O que seria de nós sem o calendário? Sem as horas, os turnos, os dias, as semanas, os anos? Ah, os anos...
Essa troca de folhinha no calendário é o mais inteligente e belo truque da humanidade. Truque, porque dizem que mágica não existe, mas podemos chamar de mágica ou magia. Essa mera troca de números tem a enorme capacidade de nos encher de esperança num futuro melhor.
Não deu certo perder peso? Agora vai. Aquela economia para trocar de carro ou fazer uma viagem? No novo ano tudo se acerta. Prometemos dar mais valor à vida. Também prometemos não deixar o ano voar assim, sem prestarmos atenção. Ficaremos mais saudáveis, sendo as ceias de fim de ano as últimas tentações admitidas. Todos nos empenharemos bem mais, seja no trabalho, seja nos estudos. Enfim, o ano novo representa tudo de bom em nossas vidas.
O ano que termina também já viveu seus dias. Hoje não tenho mais aquela pressa de que o ano acabe logo. Tento apreciar cada segundo que resta, apesar de adorar esta época do ano justamente por esse espírito coletivo de bons fluidos. No balanço de tudo, termino 2015 com sentimento de gratidão até pelos percalços.
Em poucas horas chegará 2016. Que seja um ano de paz. Que olhemos um pouco mais para o outro como ser humano, não como instrumento para atingirmos fins egoístas. Que as religiões unam; não separem. Que possamos abraçar bem apertadinho. Que possamos viver; não apenas sobreviver.
10..9...8...7...6...5...4...3...2...1... Feliz 2016!