Eis uma expressão muito utilizada para designar algo que parece não bater com a realidade. Homem ou mulher que não enxerga a traição do(a) companheiro(a)? Coisa de novela. Familiar que vive de explorar a família? Coisa de novela. Filho(a) que mata os pais? Coisa de novela.
De uns tempos para cá, passei a não mais dizer isso. Leia as perguntas novamente. Você não consegue ver nenhuma história real que se encaixa nas coisas de novela?
Há algumas décadas o Brasil amanheceu estarrecido com a morte de uma atriz. Ao longo do dia, descobriu-se que ela havia sido assassinada por seu companheiro de tela. Rejeitado na ficção, o cara empreendeu o assassinato da atriz por ciúmes da esposa. Coisa de louco!
Hoje o choque se repetiu. Não por um assassinato, mas por uma morte estúpida. Um ator morre afogado no rio em que seu personagem havia sido dado como morto semanas antes. Morreu após gravar a última cena da novela. Sua companheira de tela participou de seus últimos e desesperadores momentos. Um terror!
A arte imita a vida ou a vida imita a arte? Difícil determinar. Mas não ouso mais classificar coisa alguma que pareça fantasiosa como coisa de novela. A realidade insiste em provar o contrário.