domingo, 10 de fevereiro de 2019

"Agora vamos para a terceira missão"

Imagem: Canindé Pereira, América 

O técnico Moacir Júnior falou sobre América 4x0 ASSU e a preparação para a final do turno.

América 4x0 ASSU
O jogo que esperávamos. Tínhamos que propor o jogo, tínhamos a obrigação da vitória para buscar a possibilidade da final. Era a nossa segunda missão. A gente chegou com a missão primeiro de passar na Copa do Brasil, que tinha muito tempo que não passava. Conseguimos. E eu classifiquei para eles hoje como a segunda missão e que também melhorássemos a performance na Arena, jogar um jogo mais vertical, procurando mais o gol adversário. E tivemos algumas dificuldades no início, mas depois a gente dobrou no 2.º tempo praticamente o número de finalizações. Ainda tivemos um pouquinho de ansiedade no passe final, mas foram 4 gols, foi bola na trave, foi, acredito eu, uma festa que o torcedor fez aí, talvez motivado por aquela classificação lá. Foi bom. Então é uma crescente. A gente fica feliz de chegar e, em uma semana de trabalho, conseguimos motivar esses rapazes e organizá-los para fazer um bom jogo. 

Problema nas laterais
Eu prefiro hoje não falar sobre isso. Agora a gente vai ter 10 dias para trabalhar e a gente vai conversar bastante com a direção, com os atletas. Eu resgatei, acredito eu, alguns atletas aí. O próprio Vinícius, que estava sendo muito contestado, eu classifico a atuação dele como muito boa. Então, eu vou mais pela performance que pela questão de gostar ou não gostar. Hoje ele teve uma boa performance, Lá em Brasília ele teve uma ótima performance. Então a gente tem que ter calma agora. São atletas que já estão no clube, são atletas que estão trabalhando no dia-a-dia, que estavam também insatisfeitos com aquele momento ruim e agora a gente espera que esse bom momento aí contagie a todos e que a gente possa melhorar a cada dia. 

Definição do time titular
A equipe jogou bem lá [em Brasília]. Conseguiu um feito de, após 3 anos, trazer uma classificação, trazer provento, trazer dinheiro para o clube, trazer moral para pegar um Santos - de novo, o América no cenário nacional contra um grande. Então não tinha porque eu mexer. Eu acho que é uma questão de valorização, mas exatamente tem jogador que lá teve uma performance muito melhor do que aqui. Então agora a gente começa. Não tem encontro, não tem a equipe ideal.  Tem a equipe que realmente possa mostrar um bom futebol. Hoje, apesar do placar, a gente sabe que dá para melhorar a performance. Foi isso que eu falei para eles dentro do vestiário agora. O placar foi um placar de América, mas a performance a gente pode melhorar, e vamos procurar melhorar isso a cada dia, dando moral para eles, também com estatísticas, com os números, com os vídeos, mostrando onde que a gente pode ali estar melhorando. Mas eu estou bastante animado e bastante feliz com a resposta que eles deram apenas em uma semana de trabalho.

Mais de uma semana para a final do turno
Isso é bom e às vezes também... Clássico é clássico. Acho que está tudo aberto, está tudo em aberto. Acredito eu que aquela equipe que não entrar focada e que entrar errando vai perder. O clássico geralmente ganha quem erra menos. Então eu espero que a nossa equipe esteja tão concentrada quanto estava lá em Brasília, ainda mais concentrada que estava hoje, e que a gente possa fazer um bom jogo e possa dar um turno ao nosso torcedor e ao clube. Daria calendário, seria... Agora vamos para a terceira missão. As duas missões primeiras já foram cumpridas. Vamos para a terceira agora.

Sem resistência

Não se pode nunca menosprezar uma vitória por goleada. Nunca. Não é essa a intenção do título. E nem poderia ser, visto que o ASSU teve uma chance de ouro na velha cochilada pelo meio da zaga americana logo no início do jogo e não aproveitou (foi tão rápido que nem vi o número do autor da façanha de se enrolar com a bola de frente para Ewerton).

A falta de resistência é para o futebol do ASSU mesmo. Eu já havia visto a equipe num 0x0 horroroso com o Santa Cruz. Hoje o time não mostrou a menor capacidade de resistir ao ímpeto do América, ainda que o próprio América não tenha feito uma partida de encher mesmo os olhos.

Mas o tal do Adriano Pardal está numa fase mágica. Não só jogando muito, mas com um sangue frio de artilheiro assustador. Hoje ainda mostrou que a sorte aparece para quem tem competência. No primeiro gol, a bola simplesmente lhe procurou. Apareceu ali, prontinha para ele encaminhá-la para as redes e acabar de vez com qualquer resquício de resistência do ASSU.

Achou pouco e, numa assistência de Tony, Pardal despachou mais uma encomenda para o gol do Camaleão do Vale. 

Com 2x0 o time pareceu não querer mais jogo, uma característica neste início de temporada.

Somente no 2.º tempo, depois de um bonita troca de bolas desse ataque insinuante, num erro de Hiltinho, Adenilson pegou a sobra e marcou um bonito gol. 

E Diego entrou no lugar de Hiltinho e já correu para marcar o 4.º gol. 

O time até tentou atender aos gritos da torcida de "Mais um", mas a condição física cobrou a conta.  

Agora deixem-me ressaltar algumas coisinhas. Uma delas, a torcida do América ensaiou vaiar a equipe que vencia por 3x0 por entender que ela não estava se esforçando o suficiente para conquistar o 1.º lugar no turno. Sei que a apresentação passou longe de ser vistosa, mas esse nível de exigência da torcida do América já está passando dos limites do razoável. Antigamente, o problema era perder. Depois virou empatar. Agora nem vencer por placar elástico resolve mais.

Outra coisa, quantos passes por jogo Hiltinho precisa errar ou quantos contra-ataques para o adversário ele precisa proporcionar para começar um jogo no banco? O início de temporada dele ainda não mostrou o Hiltinho que todo mundo conhece. Deve ter acertado algo em torno de 10% dos lances. Vir do banco pode ajudar nisso. Mas é bom ressaltar que, segundo o pessoal da Rádio Esportes Brasília, ele reclamou da substituição no jogo contra o Sobradinho. Não vi reclamação hoje.

Sobre Ewerton, um conselho precisa ser passado urgentemente para seu próprio bem. Hoje em 3 lances ele deixou para dar um chutão para frente com o marcador já mordendo suas canelas. Isso pode resultar num acidente ou mesmo dar espaço para um jogador mal intencionado lhe causar uma lesão grave na hora do chute. Um segundinho antes e suas pernas seguirão incólumes.

No mais, uma vitória com tantas conquistas - ainda que o desempenho seja típico de início de temporada, cheio de oscilações - é para jogar o ânimo de todo mundo lá para cima. Agora é esperar o que Moacir vai preparar nestes 10 dias, no mínimo, para a final contra o ABC, que tem sido um carrasco impiedoso do América nos últimos anos. Mas é bom lembrar que um empate lhe basta, exatamente como na conquista da vaga inédita na próxima fase da Copa do Brasil no novo formato.

Podcast: Para definir

A última rodada do 1.º turno do estadual e suas possibilidades. 


Podcast hoje às 10h30

O Podcast sobre futebol vai ao ar um pouquinho mais tarde hoje - às 10h30.

Até lá.

Manchetes do dia (10/2)

A manchete do bem: Praia inclusiva: mergulhos que transformam vidas.

As outras: No RN, até 18% dos professores atuam fora de sua área, Criminalistas criticam pacote apresentado por Moro e Carnaval aquece varejo.

Bom domingo, minha gente! 

Fonte: Tribuna do Norte 

Today's headlines (2/10)

The headline for good: Unlikely partnership gives lawmakers hope for border deal.

The others: A tidal wave of mud, 'It's cold as hell': Inside a Brooklyn jail's weeklong crisis, and Nun's rape case against bishop shakes a Catholic bastion in India.

Good morning, everyone! 

Source: The New York Times 

sábado, 9 de fevereiro de 2019

De novo

O Podcast de sexta ficou mais uma vez adiado. Pior que acho que só vai rolar lá para quarta-feira, se der certo.

Aviso por aqui antes.

Falta muito

Fui agraciada com cortesias para acompanhar ontem o Luau com Anavitória no Beach Club.

Conheço pouco da dupla, como escrevi em Ode à leseira, sobre um filme que as duas estrelam.

De cara, fiquei me perguntando em que outro lugar do mundo um luau é marcado sem haver lua cheia...

No convite, esclarecia-se que os portões do local estariam abertos às 18h e que o show começaria às 19h. 

Saí de casa às 18h10 e peguei um trânsito infernal da Av. Engenheiro Roberto Freire até o Beach Club, na Via Costeira.

Sem conseguir me aproximar do local, estacionei o carro na Via Costeira mesmo, ainda antes do Hotel Vila do Mar, só para uma ideia do caos instalado.

Ao descer do carro, fui cumprimentada por um flanelinha me avisando que eu teria que pagar R$ 20 na hora para estacionar no meio da rua. Esse talvez seja o melhor retrato do Brasil: flanelinhas que cobram pelo nada.

Olhei para ele e disse que, naquele preço, eu ia voltar para casa para pegar um Uber. Ganhei o direito de pagar R$ 10 na hora e o resto na volta. Eu já sabia que ele não estaria ali na volta, mas fingi cair no conto e ainda perguntei se ele estaria mesmo ali.

Como nunca havia ido ao local para o show, imaginava encontrar o pequeno estacionamento do local disponível. Não estava. E ainda que estivesse não haveria a menor condição de eu chegar de carro até lá a tempo. Depois descobri que o Vila do Mar ofertava seu estacionamento por R$ 20. Pelo menos há quem processar em caso de dano/furto...

Cheguei a uma enorme fila para entrar às 19h02. Só entrei no local às 19h47. Nunca, absolutamente nunca passei por isso num show por absoluta incompetência de quem controlava a entrada. Nem Madonna, seja no Morumbi em São Paulo, seja na American Airlines Arena em Miami, só para citar dois públicos trocentas vezes maiores que o de ontem. Parecia haver um certo prazer da (des)organização em criar uma fila na frente. Há uma ilusão aqui em Natal de que isso atrai público. E a chateação aumentando para todos que ali estavam.

Para piorar para quem teve a mais incrível coragem de pagar preço de Teatro Riachuelo por um show ao ar livre e sem estacionamento disponível, cambistas passavam vendendo ingressos com preços bem mais em conta. E quanto mais a fila demorava, mais o preço caía. Começou em R$ 40/meia. Quando cheguei perto do acesso, a oferta já ia em R$ 20. Imagino a raiva de quem desembolsara mais de R$ 120.

É uma pena que natalenses se sujeitem a esse tipo descarado de exploração. Cobrar preço de Teatro Riachuelo para que as pessoas vejam um show que dá para acompanhar até do meio da rua e com sério risco de chuva sem que haja abrigo suficiente para todos é uma piada de muito mau gosto de quem entendeu que o Beach Club seria uma espécie de hot spot de Natal. E o inferno a que todo mundo foi submetido para entrar era típico de espetáculos gratuitos, não de um que tinha ingresso por mais de R$ 120!

Quando finalmente entrei, o calor fez o resto do serviço para uma enxaqueca que me atacava desde a saída de casa.

Pelo menos a dupla foi pontual. Elas haviam deixado escapar num vídeo que o show seria às 20h e exatamente às 20h ele começou. Ponto para elas.

Gostei muito do show, mesmo com tantos percalços. Ana e Vitória me mostraram ainda mais talento ao vivo. Não conhecia quase nenhuma das canções, mas gostei de todas.

O público reflete muito a realidade atual: muitos celulares para cima gravando vídeos. Uma pessoa à minha frente, quando não estava filmando, conferia mil mensagens em aplicativos. Ela chegou até a colocar Anavitória para tocar no Spotify?! Não entendi a necessidade do mundo virtual se o real estava ali, tão pertinho.

1h30, aproximadamente, de um show certinho, agradável, com um público que cantava todas as músicas. E outro ponto para a dupla: nada de frescura de guardar músicas para o bis. Que bis? Acabou, acabou. Tchau e bênção. Amei!

Certamente verei um show de Anavitória outras vezes. Porém, definitivamente onde o custo seja diretamente proporcional ao que é oferecido ao consumidor.  Ou seja, o Beach Club suba e desça e de mim esqueça. 

P.S.: quando voltei para o carro nem sinal mais de qualquer flanelinha que fosse. Ah, se tivéssemos uma cidade bem guardada pela polícia...

O caso Adalberto

Hoje o América lançou uma nota oficial para esclarecer o caso do zagueiro Adalberto, que, mesmo regularizado, não foi para o banco no jogo contra o Sobradinho .

"NOTA DE ESCLARECIMENTO

O atleta Adalberto foi contratado pelo clube por sua qualidade técnica e pelo bom desempenho que teve com a camisa alvirrubra enquanto a vestiu no ano de 2014.

Por estar atuando no Campeonato Carioca pelo Goytacaz-RJ, e apresentando um bom futebol, despertou interesse de outros clubes, inclusive do América, clube de sua opção.

Diante dos desfalques no setor defensivo, foi regularizado e viajou com o grupo para Sobradinho/DF, para a disputa da vaga na segunda fase da Copa do Brasil, contra a equipe local, de mesmo nome.

Foi feito um levantamento sobre as condições do jogador por parte da Supervisão de Futebol e constatou-se - o que até então desconhecido para o clube, até porque o atleta vinha em atividade - que o mesmo havia sido punido após exame antidoping que acusou substância proibida encontrada em uma medicação usada pelo zagueiro quando, ainda, atuava pela Linense-SP.

Com a informação, Diretoria e Comissão Técnica resolveram por não escalar o atleta que estará apto a voltar aos gramados no dia 10 de março. Até lá, Adalberto seguirá treinando sem ônus para o clube, conforme combinado com o profissional.

A qualidade técnica de Adalberto - que inclusive chegou com aval do treinador - é indiscutível, o que o credenciamento a voltar a vestir a camisa vermelha e branca.

A Direção."

Manchetes do dia (9/2)

A manchete do bem: TRT/RN arrecada cerca de R$ 44,8 milhões aos cofres da União.

As outras: Justiça considera legal uso do valor de mercado no cálculo do IPTU, FPE deve cair R$ 128 milhões e governo tenta fazer 'saldo' e Investigação da Receita Federal envolve ministro Gilmar Mendes.

Bom dia, minha gente!

Fonte: Tribuna do Norte