segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Desafiador/Challenging

Uau! Fui conferir as estatísticas exclusivamente dos Podcasts e me assustei ao ver que já foram mais de 2.000 reproduções. 

Os Podcasts americanos sempre me atraíram por seu caráter intimista, de bate-papo mesmo, e com temas bem variados - desde ajuda sentimental até discussões políticas. Sonhava em fazer algo do gênero e decidi conciliar essa atividade com o Só Futebol? Não!. E, pelo jeito, vem dando certo alimentar essas duas paixões: escrever e falar.

É desafiador falar ao vivo, sem direito a correções de português/inglês, com pautas livres, leves e soltas e sem o imediato feedback dos interlocutores. Vocês não fazem ideia das vezes que me corrijo ao analisar o que acabei de publicar. Mas para quem gosta de desafio, são justamente os erros que servem de combustível para tentar melhorar e acertar a cada nova empreitada.

Faço com carinho tanto o Só Futebol? Não! como os Podcasts. E agradeço imensamente a cada um dos que se juntam às discussões ainda que apenas no silêncio da leitura e/ou audiência. Muito obrigada!

Wow! I decided to take a look at the statistics of the Podcasts and it freaked me out when I saw more than 2,000 plays.

I have always been attracted by American Podcasts for their intimacy appeal, as a real chat, about a wide and varied selection of subjects - from relationship help to political discussions. I dreamed about doing something like that and so I decided to deal with both activities at the same time: blogging and Podcasting. So far feeding these passions (talking and writing) has been doing well.

Talking live, without the chance of correcting Portuguese/English mistakes, with no strings attached when it comes to subjects, and without the immediate feedback from interlocutors is challenging. You have no idea how many times I correct myself after analysing what I have just published. But if you like challenges, those mistakes represent the fuel you need to try to get better and make things right next time.

Só Futebol? Não! and the Podcasts are made with love. I do thank each one of those who join the discussions, even though they do it in silence, just listening or reading what I publish. Thank you very much!

Falou mais

Na entrevista à Tribuna do Norte (página 4 do caderno Esportes da edição de domingo), o jogador Thiago Potiguar ainda falou mais coisas. Confira o teor das outras respostas do meia:

Negociação com o América
Tenho contrato até novembro. Ainda não conversei com a direção, mas tenho interesse de ficar, porque tenho um carinho enorme pelo América. Falta conversar e saber como vai ser financeiramente, porque sei das dificuldades do clube e o Beto Santos, é o único que está colocando dinheiro no América e vamos ver se as conversas vão encaixar para que eu possa permanecer para o ano que vem.

Rebaixamento
O que estamos passando é uma situação que ninguém esperava. Quando fizemos o planejamento no início da competição, nosso pensamento era de classificar a equipe e conquistar o acesso. Fiquei muito triste pelo que aconteceu. Nosso time tinha todas as condições de classificar. Nosso rebaixamento não se deu na derrota para o Remo [na verdade, empate em 0x0] e sim nas duas partidas em casa, contra Cuiabá e Confiança. Não imaginávamos nunca perder aqueles dois jogos atuando em casa. Sou torcedor do América, sempre fui. Falei que era derrotado, porque sei que no futebol, só é lembrado quem é vencedor. Com derrota, você fica muito a desejar nos clubes. A situação do América ficou feia. Iremos ficar marcados para sempre na história do clube.

História no América
Imaginava fazer uma história bonita e consegui fazer [refere-se ao título do centenário]. Sei o que lutei para defender o América. Era um sonho meu vestir a camisa 10 desse clube, que Souza já vestiu. Infelizmente, vou levar esse rebaixamento e não pude conquistar o acesso para a Série B, que era o sonho do nosso torcedor. Fui feliz em poder vestir a camisa do América e espero poder ficar aqui.

Lúcio
Sinceramente, não gosto nem de falar no nome desse cara. Foi uma pessoa que vi que ele não estava querendo ajudar o América. Convivi com ele e sei como ele era. E não foi só eu, outros jogadores que já atuaram com ele, falaram as mesmas coisas. Ele se preocupava muito com Diá e deveria se preocupar mais em jogar bola, que ele é um bom jogador. Ele estava no clube porque todo mundo confiava nele e era ídolo da torcida. Mas, ele passou muito tempo parado e tinha situações que muitos não concordavam, mas não falavam. Por isso me afastei. Ele queria jogar na minha posição, na meia, mas nunca vi o Lúcio jogar de meia [jogou 2012 inteirinho assim] e pedia para eu jogar no ataque. Depois, fiquei sabendo que ele queria jogar na minha posição. Teve um jogo em que o Diá ia tirar o Luiz e ele pediu para me tirar, para poder jogar de meia. Com essas atitudes, será que ele queria o bem do América? Se quisesse, não queria "derrubar" jogador. É muito fácil jogar os outros contra a torcida.

Briga entre Cascata e Flávio Boaventura
Eles são praticamente irmãos. Em um jogo, que não foi a final, Cascata foi cobrar de Boaventura nos vestiários e eles acabaram discutindo e isso chegou ao presidente de uma maneira completamente diferente. Aconteceu uma reunião e ficou tudo resolvido. Eles são amigos de muito tempo, de outros clubes e estavam sempre brincando. Em relação a ter grupos divididos, nunca existiu isso. Nos dois anos que passei no América, não tinha grupos no elenco. Mas, no futebol, quando você perde, sempre existem essas histórias. Perdemos dentro de campo e não fora. O elenco de 2015 era muito amigo. Sempre estávamos juntos, nossas esposas são amigas.

Conselho para o presidente
Que ele visse onde errou, que ele sabe, tem a consciência disso e que contrate uma pessoa experiente para trabalhar com o futebol. Que continue sendo esse presidente que honra seus compromissos, mas, precisa ver também que tem pessoas ao redor dele que não vão muito com ele. Tenho certeza que ele tem futuro como presidente, porque ele quer ajudar o clube. Se não fosse ele, o América estaria em uma situação muito pior. Não é todo clube que paga em dia. Espero que ele consiga colocar o América na série B, que é o lugar que o clube merece.

Espaço de discussão

Desde que criei o Só Futebol? Não! sempre tive a intenção de que este fosse um espaço aberto à discussão. E assim tem sido. Sempre que tenho algo interessante em mãos, não me furto a compartilhar por aqui, ainda que a opinião não seja necessariamente a minha. 

E é com esse espírito que publico agora, exatamente como me foi enviado, texto de autoria de Lucas Aredes, consultor de futebol que recentemente assumiu o cargo de gerente de futebol do Alecrim com a missão de recolocar o Verdão no caminho de sua grandeza centenária. 

Apenas matemática
Por Lucas Aredes

A famosa matemática tem sido o desafio de vários clubes no Brasil, a relação faturamento x despesas tem pesado em muitas balanças sem uma gestão eficiente.

Quando não se direciona todos os recursos iniciais a um cronograma de planejamento, os investimentos tende-se a sofrer com o numeral de seu fluxo, resultando em um efeito cascata negativo, ou seja, quando um clube não tem uma gestão eficiente em seus recursos não irá conseguir sustentar a necessidade de seus movimentos financeiros durante a temporada, passando a usar o que não se tem para corrigir os erros de suas operações e tentar refazer os mecanismos.

Um exemplo desse mecanismo está ligado a contratações de atletas, uma equipe comum com 25 atletas com mudanças em até cinco peças não teria o seu planejamento afetado, mas essa situação não seria a mesma no que se refere a uma reposição de 70% das peças iniciais, na maioria das vezes devido às péssimas contratações, seu fluxo estaria aumentado e ainda teria que lidar com o desgaste financeiro de todo processo. Por isso é comum no Brasil encontrarmos um elenco que iniciou a temporada com 28 atletas, mas no final da temporada teve a movimentação de mais de 50 atletas e não obteve êxito em seus resultados.

Podemos concluir que no futebol, os recursos financeiros não aceitam erros em grandes proporções, se não tiver qualidade para gerenciar poderá gerar prejuízos, não apenas financeiros, mas também dentro de campo. Por isso estamos vendo grandes visitando séries inferiores.

Já em Natal

Com treino marcado para as 18h40 de hoje na Arena das Dunas (os 10 mil ingressos desse treino esgotaram-se em menos de 3 horas), parte da Seleção Brasileira já chegou a Natal.

O técnico Tite e sua comissão, os goleiros Weverton (ex-América) e Alex Muralha, o zagueiro Gil, o lateral direito Fagner, os volantes Paulinho e Rafael Carioca e os meias Renato Augusto e Lucas Lima já estão em Natal.

Os jogadores que atuam na Europa chegarão na tarde de hoje a Natal num voo fretado a partir de Londres, a tempo de participarem do treino na Arena.

O último a se apresentar será o atacante Gabriel de Jesus, que chega na terça-feira, vez que joga pelo Palmeiras contra o Santa Cruz, em Recife, hoje à noite.

Série C 2016: Juventude x Fortaleza às 19h15

Local: Estádio Alfredo Jaconi (transmissão ao vivo para todo o Brasil pelo EI MAXX)

Juventude (4-4-2): Elias, Neguete, Klaus, Ruan, Pará; Wanderson, Bruninho, Romarinho, Wallacer; Roberson, Hugo. Técnico: Antônio Carlos Zago.

Fortaleza (4-5-1): Ricardo Berna, Felipe, Edimar, Lima, William Simões; Juliano, Corrêa, Daniel Sobralense, Rodrigo Andrade, Everton; Anselmo. Técnico: Hemerson Maria.

Árbitro: Ricardo Marques Ribeiro (MG)
Assistentes: Sidmar dos Santos Meurer (MG) e Marcus Vinícius Gomes (MG)

Destaques do Juventude
Elias - tem dado conta do recado.
Roberson - bom na movimentação e na finalização.

Destaques do Fortaleza
Ricardo Berna - experiente.
Anselmo - atacante que não perdoa.

Prognóstico: o Juventude aposta em muita marcação contra um Fortaleza motivado pela estreia de um novo técnico. Empate.

Antes de morrer

Já entendiada de tanto mimimi nas redes sociais porque candidato tal foi eleito e candidato qual ficou de fora Brasil afora, comecei a zapear pela TV. Normalmente, leio. Mas uma dor de cabeça não me deixava chegar nem perto de jornal, revista ou livro.

A TV no domingo não é fácil. A partir de uma certa hora, temos uma dúzia de canais esportivos falando sobre a mesma coisa: Série A. Até os canais que não transmitem o campeonato, e sim outros, falam da Série A. Triste.

Nos canais de notícia, eleições. Adoro, acompanho, mas depois de um dia inteiro, nem os que comentam aguentam mais. 

Resolvi passar pela HBO, a tempos preterida em nome da Netflix. Na verdade, parei no MAX. Antes de Partir com Jack Nicholson e Morgan Freeman. Assisti no cinema há uns 10 anos. Quem resiste a um filme com esses dois super atores?

A história fala da improvável amizade entre um mecânico e um milionário, irmanados na situação de estarem com os dias contados.  Um deles retoma um exercício de uma aula de filosofia: produzir uma lista de coisas que gostaria de fazer antes de morrer (The Bucket List, a lista do balde - "chutar o balde" é expressão em inglês que significa morrer, semelhante ao nosso "bater as botas" - título original do filme).

Mais eu não conto porque não quero estragar o programa de quem um dia quiser ver o filme.

Só que eu fiquei pensando se eu teria uma Bucket List... Não consegui pensar em nada tão urgente. Talvez porque não saiba quando vou morrer. Aliás, a vida seria muito difícil se todos soubéssemos exatamente quando seria o nosso fim. Já pensaram na falta de freios dos que soubessem ser aquele o último dia? Poderiam até se tornar violentos!

De todo jeito, fiquei com isso na cabeça. Acho que vou tentar produzir uma Bucket List. Se algum dia der certo, falarei a respeito.

domingo, 2 de outubro de 2016

Thiago Potiguar falou

Ao contrário da diretoria americana e do técnico Diá, o jogador Thiago Potiguar passou a semana dando entrevistas a respeito do fracasso do América em 2016. Foram várias as entrevistas. A primeira delas ainda em campo: ele chorou ao ver um pai e sua filha chorando após o rebaixamento do América. Depois, foi convidado por Camila Dantas para o seu canal no YouTube. E várias outras. Destaco agora alguns trechos da entrevista publicada neste domingo na página 4 do caderno Esportes da Tribuna do Norte. Vale a pena comprar o jornal  (R$ 3,00) para conferir a íntegra da entrevista. Seguem alguns trechos exatamente como foram escritos:

"A excessiva troca de treinadores no ano atrapalhou no planejamento?
Atrapalha sem dúvida. O presidente sabe onde errou. É complicado o treinador perder três partidas, ser mandado embora  trazer outro técnico. Quando chega, muda jogador, uns ficam chateados, outros são mandados embora e contrata mais atleta. Isso atrapalha demais. E quando um jogador é mandado embora, quem fica, sente a saída do amigo.  O que influenciou bastante foi a mudança do treinador, de jogadores. Tem atleta que não tem compromisso com o clube.

Teve isso no América, de jogador não se importar com o momento do clube e só querer o dinheiro?
Teve sim e foi até o Diá que trouxe ele para o América. Veio da Paraíba e sempre entrava nas partidas. Mas nunca conseguiu mostrar em campo o que o treinador esperava. Com isso, parou de ser aproveitado e deixou de treinar, inventou uma contusão no joelho e foi jogar futebol amador. Deixou o clube e foi criticar Diá, mesmo tendo sido atleta dele em outros clubes. Nós mesmos, jogadores, tentávamos mudar o pensamento desse atleta e uma vez ele respondeu: 'treinar para quê, se estou recebendo em dia?' e isso acaba deixando você chateado. Mas não podemos fazer nada porque somos empregados do clube. Não podíamos obrigar o companheiro a correr. 

Faltou apoio da direção em alguma situação para vocês?
Faltou um pouco mais pressão da direção, um puxão de orelha, cobrar mais da gente. É difícil para uma pessoa como Beto Santos entrar em uma situação nova, sozinho. Ele assumiu o América em uma situação muito crítica financeiramente. Tiro meu chapéu para o presidente, porque pegar um clube com problemas financeiros e pagar em dia é difícil de acontecer. Ele tinha razão em ficar chateado quando via o time perder e tirar do próprio bolso para não atrasar salários. Acho que faltou mais apoio para o presidente, uma pessoa mais experiente junto com ele. Fomos para a final do Estadual sem treinador.

Vocês jogadores fizeram greve na semana antes da final?
Não existiu isso, de forma nenhuma. Por isso digo que o presidente sabe onde errou. Não tem como ir para uma final, seja de turno ou de campeonato, sem um treinador. E o ABC tinha um treinador experiente, muito conhecido e inteligente. Não coloco culpa no Moura ou na comissão técnica. Não tivemos uma postura de time na final. Sem treinador, não tem comando e o Moura não tem essa experiência e o Geninho sabe toda a malandragem do futebol. Faltou treinador e foi isso o começo dos problemas.

(...) 

Como era o convívio com Diá?
Muita gente criticou porque Diá não falava com os jogadores. Ele sempre me elogiava nas entrevistas, mas no dia a dia ele não falava comigo e isso não me incomodava. Eu queria era jogar, não queria saber se o técnico falava comigo. Queria ajudar o América. Mas, alguns jogadores ficavam chateados com isso. Cada treinador tem a sua opção e os atletas estavam recebendo em dia, então, não tinham motivos para se chatear. Isso incomodou muito, mas Diá não teve culpa.

O elenco do América ficou dividido depois das chegadas dos jogadores do Globo e Campinense?
Uns não gostaram. Para mim, ajudando o América, a tirar o time daquela situação, batia até palmas para eles. É complicado lidar com o ser humano. Os caras que chegaram ajudaram bastante, mudaram o jeito do time de jogar. Quem perde a vaga, fica chateado. Quando o Sérgio China chegou, perdi espaço, fiquei chateado, mas não briguei com o treinador. Técnico você tem que respeitar. Por isso que a troca de treinador é complicado. Muda técnico, muda jogador e alguns ficam chateados por que perdem a vaga no time, mas isso é normal.

Começar a temporada com o Aluísio Morais foi um erro da direção?
Engraçado é que ele foi um dos que mais vitórias conquistou. Acho que ele saiu porque a torcida não gostou dele. Realmente, algumas coisas dentro de campo não davam certo e isso prejudicou. Ele foi jogador e se tornou amigo dos atletas e deixou a desejar no comando, porque nós fazíamos o que queríamos dentro de campo. Mas, era uma pessoa sensacional para trabalhar. A torcida foi a culpada pela saída dele."

Tenho muito respeito por Thiago Potiguar, mas dizer que a torcida foi a culpada pela saída de Aluísio Guerreiro foi demais. Se a torcida fosse ouvida, ele nem teria vindo. O Guerreiro caiu porque a diretoria não tinha um pingo de convicção no trabalho dele. Aliás, até hoje, ninguém sabe quem foi que surgiu com tal nome para treinador de um clube que deveria lutar pelo bicampeonato estadual, por classificação na Copa do Nordeste e na Copa do Brasil e pelo acesso à Série B. 

Podcast: Muda ou não muda?

Eleições municipais, quartas de finais da Série C 2016 e o futuro do América. 


Democracia com emoção

Desde que me entendo de gente eu acompanho minha mãe na hora de votar. São anos e anos votando exatamente no mesmo local. Também são anos e anos sempre votando pela manhã. Cumprir logo a obrigação dá uma enorme sensação de alívio, especialmente para gente ansiosa.

Sei que há muita gente que encara a hora de votar como uma terrível obrigação. Eu não. Talvez por ter nascido numa ditadura. Talvez por ter visto ainda muito pequena o enorme desejo da população de poder novamente eleger seus representantes. Não sei. O que sei é que acho o dia de votar muito especial, ainda que na maioria das vezes os meus escolhidos não sejam eleitos.

Para mamãe este também é um dia especial. Há alguns anos o ritual é o mesmo: assim que finaliza o seu voto, ela enche os olhos de lágrimas. E eu, muito solidária que sou, ao ver a cena, também me emociono.

Acho lindo. Sei que muita gente fica torcendo para chegar logo à idade de não ser mais obrigada a votar. Meu avô era assim. Não é o caso de mamãe. Nem o meu. Ainda que a democracia não seja lá essas coisas todas aqui no Brasil, ainda assim é o melhor sistema que temos. E não suporto a ideia de deixar que outros decidam por mim os destinos deste país.

Desejo a todos uma votação tranquila e que todos possam sentir essa mesma emoção com a democracia. Afinal, de vale viver sem emoção?

sábado, 1 de outubro de 2016

Podcast: A special week

The exciting week Natal is going to have starting this Sunday.