segunda-feira, 12 de agosto de 2013

É melhor prevenir do que remediar

Neste ano, descobri que o que durante algum tempo sempre me incomodou era na verdade uma esofagite crônica acompanhada de gastrite leve. Pior foi saber que tenho um tal de "esôfago de Barret", uma pré-condição para câncer. Achei este artigo do Einstein Saúde (Dr. Miguel Cendoroglo Neto) tão elucidativo, que peço que você perca esses minutinhos lendo para não deixar que algo mais grave lhe acometa. É melhor prevenir do que remediar (eu que o diga). Confira:

"Estilo de vida pode propiciar refluxo - condição que afeta a saúde digestiva está diretamente ligada à alimentação desregrada e à obesidade

Nos últimos 10 anos, a incidência da doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) vem apresentando aumento constante, consequência dos maus hábitos alimentares e do crescimento acelerado dos casos de obesidade na população - uma epidemia global, de acordo com a Organização Mundial da Saúde. O problema tem, ainda, relação direta com fatores comportamentais como fumo e consumo elevado de café, chocolate, sedentarismo, longos períodos em jejum e ingestão acelerada de alimentos.

O refluxo gastroesofágico (retorno do conteúdo gástrico para o esôfago) é provocado principalmente pelo relaxamento do esfíncter esofágico, um músculo localizado no fim do esôfago que normalmente se abre para a passagem da comida e depois se fecha para evitar o retorno dos alimentos ou do suco gástrico. Quando esse mecanismo apresenta algum problema de funcionamento, como o fechamento inadequado, o refluxo reaparece.

Embora frequentemente esteja acompanhada de azia, queimação ou mau hálito, a condição de ser assintomática. Contudo, quando atinge a parte alta do esôfago, pode have engasgo, rouquidão, pigarro e tosse crônica, já que o suco gástrico agride a laringe e as cordas vocais. O líquido também pode entrar no pulmão, levando a asma, bronquite e até pneumonia.

Se não tratado, um quadro leve da doença pode resultar em erosões e úlceras no esôfago. A doença do refluxo pode, ainda, evoluir para o chamado esôfago de Barrett (a mucosa do esôfago se transforma em mucosa gástrica), elevando em 30 vezes o risco de câncer no esôfago.

Vale ressaltar que o diagnóstico da doença do refluxo é realizado, na maioria dos casos, por meio do relato do paciente, principalmente quando há repetição dos sintomas várias vezes por semana e durante meses seguidos. Exames complementares como a endoscopia digestiva alta - para verificar se há alguma lesão causada pela doença, como úlceras e esofagites, ou alterações anatômicas, como hérnia de hiato -, ajudam a identificar a gravidade do refluxo.

A pHmetria esofágica também pode ser solicitada para medir a quantidade de ácido que ascende para o esôfago e o tempo em que o esôfago fica exposto ao pH ácido. Considera-se anormal a presença de refluxo (pH menor que quatro) acima de 4% do tempo total do exame (24 horas).

Com base no resultado dos exames é definido o tratamento, sendo mais comum o uso de medicamentos inibidores da produção de ácido pelo estômago. Outra opção, de acordo com a gravidade do quadro, é a cirurgia, realizada geralmente por via laparoscópica. Contudo, seguir a orientação dietética, combater a obesidade, alimentar-se de forma correta e evitar o cigarro são fatores decisivos para que o tratamento seja eficaz e leve à extinção dos sintomas.

Fonte: www.einstein.br

Carnificina motorizada

Li horrorizada reportagem da Veja da semana passada acerca do trânsito no Brasil. Segundo os dados do DPVAT, seguro obrigatório que indeniza os danos de pessoas que se envolvem em acidentes, o trânsito brasileiro ceifou a vida de 60.752 pessoas em 2012, sendo 41% delas jovens entre 18 e 34 anos. Minha gente, isso é mais do que a Guerra do Vietnã matou em 16 anos!

Pior: estes números superam até as mortes relacionadas à criminalidade (52.198 em 2011). Ou seja, como bem citou a reportagem, "nós, brasileiros, temos mais motivos para temer um cidadão qualquer sentado ao volante ou sobre uma moto do que a possibilidade de deparar com um assaltante ou de enfrentar um tumor maligno." Não bastasse o número de mortos, 352.000 pessoas tornaram-se permanente inválidas por causa de acidente de trânsito no ano passado. Um verdadeiro exército de deformados.

Segundo os mesmos dados do DPVAT, o Brasil ocupa o primeiríssimo lugar na taxa de mortes a cada 100 mil habitantes (31,3). Estamos na companhia de Catar (2.º - 30,1), El Salvador (3.º - 23,7), Belize (4.º - 23,6) e Venezuela (5.º - 23,4). 

A reportagem aponta que 98% dos acidentes têm como origem erro ou negligência humana e aponta os 7 pecados cometidos por motoristas Brasil afora. Qual (ou quais) pecado(s) você comete? Confira a lista e faça uma reflexão:

1.º Usar o celular ao volante (para ligar, ou pior, para passar uma mensagem de texto)
2.º Dirigir alcoolizado (21% dos acidentes)
3.º Dirigir colado na traseira do carro à frente (12% dos acidentes em rodovias federais)
4.º Dirigir acima da velocidade permitida (12%)
5.º Deixar de ligar a seta
6.º Deixar de usar o cinto de segurança (em uma colisão frontal a apenas 60km/h, um passageiro que viaja no banco de trás sem cinto é arremessado com um peso equivalente a 1.000 quilos, esmagando quem está na frente)
7.º Não fazer a manutenção do veículo                    

Fonte: Veja - edição 2333

domingo, 11 de agosto de 2013

Chega de...

Tomo a liberdade de reproduzir aqui um e-mail enviado pelo botânico Florentino Vereda a Woden Madruga e que o ilustre colunista publicou em sua coluna na Tribuna do Norte deste domingo. Se digitei tudo isso é porque vale a pena conferir!

"Woden:
De passagem pelo Rio, resolvi assistir, mesmo de longe, a uma dessas manifestações que estão mudando a cara do País. Entre tantas placas de 'FORA...', 'BASTA...', 'QUEREMOS...', uma me chamou atenção - 'CHEGA DE SAUDADE'. Tentei me aproximar da pessoa que a conduzia, mas a multidão me arrastou para outro lado. Só deu pra ver, pelos cabelos grisalhos, que era algum idoso.

Mais tarde, num desses bares de esquina de Copacabana, dei de cara com o tal manifestante, tomando um chope antes de voltar para casa. Aproximei-me dele e comentei:

- Curiosa sua placa. Saudades de quê?
- Senta, cara. Garçom, mais um chope.

Olhou em direção ao mar e acrescentou:

- Saudades do que poderia ter sido e não foi. Também fui jovem, protestei contra tudo que lá estava, também sonhei com um futuro. Cantava 'Apesar de Você' e acreditava que amanhã haveria de ser um outro dia. A democracia era, para mim, a mulher com quem todos os homens sonhavam e com quem queriam viver o resto de suas vidas. Hoje a democracia com a qual vivemos é uma velha de 25 anos, sambada, rodada e prostituída, deformada por cirurgias plásticas intermináveis às quais chamam de emendas constitucionais, medidas provisórias e outros nomes bonitos que disfarçam a feiura de seus propósitos. Já se deitou com centenas de políticos, lambuzando-se nos leitos imundos do poder.
- Posso pedir outro chope?, perguntei.
- Claro. Ainda não acabaram com o papo de bar. Mas já não é a mesma coisa. De futebol, os grandes lances não são as 'folhas-secas' de Didi, os dribles geniais de Garrincha e a elegância de Djalma Santos. Os craques de hoje são os cartolas, jogando nos carpetes dos gabinetes e tocando a bola e embolsando uma grana preta. Grana também é o que não falta para os jogadores que somam aos salários astronômicos as vultosas verbas de publicidade, de produtos que sequer usam na vida real. Em campo, a vergonha campeia. Veja o Santos de Pelé levar de oito dos deuses do Barça. Saudades do tempo das 'casas simples com cadeiras nas calçadas' onde vizinhos conversavam depois da janta, até o sono chegar. Hoje está todo mundo trancado em casa, diante da TV, vendo novelas com personagens perversos e traiçoeiros tramando golpes e safadezas, coisas que serão imitadas posteriormente na vida real, enquanto os anunciantes empurram produtos supérfluos e desnecessários a otários desprevenidos.

Chama o garçom, pede mais dois chopes e continua:

- Por isto, amigo,que ainda saio de casa e me junto à turba ignara, talvez com saudades da minha época de estudante. Vivemos uma agoracracia. O povo está nas ruas forçando o Legislativo a legislar e o Executivo a executar. Não sei se vai dar certo. Sempre há os espertos. Vândalos e saqueadores misturam-se com sindicalistas, todos tentando arrancar algo do navio que está afundando. Políticos adotam como suas as ideias que jaziam adormecidas em berço esplêndido. Mas é melhor do que não fazer nada. Quem sabe alguma coisa muda? A esperança verde é a última que morre amarela.

Arrisco uma pergunta, olhando nos seus olhos, se essas saudades são também de alguma mulher, algum amor da juventude que já vai longe, e cuja chama ainda arde no seu peito e cuja lembrança ainda não se despregou da memória.

- Nada disso, amigo. Neste quesito, dei sorte. Naqueles tempos, conheci uma colega de universidade, lá no Calabouço, ali onde mataram Edson Luís. Juntos corremos da Polícia. Juntos gritamos palavras de ordem. Juntos cantamos 'Pra Não Dizer Que Não Falei De Flores'. Namoramos, juntamos nossas escovas e, desde aquela época, continuamos juntos, dois companheiros e dois amantes. Pena que ela não queira mais sair comigo à noite. Anda com medo dos arrastões em bares e restaurantes. Fazer o quê? Aliás, se o amigo me permite, vou embora. Ela está me esperando a pão e leite.

Levantou-se, pediu a conta, esperou o garçom voltar, pagou as duas rodadas de chope (não admitiu minha intervenção) e se despediu com um forte aperto de mão, dizendo:

- Boa sorte para você que mal vê a luz que mal se acende.

E sumiu no meio da multidão."

sábado, 10 de agosto de 2013

Rai é "imexível"

O neologismo é de Antonio Magri, que foi Ministro da Previdência do governo de Fernando Collor, o caçador de marajás. Mas se aplica com perfeição ao meio campista Rai. Ele é, de longe, o jogador mais lúcido do meio campo americano. Parte para cima, joga como ponta, corta bem para o meio, chuta bem com ambas as pernas (melhor com a esquerda), tem boa visão de jogo e é o cara da bola parada e do chute fora da área. Ufa! Muitas qualidades. Claro que tem defeitos, mas nenhum suficiente para afastá-lo da titularidade absoluta do Mecão. 

Rai é o camisa 11, devo dizer. Porque com tantas qualidades ele seria o 10 fácil, fácil. Mas ainda há quem peça a escalação de um Cascata visivelmente sem condições de ser titular. E o pior é que Argel caiu na conversa. Deu no que deu.

Argel consertou a defesa do América por escalar os que estavam em melhor momento, coisa que o técnico anterior insistia em não fazer. Almir pode não ser um primor, mas é o que temos de melhor à disposição por ali, já que Cascata vive de armar contra-ataques do adversário.

Então, no clássico, Argel nem poderia ter começado o jogo com um Cascata que está jogando a 10km/h e não tem a menor disposição para marcar, nem poderia - e este foi o MAIOR erro - ter sacado Rai, maior arma do Mecão, seja com a bola rolando, seja com a bola parada.

Na tarde de futebol horrível, a saída de Rai matou de vez o América. Pior, o time de Argel deixou de vencer o lanterna dentro de casa e complicou sua luta para permanecer na Série B. É esperar que nada tenha sido em vão e que Argel tenha aprendido que Rai é, de fato, "imexível".

P.S.: vamos treinar tiro de meta, né, Andrey?

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

A melhor e a pior

Sem medo de errar digo que ontem pude assistir à melhor partida da Série B. Ceará 2x1 América foi um jogo movimentadíssimo, com direito a dois golaços, gol impedido, pênalti não marcado e grandes defesas dos dois goleiros. Foi tão bom que nem me lembro de ter visto alguém levar cartão amarelo. Para o que ambos jogaram, Ceará e América mereciam um placar tipo 2x2 ou 3x3.

Só um detalhe: Cascata ainda não tem a menor condição de ser titular. Ontem proporcionou vários contra-ataques ao Ceará em lances bestas que um camisa 10 não pode ocasionar. E quem não joga num gramado daquele...

Ontem também acompanhei a pior partida da Série B: Abc 0x0 Oeste. Lances bizarros, jogador vomitando em campo, jogador sofrendo terrível queda... Se a bola parasse no meio de campo, acho que ninguém iria buscá-la. As poucas chances de gol, que não fizeram ninguém gritar uuuhhh, foram proporcionadas por falhas das defesas. Um horror!

O Abc, pelo jogo de ontem, precisa melhorar muito para ficar ruim. A perspectiva é tão ruim que o América, que conquistou duas vitórias e um empate, só subiu uma posição na tabela. O que dizer de um time que não sai da lanterna?

No sábado, o clássico. Favorito tem. Se o favoritismo vai se confirmar, aí depende do empenho em campo. Mas, tirando-se por ontem, o time que perder ponto nesta Série B para o Abc estará fadado a brigar na parte de baixo da tabela. Abra o olho, Mecão!


domingo, 4 de agosto de 2013

Campanha traumática

Lembro-me das palavras de Hélio Câmara em 2007. Naquele ano, a terceira temporada de uma gestão vitoriosa (dois acessos seguidos para as Séries B e A), as mudanças drásticas já davam o tom de que o ano não seria fácil. Hélio então alertava diariamente de que o novo modelo de Séria A- longas 38 rodadas - poderia ser traumático. Não haveria tempo para recuperação e as seguidas derrotas trariam ares de depressão ao elenco e à torcida.

Para piorar, às vésperas da competição, o América demitiu o técnico e quase o time todo. A situação foi tão impensada que 3 goleiros foram demitidos (Fernando, Gustavo e Sérvulo) e o que ficou (Marcelo Bonan) se contundiu no treinamento seguinte, deixando o elenco sem um goleiro apto a jogar a estreia contra o Vasco. Correram atrás de Sérvulo para desfazer a demissão e trouxeram Renê na sexta-feira para jogar no sábado.

O resultado não poderia ser outro: o América só obteve 3 vitórias ao longo da competição. Bateu o Santos em plena Vila Belmiro na 2.° rodada (alcançou a 10.° colocação) e o Paraná duas vezes (no Machadão e na Vila Capanema). Campanha negativamente inesquecível.

Agora é o Abc que trilha tal caminho, porém na Série B. Mudanças e mais mudanças, dívidas astronômicas, ameaça de bloqueio de rendas e patrocínios e o alvinegro só obteve uma única vitória ao longo de 12 rodadas. Faltam 26 rodadas, mas se o prognóstico for mantido, o Abc caminha para realizar uma campanha ainda mais traumática, como dizia Hélio Câmara, por estar na Série B e a queda ser para o inferno da Série C.

O Abc tem 6 pontos. O adversário mais próximo, o Paysandu, contra quem obteve sua única vitória, tem o dobro de pontos do alvinegro, que já caiu naquela roda viva de trocar treinador, contratar por nome e continuar no calvário de derrotas.

O futebol não perdoa vacilos administrativos. Ninguém passa 12 rodadas com uma única vitória sem motivo ou só por falta de sorte. Ninguém desperdiça tantos pontos impunemente. Ou o Abc se organiza administrativamente para reduzir seus gastos e recuperar alguma credibilidade em relação a pagamentos ou corre sério risco de cair para a terceira divisão com dívidas sufocantes e intermináveis. E aí o buraco pode ser mais embaixo. Como diria Jesus Cristo, quem tem ouvidos para ouvir que ouça!


sábado, 3 de agosto de 2013

O que só a Rádio Globo Natal viu

Às 19h cheguei ao Barretão. Saí de casa às 17h15. Acho que um acidente no acesso à ponte tornou o que era lento lentíssimo. Procurei o carrinho de cachorro quente do outro jogo. Nada. Comi dois espetinhos e entrei no Barretão.

Procurei logo o banheiro. Apesar de ainda sujo e alagado, dessa vez as descargas funcionaram e havia lixeiras de verdade (foto abaixo).


Friozinho básico e começa o jogo. O América parte com vontade para cima do Boa (segundo mamãe, Boa Esperança), que não teve a menor vergonha de manter os 11 jogadores no seu campo de defesa.

O Boa ameaçou alguns bons contra-ataques. Mas só ameaçou. O América foi o dono de um jogo de ataque x defesa.

No segundo tempo, o domínio americano foi avassalador. Contei 7 lances claros de gol, a ponto de saber que aquela era a noite do goleiro do Boa, principalmente. Rai e Rodrigo Pimpão só não fizeram chover! 

O jogo acabou 0x0. Aplausos dos torcedores na arquibancada reconhecendo o bom futebol e o empenho demontrados pelo América.

Voltei a comer dois espetinhos para esperar os apressados seguirem na fila de carros até Natal. Quase mais ninguém nos arredores do Barretão. Entro no carro e ligo na Rádio Globo. O chato de esperar o trânsito diminuir nas barraquinhas é perder as entrevistas. Porém o pior ainda estava por vir!

Antes do jogo, ouvi Pedro Neto, com aquela voz entusiasmada que ele tem, dizer que o Boa Esporte seria um adversário bem mais difícil de bater por ser mais qualificado do que Atlético-GO e Asa. Pois não é que após o jogo ele mudou de opinião? O Boa não passava de um time qualquer que o América não venceu, segundo o mantra que ele repetiu umas 10 vezes, porque "não teve competência para marcar (gols)". 

Aí Santos Neto, aquele que chama o América de Abérica, pergunta a Pedro Neto se Argel estava certo em comemorar o empenho da equipe e a saída do rebaixamento.

Nem preciso dizer que ambos fizeram mil conjecturas a respeito de que a saída era só provisória, porque ainda haveria o restante da rodada. 

Sabem qual é a diferença da Rádio Globo Natal para o Pfc? Ontem, o América-MG estava conseguindo um resultado que o colocava no G4. O locutor disse que o time agora tinha que torcer para que Figueirense e outro que não lembro não vencessem no sábado para continuar no G4. Pedro Neto e Santos Neto (bem que parecem parentes) afirmaram, por sua vez, que se Paysandu e Guaratinguetá vencessem, o América estaria de volta à zona de rebaixamento. Sentiu a diferença de enfoque? É igual à estória do copo pela metade. O PFC vê meio cheio. A Rádio Globo Natal vê meio vazio.

Aí um torcedor pergunta a Pedro Neto se a torcida pode confiar no  time de Argel (que fez mais pontos em 3 rodadas do que o time de Roberto Fernandes em 9). Pedro Neto começa a responder como se a torcida do América estivesse criticando o time e, é claro, envolve a situação de seu time do coração, o Abc, na resposta. Mas o cara queria saber do América e se aquela confiança que estava sentindo era válida! 

E a cereja do bolo foi ouvir Ivan Nunes dizer que Rodrigo Pimpão merecia ser o mortinho do jogo! Jesus tenha piedade!

Ou todo mundo ali precisa de óculos (recomendo as Óticas Marizza), ou sofre de problema no fígado (mau humor) ou é recalque mesmo porque o América esboça uma reação que o time do coração deles não conseguiu até aqui.

A Rádio Globo Natal viu um jogo completamente diferente de quem estava no estádio ou viu pela TV. E como contra fatos não há argumentos, não há credibilidade que resista ao que ocorreu ontem. Recomendo aos profissionais dali que revejam seus conceitos, pois o mundo evolui em velocidade alucinante. Quem não se adapta fica para trás.

A vida já é cheia de problemas para perdermos tempo ouvindo gente que quer transformar nossa felicidade em tristeza, frustação, mau humor... Da próxima vez, torcedor americano, faça como eu, desligue o rádio e tenha suas próprias opiniões. É bem mais divertido.

quarta-feira, 31 de julho de 2013

Acharam o burro!

Fãs de futebol são supersticiosos. Há sempre um motivo para sorte (vitória) ou azar (derrota). Lembro-me da terrível fase do América que teve início com a reforma do Machadão em 2007 e só acabou em Goianinha. Uma amiga dizia que tinha um burro enterrado no gramado com as patas para cima. 

Coincidência ou não, a saída de Goianinha para o Barretão iniciou outra sequência negra para o América. Perda do bicampeonato estadual, eliminação da Copa do Brasil de forma vergonhosa, total ausência de vitórias dentro de casa. Pior: goleadas em sequência. Terrível!

Quem me conhece sabe que sou bastante cética em relação a muitas coisas, mas, num parodoxo total, sou supersticiosa. E com o América então... Dos brincos ao perfume, tudo é muito pensado antes do jogo. Ler ou não ler jornal no dia... bem, a lista é extensa e engraçada.

Ontem, juntei tudo que sempre deu azar para ver se essa zica do Bur..., ops, Barretão ia embora: todo mundo de camisa nova (azar clássico na estreia), a minha era a azarada da laranja (feia, coitada!), comi um lanchinho antes do jogo (nunca antes na história deste país!), ensinei mamãe a sintonizar o Pfc para ver o jogo pela TV (pé frio!), enfim, ou ia, ou rachava.

Ainda bem que foi. Mas segundo meus companheiros de arquibancada Janaina e Thalison, o motivo foi outro: a inauguração dos banheiros do Barretão. Como tiveram que cavar, tanto para construir os banheiros em si, como, principalmente, para fazer uma fossa, o burro teria sido devidamente localizado, para felicidade geral da nação americana.

E por falar nos banheiros, as  fotos abaixo mostram o primor de engenharia, arquitetura e decoração que eles são. Não havia água nas descargas, mas sobrava no chão (por que se não choveu?), já que um ralo foi estrategicamente instalado no ponto mais alto do piso. Atentem também para o bom gosto e funcionalidade das lixeiras. Não sei porquê ainda há pessoas com saudades do Nazarenão...




terça-feira, 30 de julho de 2013

Abraçar o América

É o que o treinador Argel deseja que a torcida americana faça nestes dois jogos no Barretão. Ele está certo. A hora de criticar na esperança de que Roberto Fernandes enxergasse as falhas do time passou. Agora é apoiar ou apoiar.

Muitas são as adversidades de hoje à noite. O que não dá para listar dentre essas adversidades é o ranço da torcida.

Então, amigos americanos, hoje é dia (ou noite) só de energia positiva. Nada de recalques ou frustrações; só gritos de incentivo para acabar de vez com a zica do campo de Ceará-Mirim. Camisa na pele, bandeira na mão e vamos abraçar o América!

P.S.: Aproveite para assistir aos dois jogos desta semana pelo preço de um e pagando em até 40 dias, de acordo com o vencimento do seu cartão de crédito. Seja Sócio Dragão. Dá para se associar até lá no estádio.

domingo, 28 de julho de 2013

Dinheiro e felicidade

Relação difícil essa. Sempre ouvimos que dinheiro não traz felicidade. Mas a sua ausência também ocasiona estresse e preocupação. Afinal, como gozar a felicidade se não sabemos como pagaremos as contas no fim do mês?

Abordo o tema por ter lido no Estadão http://blogs.estadao.com.br/daniel-martins-de-barros/a-alegria-do-papa/ que o Papa Francisco fez afirmação categórica neste sentido. O articulista traz ainda dados de pesquisa que mostram que o grau de felicidade não aumenta entre os que ganham mais de $ 13,000. Faltaria a essas pessoas aproveitar mais as coisas simples da vida.

Já tive minha fase consumista, não nego. Também não deixo de assumir que sou vidrada em ter segurança material - algo como saber que se uma catástrofe ocorrer hoje, não vou passar fome amanhã. Mas a maturidade me trouxe de volta o apego por coisas simples, como assistir à tv ou ler o jornal em casa.

Em minhas muitas fases no relacionamento com o dinheiro, foi nos momentos de baixa que fiz descobertas maravilhosas, especialmente no quesito amizades. É que ser amigo na fase boa é fácil. Complicado mesmo é aguentar alguém que recusa convites ou não faz festas por estar sem grana. E foi num evento assim que separei o joio do trigo e vi amigas se cotizarem para que eu participasse de um réveillon, pois queriam a minha presença. Gesto simples, mas inesquecível. 

Dinheiro é muito bom e sua presença ou ausência pode sim trazer felicidade. Só depende da sua perspectiva.