terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Cabelo, o velho dilema feminino

Quando pequena, mamãe não me deixava ter cabelo grande porque dizia que o trabalho era maior que o cabelo. Assim, eu só poderia deixá-lo crescer quando tivesse maturidade suficiente para encarar os cuidados necessários.

Até os 12 anos eu sonhava em ter cabelo grande. Somente com essa idade consegui. Uma maravilha! Até então era uma dificuldade deixar o cabelo crescer. Depois, ele passou a crescer muito rapidamente.

Num belo dia, resolvi mudar, como diria Rita Lee. Cortei o cabelo. Curto. Não tão curto como hoje, mas já dei uma bela chacoalhada no visual. Confesso que não fiquei satisfeita com o resultado. Salvo engano, isto ocorreu no ano do meu pré-vestibular (1996).

Já cheguei na faculdade com o cabelo perto dos ombros. Só esqueci de dizer a polêmica que esse corta-não-corta causou. TODO mundo tinha uma opinião a respeito. Os mais próximos já sabiam que eu ia cortar. Metade era a favor, metade contra. O mesmo percentual se repetiu após o corte com os mais distantes. "Como você teve coragem?" ou "Eu preferia grande" ou "Ficou um arraso!" foram as frases que mais ouvi.

Já em 2000-alguma coisa, decidi cortar ainda mais radical: bem curtinho penteado para frente. Algo que lembra bem de longe o cabelo de Sandra Annemberg (que é bem mais volumoso e mais escuro que o meu, além de ter um corte para o lado). Aí sim o resultado mudou a estatística. Majoritariamente o comentário era "Ficou um arraso! Não deixe mais ficar grande". Quem me conhece bem sabe que eu estaria longe de permanecer com um só cabelo para o resto da vida!

Bem, o cabelo cresceu e mais uns dois anos depois, outro corte radical. Mais elogios. Novo período de crescimento do cabelo. Aí decidi raspar o cabelo. Isso mesmo raspar no fim do ano passado! No entanto, na hora H, faltou coragem. Pedi para tirar apenas uns "quatro dedos". Não sei se ficarei bem com máquina quatro tendo tão pouco cabelo. Mas ainda chego lá.

Em março deste ano, novo corte. Mais 4 dedos retirados e NINGUÉM percebia a diferença. Decidi então que tiraria tudo no fim do ano. Em 19/12/11, ontem, dei uma roída na corda de novo. Porém desta vez voltei ao corte tão elogiado. Confesso que neste ano achei a cabeleireira certa. Nem pense que paguei $ 50,00 pelo corte. Apenas R$ 10,00. Isso mesmo, R$ 10,00 no salão Tânia Albano na Rua Princesa Isabel no centro da cidade. E assim no fim da tarde de ontem meus longos cachos foram abaixo e voltei a ter um visual, digamos, moderno. Até meu avô (92 anos) elogiou.

No fim das contas, vale o que você pensa e/ou sente. O que eu gosto mesmo é dessa mudança radical. Jamais mantenho o cabelo curto. Deixo crescer até ninguém lembrar mais como era curtinho. E meto a tesoura no fim de ano. Correção: navalha. O corte é radical mesmo! Confira.



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