segunda-feira, 14 de maio de 2018

O que deu

Fui conferir o primeiro dia do Pint of Science lá no Mormaço. Com um tema sobre Neurolaw (algo como Neurociência aplicada ao Direito), me enchi de expectativa para os três expositores do tema.

Para não ferir suscetibilidades, vou citar a única que valeu a pena - Lia Bevilaqua, que já comanda uma aula de mesma temática na UFRN. 

Sua palestra foi muito enriquecedora. Trouxe notas sobre ondas cerebrais e seus estudos a respeito da possibilidade de apontarem autores de crime, por exemplo, em mecanismo muito superior ao velho polígrafo, ou detector de mentiras.

Lia não expôs sua opinião a respeito. Eu fiquei esperando um contraponto mais jurídico dos outros palestrantes. Fiquei a ver navios. Uma preferiu indicar filmes sobre formação de cultura. Outro dar dicas a advogados sobre acordos (Santa inocência, Batman!). Um verdadeiro descompasso! Fosse aula de História da professora Criselilda na Escola Doméstica, ela diria que estava uma colcha de retalhos.

Ainda aguentei ouvir a primeira pergunta dos espectadores, que mais parecia saída diretamente de uma mente inebriada, algo nem tão inimaginável considerando-se o ambiente. Em seguida, outra pergunta, desta feita parecendo saída diretamente de integrante de determinado partido político. Não aguentei esperar para perguntar a Lia. Minha paciência já havia se esgotado.

Sem erro mesmo é o kibe assado do Mormaço. Umas gotinhas de limão, uma mergulhadinha no molho de mostarda e 3 gotinhas de pimenta. Pronto, abrem-se as portas do paraíso. Se não gosta de kibe, experimente esse antes de fechar questão a respeito. E se combinar com uma Serra Malte bem geladinha (olha que sou adepta da água como melhor bebida) é sem erro.

O tema é interessantíssimo, mas infelizmente ficou esvaziado. Uma pena.

Fico na torcida para que o Pint of Science perceba que o ideal é que apenas um cientista exponha sobre o assunto. Os outros poderiam ser escalados apenas para debater o exposto anteriormente. O tempo seria melhor utilizado e o assunto, mais aprofundado. 

Começou

Depois de tantos anos acompanhando futebol, se tem uma coisa que me deixa aborrecida são essas mesas redondas para discutir convocação para a Copa do Mundo. Primeiro, pelo eterno monopólio do futebol. Ninguém debate convocação do vôlei, do basquete, da ginástica, etc..

Segundo, porque todo mundo tem uma reclamação a fazer. Os programas são mais voltados a apontar as ausências do que os acertos. E fazem disso um verdadeiro cavalo de batalha. Poucos apontam quem deveria sair para que o tal preferido entrasse. E quando apontam, terminam em mais um caso de seis por meia dúzia. Ora, o treinador deve ter seus motivos  para convocar X em detrimento de Y.

Sobre os selecionados de Tite, continuo achando que o Brasil tem um problema de safra. Há bons jogadores, mas os excepcionais mesmo... Além disso, foi-se o tempo em que poderíamos ter 3 ou 4 times nacionais que imporiam respeito aos outros. Hoje, já está difícil achar o time titular. Com contusões, a coisa piora e muito.

A favor de Tite, o profissionalismo com que se dedica ao cargo e a exata noção de que o melhor só é melhor se aceitar trabalhar duro como qualquer outro. Nada de "ele brilha e vocês correm". O desempenho tático também tirou leite de pedra desses convocados até aqui. Se mantiver a batida, a Seleção pode até jogar muito mais do que seus jogadores podem proporcionar e, a depender do grau de sorte (sim, ela faz parte também), o Brasil pode conquistar a tão sonhada 6.ª estrela na camisa.

Mas essas discussões sobre quem deveria ter sido chamado são chatas para dedéu.

Oportunidade

A suspensão de Flávio Carioca traz ao América a oportunidade de colocar Adriano Pardal na função em que tem melhor desempenho ultimamente: o falso 9.

Mas isso fica para o mundo ideal, não para o mundo de Ney da Matta, que não consegue nem substituir um esgotado Adriano Pardal, imaginem enxergar que ele não é mais atacante de beirada (será que um dia foi?).

Não vou me surpreender se surgir Felipe Manoel, pelo porte, na posição.

TV Mecão nos bastidores

Marcante

Imagem: Canindé Pereira/América

O meia Cascata atingiu contra  o Belo Jardim a marca de 150 jogos vestindo a camisa do América. Iniciando em 2008, o experiente jogador defendeu o Orgulho do RN em 6 temporadas (2008, 2013, 2015, 2016, 2017, 2018).

Declaradamente torcedor americano, Cascata falou sobre o momento ao site do América.

É com muito orgulho que visto esse manto e hoje completei a marca de 150 jogos por esse clube que conquistou meu coração e da minha família. Obrigado, Senhor, por mais essa bênção. Agradeço à diretoria e à torcida pela confiança no meu trabalho e principalmente aos meus companheiros, que batalham comigo dia-a-dia, e a todos os funcionários do clube que, com certeza, fazem parte da minha trajetória aqui.

Cascata estava em campo na conquista do último título do América, o título do centenário, e foi dele o passe para o famoso gol de cabeça de Flávio Boaventura que resultou na comemoração estilo voadora numa das bandeiras de escanteio do estádio Frasqueirão.

"No futebol, os gols acontecem por erro"

O técnico do América Ney da Matta deu entrevista coletiva após a vitória por 4x2 sobre o Belo Jardim.

Vitória suada
Vencer sempre é bom. Assim, nós sabíamos da dificuldade que é. Algumas  pessoas fizeram uma análise um pouco errada do adversário. O gramado lá foi prejudicial para as duas equipes. A iluminação também foi prejudicial para as duas equipes. A gente sabia que a gente ia encontrar dificuldade aqui. O time tem um sistema de jogo. Eles abandonam muito o setor para atacar e tem a deficiência para defender. E nós procuramos buscar os espaços, ocupar os espaços que eles estavam deixando.  E aí acabou a gente fazendo os gols.  Depois a gente tomou o gol de empate, mas não perdeu o equilíbrio. E acabou a gente fazendo a vitória. Parabéns para os jogadores. 

Empate que assustou 
No futebol, os gols acontecem por erro, por muito mais erro do que a competência de alguns jogos. Agora eu achei que nós relaxamos um pouquinho, deixamos o adversário crescer um pouquinho no jogo, distanciamos um pouco a marcação. Aí o adversário estava perdendo o jogo, se jogou mais no ataque ainda. A mudança que o adversário fez de tirar um do setor defensivo para colocar uma peça ofensiva acabou sobressaindo. Aí depois nós voltamos para o jogo de novo, equilibramos e a vitória veio, que era importante para nós.

Leozinho no lugar de Luiz Fernando como substituto de Cascata
Luiz Fernando entrou. Mas eu acho que no momento [saída de Cascata] não era para colocar ele ali. Luiz Fernando entrou naquele momento certo, para ajudar. Cascata está voltando de praticamente duas semanas sem trabalhar, sem jogar. Chegou o momento que a gente tinha determinado esse momento do jogo para ele e achamos melhor ele sair para dar lugar para o Leozinho. Leozinho entrou bem. Depois as duas mudanças também foram boas também.

3.° amarelo de Negretti e expulsão de Flávio Carioca
O grupo é um grupo bom. Lógico que a gente sente a ausência para não querer mexer. A gente não quer ficar mexendo muito na estrutura do time. A gente sente realmente, mas eu ainda não conversei com o Flávio, vamos conversar ainda.  Agora, depois, ele estava chateado porque é um jogador que não tem histórico de indisciplina. Eu achei que o árbitro jogou pesado demais em cima dele, mas a gente não pode tomar nenhuma decisão, falar alguma coisa sem realmente ouvir o Flávio ou ver os lances do jogo. A gente sente realmente para o próximo jogo. A gente tem uma semana para trabalhar. Os jogadores estão aí. Quem for substituir vai dar conta do recado.

Lucas Silva
Achei bem. Fugiu um pouquinho da característica dele. Estreia é um trem danado, é complicado, mas fugiu um pouquinho da característica dele. Eu acho que ele poderia ter explorado mais o que ele tem de bom, que é a velocidade dele.  Eu acho que ele veio muito para o um-dois e isso não é característica dele. Mas acho que ele vai crescer na competição. Ficou muito tempo parado. Terminou o campeonato pernambucano, ele ficou muito tempo parado e voltou agora, duas semana trabalhando. A gente achou melhor colocar ele, tanto é que foi bem algumas vezes no jogo, mas é coisa para se corrigir aí.

Série C 18: Globo x Santa Cruz às 21h15

Local: Estádio Barrettão (transmissão ao vivo para todo o Brasil pelo Esporte Interativo)

Globo (4-4-2): Wellington, Geovane, Victor Souza, Alexandre, Diego; Reinaldo, Galiardo, Jean Natal, Vanger; Romarinho, Max. Técnico: Fernando Tonet.

Santa Cruz (4-3-3): Tiago Machowski, Vítor, Augusto Silva, Sandoval, Henrique Ávila; Charles, Carlinhos Paraíba, Geovani; Robinho, Jeremias, Halef Pitbull. Técnico: Paulo César Gusmão.

Árbitro: Wanderson Alves de Sousa (MG)
Assistentes: Felipe Alan Costa de Oliveira (MG) e Magno Arantes Lira (MG)

Destaques do Globo
Reinaldo - experiente.
Romarinho - bom na movimentação e na finalização.

Destaques do Santa Cruz
Carlinhos Paraíba - bom na movimentação e na finalização.
Halef Pitbull - atacante que não perdoa.

Prognóstico: o Globo (8.°) tenta se aproveitar do mando de campo e dos desfalques do Santa Cruz (7.°) para interromper a sequência ruim. Empate.

Série C 18: Luverdense x Volta Redonda às 20h30

Local: Estádio Passo das Emas

Luverdense (4-4-2): Diogo Silva, Itaqui, Pablo, Kaique, Paulinho; Moisés, Gerson Sodré, Ariel, Rafael Silva; Tiarinha, Paulo Renê. Técnico: Luizinho Vieira.

Volta Redonda (4-4-2): Douglas, Martini, Lucas, João Guilherme, Diego Maia; Bruno Parra, Pablo, Mauro, Lopes; Romarinho, Jullian. Técnico: Marcelo Salles.

Árbitro: Felipe Duarte Varejão (ES)
Assistentes: Katiúscia Berger Mendonça (ES) e Leonardo Mendonça (ES)

Destaques do Luverdense
Diogo Silva - experiente.
Rafael Silva - esperança de gols.

Destaques do Volta Redonda
Romarinho - bom na movimentação e na finalização.
Jullian - esperança de gols.

Prognóstico: o Luverdense (9.°) tenta uma recuperação. O Volta Redonda (6.°) aposta nos contra-ataques. Empate.

Manchetes do dia (14/05)

A manchete do bem: Cientistas vão a bares para debater pesquisas com o público.

As outras: Após altas e baixas, criptomoeda trava e exige fim do amadorismo, Com cara de butique, sex shops se reinventam e dão cursos e Governo contraria polícia ao celebrar PM que matou ladrão.

Bom dia a todos!

Fonte: Folha de S.Paulo

Today's headlines (05/14)

The headline for good: Iraqi voters, freed from war, focus on struggle of daily life.

The others: Xerox, under activists' pressure, calls off merger with Fujifilm, In New York high schools, the sound of music is muted and China last cave dwellers fight to keep their underground homes.

Good morning, everyone!

Source: The New York Times