segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

A entrevista do autor de "A Privataria Tucana"

Para quem descobriu o prazer da leitura agora, especialmente com o livro A Privataria Tucana de Amaury Ribeiro Jr., que faz parte do núcleo da campanha da atual presidente Dilma Roussef, é de bom alvitre ler a boa entrevista do autor ao jornal Tribuna do Norte, edição desse domingo de Natal, na página 11. 

Com direito a chamada "Assim caminhou a privataria", o autor afirma de cara que "não há santos nessa história" e que a CPI não foi para frente porque o PT também tinha interesse, até porque começaram a surgir coisas ligadas a Henrique Meirelles, presidente do Banco Central nomeado por Lula. Diz que é preciso que haja uma investigação "até para dizer de fato se eu [Amaury Ribeiro Jr.] estou ou não falando a verdade".

Confira a pergunta final e a devida resposta, exatamente (inclusive com os erros) como foram publicadas na versão impressa:

"Por conta desse episódio no comitê de Dilma, o final do livro não se refere nem a privatização nem a lavagem de dinheiro. Narra uma violenta troca de fogo amigo dentro do próprio PT na campanha, contrapondo, de um lado, um grupo ligado ao hoje presidente do PT, Rui Falção, e de outro, um grupo ligado ao atual ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel. Te impressionou a virulência dessa briga? Por que ela poderia ter mesmo prejudicado a campanha de Dilma, não?
Me impressionou muito. Me deu até medo. Eu fui para lá achando que iria investigar uma infiltração de alguém ligado ao candidato do grupo oposto, José Serra, na campanha. E, no final, era o PT contra o PT. Fogo amigo pesado. O que ficou claro para mim é o que os interesses em jogo - sejam por dinheiro, sejam por poder - estão muito além do esforço para eleger o candidato. Os caras começam a se matar antes mesmo de ganhar a eleição, de nomear os ministros, nem ganharam e já estão brigando pelos cargos. Isso parece inacreditável. Mas aconteceu."

Para quem achava que o PT era diferente dos demais, é melhor acordar enquanto é tempo. A essência é a mesma. O que muda é o apelo.

Quem não tiver acesso à versão impressão da Tribuna do Norte, pode conferir a entrevista na edição online. Clique aqui.

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