terça-feira, 8 de abril de 2014

Miami e Orlando - 1.ª parte

Já estou devendo um relato de algumas das alegrias e agruras da viagem que realizei em janeiro-fevereiro para Miami e Orlando nos Estados Unidos. Sobre passaporte e visto falei em outro post ainda no meio do ano passado. Agora é hora de falar da viagem em si, com pequenas dicas e macetes.

Primeiro, essa é de longe a melhor época para conhecer os parques temáticos. Apesar de arriscar pegar um dia bem frio (frio abaixo de zero!) e de dar de cara com algumas atrações fechadas para manutenção, a tranquilidade impera. No verão, algo em torno de 100 mil pessoas passam diariamente por um parque desses. As filas costumam levar a uma espera de mais de uma hora em cada atração. No inverno, época indicada, a média cai para cerca de 10 mil pessoas. É possível terminar um parque inteirinho (impensável no verão americano) até as 16h.
                                          Malas na ida
Comprei minha passagem 10 meses antes diretamente no site da TAM. Saída de Natal no meio da tarde rumo ao Rio de Janeiro e de lá rumo a Miami, com chegada às 4h40 da madrugada. Tempo suficiente para aproveitar o dia inteiro, mesmo ainda tendo que passar pela imigração e pela alfândega e viajar até Orlando de carro. Sai mais em conta comprar diretamente com a companhia aérea do que nas agências de viagem.

O problema foi com o avião da TAM. Voo marcado para as 15h35. Cheguei no aeroporto por volta das 12h30 (não gosto de atropelos para viagens aéreas). Fiz check-in, mostrei passaporte com visto, conversei com os companheiros de viagem e todos que nos acompanhavam para despedidas, chorei, ri, comi, bebi, e esperei. Esperei, esperei. 16h e nada. 17h, embarque autorizado. Piloto liga as turbinas e... nada do avião pegar a velocidade devida. Depois de muito se arrastar na pista, o avião retorna ao local do embarque. Aviso do piloto de que a aeronave apresentou o mesmo defeito que atrasara a autorização para embarque dos passageiros. Esperei, esperei. 15 minutos depois o piloto informa em português que a espera demorará em torno de 1 hora e que por isso devemos esperar na sala de embarque mesmo. Detalhe: em inglês, ele informou que a espera seria de 1 hora e meia. Desrespeito!

Descemos. Ninguém sabia para onde nos mandar. Eu e meus companheiros de viagem fazíamos as contas para saber se já havíamos perdido a conexão no Rio para Miami. Perguntamos a um funcionário, que não soube responder. Voltamos por conta própria para a sala de embarque original (1.º andar) e perguntamos a outra funcionária da TAM. Ela nos segredou que a conexão já estava perdida e nos mandou descer rapidinho para o balcão do check-in para remarcar nosso voo. O segredo era porque a TAM simplesmente não havia reconhecido que o voo estava cancelado. Pode uma coisa dessa?

Pois bem. Descemos e descobrimos que só teríamos voo para Miami indo para Guarulhos. Sairíamos por volta das 0h30 e ainda aguardaríamos mais de 5h para enfim embarcarmos para Miami. Um enfado sem tamanho, afinal foram mais de 24h entre aeroportos e voos. Somente às 16h (horário local) chegamos a Miami (18h em Natal), 12h horas depois do planejado.

Mais uma hora de imigração e alfândega e... descobrir o rumo no imenso aeroporto de Miami. Imenso mesmo. É preciso pegar um metrô para chegar ao estacionamento. Várias salas de embarque. Muuuuitas lojas... Bem, chegamos a Alamo (melhor preço de locação pela CVC), contratamos algumas coisinhas extras e fomos pegar a van que nos esperava. Estão todas lá no estacionamento sem nenhuma fiscalização e com as chaves na ignição. Estranhíssimo para quem é brasileiro, né? Descobrir para que lado sair do estacionamento é outra novela ante o tamanho das ruas e avenidas de Miami. Mas tudo deu certo. Enfim, rumo a Orlando. Mas essa parte fica para um novo post.
          Fabrício, eu e Janaina e a nossa van (Dodge Grand Caravan)

Fabinho precisa voltar ao meio de campo

Ok. Leandro Sena utilizou inúmeras vezes (com sucesso) Fabinho na ala direita invertendo com Norberto. Oliveira Canindé também. Mas chegou a hora de trazer o jogador para sua posição de origem. Fabinho é um verdadeiro coringa, sonho de todo treinador. Ele encara qualquer posição no meio de campo e ainda a ala direita. Mas é inegável o alto rendimento do jogador como volante. Ali ele aparece como elemento surpresa tanto na ala direita, como no setor esquerdo do ataque. Difícil de ser marcado pelo adversário.

O problema é que Oliveira Canindé cismou de colocar Fabinho preso na ala direita. Nada de elemento surpresa: Fabinho passa o jogo fadado àquela faixa de campo - tremendo desperdício de seu talento. Isso para não falar da ausência de Wálber, que também aparece bem como elemento surpresa no meio e chutando para o gol. Até marcou gols decisivos assim neste ano. Mas Oliveira insiste em deixá-lo no banco para prender Fabinho pela direita.

Alguém vai dizer: mas o time está 100% sob o comando dele. Sim, mas essa onda de Fabinho, além de recente, mostrou todo seu malefício no clássico. Sem a ala esquerda (Alex Barros até agora revelou-se mais fraco do que a fase ruim de Rai), a ausência da dupla Wálber e Fabinho pela direita (cada um na sua, mas surpreendendo em dados momentos) prendeu demasiadamente o time americano que enfrentava um adversário sem a menor condição de fazer outra coisa que não fosse se retrancar.

Acrescente-se que o América tem 3 laterais direitos (Wálber, Marcelinho e George  Lucas), o que só demonstra o tremendo desperdício do talento de Fabinho com essa improvisação.

Se Oliveira Canindé quer mesmo improvisar, que o faça onde se afigura necessário: na esquerda. Coloque Thiago Dutra no lugar de Alex Barros. Ou Denner. Ou Adalberto, se o zagueiro já tiver saído do DM. Ou escale outro atacante por ali, como Adriano Pardal. Mas não mate o que o América sempre teve de melhor nas últimas temporadas.  

Faltam 65 dias para a Copa 2014

O que pode surgir da mistura de Jennifer Lopez, Pitbull e Cláudia Leitte? Eis uma das músicas da Copa 2014, We Are One:

segunda-feira, 7 de abril de 2014

Faltam 66 dias para a Copa 2014

Ballack, grande destaque alemão das últimas copas, falou em entrevista ao FIFA.com, dentre outras coisas, sobre a expectativa para a Copa 2014. Ele revelou que virá para o Brasil para trabalhar como comentarista da ESPN durante o mundial. Confira trechos dessa entrevista: 

"Em poucos meses será realizada a Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014. Quais são as suas expectativas para um Mundial em um país tão entusiasmado pelo futebol?
As expectativas são de um ótimo futebol, de um país-sede fantástico que transporte para todo o mundo a sua animação e a sua forma de viver o futebol. Os brasileiros são um povo muito apaixonado, para o qual o futebol tem uma importância extrema. Por isso, podemos esperar uma Copa do Mundo fantástica. Quem vive o futebol mais do que os brasileiros? Sendo assim, acredito que podemos aguardar o torneio com bastante euforia.
Em 2006 você foi o capitão da seleção alemã. O que significa para um jogador disputar uma Copa do Mundo em casa?
É algo que depende da pessoa. É difícil preparar a equipe minuciosamente, porque quando chega a hora não é possível simular previamente uma situação assim. Muitos jogadores estão acostumados a jogar em alto nível. A seleção brasileira também conta com alguns dos melhores jogadores do mundo. Mas ainda assim nenhum deles jogou uma Copa do Mundo no seu próprio país. E justamente lá as expectativas são incrivelmente grandes. Eles precisam se preparar. Eles vão compreender.

Quanto mais a Copa do Mundo se aproxima, mais eles ficarão em foco, e então nem sempre será fácil continuar concentrado no futebol e ter o melhor desempenho possível nos jogos. Acredito que os responsáveis protegerão os jogadores para que eles possam se concentrar em jogar bola. Mas depende da pessoa para saber como os brasileiros vão lidar com isso. Se a questão for abordada de forma positiva, a Copa do Mundo se espalhará por todo o país. A euforia é muito positiva, pelo menos para nós foi assim. Quando estávamos nas ruas e sempre sentíamos essa atmosfera, isso nos impulsionava de forma incrível, nos despertava e provocava uma melhora adicional no nosso rendimento.
Você acredita que o Brasil conquistará o título?
Sim. A seleção brasileira deixou para trás alguns anos difíceis, mas sempre se espera muito dos brasileiros. A equipe mostrou na Copa das Confederações o que ela tem condições de realizar jogando em casa. Por isso, o Brasil está entre os principais favoritos ao título.

A Alemanha também sempre é mencionada entre os favoritos. Até onde você acha que a seleção alemã tem condições de chegar?
Geralmente, é difícil ganhar um título na América do Sul. Isso nunca aconteceu, o que não facilita as coisas para os europeus. Mas vamos ver se eles conseguem mudar isso. O talento continua existindo. A Alemanha tem uma seleção que passou por uma enorme evolução técnica e, devido aos seus talentos, também merece estar no círculo de favoritos. Mas precisamos mostrar que também temos essa dose de sorte necessária nos jogos decisivos, em uma semifinal ou uma final, quando as coisas realmente são para valer. Tenho confiança na seleção alemã, que conta com jogadores extraordinários. Gosto igualmente de muitas outras seleções, mas a Alemanha obviamente é uma das favoritas.

O que foi que faltou nos últimos torneios para que a Alemanha conquistasse o título?
Muitos pequenos fatores contribuíram para isso: a vontade incondicional, a mentalidade da equipe e dos jogadores. Uma dose de sorte sempre faz parte, é preciso que a sorte esteja ao seu lado no momento certo. A experiência também é um fator. Vemos isso na Espanha, que sempre chega ao torneio seguinte com uma certa experiência, sempre com a mesma vontade e, além disso, com uma mistura de jogadores novos e experientes. Estando de fora, podemos discutir muito sobre o que faltou. Mas como jogador você está 100% convencido e procura sempre fazer o seu melhor. Se os nós se desamarrassem e o título finalmente viesse, então os jogadores também teriam essa experiência. Alguns atletas ganharam a Liga dos Campeões pelo Bayern, o Borussia Dortmund também chegou à final. Isso dá autoconfiança, e eles também a trazem para a seleção.

Como você avalia o grupo da Alemanha, ao lado de Gana, EUA e Portugal?
Certamente é um grupo difícil, no qual a Alemanha é a favorita. É uma chave equilibrada, com uma seleção europeia muito forte, que é Portugal, além de Gana, uma das mais fortes seleções africanas, e os EUA, que evoluíram muito sob o comando de Jürgen Klinsmann, sempre estão bem preparados fisicamente e são capazes até de conseguirem uma vitória contra um dos principais favoritos. Mas a minha avaliação é de que a Alemanha deverá superar esse desafio.

Quais seleções você acredita que estão entre as principais candidatas ao título?
Precisamos mencionar as seleções que ditaram o ritmo nos últimos anos: a Espanha, por ser a última campeã, e também a Itália, contra quem sempre tivemos problemas. Seria preciso também ver como os franceses se desenvolveram. Eles tiveram dificuldades nas eliminatórias. Mas as seleções sul-americanas, como Argentina ou Chile, também podem surpreender porque se sentirão bem lá e estarão em casa.

Na Copa do Mundo da FIFA 2002, você precisou se sacrificar, por assim dizer, ao fazer uma falta tática que lhe rendeu o segundo cartão amarelo e por isso não pôde jogar a final. O que você sentiu naquele momento?
No momento em que aconteceu, foi como se estivesse em um túnel, sem perceber direito o que ocorreu. É claro que fiquei decepcionado, mas continuei a torcer para que a equipe ganhasse a final. Foi só depois de semanas, meses ou até anos que me dei conta de como é difícil chegar a uma final de Copa do Mundo. Quando ficamos de fora, percebemos o que estamos perdendo. Certamente foi um azar para mim na época, mas assim é o futebol. Somos profissionais o suficiente para saber aceitar, mas na hora com certeza foi uma situação difícil."


domingo, 6 de abril de 2014

Jogo de um time só

Vamos começar pelo fim. O América venceu de novo. Desta feita, mais um clássico. Já são 12 jogos deste tipo sem perder para o Abc. No estadual,  já são 9 jogos de invencibilidade (8 vitórias e 1 empate). E a 7.a vitória seguida de Oliveira Canindé, que continua 100%.

Pronto. Agora vamos ao jogo. Que jogo? O Abc entrou única e exclusivamente para provocar um erro do América e, quem sabe, se aproveitar desse erro ou de uma bola parada. Houve um lance ainda no primeiro tempo que mostrou bem o intuito do time de Zé Teodoro: o zagueiro deu um chutão para frente por falta de opção e a bola saiu pela lateral ainda no campo do América. A cobrança do lateral mostrou o time do Abc todo posicionado na marcação. Era a única organização tática do Abc: marcar o América. O que fazer com a bola depois parecia ser um mero detalhe.

E assim o jogo seguiu truncado. Mas aqui se diga que a insistência de Oliveira Canindé com Fabinho na direita e Alex Barros na esquerda muito contribuiu para isto. Alex é fraco, muito abaixo de Raí em sua pior fase. O jogo hoje se apresentava para ele na esquerda, mas as jogadas morriam ali. Um desespero. Até um volante por ali jogaria melhor. Aguardemos uma iluminação divina para que Oliveira Canindé enxergue isto o mais rápido possível. E Fabinho rende muito mais como volante e aparecendo na ala como elemento surpresa, não preso nela o jogo inteiro.

A saída de Max para entrada de Isac parecia fadada ao fracasso a não ser por Isac ter deixado Pimpão na cara do gol. Defesa milagrosa de Bruno Fuso.

Mas foi a expulsão de Isac que ajudou o América a vencer mais um clássico. Com um a menos, finalmente os jogadores do América entenderam que não podiam entrar no esquema de pelada do time adversário (o que aconteceu durante todo o 2.° tempo) e que deveriam tocar a bola para ter o domínio do jogo. Não deu outra. Parecia que era o Abc que estava com um a menos. E água mole em pedra dura... Wálber marcou nos acréscimos. De perna esquerda! Abc 0x1 América.

Agora o Mecão precisa de mais um ponto nos próximos dois dificílimos jogos contra Potiguar e Corintians na casa dos adversários para ser campeão do 2.° turno. Hora de redobrar a atenção para que ninguém dê sopa ao azar como ocorreu no 1.° turno. A Copa do Nordeste em 2015 está cada vez mais perto. A vaga para a final deste estadual também. Embora ninguém saiba quando essa final será disputada.

Final do estadual pode ficar para 30 de abril

Claro que isto é um mero exercício de suposição, caro leitor. Imaginemos que o América seja campeão antecipadamente do 2.º turno e que, por isto, a FNF decida antecipar o jogo Corintians x América para o dia 09/04 (já que o Potiguar joga nesta data contra a Portuguesa) e deixar Potiguar x América para o dia 13/04. Assim, a primeira partida entre América e Globo para decidir o estadual poderia ser disputada no dia 16/04, uma quarta-feira. Isso supondo que a partida do Potiguar contra o Globo possa ser disputada paralelamente à final por não ter qualquer influência em seu resultado (o que depende da pontuação de América e Globo até lá).

Pois bem. Quando seria a segunda partida? O América estreia na Série B no dia 19/04 (sábado) às 21h contra o Avaí na Arena das Dunas. Na quarta seguinte (23/04), joga também na Arena das Dunas contra o Boavista para decidir a vaga na segunda fase da Copa do Brasil. E nisto já há um conflito com o jogo contra o Oeste em Itápolis pela Série B no dia 25/04 (sexta), por falta do intervalo mínimo entre partidas.

Apenas no dia 30/04 haveria disponibilidade para que América e Globo jogassem a segunda partida para decidir o estadual 2014. Isso neste cenário favorável, porque é possível que as finais sejam disputadas apenas em maio.

Torçamos para que tudo seja definido hoje. Mas parece que o campeão potiguar só será conhecido em maio.

Faltam 67 dias para a Copa 2014

Jérôme Valcke acabou revelando em texto publicado no site da FIFA um detalhe interessantíssimo da cerimônia de abertura da Copa 2014, a ser realizada na Arena Itaquerão, se nada mais der errado até lá.

Segundo Valcke, a FIFA vem trabalhando com o projeto "Andar de Novo" do professor Miguel Nicolelis para apresentar, de forma inédita, um jovem paralítico caminhar para dentro do campo de futebol usando um traje robótico controlado pelo cérebro.

Confira os trechos finais sobre desafios da Copa no Brasil:

À medida que entramos juntos na reta final, a maior parte dos preparativos já está bastante avançada. Contudo, ainda resta trabalho para os próximos 69 dias, e seguimos mantendo a nossa colaboração junto às partes envolvidas no Brasil de modo a assegurar que todo o necessário para que as partidas sejam realizadas com sucesso esteja disponível. Essa é a nossa responsabilidade para com os cerca de 2,6 milhões de torcedores que compraram ingressos até o momento e para com as 32 seleções. As coisas estão evoluindo rapidamente em Curitiba e Porto Alegre — dois dos três maiores desafios que estamos enfrentando. Eu estava, e ainda estou, muito triste com o trágico acidente ocorrido em São Paulo. A segurança é um item essencial e a nossa maior prioridade, seja durante a construção ou durante o evento em si. Os meus pêsames vão para a família e os colegas de Fábio Hamilton da Cruz. Ao longo dos últimos meses, algumas fatalidades de cunho bastante trágico ocorreram nas construções no Brasil, e eu, como pai de família, sinto-me muito tocado.
Considerando-se o estágio de montagem e das instalações complementares no estádio do jogo de abertura, estamos confiantes de que o impacto sobre o cronograma será limitado e que o estádio estará pronto para receber os eventos-teste até a metade de maio. E a realização dos testes é fundamental e contínua em diversos estádios por todo o país, assim como aconteceu em Manaus na quinta-feira, quando alguns aspectos operacionais da Copa do Mundo foram implementados. As nossas equipes operacionais deram início à configuração da infraestrutura para emissoras, à tecnologia da linha do gol e às instalações de mídia. Esta edição contará com presença recorde da mídia internacional, com cerca de 18 mil representantes de mais de 160 países. Contando com um esforço conjunto de todas as partes, estaremos no prazo considerando-se que tudo esteja sendo feito pelas cidades-sede e pelo governo federal de modo que possamos oferecer o melhor nível de serviço apesar do cronograma apertado. Na próxima semana, realizaremos aqui em Zurique a segunda fase preparatória para os árbitros da Copa do Mundo da FIFA 2014.
Aguardo ansioso por receber mais notícias positivas dos nossos parceiros na organização da Copa do Mundo no Brasil, em especial sobre como os desafios que ainda temos de superar serão resolvidos nas próximas semanas, assim como aguardo ansioso para voltar ao Brasil após a Páscoa. No mesmo período, o troféu da Copa do Mundo da FIFA irá aterrissar em solo brasileiro para encerrar o seu tour, apresentado pela nossa parceira Coca-Cola, com um passeio por todos os 27 estados do país ao som da música oficial "We Are One (Olê Olá)", a ser lançada na terça-feira, dia 8 de abril.

sábado, 5 de abril de 2014

Um saboroso texto sobre Brasil 3x2 Holanda na Copa 1994

Para quem viu, como eu, o Brasil ser campeão de uma copa do mundo em 1994, este foi um jogo inesquecível. Para mim, ainda mais, pois estava nos EUA na época e lembro de ter comentado como fazia falta assistir a um jogo da seleção brasileira com a narração de Galvão Bueno (veja só!). Pois não é que o canal que transmitia o jogo colocou a narração de Galvão para o replay do gol de Romário, ainda com o jogo ao vivo? 

O texto abaixo foi retirado do seguinte endereço: http://pt.fifa.com/classicfootball/matches/world-cup/match=3098/index.html
Vale a pena relembrar ou saber dos detalhes pela 1.a vez.

Uma bomba de Branco
Famosos ao redor do mundo pelas suas habilidades, o Brasil desembarcou nos Estados Unidos com um único objetivo - vencer a Copa do Mundo da FIFA, custe o que custar. Os tricampeões não ganhavam o campeonato há 24 anos e, até certo ponto, a seleção verde-amarela concordou em deixar de lado a alegria e exuberância de seus antecessores e partir para uma tática mais sensata e uma determinação precisa na Copa do Mundo da FIFA EUA 1994.

A Holanda, com seus craques habilidosos, desta forma se colocava como um adversário interessante nas quartas de final. A vantagem mortal da dupla ofensiva, Romário e Bebeto, era o fator principal para essa equipe brasileira, que era na sua grande parte desconhecida, e a Holanda já havia mostrado uma certa fragilidade na defesa ao passar pela primeira fase e, em seguida, derrotar a Irlanda na segunda fase. No geral, os holandeses também pareciam uma versão menos harmoniosa de seus antecessores.

Ainda assim, era a primeira vez que os dois gigantes históricos se encontravam desde a semifinal da Alemanha 1974. Aquela foi uma partida de paixão e elegância incomparáveis, pelo menos para os holandeses que saíram vitoriosos. Para o Brasil, foi o começo de duas décadas de decepções. De acordo, claro, com seus padrões exigentes.

Alguns grandes nomesRomário, sempre ameaçador, de ombros largos, parecia o complemento perfeito para seu parceiro de ataque Bebeto. O apelido indispensável de Bebeto (“o bebê") caia como uma luva, uma vez que ele parecia um garoto frágil com seu calção sempre preso um pouco acima da cintura.
Romário recuou um pouco no começo da partida, impaciente por não receber nenhuma bola. Mas o goleiro holandês Ed de Goej defendeu facilmente seu primeiro chute. Já Ronald Koeman, um veterano remanescente da equipe holandesa campeã da Eurocopa em 1988, era o último homem da robusta linha de defesa holandesa.
Do outro lado, Marc Overmars, com sua extrema habilidade, provocava os zagueiros brasileiros com suas investidas hábeis e impetuosas pelo lado esquerdo, dando dores de cabeça para Aldair, com Peter van Vossen e Dennis Bergkamp esperando por suas jogadas.
Van Vossen, que é o que podia se chamar de “durão", o pior pesadelo de um defensor, dava o mesmo que recebia. E quando foi derrubado por Aldair logo no início, cobrou a falta para Bergkamp, ágil, arrojado e loiro, cabecear livremente e com perigo por cima do travessão. Frank Rijkaard, outro sobrevivente do êxito na Eurocopa 1988, tinha o compromisso de tapar os buracos em sua função de meio-de-campo de contenção, mas ele estava um pouco abaixo do defensor atlético e imponente que era nos anos anteriores.

Relances do velho estilo futebol-sambaO volante Mauro Silva arriscou um chute com efeito que quase encontra o endereço certo. O jogador, corpulento, é um perigo quando vem de trás, mas a verdadeira ameaça é Romário, sempre pronto pra atacar.

E quando tudo levava a crer que o primeiro tempo terminaria no empate, Bebeto e Romário brilharam juntos. Com passes suaves e toques de primeira quase deixaram toda a defesa holandesa aberta. É o “velho" Brasil de relance.

Esse entendimento repentino, porém, mostrou-se como uma dica do que estava por vir, uma vez que os brasileiros voltaram com um ataque devastador logo no início do segundo tempo. Os brasileiros de repente acordara, e ecos de Garrincha, Tostão e Pelé preencheram o ar de Dallas.

De repente a parede holandesa veio abaixo aos 53 minutos. No ataque holandês, um passe errado de Rijkaard é interceptado e lançado com perfeição para o ataque brasileiro. Bebeto recebe na esquerda, dribla seu marcador e faz um cruzamento por baixo para Romário. Ele superou Koeman, e seu chute da marca do pênalti terminou nos fundos da rede. Gritando e correndo até a bandeira do escanteio, ele comemorou de joelhos enquanto o jovem Ronaldo prestava muita atenção do banco de reservas.

O dinâmico Van Vossen, sem condições, deixa o campo bastante triste. Agora, tudo dependia de Bergkamp e ele era o herdeiro legítimo da coroa Laranja de Cruyff e Van Basten. Ao julgar pela preocupação em seu rosto, o artilheiro sabia muito bem disso.

Muito trabalho para o perigoso BergkampA Holanda parecia desmoronar, os toques das cornetas do antigo tema “The Saints Go Marching In" havia desaparecido no ar. O ritmo da batida brasileira era agitado, assim como os artilheiros sul-americanos, o que era mais importante. Bebeto avança pelo centro e dispara um chute que passa bem próximo à trave, levando a torcida ao desespero. Logo em seguida, Romário encara a meta adversária, mas De Goej sai e consegue acabar com a chance.
Pode não ser o velho samba, mas com certeza tem ritmo e eficiência. Dessa vez, aos 63 minutos, era a vez de Bebeto fazer o papel de herói. Ao colocar a bola em jogo novamente, o chute de De Goej é cabeceado de volta ao seu campo e Romário finge-se de desentendido voltando de uma posição irregular como quem não quer nada. Esperando o apito do árbitro, os defensores são pegos de surpresa. Vindo de trás da jogada com velocidade, Bebeto dribla o goleiro e toca a bola para dentro do gol vazio. Com 2 a 0 na frente e a semifinal à vista, ele corre para a posição do escanteio para celebrar com sua típica comemoração, como se estivesse carregando um bebê, em homenagem ao seu filho recém-nascido no Brasil.

Os holandeses haviam desmoronado, e tudo parecia perdido. Mas apenas alguns segundos após o segundo gol brasileiro, um arremesso lateral longo encontra Bergkamp invadindo a área. Passando por dois defensores, ele desvia a bola de Taffarel e marca o gol. Ele rapidamente pega a bola e retorna ao círculo central sem nenhuma comemoração. Talvez seja por isso que dizem que 2 a 0 é o placar mais perigoso. Um pouco depois disso, Rijkaard desiste e é substituído. Suas pernas já não agüentavam mais e o holandês tinha classe o suficiente para saber disso.

A experiência de Branco, a eficiência do BrasilDe repente a Holanda passou a acreditar no jogo novamente. Se tivessem que ser derrotados, seria lutando de forma honrada contra o gigante que tinha a sua frente. Bergkamp está de volta ao jogo mais acordado do que nunca. Em escanteio cobrado por Overmars, Aron Winter salta e vence Taffarel para empatar a partida. Sonhando com a semifinal, a comemoração dos holandeses junto à bandeira de escanteio foi estrondosa. Uma coisa é certa; Dallas, Texas nunca tinha visto um futebol como esse.

O novo Brasil, porém, soube manter a calma. Agora, liderados por jogadores guerreiros como Branco e Dunga, se lançavam ao ataque direto, acreditando que a vitória lhes era devida, de alguma forma, pelos seus anos de dor e sofrimento.
No final, o veterano lateral-esquerdo do México 1986 fica com uma falta para ser cobrada, mas muito longe. Após tomar uma longa distância, Branco dispara um chute a 25 metros que afunda a rede colocando o Brasil na liderança, faltando apenas nove minutos para o final da partida.

Os sul-americanos seguiram até a vitória final e ergueram a taça da Copa do Mundo da FIFA pela primeira vez desde que levaram a velha Jules Rimet em 1970. Após uma vitória magra sobre a Suécia na semifinal, jogaram uma final tensa, que foi a primeira a ser decidida nos pênaltis.

Faltam 68 dias para a Copa 2014

Atenção, colecionadores de figurinhas! A edição de domingo da Tribuna do Norte, que começa a circular na tarde deste sábado, trará o álbum da Copa 2014 da Panini como cortesia. O álbum foi lançado em duas versões (capa dura - R$ 24,90 e brochura - R$ 5,90), mas os leitores da Tribuna receberão o álbum em brochura. Como cada envelope custará R$ 1,00, a economia com a compra da Tribuna (a edição de domingo custa R$ 3,00) já dá para garantir pelo menos 10 figurinhas para colar no álbum. Para assinantes, a economia é de R$ 5,90, o que já garante 50 cromos.

Quem não quer ter uma coleção histórica para natalenses, hein? Afinal, foram necessários mais de 60 anos para que a copa voltasse ao Brasil e, pela primeira vez, teremos aqui na nossa casa! Uma raridade disputadíssima certamente.

sexta-feira, 4 de abril de 2014

Muitos tabus em campo

Para quem gosta de futebol, os números sempre têm um sabor diferente. Parecem indicar o prognóstico acerca de determinados confrontos. Além disso, servem de estímulo para os que são por eles favorecidos como para os que são prejudicados.

Neste domingo, há muita coisa em campo para o clássico entre América e Abc na Arena das Dunas. O Abc vem 100% depois da chegada do treinador Zé Teodoro e já pinta como favorito ante o desempenho crescente de Otávio e Lúcio Curió. E ainda contará com seus 2.000 sócios para engrossar a torcida na arquibancada.

Pelo lado do América, a confiança de estar há 8 jogos sem perder no estadual, além dos 100% de Oliveira Canindé nas Copas do Nordeste, do Brasil e no estadual. Há também a invencibilidade na Arena das Dunas. No entanto, o dado mais significativo para a torcida são os 11 jogos oficiais sem perder para o rival. Mas isso é suficiente para superar o adversário?

Acrescente-se que o jogo de domingo vale a liderança do 2.° turno e pode, ante uma combinação de resultados, significar a conquista do 2.° turno antecipadamente para o América.

Ainda há os números da artilharia, de quem coloca mais torcedores, de quem canta mais músicas de incentivo...

Definitivamente, este é mais um clássico imperdível no futebol do RN. Garanta seu ingresso de forma antecipada pelo site http://www.arenadunas.com.br