Uma reportagem do Novo Notícias do dia 03/04/23 (pág. 7) trouxe um especialista (Rubens Ramos, professor da UFRN e mestre em Engenharia de Transporte) fazendo uma análise da situação do transporte público em Natal. Recomendo a leitura.
Ele destaca que as adaptações por que a população passou com a pandemia e os avanços tecnológicos diminuíram a demanda pela locomoção con transporte público e que este seria o momento ideal para a licitação, algo de prefeitura e empresas fogem como o diabo foge da cruz.
Eu me arrisco a apontar também que o próprio sistema empurra a população para outras formas de locomoção, posto que é caro para uma cidade pequena e muito ruim. Quase todo mundo que anda de ônibus sonha em não ter mais que fazê-lo e não deveria ser assim. Ônibus deveria ser a opção racional de locomoção diariamente, sendo o carro a opção para o lazer.
Essa ruindade que empurra as pessoas para fora do sistema, seja com trajetos a pé, de bicicleta (opção muito mais utilizada por necessidade financeira do que por saúde ou preocupação ambiental), de moto e até de carro para quem tem um pouco mais de condição, também tem que ser considerada para a queda da demanda.
Um sistema mais em conta em relação à tarifa para o tamanho da cidade, com opção de tarifa diária, semanal e mensal, além de minimamente confortável para a temperatura daqui e com lotação adequada nos garantiria um trânsito bem melhor estruturado e uma ar bem menos poluído.
De todo jeito, aproveito para trazer logo abaixo os dados da reportagem para mostrar como as pessoas que moram/se locomovem em Natal sofrem com o serviço que as empresas de ônibus ofertam.
- Viagens em novembro/2018: 179.024
- Viagens em novembro/2019: 175.572
- Viagens em novembro/2020: 98.270
- Viagens em novembro/2021: 88.637
- Viagens em novembro/2022: 78.786
- Linhas em janeiro/2018: 99
- Linhas em janeiro/2022: 61
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