quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Agora é no Nazarenão!


A BR 101 vai vermelhar de novo. Goianinha vai tremer. Neste sábado, o casamento mais feliz do futebol do RN será retomado: América e Nazarenão.

O tapete continua lá, esperando jogadores com raça, técnica e velocidade para o show do futebol. As arquibancadas aguardam o retorno de seus convidados mais frequentes para fazê-los de casa novamente.

Vamos reencontrar o garotinho que toma conta do carro, pai e filha que vendem o melhor dindim do estado (coco queimado!), a hospitalidade da praça (literalmente) de alimentação.

Banheiros limpos e agradáveis. Visibilidade idem de qualquer ponto do estádio. Pôr-do-sol encantador. Vento que atrapalha os adversários. Fluxo normal de veículos.

E as vitórias... Sim, reencontraremos o doce sabor das vitórias em casa porque essa é a energia de Goianinha. Quando tudo dava errado em 2011 ainda no estadual, foi lá que o América venceu.

Agora até novo treinador chega. Mais uma energia positiva a impulsionar o América para a vitória. Pobre São Caetano! Quis a tabela que fosse ele a enfrentar algo muito maior do que ele.

Acompanharei de longe o reencontro. Não vejo a hora de acompanhar bem de pertinho, o que só ocorrerá contra o Figueirense. Felizes os que lá estarão neste sábado às 16h20 porque poderão gritar "o Orgulho do RN voltou". #Nazarenãoeuteamo

sábado, 24 de agosto de 2013

Despedida sem saudade

Enfim, acabou. Acabou o calvário de ir ao Barretão, que imediatamente após o primeiro jogo apelidei de Buracão. Pelo menos para mim, a despedida deu-se no jogo América 2x3 Avaí. Porém o América só deixa Ceará-mirim definitivamente na terça-feira, após o jogo contra a Chapecoense.

Sobre o jogo, não vi o 1.° gol do América. Estava percorrendo o enorme caminho entre a areia onde ficou o carro e a entrada para as arquibancadas. Fiquei de uma lado diferente desta vez, para não perder mais tempo. Horrível. O lado onde fiquei era o típico portão 5 do Machadão - pessimista e reclamão. Deus me livre!

Vi um América dominador, marcando pressão durante quase todo o primeiro tempo. Vi gols perdidos, especialmente um por Laércio cara a cara com o goleiro adversário, o velho Fabinho, um impressionante Ricardo Baiano, o segundo gol do  Mecão.

Vi um segundo tempo em banho-maria (quem aguenta aquele ritmo todo de marcação pressão num gramado marrom - "marromeno"?). Logo no início, fiquei me perguntando como Argel conseguiria fazer uma substituição por cansaço e manter o time no compasso do primeiro tempo? Impossível, já que não havia mais velocidade entre os substitutos. Eu, particularmente, teria enchido o time de volantes e zagueiros no fim. Mas é fácil falar agora.

O ritmo do América foi caindo. Laércio perdeu outro gol quase com o goleiro batido. No rebote, Júnior Negão (reserva) também perdeu outro. E o Avaí colocando velocidade e explorando os lances de falta e escanteio com o bom pé de Marquinhos. 

Surge o 1.° gol do Avaí. Água mole em pedra dura... Mas tudo ainda estava sob controle. O problema é que Marquinhos continuava afiando o pé nas faltas e nos escanteios.

Para mim, o lance que determinou o rumo da partida foi o terrível desencontro entre Zé Antonio e Andrey. O goleiro muito mais preocupado em pedir impedimento do que em sair para abafar o lance. Foi encoberto e o coração dos americanos se encheu de tristeza.

Não demorou e o Avaí fez o terceiro gol. Dizem que foi contra de Júnior Negão. Parece ser a nova sina do América: fazer gol contra. Segundo jogo seguido em que isso acontece. Seria a sorte de rebaixado?

No fictício portão 5, o povo já sabia, mesmo quando o América vencia por 2 gols, que a entrada de Júnior Negão seria o fim. Sabia ou torcia? Cravo a segunda sem medo. Foi por essas coisas que deixei de frequentar o portão 5 original em 2005. Graças a Deus não passarei mais por isso no Barretão. 

Então, despedi-me da ruma de energia negativa lá no Barretão (torcedores frustados, burro enterrado, tristeza, e tudo mais). Garanto que não vou sentir um pingo de saudade.

Aguardo agora ansiosamente a minha re-estreia no Nazarenão. Lá já tenho lugar cativo no sol, perto da Máfia, onde pessimismo não combina. Agora sim só energia positiva. Xô, frustração! #NazarenãoEuTeAmo


quarta-feira, 21 de agosto de 2013

De Padang, Barretão, Nazarenão...

Primeiro, o Mecão ficou sem casa. Derrubaram o templo do futebol do RN: o Machadão, nascido Castelão. Até o gramado mandaram arrancar antes para que o América não tivesse onde jogar na temida Série C de 2011. 

Quem tomou tal decisão (de arrancar o gramado antes da hora) deve se arrepender até hoje. Goianinha acolheu o América com uma paixão que fez com que, rapidinho, o alvirrubro se sentisse em casa de verdade, mesmo a 54 km de Natal. E que caso de amor! Os torcedores que saíam de Natal sempre gostaram daqueles ares. Os da região curtiram ver o time de coração de pertinho. E os jogadores... bem, os verdadeiros artistas agradeceram o palco nobre, raro no futebol tupiniquim, que permitia um jogo bonito, veloz, encantador. E assim o Mecão engrenou e passou, mais uma vez de passagem, pela Série C. Parece que foi há tanto tempo...

Em 2012, então, foi de arrebentar. América campeão potiguar e quebrando um indigesto tabu contra o Abc. Campeão de fato e de direito. Sobrou no campeonato após a chegada de Roberto Fernandes. Só perdeu quando isso não representou perigo algum à sua caminhada.

Mas e a Série B? Estaria o time, cuja a base era da Série C, pronto para a maratona? E onde jogaria? A CBF nunca aprovaria um estádio acanhado (só no tamanho!) como o Nazarenão para uma competição daquele porte. Mas esqueceram que o América nunca teve culpa de Natal ter sido escolhida para ser sede da Copa do Mundo 2014. Também esqueceram que o presidente do América é um cara que não aceita um não como resposta se a argumentação não convencer. Esqueceram também que o Orgulho do RN é sim time de tradição nesta competição nacional. Não deu outra: Nazarenão liberado com capacidade para pouco mais de 5.000 apaixonados pelo alvirrubro natalense/parnamirinense/goianiense (é assim mesmo?), enfim, potiguar, e campanha irrepreensível do América (14 rodadas entre os classificados para a Série A, algumas como líder e invicto).

Mas a condição imposta seria resolver o problema da pequena capacidade até o 2.º turno. Nova ameaça ao Orgulho do RN, já que o único proprietário de estádio particular com capacidade mínima para os jogos preferiu desdizer o que já tinha dito e recusou-se a alugar seu campo. "Ok, vamos para a frente", deve ter pensado Alex Padang, que não esmoreceu em sua luta e enfim a CBF liberou o Nazarenão com novas arquibancadas metálicas para regozijo dos alvirrubros e desespero de muitos.

Chega 2013, e o América de Roberto Fernandes já não é o mesmo. Eliminação na Copa do Nordeste. Surgem as primeiras críticas contundentes ao presidente americano. É a velha alma do torcedor: venceu, o presidente é Deus; perdeu, o diabo, além de burro e ladrão. Acreditam que ainda me impressiono com essas trocas instantâneas de opinião? Pois é. Limpeza no elenco e saída do treinador. O único erro na minha modestíssima opinião, foi a aposta em Alexandre Irineu, quando havia opções melhores em casa mesmo. Derrota na estreia do estadual e Padang não titubeia: traz de volta Roberto Fernandes, para delírio da torcida. Diria mesmo uma jogada de mestre.

Só que o time estava jogando o essencial para vencer e só. Mas eis que o América tinha que mudar de casa. Goianinha só com arquibancadas alugadas. Surge o contrato com a Arena das Dunas. E alguém cismou de empurrar goela abaixo da torcida que a Arena das Dunas representaria o fim da construção da Arena América, aquela que já estaria pronta desde o estadual do ano passado. Na verdade, era a picuinha que queriam para dividir o Conselho do América com futricas. O pior é que ainda há gente que gosta dessas coisas. Futriquinha para lá, futriquinha para cá, quase que propuseram que Alex Padang virasse persona non grata no América. Logo ele!

Muitas futricas depois, surge o milagre do Barretão. Nunca me convenceu. É que há um ditado que diz que apressado come cru, ou que a pressa é inimiga da perfeição, e ambos se aplicam com exatidão ao estádio de Ceará-Mirim. Será um grande estádio quando estiver pronto. Mas até sem banheiro foi inaugurado! E o gramado...

Voltando às futricas, a pressão para que Alex Padang assinasse com o Barretão por 5 anos foi avassaladora. O próprio Marcone Barreto chegou a chamar Alex de louco e arrogante por não assinar a proposta. Até ônibus grátis para que os torcedores conhecessem a maravilha do Barretão foi disponibilizado na pressão para que Alex assinasse a tal proposta. Eu permaneci do lá de cá, ciente das dificuldades de acesso a Ceará-Mirim nos horários loucos da CBF para a Série B. E, pelo que passei, tive pena de Padang. Se eu, que não passo de uma reles sócia, já tive que enfrentar críticas do estilo "isso é frescura de quem mora na Zona Sul", "arranje o dinheiro das arquibancadas móveis", "só você não enxerga que vai dar muuuuuito mais gente no estádio, já que Goianinha nunca lotou", imaginem o que esse homem não passou. Confesso que vi algumas críticas com alta carga pessoal na internet, como se houvesse aquela velha mágoa de antigas futricas provenientes da eterna fogueira das vaidades que é o Conselho Deliberativo do América - algo, infelizmente, comum, mas que andava adormecido.

Padang bate o pé. Barreto reduz o prazo do contrato para 2 anos. Ainda arde a campanha contra a Arena das Dunas. Padang diz que o América vai mesmo se virar com as arquibancadas móveis. Chovem críticas à "burrice" do presidente. Mas Barreto cede de novo e o América fecha com o Barretão até maio de 2014 (salvo engano). Fiquei triste por já imaginar a debandada da torcida, não por frescura (de que me acusaram), mas por impossibilidade fisica mesmo de quem trabalha/estuda no centro ou na zona sul até às 18h de chegar ao Barretão nos jogos às 19h30. 

O apressado come cru. E assim o América perdeu um título estadual ganho (falha de Dida - única no campeonato- é verdade, mas as luzes do estádio foram alvo de reclamação) e foi eliminado vergonhosamente da Copa do Brasil. O gramado já dava sinais da dureza que seria sair do Nazarenão. E o estacionamento, os banheiros, enfim, a infra-estrutura do estádio e dos arredores afugentavam os heróicos torcedores no estádio. E assim o público foi minguando. E assim o América só conseguiu uma vitória em casa. E assim aqueles que queriam o Barretão por 5 anos e acusavam Alex Padang de loucura por não aceitar passaram a defender o óbvio: a volta ao Nazarenão.

Mas já? E os grandes públicos? E o dinheiro das arquibancadas? E o trem? E a estrada que seria duplicada? Graças a Deus tudo ficou para trás. Porém, agora, Alex Padang era o louco que não queria voltar ao Nazarenão. E a minha solitária campanha #QueroONazarenãoDeVolta ganhou fôlego. Assim, sem qualquer menção ao fato da salvação que eram os cinco anos no Barretão. Aprendi na vida que mágoa e rancor só fazem mal a quem os alimenta. Tento evitá-los. Mas não suporto ver injustiças (daí ser advogada) e ficar calada. Também não me preocupo se estou com a minoria ou com a maioria - defendo o que acho certo, razoável. Portanto, não poderia passar sem fazer esse desagravo a Alex Padang, por quem sempre tive grande admiração pelo fato de que, desde a época do Alex Sandro do Mirassol, sempre ter demonstrado não ser muito afeito a mentiras.

Mais uma saraivada de críticas e o incansável Alex Padang consegue que a CBF libere o Nazarenão sem a necessidade de arquibancadas metálicas. Aí foi demais para mim. Nazarenão de volta! Quase chorei. E sem aqueles mostrengos desnecessários. Vou poder acompanhar o Mecão nos jogos às 21h e voltar para casa sem grandes sustos ou cortejos na BR 101. Vou estacionar o carro sem medo de atolamentos ou insetos e sem pagar R$ 5. Felicidade geral da nação americana, como se viu nas redes sociais. E agora? Para quem vão os elogios? E as críticas pra-lá de ácidas?

De minha parte, já agradeci publicamente a este exemplo de amor ao América - único presidente de clube a dialogar quase que diariamente com torcedores e até detratores pelo Twitter, de maneira franca. Tem defeitos? Certamente. Todos os temos. Quem convive mais de perto tem autoridade para dizer. Obviamente, eu não tenho essa autoridade. 

Nas situações narradas, outro já teria renunciado. Por isso, aplaudo a persistência de quem não esmoreceu mesmo com tantos ataques de tudo quanto é lado.  Também agradeço por sua luta com unhas e dentes para que o América continue a ser, como sempre foi, o Orgulho do RN! Aproveito para dizer (que Janine não saiba disso!) que rezo todos os dias, e não é de hoje , para que Padang aceite pelo menos mais um mandato à frente do América. Se não acontecer, lamentarei. Mas ele já terá marcado definitiva e positivamente seu nome na história do Mecão.

domingo, 18 de agosto de 2013

Sofro de inquietude

Sofro sim. O que é um paradoxo para quem é tão bem representada pelas características do signo de Touro. Para quem não sabe, os taurinos adoram segurança e estabilidade, diria até rotina. Se você é taurino(a) e não é assim, paciência. Mas o signo de Touro parece ter sido feito para mim.

No entanto, sofro de inquietude. Adoro inventar novos caminhos e/ou projetos, às vezes os mais improváveis possíveis. Que tal pintar uma casa inteira sem pintores? Já fiz há muito tempo, aliás, com a ajuda de minha escudeira de então: mamãe. Só que mamãe deixou de apoiar minhas invenções. Aí arranjei nova escudeira, embora de vez em quando ela também fraqueje no apoio: Janaina.

Não há quem me demova se eu realmente quiser algo. Então, só resta ao meu interlocutor aceitar ou me deixar fazer só. Que tal ir a pé do Serrambi ao Mirassol? Já fiz. Ler quatro livros ao mesmo tempo? Rotina. Ler jornal, assistir TV, conferir redes sociais, preparar texto do Só Futebol? Não!, conferir planilha orçamentária, tudo ao mesmo tempo? A cara de meu domingo perfeito. Encarar duas profissões diariamente? Há anos me dedico às duas com o mesmo afinco, embora confesse que novos ares já começam a circular a minha mente.

Quando cismo, sai de baixo. Cismei de fazer (com pedreiros) uma área de lazer aqui em casa. Terminou ficando como eu queria e não como planejado pela maioria. Sou convincente mesmo. Também se não fosse, seria um fracasso como advogada, né? Até as reformas saem no ritmo que eu quero. Nada de pedreiros por mais de 10 dias por mês zanzando pela casa. Esse é o limite da minha sanidade mental.

Também montei roteiro de viagem para os EUA e adquiri tudo separadinho sem ajuda de ninguém. E assim vou fazer a viagem de retorno à Flórida que  tanto queria há uns cinco anos (sempre adiando por conta dos outros) nos meus moldes as it is supposed to be. Quem quiser venha comigo. E assim vamos nós cinco rumo à Flórida em janeiro.

Agora, minha nova inquietude é relacionada a novas reformas em casa. Cismei de eu mesma pegar no pesado para algumas substituições e pinturas, estilo Renovators (reality show estilo competição do canal Glitz). No meu ritmo, é claro (um turno por semana), como hobby. Já aproveito como desafio de musculação e ginástica. Não sei se vai dar certo, mas aposto que vai. Vou começar pela sala dos computadores. Apoio de minhas escudeiras, por enquanto, garantido. Quero ver até onde vai meu entusiasmo, mas sempre sofri do estilo americano Do it yourself  (faça você mesmo). 

Assim, vou vivendo de 300 projetos em andamento a cada vez. Para quem sofre de ansiedade, é energia 220v garantida por muito tempo. Adoro tentar o que parece impossível. Viciante. Dá uma sensação incrível de controle da sua própria vida. Recomendo com vigor. Faz bem para a alma.

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

#QueroONazarenãoDeVolta

Primeiro, recebi muitas críticas por defender a volta ao Nazarenão ante a total falta de condições do estádio em Ceará-Mirim. Fiz uma lista de reclamações logo após o jogo inaugural e, a cada uma delas, bordoadas.

Acesso é ruim e perigoso e vai afastar torcida, eu disse. Aí ouvi que isso era frescura de quem tinha carro e morava na Zona Sul. Quem morava na Zona Norte ia amar e o povo de Ceará-Mirim e arredores, ávido por futebol, colocaria públicos bem maiores do que os do Nazarenão. Só esqueceram o detalhe de que quem mora na Zona Norte, normalmente, trabalha/estuda na Zona Sul. Então jogo às 19h30 nem pensar!

O estádio não tem banheiro nem estrutura de lanches para receber clientes. Mais uma frescura, diziam. Coisa de mulher.

Estacionamento sem estrutura e caro. Nazarenão também não tinha estacionamento. Mas ninguém pagava R$ 5 só para parar o carro durante uma hora e meia.

Desorganização na venda de ingresso, na entrada e na saída sempre receberam como resposta que isso era coisa normal de jogo.

E o gramado? De um lado, um pasto. Do outro, um tapete. Gramado é ruim pros dois. Verdade. Mas eu duvido que alguém prefira pagar para ver o futebol de América 0x0 Abc (Barretão) a ver Ceará 2x1 América (Arena Castelão). 

E o que mudou de lá para cá? Há banheiros fétidos, mas há. Em Goianinha eram agradáveis como os do Morumbi. A venda de ingresso, a entrada e a saída de torcedores melhorou. O estacionamento e o acesso continuam a mesma porcaria. Mas o gramado... este vai de mal a pior.  São muitos jogos e treinos por semana num estádio que não foi projetado para o bom futebol, e sim para ter o máximo de lucro em pouco tempo. 

O gramado é ruim para os dois? É sim. Mas quem tem obrigação de ganhar lá: o visitante ou o mandante? Lances burlescos se repetem com bolas parecendo ter vida própria e a iluminação acabando com a vida dos goleiros. A grama parece cada vez mais seca e já é possível ver a areia saltar em alguns lances.

Voltando à pergunta sobre o que mudou, agora mudou a cabeça dos conselheiros. Finalmente enxergaram o que eu já via desde o jogo inaugural. O Barretão vai afundar o América rapidinho. E quanto ao custo das arquibancadas metálicas, aquelas que sempre defendi e tive que aguentar até me mandarem arrumar o dinheiro para tanto, agora parece ter caído abruptamente, já que esse custo passou a ser visto como administrável.

De todo jeito, o dinheiro da Oas está para sair. Mas segundo o presidente Alex Padang, a CBF não permite a volta a Goianinha. Ah, mas a madrasta permitiu a saída do Inter de um estádio com arquibancada de alvenaria para um com arquibancada móvel. E estamos falando da Série A. Se juntar ao pedido este argumento, a grande influência de José Vanildo, a prova inconteste da condição dos dois gramados e até os apelos da imprensa ( que já deve ter percebido que a diferença de trabalho no Nazarenão e no Barretão é a mesma existente entre o céu e o inferno) e dos adversários (desgaste para ambos os times no deslocamento é muito maior), a CBF não terá outra solução a não ser trazer o Mecão para o lugar de onde só deveria ter saído para voltar a Natal.

Ah se aproveitássemos as próximas três rodadas em casa após o jogo de sábado já no tapete sagrado do Nazarenão. Casa mais cheia do que atualmente, torcida feliz, cenário apropriado para quem quer de fato jogar futebol... Enfim, muito mais condições de finalmente arrancarmos para fora da zona de rebaixamento com a conquista de 9 pontos seguidos.

Por isso, eu #QueroONazarenãoDeVolta. Quanto ao contrato com o Barretão, este nunca cumpriu sua parte devidamente e isto será considerado se a rescisão tiver de ocorrer judicialmente. Vamos dar as mãos para manter o Mecão na Série B?

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

É melhor prevenir do que remediar

Neste ano, descobri que o que durante algum tempo sempre me incomodou era na verdade uma esofagite crônica acompanhada de gastrite leve. Pior foi saber que tenho um tal de "esôfago de Barret", uma pré-condição para câncer. Achei este artigo do Einstein Saúde (Dr. Miguel Cendoroglo Neto) tão elucidativo, que peço que você perca esses minutinhos lendo para não deixar que algo mais grave lhe acometa. É melhor prevenir do que remediar (eu que o diga). Confira:

"Estilo de vida pode propiciar refluxo - condição que afeta a saúde digestiva está diretamente ligada à alimentação desregrada e à obesidade

Nos últimos 10 anos, a incidência da doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) vem apresentando aumento constante, consequência dos maus hábitos alimentares e do crescimento acelerado dos casos de obesidade na população - uma epidemia global, de acordo com a Organização Mundial da Saúde. O problema tem, ainda, relação direta com fatores comportamentais como fumo e consumo elevado de café, chocolate, sedentarismo, longos períodos em jejum e ingestão acelerada de alimentos.

O refluxo gastroesofágico (retorno do conteúdo gástrico para o esôfago) é provocado principalmente pelo relaxamento do esfíncter esofágico, um músculo localizado no fim do esôfago que normalmente se abre para a passagem da comida e depois se fecha para evitar o retorno dos alimentos ou do suco gástrico. Quando esse mecanismo apresenta algum problema de funcionamento, como o fechamento inadequado, o refluxo reaparece.

Embora frequentemente esteja acompanhada de azia, queimação ou mau hálito, a condição de ser assintomática. Contudo, quando atinge a parte alta do esôfago, pode have engasgo, rouquidão, pigarro e tosse crônica, já que o suco gástrico agride a laringe e as cordas vocais. O líquido também pode entrar no pulmão, levando a asma, bronquite e até pneumonia.

Se não tratado, um quadro leve da doença pode resultar em erosões e úlceras no esôfago. A doença do refluxo pode, ainda, evoluir para o chamado esôfago de Barrett (a mucosa do esôfago se transforma em mucosa gástrica), elevando em 30 vezes o risco de câncer no esôfago.

Vale ressaltar que o diagnóstico da doença do refluxo é realizado, na maioria dos casos, por meio do relato do paciente, principalmente quando há repetição dos sintomas várias vezes por semana e durante meses seguidos. Exames complementares como a endoscopia digestiva alta - para verificar se há alguma lesão causada pela doença, como úlceras e esofagites, ou alterações anatômicas, como hérnia de hiato -, ajudam a identificar a gravidade do refluxo.

A pHmetria esofágica também pode ser solicitada para medir a quantidade de ácido que ascende para o esôfago e o tempo em que o esôfago fica exposto ao pH ácido. Considera-se anormal a presença de refluxo (pH menor que quatro) acima de 4% do tempo total do exame (24 horas).

Com base no resultado dos exames é definido o tratamento, sendo mais comum o uso de medicamentos inibidores da produção de ácido pelo estômago. Outra opção, de acordo com a gravidade do quadro, é a cirurgia, realizada geralmente por via laparoscópica. Contudo, seguir a orientação dietética, combater a obesidade, alimentar-se de forma correta e evitar o cigarro são fatores decisivos para que o tratamento seja eficaz e leve à extinção dos sintomas.

Fonte: www.einstein.br

Carnificina motorizada

Li horrorizada reportagem da Veja da semana passada acerca do trânsito no Brasil. Segundo os dados do DPVAT, seguro obrigatório que indeniza os danos de pessoas que se envolvem em acidentes, o trânsito brasileiro ceifou a vida de 60.752 pessoas em 2012, sendo 41% delas jovens entre 18 e 34 anos. Minha gente, isso é mais do que a Guerra do Vietnã matou em 16 anos!

Pior: estes números superam até as mortes relacionadas à criminalidade (52.198 em 2011). Ou seja, como bem citou a reportagem, "nós, brasileiros, temos mais motivos para temer um cidadão qualquer sentado ao volante ou sobre uma moto do que a possibilidade de deparar com um assaltante ou de enfrentar um tumor maligno." Não bastasse o número de mortos, 352.000 pessoas tornaram-se permanente inválidas por causa de acidente de trânsito no ano passado. Um verdadeiro exército de deformados.

Segundo os mesmos dados do DPVAT, o Brasil ocupa o primeiríssimo lugar na taxa de mortes a cada 100 mil habitantes (31,3). Estamos na companhia de Catar (2.º - 30,1), El Salvador (3.º - 23,7), Belize (4.º - 23,6) e Venezuela (5.º - 23,4). 

A reportagem aponta que 98% dos acidentes têm como origem erro ou negligência humana e aponta os 7 pecados cometidos por motoristas Brasil afora. Qual (ou quais) pecado(s) você comete? Confira a lista e faça uma reflexão:

1.º Usar o celular ao volante (para ligar, ou pior, para passar uma mensagem de texto)
2.º Dirigir alcoolizado (21% dos acidentes)
3.º Dirigir colado na traseira do carro à frente (12% dos acidentes em rodovias federais)
4.º Dirigir acima da velocidade permitida (12%)
5.º Deixar de ligar a seta
6.º Deixar de usar o cinto de segurança (em uma colisão frontal a apenas 60km/h, um passageiro que viaja no banco de trás sem cinto é arremessado com um peso equivalente a 1.000 quilos, esmagando quem está na frente)
7.º Não fazer a manutenção do veículo                    

Fonte: Veja - edição 2333

domingo, 11 de agosto de 2013

Chega de...

Tomo a liberdade de reproduzir aqui um e-mail enviado pelo botânico Florentino Vereda a Woden Madruga e que o ilustre colunista publicou em sua coluna na Tribuna do Norte deste domingo. Se digitei tudo isso é porque vale a pena conferir!

"Woden:
De passagem pelo Rio, resolvi assistir, mesmo de longe, a uma dessas manifestações que estão mudando a cara do País. Entre tantas placas de 'FORA...', 'BASTA...', 'QUEREMOS...', uma me chamou atenção - 'CHEGA DE SAUDADE'. Tentei me aproximar da pessoa que a conduzia, mas a multidão me arrastou para outro lado. Só deu pra ver, pelos cabelos grisalhos, que era algum idoso.

Mais tarde, num desses bares de esquina de Copacabana, dei de cara com o tal manifestante, tomando um chope antes de voltar para casa. Aproximei-me dele e comentei:

- Curiosa sua placa. Saudades de quê?
- Senta, cara. Garçom, mais um chope.

Olhou em direção ao mar e acrescentou:

- Saudades do que poderia ter sido e não foi. Também fui jovem, protestei contra tudo que lá estava, também sonhei com um futuro. Cantava 'Apesar de Você' e acreditava que amanhã haveria de ser um outro dia. A democracia era, para mim, a mulher com quem todos os homens sonhavam e com quem queriam viver o resto de suas vidas. Hoje a democracia com a qual vivemos é uma velha de 25 anos, sambada, rodada e prostituída, deformada por cirurgias plásticas intermináveis às quais chamam de emendas constitucionais, medidas provisórias e outros nomes bonitos que disfarçam a feiura de seus propósitos. Já se deitou com centenas de políticos, lambuzando-se nos leitos imundos do poder.
- Posso pedir outro chope?, perguntei.
- Claro. Ainda não acabaram com o papo de bar. Mas já não é a mesma coisa. De futebol, os grandes lances não são as 'folhas-secas' de Didi, os dribles geniais de Garrincha e a elegância de Djalma Santos. Os craques de hoje são os cartolas, jogando nos carpetes dos gabinetes e tocando a bola e embolsando uma grana preta. Grana também é o que não falta para os jogadores que somam aos salários astronômicos as vultosas verbas de publicidade, de produtos que sequer usam na vida real. Em campo, a vergonha campeia. Veja o Santos de Pelé levar de oito dos deuses do Barça. Saudades do tempo das 'casas simples com cadeiras nas calçadas' onde vizinhos conversavam depois da janta, até o sono chegar. Hoje está todo mundo trancado em casa, diante da TV, vendo novelas com personagens perversos e traiçoeiros tramando golpes e safadezas, coisas que serão imitadas posteriormente na vida real, enquanto os anunciantes empurram produtos supérfluos e desnecessários a otários desprevenidos.

Chama o garçom, pede mais dois chopes e continua:

- Por isto, amigo,que ainda saio de casa e me junto à turba ignara, talvez com saudades da minha época de estudante. Vivemos uma agoracracia. O povo está nas ruas forçando o Legislativo a legislar e o Executivo a executar. Não sei se vai dar certo. Sempre há os espertos. Vândalos e saqueadores misturam-se com sindicalistas, todos tentando arrancar algo do navio que está afundando. Políticos adotam como suas as ideias que jaziam adormecidas em berço esplêndido. Mas é melhor do que não fazer nada. Quem sabe alguma coisa muda? A esperança verde é a última que morre amarela.

Arrisco uma pergunta, olhando nos seus olhos, se essas saudades são também de alguma mulher, algum amor da juventude que já vai longe, e cuja chama ainda arde no seu peito e cuja lembrança ainda não se despregou da memória.

- Nada disso, amigo. Neste quesito, dei sorte. Naqueles tempos, conheci uma colega de universidade, lá no Calabouço, ali onde mataram Edson Luís. Juntos corremos da Polícia. Juntos gritamos palavras de ordem. Juntos cantamos 'Pra Não Dizer Que Não Falei De Flores'. Namoramos, juntamos nossas escovas e, desde aquela época, continuamos juntos, dois companheiros e dois amantes. Pena que ela não queira mais sair comigo à noite. Anda com medo dos arrastões em bares e restaurantes. Fazer o quê? Aliás, se o amigo me permite, vou embora. Ela está me esperando a pão e leite.

Levantou-se, pediu a conta, esperou o garçom voltar, pagou as duas rodadas de chope (não admitiu minha intervenção) e se despediu com um forte aperto de mão, dizendo:

- Boa sorte para você que mal vê a luz que mal se acende.

E sumiu no meio da multidão."

sábado, 10 de agosto de 2013

Rai é "imexível"

O neologismo é de Antonio Magri, que foi Ministro da Previdência do governo de Fernando Collor, o caçador de marajás. Mas se aplica com perfeição ao meio campista Rai. Ele é, de longe, o jogador mais lúcido do meio campo americano. Parte para cima, joga como ponta, corta bem para o meio, chuta bem com ambas as pernas (melhor com a esquerda), tem boa visão de jogo e é o cara da bola parada e do chute fora da área. Ufa! Muitas qualidades. Claro que tem defeitos, mas nenhum suficiente para afastá-lo da titularidade absoluta do Mecão. 

Rai é o camisa 11, devo dizer. Porque com tantas qualidades ele seria o 10 fácil, fácil. Mas ainda há quem peça a escalação de um Cascata visivelmente sem condições de ser titular. E o pior é que Argel caiu na conversa. Deu no que deu.

Argel consertou a defesa do América por escalar os que estavam em melhor momento, coisa que o técnico anterior insistia em não fazer. Almir pode não ser um primor, mas é o que temos de melhor à disposição por ali, já que Cascata vive de armar contra-ataques do adversário.

Então, no clássico, Argel nem poderia ter começado o jogo com um Cascata que está jogando a 10km/h e não tem a menor disposição para marcar, nem poderia - e este foi o MAIOR erro - ter sacado Rai, maior arma do Mecão, seja com a bola rolando, seja com a bola parada.

Na tarde de futebol horrível, a saída de Rai matou de vez o América. Pior, o time de Argel deixou de vencer o lanterna dentro de casa e complicou sua luta para permanecer na Série B. É esperar que nada tenha sido em vão e que Argel tenha aprendido que Rai é, de fato, "imexível".

P.S.: vamos treinar tiro de meta, né, Andrey?

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

A melhor e a pior

Sem medo de errar digo que ontem pude assistir à melhor partida da Série B. Ceará 2x1 América foi um jogo movimentadíssimo, com direito a dois golaços, gol impedido, pênalti não marcado e grandes defesas dos dois goleiros. Foi tão bom que nem me lembro de ter visto alguém levar cartão amarelo. Para o que ambos jogaram, Ceará e América mereciam um placar tipo 2x2 ou 3x3.

Só um detalhe: Cascata ainda não tem a menor condição de ser titular. Ontem proporcionou vários contra-ataques ao Ceará em lances bestas que um camisa 10 não pode ocasionar. E quem não joga num gramado daquele...

Ontem também acompanhei a pior partida da Série B: Abc 0x0 Oeste. Lances bizarros, jogador vomitando em campo, jogador sofrendo terrível queda... Se a bola parasse no meio de campo, acho que ninguém iria buscá-la. As poucas chances de gol, que não fizeram ninguém gritar uuuhhh, foram proporcionadas por falhas das defesas. Um horror!

O Abc, pelo jogo de ontem, precisa melhorar muito para ficar ruim. A perspectiva é tão ruim que o América, que conquistou duas vitórias e um empate, só subiu uma posição na tabela. O que dizer de um time que não sai da lanterna?

No sábado, o clássico. Favorito tem. Se o favoritismo vai se confirmar, aí depende do empenho em campo. Mas, tirando-se por ontem, o time que perder ponto nesta Série B para o Abc estará fadado a brigar na parte de baixo da tabela. Abra o olho, Mecão!