do ar para que você não use o cartão de crédito. E uma única certeza: a de que você não acertará em todos os presentes.

É, minha gente, corre porque lá vem o Natal!


quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

As piadinhas sobre os critérios de contratação de Abc e América

Em 2005, após o fim do estadual e antes do início do Brasileiro, o América desfez todo o time e precisou contratar uma "ruma" de jogadores para formar um plantel. Majoritariamente, os jogadores eram oriundos do mercardo paulista, o que levou os gozadores de plantão a uma piadinha infame sobre o critério de contratação americano. Diziam que Paulinho Freire teria se deslocado à Praça da Sé e perguntava insistentemente aos transeuntes: "Ei, você quer jogar no América?".

De 2010 para cá, a piadinha mudou de lado. Agora, tendo em vista a quantidade de jogadores contratados pelo Abc que já defenderam o América, dá-se conta de que, na ânsia de remontar o plantel alvinegro desfeito, Flávio Anselmo dispara ligações a vários jogadores sem clube com uma só pergunta: "Ei, você já jogou no América?".

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Cabelo, o velho dilema feminino

Quando pequena, mamãe não me deixava ter cabelo grande porque dizia que o trabalho era maior que o cabelo. Assim, eu só poderia deixá-lo crescer quando tivesse maturidade suficiente para encarar os cuidados necessários.

Até os 12 anos eu sonhava em ter cabelo grande. Somente com essa idade consegui. Uma maravilha! Até então era uma dificuldade deixar o cabelo crescer. Depois, ele passou a crescer muito rapidamente.

Num belo dia, resolvi mudar, como diria Rita Lee. Cortei o cabelo. Curto. Não tão curto como hoje, mas já dei uma bela chacoalhada no visual. Confesso que não fiquei satisfeita com o resultado. Salvo engano, isto ocorreu no ano do meu pré-vestibular (1996).

Já cheguei na faculdade com o cabelo perto dos ombros. Só esqueci de dizer a polêmica que esse corta-não-corta causou. TODO mundo tinha uma opinião a respeito. Os mais próximos já sabiam que eu ia cortar. Metade era a favor, metade contra. O mesmo percentual se repetiu após o corte com os mais distantes. "Como você teve coragem?" ou "Eu preferia grande" ou "Ficou um arraso!" foram as frases que mais ouvi.

Já em 2000-alguma coisa, decidi cortar ainda mais radical: bem curtinho penteado para frente. Algo que lembra bem de longe o cabelo de Sandra Annemberg (que é bem mais volumoso e mais escuro que o meu, além de ter um corte para o lado). Aí sim o resultado mudou a estatística. Majoritariamente o comentário era "Ficou um arraso! Não deixe mais ficar grande". Quem me conhece bem sabe que eu estaria longe de permanecer com um só cabelo para o resto da vida!

Bem, o cabelo cresceu e mais uns dois anos depois, outro corte radical. Mais elogios. Novo período de crescimento do cabelo. Aí decidi raspar o cabelo. Isso mesmo raspar no fim do ano passado! No entanto, na hora H, faltou coragem. Pedi para tirar apenas uns "quatro dedos". Não sei se ficarei bem com máquina quatro tendo tão pouco cabelo. Mas ainda chego lá.

Em março deste ano, novo corte. Mais 4 dedos retirados e NINGUÉM percebia a diferença. Decidi então que tiraria tudo no fim do ano. Em 19/12/11, ontem, dei uma roída na corda de novo. Porém desta vez voltei ao corte tão elogiado. Confesso que neste ano achei a cabeleireira certa. Nem pense que paguei $ 50,00 pelo corte. Apenas R$ 10,00. Isso mesmo, R$ 10,00 no salão Tânia Albano na Rua Princesa Isabel no centro da cidade. E assim no fim da tarde de ontem meus longos cachos foram abaixo e voltei a ter um visual, digamos, moderno. Até meu avô (92 anos) elogiou.

No fim das contas, vale o que você pensa e/ou sente. O que eu gosto mesmo é dessa mudança radical. Jamais mantenho o cabelo curto. Deixo crescer até ninguém lembrar mais como era curtinho. E meto a tesoura no fim de ano. Correção: navalha. O corte é radical mesmo! Confira.