segunda-feira, 25 de março de 2013

O Lado Bom da Vida

Domingo diferente para os meus padrões. Sem jogo do América em Goianinha, decidi gastar umas cortesias que tinha para o Cinemark. Analisada a programação, que felicidade ao ver que O Lado Bom da Vida ainda estava em cartaz e com uma sessão às 13h40. Tudo perfeito para mim!

O Lado Bom da Vida é classificado como uma comédia romântica, o que normalmente não tiraria de casa para o cinema. Comédias românticas são perfeitas para assistir em casa. Mas basta um olhar mais detalhado para as informações do filme para se perceber que não é bem por aí. 

O filme tem 2 horas de duração - muito longe, portanto, de comédias românticas comuns. Além disso, foi indicado ao Oscar de Melhor Filme, bom indicativo de que não é uma comédia romântica. E de fato não é. O Lado Bom da Vida é daqueles dramas com pitadas de humor que lhe deixam com um sorriso na boca o filme inteiro. Nada de gargalhadas estridentes. E o romance é sutil, somente no fim você se lembrar que o filme é uma comédia romântica. 

Muitíssimo interessante. A estória começa com Pat num hospital psiquiátrico após o choque de um flagra em sua esposa com outro homem em sua casa. A partir daí, somos envolvidos na história familiar de Pat, cujo pai tem transtorno obsessivo-compulsivo e é daqueles torcedores extremamente supersticiosos (sim, há um limite tênue entre superstições esportivos e o TOC). Para mim, foi impossível não me reconhecer em algum aspecto da estória. 

A realidade paralela em que parece viver Pat, sua luta contra a doença, a agonia de sua mãe, o sucesso de seu irmão, tudo é angustiante e ao menos tempo familiar. Bagunçado e estruturado, como é a vida. O contato de Pat com o mundo real é bem angustiante, mas de uma leveza incrível. Tão bom era o filme, que, já com uma hora de duração, a sensação que eu tinha era de que apenas 15 minutos haviam passado.

Se você quer algo simultaneamente leve e profundo para passar o tempo, O Lado Bom da Vida é definitivamente minha recomendação.  E prepare-se para ver um drama leve com um final de comédia romântica. Porque se você espera uma comédia romântica apenas, poderá se decepcionar. E o trailer passa uma ideia tanto quanto errada do filme, mas confira:

quinta-feira, 21 de março de 2013

Chegou a hora de Gláucio

"Desperate times call for desperate measures", como diz o ditado em inglês, situações de desespero requerem medidas desesperadas.  O ataque do América é pífio. Tiago Adam tem bom chute, incomoda os zagueiros, mas não passa disso. Não sabe cabecear, e assim já perdeu duas chances claras de gol nos dois últimos jogos. Dimas, Alemão e Taiberson devem ser bons em outros esportes, mas no futebol...

Claro que Isaac queimou a língua de todo mundo na temporada passada. Seus melhores chutes no estadual ficavam mais próximos da bandeira de escanteio do que do gol. Mas tudo mudou no finzinho do estadual. Seria essa a situação de Tiago Adam, e, principalmente, Dimas, Alemão e Taiberson?

Não sei, mas desconfio que o buraco é mais embaixo. Alemão lembra muito uma enceradeira - roda, roda e não sai do lugar. Dimas parece não saber qual o momento de correr atrás da bola, dominar, chutar. E Taiberson parece não entender que o jogo é coletivo.

Aí eu lembrei que Gláucio, cria do Mecão, só jogou duas partidas pelo time profissional. Logo na Copa do Nordeste.Coincidentemente, as duas partidas contra o Salgueiro (2x0 e 1x2). Numa, ele foi muito bem - até bola na trave meteu. Ótima movimentação para uma estreia. Na outra, jogou super mal, MAS... deu o passe (e que passe!) para o único gol do Mecão na partida (Rico).

De lá para cá, esqueceram Gláucio, mandaram Rico e Renan Marques embora e ficamos com Tiago Adam, Dimas, Alemão e Taiberson. Não falo de Cléo e Itamar porque ambos estão e ficarão de fora ainda por um tempinho. Tristeza.

Será mesmo que não dá para Roberto Fernandes escalar o garoto de bom porte, boa velocidade e bom chute mais uma vez? Ele não serviu na Copa do Nordeste? Será que o Estadual é assim tão mais difícil que a Copa do Nordeste?

Eu, daqui, já inicio a campanha: Bota o Gláucio, Bob! Até porque, pelo que vi até agora, pelo menos Dimas, Alemão e Taiberson, juntando os 3, não se obtém 1/2 Gláucio.

domingo, 10 de março de 2013

De onde vem a serenidade?

É estranho como não sabemos nossa reação aos mais variados fatos em nossas vidas. Por exemplo, lembro quando muito criança ainda que eu dizia que jamais deixaria um ladrão levar algo meu. Iria dar um tapa nele e sair correndo. Nem preciso dizer que meu primeiro encontro com um ladrão não foi bem assim. Saía da escola e me dirigia à parada de ônibus, por volta das 15h30, quando um sujeito de pele negra muito bem vestido e com bastante educação perguntou-me as horas. Mal olhei para o relógio e ele avançou para o meu braço, dizendo que eu ficasse quieta porque era um assalto. Olhei bem em seus olhos durante todo o ocorrido. Não pude evitar esse comportamento tão repreendido pelas autoridades policiais. Isso ocorreu há mais de 20 anos, mas acho que ainda seria capaz de reconhecê-lo. Muita gente não acredita quando digo, mas ainda dei tchau ao meliante quando ele foi embora.

É ou não é estranho? Tenho essa tendência de me manter quase uma barata morta quando algo enerva todos ao redor. Não sei como, já que sou extremamente ansiosa. Normalmente, sou aquela que consegue raciocinar melhor quando algo foge ao controle. Da última vez que vi um assalto, o cara tinha uma arma em punho e assaltou uns jovens a 100 m de onde eu estava. Todo o pessoal ao meu redor não sabia o que fazer. Eu que tive que enxotar todo mundo para dentro de casa, uma vez que pareciam em transe diante do ocorrido. 

Saindo da seara de crimes, as notícias sobre saúde costumam causar grande ansiedade em mim. Mas somente a espera me deixa ansiosa. Imagino 300 mil coisas ruins. Ciente do diagnóstico, o que me resta a não ser me adaptar à realidade e seguir o curso de minha vida? A última notícia médica revelou uma condição gástrica um tanto quanto preocupante. O que fazer? Mudar o ritmo de vida vem sendo uma constante agora. Por incrível que pareça, naturalmente consegui reduzir minha ansiedade. Sou a famosa perua (morro de véspera) como já revelado acima. No entanto, a realidade de um novo quadro em minhas condições que precisa ser controlado para não atingir um mal maior me fez encontrar uma serenidade jamais conhecida por mim. 

Estou aprendendo que as coisas existem independentemente de mim. Também podem ser resolvidas sem mim. Não haverá um cataclisma mundial se eu estabelecer menos tarefas em nome da saúde. Além disso, abandonar certos alimentos e bebidas não transformará minha existência num inferno de Dante. Tudo assim, com muita serenidade, sem drama.

Nunca me vi com tal característica, mas eis que algo nos assola e revela coisas inimagináveis. A notícia ruim me trouxe coisas boas. Apesar de todo o sofrimento que a fase inicial impeliu - enjoar até água revela bem a tortura - perdi alguns quilos e redescobri outros valores na vida. 

Não sei de onde vem a serenidade, nem se ela veio mesmo para ficar. Porém nunca me senti tão em paz comigo mesma, tão no controle do meu destino.

Que bom seria se todo mundo pudesse ver o que eu agora vejo! Valorizamos tanto coisas sem futuro e deixamos de atentar que o bom da vida está nas coisas mais simples, que não precisam de dinheiro, tecnologia e/ou da audiência de quem quer que seja para existirem. É nesse momento que tudo se encaixa perfeitamente e deixamos de ser escravos dos outros e de coisas sem valor. 

Sei que esse entendimento normalmente vem quando se enfrenta uma situação de vida ou morte. Não é o meu caso. Fui chamada a corrigir minha rota bem antes. Por isso, gostaria que todos tivessem a mesma chance que eu de encontrar a serenidade assim, sem saber de onde ela vem. Resolveria muitos dos problemas do mundo.

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Sonho x realidade

Quando sonhamos tudo podemos. Comprar sem orçamento, deslocarmo-nos em poucos segundos por distâncias assustadoras, morrer e ressuscitar, curarmo-nos sem necessidade de remédios ou hospitais, voar... Quando sonhamos coisas boas, naquele momento, a realidade é suplantada. Que pena quando acordamos e damos de cara com a dura vida.

Assim também é quando sonhamos acordados. Projetamos conquistas futuras. Inicialmente tudo são flores. À medida em que caminhamos em busca do sonho, de sua conquista, deparamos com percalços pequenos no início, bem mais sofríveis depois.

Escrevo estas malfadadas linhas (certamente serão alvo de críticas de ambos os lados, mas não me furto de expor o que penso - é do meu feitio) impressionada com os últimos acontecimentos envolvendo o América. Desde que o Abc construiu em parceria com a Ecocil o seu estádio, surgiu em alguns americanos um desejo desenfreado de ter um estádio próprio. O clube que resolvera construir um CT quando da venda da Pousada do Atleta ao Hiper Bompreço (sim, jovenzinhos, o América treinava ali praticamente no cruzamento da Av. Engenheiro Roberto Freire com a Av. Ayrton Senna), por sinal, na administração de Eduardo Rocha, e que nunca ligara para estádio, já que tinha o Machadão para chamar de seu, passou a perseguir a construção de um estádio próprio. 

Mas nada no América caminha sem a bênção dos Rocha. Enquanto José Rocha foi contra, de nada adiantaram inúmeros projetos e apelos de iniciativa de jovens torcedores (participei como ouvinte de uma das reuniões) para que o tal sonho fosse concretizado. Com a queda do Machadão, Zé Rocha mudou de opinião e agora parece que a Arena América vai. Este é o sonho: um estádio moderno, nos moldes da Fifa, bem localizado, e com capacidade para 22 mil expectadores, e que será explorado comercialmente em dias normais. Perfeito!

Qual é a realidade? Qualquer construção custa caro e praticamente nada neste país segue o orçamento inicial. Quem já realizou reforma em casa bem sabe o que estou dizendo. A obra nem sai no prazo nem cabe no orçamento previsto. A Arena América, que já teve vários números divulgados como sendo a capacidade inicial (desde 2.500 aos atuais - previstos - 6.500 ), terá que ser construída em etapas e aqui está o pulo do gato. Não adianta apenas doação de cimento, areia, prego, tábua, instalações hidráulicas, elétricas, etc. É preciso dinheiro para pagar a mão-de-obra especializada. 

Em entrevistas, Zé Rocha afirmou que o investimento no primeiro módulo (será que terá mesmo capacidade para 6.500 lugares?) será todo proveniente da venda de camarotes e cadeiras. E depois? O que será negociado para a construção de tantos módulos quantos bastem para que seja atingida a capacidade total? Quem tem coragem de afirmar quando o América poderá sediar um jogo de Série B (10.000 no mínimo) em sua Arena? E um jogo de Série A (15.000 no mínimo)? E uma semifinal da Copa do Brasil (iluminação adequada e 15.000 sentados)?

Pois bem. Agora mesmo o América sofre com o deslocamento de aproximadamente 60km numa BR duplicada para jogar na acolhedora Goianinha. Público definhante mesmo tendo o América como candidatíssimo a um acesso à elite da Série A no ano passado. Nem o clássico de campeões do Nordeste com o Vitória empolgou mais torcedores a empreenderem uma viagem de 120 km + outros gastos. 

Que saudade do Machadão! Acessado por todas as linhas de ônibus da cidade (passagem a R$ 2,20), até a pé eu chego lá. Sem traumas com os horários dos jogo, porque até no segundo tempo eu chegava. Atualmente, se o jogo não começar pelo menos 45 minutos depois de meu horário de trabalho ou compromisso, adeus! Afinal, levo mais tempo no carro do que dentro do estádio.

Some-se a isso que todo bar transmite os jogos dos times de Natal. Frequentar estádio virou coisa de apaixonado (mais para louco mesmo) endinheirado. No caso de Goianinha, então, frequentar estádio é caríssimo, distante, cansativo. E o aumento dos combustíveis só piorou as coisas. Nem vou falar dos horários loucos da Cbf.

 Esclareço que opino pelo que é de conhecimento público, vez que não vi, nem li documentos, nem conversei diretamente com os envolvidos. Dito tudo isso, vamos à polêmica! A OAS teria oferecido patrocínio de 1 ano e meio ao América para que este realize pelo menos 50% de seus jogos como mandante por ano na Arena das Dunas durante 15 anos. O empresário que resolveu investir num estádio no meio do nada em termos de futebol (Ceará-Mirim) teria oferecido o Barretão para que o América lá jogue sem custo durante 5 anos. E a construção da Arena América estaria a todo vapor (?!). Onde está a polêmica? As cassandras dizem que se o América fechar com a OAS não constrói a Arena América. Será?

Volto às minhas perguntas: quando a Arena América terá capacidade de receber um jogo pelo menos de Série B? Até lá, o América vai continuar definhando em Goianinha com arquibancadas inutilmente alugadas para fechar a capacidade do estádio? O bom senso diz que não. Voltemos ao Barretão. Se o América jogar lá, vai matar o sonho da Arena América? Qual a solução, então? Licenciar-se até que a Arena América esteja pronta?

Fico impressionada como coisas simples não são resolvidas com bom senso no América. Vou ser dura agora: a Arena América NUNCA terá os bons públicos que o Machadão teve. É o mesmo que ocorre com o Maria Lamas Farache - localização é tudo! E o Machadão, agora Arena das Dunas é imbatível neste quesito. Além disso, a própria capacidade máxima já indica: um público como o de América x Brasiliense em 2010 (jogo de rebaixamento) e América x Santo André  em 2006 (jogo de acesso), para ficar em jogos memoráveis mais recentes, com mais de 28 mil pessoas, não se repetirá jamais na Arena América. 

Quando tiver capacidade para 6.500 pessoas, a Arena América não poderá receber jogos da Série B. E aí?  A melhor solução em termos de público é jogar em Ceará-Mirim, cujo acesso é pior do que o de Goianinha, jogar em Goianinha com trambolhos inutilmente alugados, jogar no moderno e bem localizado Arena das Dunas ou se licenciar até que um dia o estádio próprio tenha capacidade para pelo menos 10 mil?

Senhores conselheiros, família Rocha, Senhor Presidente do América, por favor, tenham bom senso. Joga-se em Goianinha nos jogos com menos de 10 mil de capacidade (estadual e primeiras fases da Copa do Brasil) e joga-se a Série B no Barretão até a virada do ano. Construída a Arena América (fase inicial) e a Arena das Dunas (dezembro de 2013), joga-se na Arena América nos jogos com menos de 10 mil de capacidade (estadual e primeiras fases da Copa do Brasil) e na Arena das Dunas a Série B. Esqueçam essa besteira de Barretão em 2014 ou nos anos seguintes! 

Tomem como exemplo o que ocorreu com a torcida do Abc, que nunca mais lotou um estádio devido à distância. Não levem o América com suas próprias pernas para o mesmo caminho. Que esses anos sem Machadão tenham servido de lição. Que venha a Arena América! Mas atentem para a realidade de que uma construção de tal porte leva tempo e dinheiro e não sairá a toque de caixa. Vamos assumir a Arena das Dunas também como nossa casa. O América é grande e não merece públicos de 1.000-2.000 presentes. Permitam o seu engradecimento! Não matem o Orgulho do RN!

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Agora vai!

Ainda no clima das marchinhas, posso dizer "menina, vai. Com jeito vai. Senão um dia a casa cai." O ano agora vai. A partir do meio-dia, nasce de fato o ano de 2013 no Brasil. Tudo que aguardava um destino para "depois do carnaval" começa a se acertar nos trilhos.

Aulas retomadas, trabalho revigorado, inflação chegando, tudo aguardou o fim do carnaval. Mas é bom lembrar que o carnaval continua em alguns pontos deste país. Há até gente que só vai retomar o curso normal da vida na próxima segunda-feira. O que são uma quinta-feira e um sexta-feira entre o carnaval e o fim-de-semana? Motivo para esticar o feriado. O povo brasileiro é assim e nem adianta chiar. 

Agora todo mundo acredita que os problemas serão resolvidos. O ano começou de verdade. Será que os juízes vão despachar e sentenciar os processos que estão conclusos para tanto há muito tempo? Será que os funcionários das varas estaduais, especialmente, vão pegar no batente pra valer? Será que os alunos vão mesmo estudar? Será que os políticos vão pensar um pouquinho mais em benefício da população em geral? 

O Papa deixou sua renúncia para o fim de fevereiro. É mais seguro aumentar a distância do carnaval. abe como é, né? O povo fica ressacado, esgotado de tanta folia... O melhor mesmo é aguardar o fim do fatídico mês que marca o início do ano. 

Só espero que ninguém ache que é melhor aguardar o fim da quaresma ou a passagem da Semana Santa. É muito espera para meu gosto.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

De Abc e América

Copa do Nordeste. Torneio que é a redenção dos quase falidos clubes nordestinos. Fôlego que alivia a mesmice imposta pela CBF e que pode representar uma quebra da lógica do futebol brasileiro. Muita luta para sua retomada. Ponto para Eduardo Rocha, presidente da Liga.

E Abc e América? O futebol do RN passou por um vendaval nos últimos 10 dias. O Abc era lanterna de seu grupo e lutava para ter direito a um último suspiro. O América até já comentava sobre as delícias de se classificar com duas rodadas de antecedência. Mas um vento muito forte mudou tudo. O América tropeçou em suas pernas e caiu ainda na primeira fase. E o Abc aparece com pinta de campeão. Pode até parecer cedo, mas eu já vi esse filme. Time que desanda a fazer 3 gols por partida torna-se irresistível. Foi assim em 1998, quando o América derrubou o Vitória. 

O Abc tornou-se rápido e mortal, principalmente com a entrada de Jean Carioca. O futebol de todo mundo recebeu um toque de Midas - o time inteiro melhorou. Acho que até o coitado do Jeff Silva também estaria jogando melhor. Júnior Xuxa que o diga. Não demorou nem meio segundo a engrenar no time alvinegro. E eu já tinha dito por aqui: o velho Givanildo sabe tirar leite de pedra e colocar um time para ser bem objetivo.

Quanto ao América, vou deixar para lá essa loucura que tomou conta do clube como um todo. Vou comentar sobre o elenco em si. O time ainda era inconsistente, mas isso é coisa de início de temporada. O único erro de Roberto Fernandes ocorreu na estreia contra o Vitória. Mudar para 3 zagueiros sem treinamento anterior em início de temporada é querer demais dos jogadores. Ainda mais com um time tinhoso como o do Vitória. De resto, a perspectiva é muito boa para o restante da temporada. Pequenos ajustes do elenco, muita vontade e vamos à luta em 2013. Pena que as coisas nunca sejam assim tão simples na administração do América - de certo, um caso a ser estudado por especialistas em administração, psicologia, política e por aí vai.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Fique esperto com a bebida!

Não custa nada lembrar que beber e dirigir não combinam. E com a chegada do carnaval, a fiscalização promete endurecer e se você não liga para o fato de tornar um perigo em potencial para si próprio e para os outros ao dirigir após consumir álcool, talvez perceba que o bolso ficará bem mais sensível com a nova resolução do Contran.

Agora, se o bafômetro acusar 0,05 miligrama de álcool por litro de ar (metade do limite anterior, 0,1 mg/l), seu bolso terá que responder por R$ 1.915,40 e sua habilitação ficará suspensa por um ano. Isso se você não tiver matado alguém pelo caminho...

Embora, cada organismo tenha suas peculiaridades, é bom saber que, em geral, menos de um copo de cerveja (isso mesmo, um copo; não uma lata ou uma long neck) já é suficiente para não só atingir 0,05 mg/l como ultrapassá-lo! Uma dose de uísque, então, te leva rapidinho a ultrapassar o limite da multa para o crime (0,34 mg/l). O mesmo se diga de apenas 2 copos de cerveja. Neste caso, a pena, após processo judicial, tem como base o período entre 6 meses a três anos de detenção.

Quem quiser arriscar o exame de sangue o limte agora é 0 decigrama de álcool por litro de sangue para a multa e 6 dg/l para o crime.

Cabe ressaltar que, se você comeu um bombom com recheio de licor, por exemplo, ou usou um enxaguatório bucal, normalmente à base de álcool, e foi pego pelo bafômetro, pode solicitar ao guarda que deseja realizar um novo teste após tomar água e/ou aguardar 15 minutos, desde que esclareça o motivo. É que nesses casos, o bafômetro capta o álcool presente na boca, incapaz de influenciar seus reflexos. 

Não vacile! Garanta a sua alegria e a de todo mundo que depende do trânsito neste carnaval.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

América foi condenado por xingamento de jogador

Não me lembro de ter visto alguma repercussão na imprensa daqui a respeito do assunto. E hoje, revirando algumas decisões do STJ de novembro de 2012, encontrei notícia cujo título "Clube de futebol terá indenizar policial ofendido por jogador durante a partida" me chamou a atenção.

Pois não era que se referia ao América! A partida ocorreu em 21/04/2008 e um jogador teria chamado o policial de "macaco", ofensa inadmissível, mesmo no bruto mundo do futebol, por seu conteúdo racista.

O processo fora extinto sem julgamento de mérito pelo juiz de 1.ª instância, por considerar que o América Futebol Clube não teria legitimidade passiva. No Tribunal de Justiça do RN, entretanto, o entendimento acerca do litígio foi o da culpa in eligendo, em que, a grosso modo, os patrões respondem pelos atos de seus funcionários.

O clube tentou se livrar do processo no Superior Tribunal de Justiça, mas lá o entendimento é que o reexame de provas e fatos para julgamento de um processo é terminantemente proibido (Súmula 7 do STJ). Portanto, o veto do STJ ao julgamento tornou definitiva a condenação imposta pelo TJRN (montante de R$ 2 mil mais os acréscimos de praxe).

A notícia do STJ ainda citou que a decisão não era inédita, vez que o Vasco da Gama-RJ também já fora condenado por xingamentos racistas de seus jogadores em 2006, desta feita contra o árbitro.

Cabe ressaltar que o clube tem direito de regresso (cobrar por ação judicial do jogador a indenização pela qual foi responsabilizado). O Estado brasileiro, em geral, se esquece desse direito em relação aos servidores públicos. Será que os clubes também fazem vistas grossas ao direito de regresso?


sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

A primeira ninguém esquece

Não sei o que você pensou a respeito do título da postagem, mas esclareço que me refiro à primeira endoscopia. Ninguém esquece. Quer dizer, tem gente que diz que não lembra, que dormiu o tempo todo. É claro que essas coisas não aconteceriam comigo!

Apesar da minha conhecida ansiedade, estava bem tranquila para a realização da dita cuja. Cheguei cedo, afinal, ninguém merece um jejum de 12 horas até de água. Imagine alguém que já sofre de todo tipo de dor e queimação no estômago. Um sofrimento a preparação!

Na hora, é engraçado observar o estresse dos outros. Tinha um casal interessantíssimo! Ela já havia se submetido a tal exame mais de uma vez. Aproveitava para colocar pilha no coitado, que estava morrendo de medo. Aliás, homens são fortes para um monte de coisas, mas quando chega a hora de enfrentar alguém vestido de branco, as canelas tremem.

Quando chegou a minha vez, fiquei chateada de saber que acompanhantes não "acompanham" o exame no Hospital da Unimed. Logo na minha vez... eu, que já acompanhara outros exames com mínimos detalhes, não tive o meu acompanhado por seu ninguém. Assim, nada de discutir os detalhes das imagens em casa. Tive que aguardar o resultado.

Entregaram-me um copinho descartável com um líquido rosa (ou róseo, professores de português, acudam-me!). Ao mesmo tempo, repetiram todas as perguntas que eu respondera num questionário a ponto de eu me perguntar se aquele preenchimento prévio era só para livrar a cara do hospital, da médica e da assistente  no caso de um erro. O detalhe é que esse questionário tem um monte de recomendações pós-exame, mas ninguém me forneceu uma cópia. Quer dizer: se acontecesse alguma complicação, eles mostrariam minha assinatura num papel cheio de recomendações que não me foram entregues. E olha que pedi a todo mundo uma cópia desse papel, mas o jogo de empurra deixou tudo para lá.

Deitei na maca e começou a busca por uma veia minha. Expliquei que as do braço esquerdo são ótimas, mas a auxiliar me disse que ficaria virada por cima desse braço, por isso tinha que buscar uma do lado direito. Nem senti a picada, o que é um milagre para quem tem todo tipo de reação à agulha. Em compensação, para variar, furaram a veia do outro lado, e, com a infiltração, foi um sofrimento a entrada do anestésico. Só preciso dizer que não aguentava nem dobrar, nem esticar o braço durante todo o dia pós-exame. E estou com um hematoma dolorido a uns 5 cm acima da marca da picada até hoje.

Leve tontura. Colocaram um pano sobre meus olhos, um negócio plástico para manter a boca aberta e vamos embora! Um terror a colocação do endoscópio. Acho que esqueceram de anestesiar o suficiente a minha garganta. Quanto autocontrole tive que ter para manter a respiração! E olhe que surge uma tosse estranha, vinda do estômago, sem aviso.

Não pude ver, mas ouvi e senti tudo. Senti o momento da biópsia no estômago (algo bem semelhante a empurrarem um dedo no seu estômago), senti o movimento de descida do endoscópio, senti o ar sendo bombeado. Um show!

Pelo menos, achei tudo rápido para tamanho desconforto. Ainda bem. Pelo resultado e por meus parcos conhecimentos, vou ter que me acostumar com esse exame. É aquele velho hábito de empurrar as doenças com a barriga até que elas não podem mais ser empurradas e o tratamento é bem mais complicado. Não recomendo esse hábito. Trate logo seus incômodos porque saúde é fundamental. E se tem problemas no estômago, prepare-se! A primeira endoscopia ninguém esquece.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Jogou bem, mas...

Perdeu. Por essas coisas estranhas que acontecem em jogos de vez em quando. É o que posso dizer de Salgueiro 2x1 América. Houve sim falha no sistema de marcação pela direita no primeiro gol do Salgueiro. Lembram da avenida Wanderson? Neste começo de temporada, ela se transformou na avenida Norberto, que agora marca por dentro e deixa que um volante faça às vezes de lateral na marcação. Assim, Daniel não  se adaptou bem à função e Elvis apareceu livre na frente de Dida para abrir o placar.

Porém há muitas coisas a serem consideradas. Roberto Fernandes sabiamente implantou um rodízio entre os jogadores para que ninguém estoure a musculatura logo na pré-temporada. Pré-temporada com jogos oficiais é coisa do Brasil, né? Sorte de Roberto Fernandes que o time está vencendo. Seria massacrado por esse rodízio (digo de novo, sábio) se os resultados fossem adversos.

Se há rodízio, não há muito espaço para entrosamento. Dá pena às vezes de quantas jogadas boas são desperdiçadas por essa ausência. Aliás, nem espaço para treinos há. Maratona louca de viagens e jogos oficiais de uma competição curta.

Mas vou dizer uma coisa: que ruma de bons jogadores de meio de campo tem o América, hein? Jogue para cima e veja quem cai para escalação. Ricardo Baiano, Márcio Passos, Cascata e Netinho? Ricardo Baiano, Márcio Passos, Fabinho e Cascata? Ricardo Baiano, Daniel, Fabinho e Netinho? Daniel, Fabinho, Jérson e Cascata? Poderia continuar por mais algumas linhas aqui e só sairiam boas escalações. Um primor o elenco de meio de campo do América!

Voltando ao jogo contra o Salgueiro, foi o melhor 2.º tempo da temporada. O 1.º foi bem razoável, mas o 2.º foi digno de time que sabe o que quer. Encurralou o dono da casa e começa a dar mostras de que o elenco parece se aproximar do tom ideal na parte física, pelo menos para início de temporada.

E para quem fala que as bases do América não dão frutos, Gláucio e Felipe Macena provam que não é bem assim. Felipe Macena passou segurança e Gláucio, que jogara bem na partida em Natal, apesar de não estar tão bem em PE, deu um passe primoroso para Rico marcar seu 3.º gol em 4 partidas (ótima média!). Será que já dá para afirmar que com Rico a fartura de gols está garantida? Voluntarioso e habilidoso ele é! E sabe chutar no gol. Ah, quando o entrosamento chegar...

Como eu disse na derrota para o Vitória, o América demonstra ter bastante potencial nesta temporada. E se os ventos ajudarem nesta fase inicial, ninguém segura o Mecão em 2013.